PT indica Jorge Marçal como candidato a prefeito
No último sábado 20/07 o deputado estadual Cleiton Oliveira (PV) formalizou sua desistência da disputa à Prefeitura de Varginha, trazendo grande alvoroço aos partidos da Federação PT, PV e PCdoB que contavam com a candidatura do parlamentar para representar a federação na disputa municipal. O grupo de partidos de esquerda realizou reuniões internas e o PT, que parece vai voltar a liderar o bloco, indicou como candidato a prefeito pela legenda o jornalista Jorge Marçal. A reunião interna do PT foi muito atribulada tendo em vista os conflitos internos do partido em Varginha, conforme já havia informado a Coluna. Aliás, a Coluna também antecipou sobre a possível desistência de Cleiton Oliveira da disputa municipal. Na fundamentação do parlamentar, questões familiares impossibilitaram a candidatura em Varginha. Contudo, no meio político, o comentário é que o deputado não queria deixar seu (confortável) mandato estadual na ALMG, onde tem se destacado como um dos líderes da oposição. Cleiton Oliveira também teria ficado incomodado com a resistência interna do PT de Varginha em apoiar sua pré-candidatura, o que também teria sido motivo para a desistência. Com o lançamento do nome de Jorge Marçal pelo PT, o PV deve reunir hoje (sexta-feira, 26), para definir os integrantes da chapa de vereadores e o nome para uma possível composição na chapa majoritária, tendo em vista que o PCdoB manifestou que não teria interesse em lançar nome para a composição da chapa majoritária. O PT vai apresentar cinco nomes como candidatos a vereador e o PC do B dois nomes. No PV os nomes dos candidatos a vereadores estão sendo definidos esta semana. Possivelmente, na semana que vem as três legendas devem fazer convenção conjunta para formalizar os nomes que vão disputar a Prefeitura e a Câmara de Varginha.
Jus sperniandi!
O pré-candidato a prefeito de Varginha Zacarias Piva (PL) juntamente com outros populares entraram com Ação Popular na Justiça para tentar impedir a cobrança do pedágio na MGC 491. O valor do pedágio será superior a R$ 14 reais e vem causando alvoroço em diversas cidades. A juíza Tereza Cota, da Vara da Fazenda Pública em Varginha, determinou que a empresa EPR, que administra a concessão da MGC 491 fosse ouvida com urgência antes de uma decisão final. A Justiça está aí como última alternativa para todo cidadão que acredita ter algum direito violado. Contudo, cabe dizer que a concessão, bem como a definição do valor do pedágio não foi realizada às escuras, pelo contrário! Houve um projeto de concessão que foi apresentado, debatido e depois um leilão público realizado na Bolsa de Valores de São Paulo. Nossos prefeitos da região, deputados, vereadores e toda a classe política e iniciativa privada tiveram oportunidade de manifestar, modificar ou até mesmo impedir a concessão, contudo não o fizeram! Aliás, quando houve tempo específico para debates e ajustes no projeto, ninguém dos que hoje brigam apareceu! Acredito que o valor do pedágio é mesmo muito caro, alternativas de desconto para usuários frequentes da via MGC 491 precisam ser aprofundadas. Mas a realidade é que, agora, depois de tudo legalmente realizado e compromissado, cabe a classe política e sociedade civil, que dormiram no ponto, apenas cobrar os investimentos e melhorias pactuados no contrato de concessão. O que transbordar disso é apenas firula para ganhar votos e notoriedade!
Café e os novos horizontes
O café sempre foi um dos maiores indutores do desenvolvimento de Varginha, tendo financiado boa parte da estrutura que hoje torna nossa cidade polo regional. Mesmo com o avanço da indústria, comércio e outros setores econômicos o café continua abrindo novos horizontes de crescimento para Varginha. A Minasul, Cooperativa de Café de Varginha alcançou recorde na negociação de café neste mês, o que mostra a tendência de crescimento da cadeia produtiva do café. A Minasul é uma das maiores empresas do setor em Minas, que lidera a produção de café no Brasil. Além de empregos diretos e indiretos e muita renda conquistada com a cadeia produtiva do café negociado e exportado por Varginha, o agronegócio local está também expandindo para outros horizontes. Culturas como o milho, soja, leite, carnes especiais etc estão crescendo na região e o suporte a estas novas experiências são subsidiadas pelo lucro gerado com o café. Não custa dizer que o nosso Porto Seco do Sul de Minas, uma das grandes empresas que vem gerando crescimento em áreas como a indústria e o comércio, teve como força motriz o café. A coluna esteve na Alemanha, grande negociador da cadeia produtiva mundial do café, e na China, maior investidor externo do Brasil, bem como em Brasília onde são gestadas as políticas públicas nacionais de investimentos públicos e assegura que vem notícia boa para Varginha em breve!
Onda mundial?
Os políticos brasileiros ligados à esquerda pegam exemplo de vitórias políticas como a ocorrida recentemente na França para dizer que os partidos e políticas públicas de esquerda estão virando uma moda mundial e que o Brasil “está na moda e na vanguarda política”. Já os políticos brasileiros de direita, ligados ao Bolsonarismo, dizem que as tendências políticas americanas em trazer de volta o presidente Trump para o comando da maior economia do mundo, mostram que a direita política e seu modo de administrar estão voltando e o Brasil é o próximo da lista mundial. A Itália também optou por um governo de direita na Europa. Fato mesmo é que o eleitor brasileiro costuma votar de acordo com sua conveniência e percepção pessoal. Ou seja, se identificar que seu poder de compra e qualidade de vida está melhorando, o eleitor brasileiro vota por manter o governo, seja ele de direita ou esquerda! Contudo, se perceber que o custo de vida aumenta, a carga tributária sobe, que não está sobrando dinheiro no bolso final do mês este mesmo eleitor vota e luta para mudar o governo, seja ele de direita ou esquerda. Ou seja, o Brasil não vai embarcar em onda política mundial, mas vai adotar o mesmo pragmatismo de sempre!
Liderança Jurídica
O advogado Gustavo Oliveira Chalfun, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais, iniciou sua vida jurídica em Varginha quando se formou em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha – FADIVA. De lá para cá o jurista foi presidente da OAB Jovem Varginha, presidente da Subseção OAB Varginha e desde então integra a direção estadual da OAB onde se consolidou como importante voz da advocacia estadual. No encontro nacional dos Advogados ocorrido em Belo Horizonte e nas reuniões do comando da OAB Federal Gustavo Chalfun tem desempenhando um importante papel na defesa de Minas e dos Advogados em âmbito nacional e tem contribuído para o crescimento da formação do desejo, nascido em Minas e contagiado outros estados, para que Sérgio Leonardo seja candidato a OAB Federal. Minas a muito tempo não ocupa tal espaço. Sérgio Leonardo é atualmente o presidente da OAB Minas e vem desempenhando um grande trabalho, mas precisa de uma boa equipe em Minas e no Brasil para fundamentar sua provável disputa nacional. No quadro principal desta equipe nacional que deseja ver Sérgio Leonardo na presidência da OAB Federal está Gustavo Chalfun, que por sua atuação e liderança estadual poderá ser alçado a candidato da OAB Minas em apoio à candidatura de Sérgio Leonardo que vem crescendo por diversos outros estados além de Minas. A conferir!
Divisão política
O Hospital Regional Sul de Minas que vem passando por grande transformação durante a gestão do médico e empresário João Carlos Ottoni Adel vai enfrentar uma “saia justa nestes próximos meses de eleição municipal, aliás, deve enfrentar isso a cada dois anos nas eleições municipais e estaduais”. Ocorre que o Hospital Regional por seu trabalho importante na saúde do Sul de Minas carece de apoio político constante e tem encontrado apoio de diversos partidos, gestões municipais, estaduais e parlamentares. E naturalmente, todos estes que contribuem com o importante nosocômio divulgam ou esperam divulgação dos apoios e investimentos no Hospital, principalmente durante as eleições. Sabemos que embora a direção do Hospital Regional tenha proximidade com o atual governo Verdi Melo, (que tem candidato oficial em Varginha), o Hospital Regional não vai esconder que também recebeu importantes recursos por meio do Partido Progressista e seus parlamentares no Congresso e na Câmara Municipal. Da mesma forma que a instituição também recebeu recursos federais por meio de parlamentares do PT e até do PL. Sem falar que o próprio diretor do Regional, João Carlos Ottoni Adel é filiado ao Partido Novo, mesma legenda do governador Zema, que aliás também já ajudou o hospital. Ou seja, talvez para as lideranças que comandam o Regional, o melhor seja acompanhar de longe e em silêncio o caminhar da política municipal. Ou então que credite a todos os partidos e lideranças políticas tudo que recebeu nos últimos anos.
Perda indesejável
Em plena campanha política municipal, a Azul Companhia Aérea que atende Varginha informa que vai retirar voos que atendem Varginha durante a semana. A notícia não é um grande abalo econômico pois Varginha continuará tendo ligação aérea com a Capital, mas terá menos voos disponíveis. Já no ponto de vista político, a redução da oferta de voos é um desgaste para o candidato governista, pois mostra uma perda para a cidade. Aliás, na mesma época do anúncio da redução de voos da Azul em Varginha, também temos a informação oficial da saída do Boa Esporte o que também representa uma perda política e esportiva para a cidade e certamente entrará no “dossiê eleitoral que será explorado nesta campanha”. Vale destacar que Varginha realizou grandes investimentos municipais no aeroporto e também no Boa Esporte, logo, a redução de voos comerciais em Varginha e a saída do Boa Esportes, não deixa de ser uma perda do governo que investiu e obteve resposta negativa nas duas áreas. Cabe ao Governo Municipal criar parcerias regionais para construir time e torcida que alavancasse a criação de um novo time sediado em Varginha. Bem como, construir parcerias com empresas e municípios próximos para também fomentar novos voos comerciais e destinos que incluíssem Varginha e beneficiassem toda região. Fica a dica!
Polarização política e disputa legislativa
A desistência do deputado estadual Cleiton Oliveira (PV) foi comemorada no QG da campanha governista, que deve ser a mais beneficiada com “herança de lideranças” que devem deixar o apoio a federação PV/PT e PCdoB, principalmente produtores culturais e servidores públicos. Estrategicamente pensando em 2026 talvez seja vantagem para Zema apoiar o candidato do PL, mas tendo em vista a vantagem competitiva atual do candidato governista, Zema também não pode correr o risco de apoiar o nome errado na cidade e depois ter o “desprezo político do próximo prefeito de Varginha”. Os assessores do Palácio Tiradentes recomendam que Zema só entre em campanhas municipais onde o seu escolhido tenha vitória garantida, o que não é o caso de Varginha, que começa às eleições com desequilíbrio estrutural e partidário, mas muito equilíbrio político, pois as forças políticas que vão se enfrentar são semelhantes e até já foram unidas no passado. Trocando em miúdos, é possível que o governador Romeu Zema nem venha ou manifeste apoio a nenhum dos candidatos a prefeito em Varginha. Se vier a fazer escolha política na cidade, certamente vai ouvir seus conselheiros mais próximos e que possuem opiniões distintas sobre casos como a eleição municipal de Varginha. Mas certamente que o subsecretário estadual Bruno Araújo e diversas outras personalidades políticas locais com proximidade a Zema vão levar informações atualizadas a todo momento sobre a temperatura da disputa política municipal. A conferir!