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A letra aparentemente simples da canção “O Sol”, da Banda J. Quest, que diz: “Medo, eu não te escuto mais, você não me leva a nada...”, traz dentro de si algo refletirmos a respeito desse sentimento ou sensação que tanto limita um grande número de pessoas. Escutar o medo representa deixar que ele se assenhore da nossa mente através de crenças limitadoras, pensamentos negativos, preocupações ou situações passadas que, embora inconscientes, perturbam nossa existência e roubam energias que são vitais para nossa reação diante dos desafios existenciais.

“Pra onde tenha o sol, é pra lá que eu vou”. Penso que seja assim, há que se buscar a luz para eliminar o medo, posto que muitos medos só tomam conta do nosso universo existencial devido a escuridão mental, à perca da lucidez; é algo como entrar num túnel escuro e não ser capaz de vislumbrar uma saída. Quando se está na obscuridade da dor ou do medo perde-se o controle sobre a vida e fica-se entregue a uma gama de desconfortos mentais, emocionais e até mesmo corporais, uma vez que o ser inteiro é tomado pela apreensão e pela ansiedade.

E essa luz, esse sol, é encontrável dentro de nós mesmos a partir do momento em que nos conscientizamos que fora do nosso interior apenas acontecem repercussões do que sentimos, mas, o ponto de iluminação mora dentro do nosso ser mais profundo. Não há nenhum medo que não possua uma causa implícita, ou seja, não há um só medo que não possua uma pré-disposição interior, um registro traumático ou coisa assemelhada.

O medo não leva a nada mesmo, ou melhor, leva sim, leva-nos a transtornos, desconfortos, sofrimento, desequilíbrio e dor. Portanto, pra onde tenha o sol é que devemos ir buscar luz, autoconhecimento e clareza, para nos sentirmos mais confortáveis na superação dos nossos desafios diários, com vistas a um crescimento contínuo e harmonioso.

Boa reflexão para você.