O Cissul abriu licitação (042/2023) para contratação de empresa especializada no fornecimento de Coffee Break para os eventos a serem realizados pelo CISSUL. Não é a primeira vez que órgãos públicos com finalidades diversas como área de saúde, educação ou mesmo o Legislativo, contratam estruturas até industriais para fornecer “lanches, almoços e toda sorte de boca livre por conta do bolso do pagador de impostos (nós, contribuintes) ”. Ainda não sabemos quanto vão torrar de dinheiro público para promover comilanças, mas vamos ficar de olho. Afinal, certamente que o lanche não será oferecido aos cidadãos atendidos pelo Cissul, mas sim para uma pequena elite de políticos e altos cargos do consórcio. Não demora o Cissul vai reclamar dos baixos repasses do governo federal e dos municípios e clamar da vida pedindo mais recursos públicos para cumprir seu orçamento, mas recursos para lanche, parece que não falta!

O prefeito Vérdi Melo recebeu em seu gabinete o presidente da Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Varginha - ACIV, Anderson de Souza Martins, acompanhado dos diretores da entidade. O encontro aconteceu na quarta-feira (26/4), mas foi divulgado apenas nesta semana. O tema da reunião foi o “Café com tudo”, evento que aconteceu entre os dias cinco e nove de julho, na Praça do ET, em frente a Concha Acústica. Como nos anos anteriores, o evento oferecerá atividades culturais e gastronômicas com o objetivo de mostrar a força do café na nossa região e aproximá-lo da comunidade. A ACIV mantém diversos projetos em andamento em apoio ao comércio e economia local, na maior parte deles tem o apoio da Prefeitura de Varginha. O encontro entre o prefeito Vérdi Melo e o presidente da ACIV Anderson Martins ocorre depois do episódio em que a entidade foi forçada a desistir da venda de sua atual sede para construir uma nova e maior sede própria e do insucesso em conseguir a doação de terreno à ACIV por parte da Prefeitura de Varginha. O caso trouxe desgaste na relação entre a ACIV e o governo Verdi Melo, segundo fontes ouvidas pela coluna. Contudo, o canal de comunicação entre Anderson Martins e o prefeito permanece aberto, tanto que os dois atuam juntos agora na produção do Café com Tudo. Há quem diga que “em algum momento” Anderson Martins e Verdi vão falar sobre política municipal! Martins é atualmente a maior liderança do PSDB em Varginha e terá voz ativa no destino da sigla nas eleições de 2024, com possibilidade inclusive, de ser nomeado tucano para a disputa ao Executivo. Verdi Melo já foi do PSDB, possui amigos na legenda, mas tem pouca ou nenhuma influência no partido para, por exemplo, garantir o apoio dos tucanos locais ao candidato governista (hoje representado pelo vice Leonardo Ciacci). Os tucanos também são cobiçados por outros grupos políticos que se articulam na cidade. No passado Anderson Martins disputou o Executivo municipal concorrendo com Verdi Melo, não fez oposição ao atual governo, mas também não é visto nem tratado como aliado. Será que isso pode mudar nos próximos meses?

O Hospital Bom Pastor vive um de seus melhores momentos, com diversos investimentos, ampliações e modernização de equipamentos. Recebeu recentemente o Acelerador Linear para tratamento oncológico, melhoras na recepção da Oncologia, outros equipamentos importantes como mamógrafo, reforma da sala de gesso (recursos próprios), cobertura do acesso à Ortopedia, Reforma dos quartos dos Postos B e D, Reativação da Sala de Cirurgia, Reforma da sala de ultrassonografia entre diversas outras obras. Muito disso deve-se a recursos públicos vindos do governo federal, estadual e municipal, por emendas parlamentares de deputados e vereadores. Algumas obras também foram realizadas com recursos próprios do hospital. Aliás a bonança financeira da Gestão Verdi Melo tem sido decisiva para garantir os muitos e novos investimentos no Hospital Bom Pastor, Centro de Oncologia e o Hospital da Criança que será entregue em breve. Todavia, o crescimento da estrutura pública do complexo de saúde municipal formado pelo Hospital Bom Pastor, Centro de Oncologia e Hospital da Criança precisa ser planejado com cuidado pela Fundação Hospitalar do Município de Saúde – Fhomuv, comandada pelo reconhecido empresário de sucesso Edson Antônio Menegueli. Ocorre que o poder público não tem as mesmas facilidades da iniciativa privada, que contrata e despede com facilidade, adaptando-se à situação financeira do momento. No caso do Hospital Bom Pastor, por exemplo, a instituição tem bem mais servidores que o Hospital Regional, (que possui praticamente o dobro de leitos do Bom Pastor). Assim, o momento de abastança de recursos públicos nesta gestão não pode ser pretexto para eventual crescimento exagerado da folha de pagamentos ou compromissos fiscais permanentes. Pelo contrário, o desejável é que o complexo municipal de saúde do Bom Pastor possa crescer com o planejamento para que, quando as receitas municipais voltarem ao normal (sem receitas extras), o Bom Pastor passa a se adaptar à nova realidade, sem recursos sobrando. Neste caso, se a máquina pública estiver inchada, não há como despedir servidor público concursado ou romper contrato regular com obrigação de pagar ou fazer! Fica a dica!

A Prefeitura de Varginha foi uma das pioneiras na região no reconhecimento da necessidade de fazer a coleta seletiva, bem como avançou muito no problema do resíduo sólido que entope lixões irregulares por todo o Brasil. Atualmente Varginha possui um aterro sanitário, que mesmo tendo sido entregue à Copasa, sem licitação, vem cumprindo seu papel legal e ambiental para a destinação do resíduo sólido municipal (lixo). A coleta seletiva também acontece em Varginha, mas ainda de forma experimental e em pequena parte do município. A cooperativa dos catadores em Varginha, que funciona de forma precária precisa de apoio público, da Copasa e do setor privado para tornar-se forte e independente. Ainda existe “subemprego no mundo da reciclagem de Varginha, bem como é realidade que milhares de materiais que poderiam ser reciclados ainda são despejados no aterro sanitário unicamente porque não há estrutura, incentivo ou campanhas de conscientização pela reciclagem em Varginha. Isso inclusive vem reduzindo ainda mais a vida útil do nosso aterro sanitário que possui pouco mais de 10 anos de vida útil pela frente. Não temos pontos de coleta suficientes na cidade, não temos conscientização da população para separar o lixo ou mesmo caminhões suficientes para que a coleta seletiva seja realizada em toda a cidade. Um legado importante que este governo poderia deixar para as próximas gerações seria a melhoria real da qualidade de vida ambiental e sustentabilidade, mas parece que isso não interessa as autoridades públicas, principalmente as locais. Enquanto a latinha der mais lucro na natureza, ou o plástico der mais lucro indo para os oceanos do que sendo reciclado e gerando sustentabilidade para famílias de baixa renda, vamos continuar seguindo a passos largos para a destruição do único planeta que temos. Neste quesito, o governo estadual de Romeu Zema, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente tem muito a ensinar aos “técnicos do governo Verdi Melo”!

A saída inesperada de professor Leandro Acayaba do cargo de Secretário Municipal de Controle Interno pegou o governo municipal de surpresa! Acayaba é próximo de Verdi Melo e integra a comissão provisória do Partido Liberal em Varginha, que é comandado pelo vice-prefeito Leonardo Ciacci (que caminha para ser o candidato oficial do governo em 2024). Vemos que Acayaba tem proximidade com os dois maiores nomes/cargos do Executivo, não sairia do governo por qualquer problema simples! A coluna tenta descobrir o que motivou a saída de Leandro Acayaba e principalmente quem será seu sucessor. Há rumores de que o secretário teria saído por não concordar com “mudanças de entendimento do governo sobre a gestão, compras, gastos e contratações” o que teria gerado o desgaste que resultou no desligamento ocorrido na última terça. Leandro Acayaba é um político oriundo de família tradicional na cidade que, até a presente data, não possui nenhum deslize, escândalo ou desvio que macule sua vida pública. Talvez por sua ética profissional, o professor Acayaba não esteja retornando as ligações da coluna e não tenha feito alarde ou fundamentado o porquê saiu do governo. Mas tal conduta gera, consequentemente, diversas ilações e suposições sobre sua saída, o que nem sempre é favorável ao governo. Aliás, até aqui, o governo também não se manifestou sobre os motivos da saída de Leandro Acayaba nem quem será seu substituto. Mas uma coisa é certa, a conduta administrava com rigor utilizado pela Secretaria de Controle Interno da Prefeitura de Varginha pode perder credibilidade se a atuação do próximo titular da pasta for “permissiva demais com ações, contratações, gastos e compras do governo Verdi Melo daqui em diante”. O silêncio de Acayaba e também do governo só fazem o mundo político pensar em duas perguntas: A quem Leandro Acayaba desagradou no governo? Quem teve seus interesses contrariados pelo rigor da Secretaria Municipal de Controle Interno nos últimos meses?

O governador Romeu Zema e comitiva embarcaram para os Estados Unidos ontem, quinta-feira (4/5), em missão internacional para trazer novos investimentos a Minas Gerais. Em Boston, no sábado (6/5), o governador se reúne com representantes da Boston Metal para tratar de investimentos e instalação industrial no estado. Já na terça-feira (9/5), em Nova Iorque, será a vez do principal compromisso do Governo de Minas no país da liberdade: o lançamento mundial do projeto econômico-social do Estado, o "Lithium Valley Brazil". A iniciativa tem como foco a geração de empregos e renda de qualidade para os mineiros que vivem no Vale do Jequitinhonha, no Norte e Nordeste mineiros. O projeto tem potencial para transformar a realidade de 1 milhão de pessoas que habitam 55 municípios dessas regiões. A apresentação será na bolsa de valores Nasdaq. A descoberta de grandes reservas de lítio em pequenas cidades do Norte de Minas caminha para ser a redenção econômica desta região que sempre enfrentou grandes dificuldades estruturais para seu desenvolvimento. A extração e beneficiamento do lítio no Norte de Minas, promete ser um divisor de águas para a região. E o governo Zema está investindo em buscar parcerias para promover o desenvolvimento do Norte e Nordeste mineiro. Em solo norte-americano, Romeu Zema ainda se encontrará com grupos de investidores e participará de eventos sobre oportunidades e investimentos estratégicos.

O Coletivo Rio Verde VIVO esteve reunido com o comando da Copasa em Varginha para debater soluções para melhoria do meio ambiente, principalmente a saúde das águas, rios e córregos de Varginha e região, compreendida principalmente pela Bacia Hidrográfica do Rio Verde. Foi entregue à Copasa um estudo sobre as nascentes da região e a possibilidade do apoio da estatal na proteção das mesmas. Foram abordados temas como a pouca estrutura policial e de fiscalização das instituições públicas para a proteção do meio ambiente na região, a PCH Boa Vista instalada em Varginha (que foi alvo de denúncias por parte de ambientalistas), o condomínio fechado na Ilha do Rio Verde e como será feito o tratamento de efluentes naquele local. Segundo informações apresentadas pelo Coletivo Rio Verde Vivo, Varginha estaria com perdas na distribuição de água (Copasa) de mais de 34 %, segundo informações no portal da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Governo de Minas - SEMAD e não se tem notícia sobre atuação da Copasa para fazer o reparo e renovação de sua rede na cidade a fim de evitar tal desperdício e perda ambiental.  O Coletivo pediu informações atualizadas e quais são as fontes destas perdas e como podem ser mitigadas, quais campanhas estão sendo realizadas pela Copasa e o histórico destas campanhas. A Regional da Copasa sediada em Varginha é responsável por cerca de 200 cidades na região. A empresa estatal é comandada pelo Governo de Minas e vem apurando altos lucros em Minas, contudo, os investimentos em Varginha e região deixam a desejar. Nenhum representante da Prefeitura de Varginha participou da reunião, embora o Executivo municipal seja um dos parceiros principais da Copasa e de entidades ambientais na defesa do Meio Ambiente. Vale ressaltar que o Coletivo Rio Verde Vivo precisa chamar também a Prefeitura de Varginha, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para integrar o esforço conjunto de melhoria das águas. Estão em andamento em Varginha muitas obras públicas que vão impactar a qualidade e o volume dos rios e córregos que cortam a cidade. Além disso, o projeto de coleta seletiva urbana em Varginha é muito insignificante frente a produção de resíduos da cidade e precisa ser ampliado.