Um gerente da Caixa Econômica Federal, em Minas Gerais, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF), suspeito de extorquir empresas privadas contratada pelo banco para garantir a segurança das agências do Estado. Assim, na manhã desta terça-feira (12), agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão contra o funcionário – um em Varginha e dois em Belo Horizonte, sendo um deles na gerência do banco.
Por meio da assessoria da PF, o delegado à frente do caso informou que o funcionário da Caixa será indiciado pelo crime de concussão e pode, inclusive, ser condenado à pena máxima, que prevê oito anos de reclusão. Se outros servidores do banco estiverem envolvidos no esquema, isso poderá configurar ainda o crime de 'associação criminosa', o que poderá elevar a pena para até 12 anos de prisão.
Esquema e propina
Responsável por preparar editais de licitação, contratar e fiscalizar serviços prestados por empresas privadas à frente da segurança das agências em Minas, o gerente teria exigido vantagens de empresários, sob pena de inviabilizar o recebimento de faturas apresentadas para pagamento pelos serviços.
O gerente teria, ainda, falsificado guias de recolhimento de FGTS, para possibilitar o pagamento de propinas pelas empresas a ele. Apenas uma delas, contratada pela Caixa, teria pago cerca de R$ 1 milhão para o servidor. Além desta, há a hipótese de que outras oito empresas contratadas pelo banco tenham sido vítimas da atuação criminosa do funcionário.
Em nota, a Caixa informou que abriu procedimentos internos para apurar o caso e que colabora de "forma irrestrita com as investigações"
Leia a nota da Caixa na íntegra:
"A Caixa informa que adotou os procedimentos para apuração interna dos fatos, fato gerador de processo disciplinar e civil, e que atuou junto à Polícia Federal, o que culminou na operação. O banco ressalta que está em contato permanente com as autoridades policiais, colaborando de forma irrestrita com as investigações."