Um desses elementos a ser conhecido é o instinto, cuja definição mais inteligível é de que trata-se de uma espécie de inteligência rudimentar, desprovida de racionalidade. Com o sentido de dar clareza a esta reflexão, faz-se necessário, porém, diferenciar o instinto do inconsciente, posto que este último, de acordo com a teoria psicanalítica, é um depositário de elementos excluídos da atividade mental principalmente por apresentarem, na maioria das vezes, algum conteúdo traumático. Porém, é sabido que essa diferenciação tem uma linha muita tênue a ampará-la, já que na prática ambos elementos podem gerar atitudes impulsivas ou compulsivas.
Detendo-se apenas na questão do instinto, é possível afirmar que quanto menos uso o ser humano faz de sua racionalidade, mais será guiado por ele. Entendo que o instinto está muito ligado à necessidades, algumas básicas e até mesmo naturais, como a necessidade de sobrevivência, de proteção, de saciar a fome, a sede, etc., e a outras que beiram ao lado mais animalesco do ser humano, o que o leva em alguns momentos a cometer ações destrutivas para dar vazão aos seus instintos. Vendo pelo lado positivo a percepção é de que nem todos os instintos são ruins, a questão passa então pelo modo de educar aqueles que são negativos, ou seja, colocá-los sob o comando da razão, pois, quanto mais ela for potencializada através do uso da inteligência mais eles perderão sua força dando lugar a sentimentos superiores.
Provavelmente alguns mais céticos, pessimistas e assemelhados, dirão que isso beira à utopia, eu vejo sob outra ótica, a da possibilidade de criarmos um outro paradigma que norteie as relações humanas levando em consideração toda a gama de potencialidades que possuímos. Pois, embora estejamos no limiar do terceiro milênio, essas potencialidade estão relegadas a um plano secundário, devido à pouca dedicação na busca de um conhecimento que vá além da tecnologia propriamente dita, e vise, sobre tudo, estimular o aprimoramento dos sentimentos humanos.
Boa Reflexão. Paz e Luz para você.
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