Nesta semana uma ocorrência inusitada no trânsito de Varginha mostrou a complexidade das possíveis ocorrências urbanas de trânsito e a necessidade de coordenação e sintonia dos órgãos públicos para atuarem em conjunto. Um veículo da Prefeitura de Varginha colidiu com uma motocicleta na Av. Imigrantes, importante via que liga diversos bairros ao centro da cidade. A mulher que estava na motocicleta estava grávida. Em que pese o susto, a mulher grávida foi socorrida pelos Bombeiros e levada ao hospital para tratar dores localizadas, sem maiores problemas! Contudo, se necessário fosse, os Bombeiros precisavam estar prontos para eventualmente realizar um parto, ali no local do acidente. Outras pessoas poderiam ter se ferido, talvez com gravidade e a unidade do SAMU precisaria estar pronta para rapidamente chegar ao local. O veículo da Prefeitura de Varginha poderia estar indo realizar algum trabalho ou atendimento ao público de urgência, assim, é preciso que exista rápida comunicação na estrutura pública para que o veículo público envolvido no acidente fosse substituído e o atendimento do serviço público não parasse. Além disso, a avenida Imigrantes, local do acidente, importante via da cidade, poderia ter ficado obstruída no acidente e seria necessária a coordenação do Departamento Municipal de Trânsito para rapidamente ser informado, chegar ao local e organizar o trânsito, talvez até a Guarda Municipal precisasse ser acionada. Por sorte que a ocorrência foi simples, sem nenhuma complicação, mas poderia ter ocorrido tudo isso que citamos. Será que todos os órgãos citados estariam prontos e agindo em sintonia e com planejamento? Será? Melhor seria pensar que sim, pois vidas estariam em risco! 

Nesta semana a coluna teve longa conversa com um dos líderes estaduais do PSD, que também conhece e tem proximidade com o governo Verdi Melo. A fonte ouvida pela coluna disse que “Verdi vem fazendo um bom governo, e que seria natural que o PSD acompanhasse o governo em 2024”. Contudo, quando indagado se o PSD poderia lançar candidato, à liderança partidária “titubeou e sinalizou que a legenda (PSD), dependendo do nome do candidato oficial, poderia indicar um vice”. O PSD já possui espaço de destaque no governo Verdi Melo, comandando a endinheirada pasta de Saúde, a que possui o maior orçamento do governo. O secretário Adrian Bueno (PSD) é um dos nomes aptos para ser indicados pela legenda numa eventual composição na chapa majoritária, embora o também médico peessedista Armando Fortunato tenha mais “fome de poder que o atual secretário de saúde”. Trocando em miúdos, aos poucos, o atual governo vai tendo indicações das legendas e grupos de poder que poderá contar em 2024. Mas claro que isso é apenas uma indicação e não uma certeza, visto que até que estejam definidos os nomes à disputa majoritária, tudo é possível, inclusive a traição aos compromissos anteriores, o que, aliás, nunca foi segredo! 

Após 12 anos, o reservatório da Usina Hidrelétrica Furnas alcançou, na quinta-feira (05/04), a marca de 100% do volume de armazenamento, conforme dados históricos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou o resultado e destacou a importância da marca para a produção de energia renovável e para a geração de emprego e renda nas regiões Sudoeste e Sul de Minas Gerais, principalmente com as atividades do ecoturismo. O lago cheio representa emprego e renda no ecoturismo, na piscicultura e em outras atividades fundamentais. Além do volume de chuvas, o volume máximo também representa o trabalho para otimização do Sistema Interligado Nacional (SIN) para potencializar e priorizar a geração de energia com fontes renováveis. Em janeiro deste ano o vertedouro da Usina de Furnas foi aberto pela primeira vez em 10 anos. Apesar disso, segundo dados da ONS, o reservatório não alcançava sua capacidade máxima desde o dia 13 de março de 2011. A barragem está localizada no curso médio do Rio Grande, entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais, e seu reservatório banha 34 municípios mineiros, com volume total de 22,95 bilhões m³. A UHE Furnas possui importância estratégica no SIN, com potência instalada de 1.216 MW, representa 17,12% da capacidade de armazenamento de energia no Subsistema Sudeste / Centro-Oeste. Além disso, seu reservatório permite a regularização do Rio Grande e contribui para a produção de energia em todas as usinas a jusante na bacia, até a Usina Hidrelétrica Itaipu, otimizando a operação em toda bacia do Rio Paraná. 

Principalmente para o Sul e Sudoeste de Minas, a represa de Furnas representa muito e ajudou a mudar não somente a geografia da região, mas também a economia, a política e os investimentos de todo seu entorno. A transformação começou quando da construção da represa, que impactou produtores que perderam terras, investimentos localizados na construção da barragem. Muitos chegaram a suicidar por conta da necessária mudança e abandono de sítios e fazendas que foram alagados. Depois disso, tivemos a adaptação da população ribeirinha às águas, desenvolvimento do turismo, piscicultura e esportes náuticos. As águas da represa foram fundamentais para a irrigação de diversas culturas como o café que é a base econômica de muitos municípios da região. De algumas décadas para cá tivemos também o impacto político da hidrelétrica, que foi forçada a realizar investimentos sociais e sanitários em muitas cidades do entorno do lago, a maioria por pressão das comunidades locais que mais sofreram e foram impactadas com o empreendimento.  

O que naturalmente fez despontar novas autoridades municipais e regionais. Muitos vereadores, prefeitos e deputados tiveram em Furnas, suas obras e relação com os municípios a base de suas campanhas políticas vitoriosas. Não custa lembrar, por exemplo, que o atual presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, iniciou sua vitoriosa carreira política na cidade de Passos, no sudoeste de MG, cidade que integra os 34 municípios da represa de Furnas. Vale destacar, ainda, que Rodrigo Pacheco, como principal liderança política da região, tem sido determinante na defesa de Minas e na busca do melhor nível das águas de Furnas, garantindo sempre o desenvolvimento e sustentabilidade da população que vive em torno da represa. Por certo, não fosse por Pacheco, e os mineiros Alexandre Silveira (ministro), Dimas Fabiano (deputado federal) entre tantos outros líderes mineiros, talvez não estivéssemos comemorando agora o nível histórico das águas da represa e seus investimentos na região. Mas vale pontuar que a hidrelétrica ainda tem uma dívida com Minas: A sede da empresa está no Rio de Janeiro, talvez por um “acidente político da época de sua criação”. Nas muitas lutas e conquistas das lideranças mineiras que atuam em prol de Furnas, suas águas, municípios integrantes do lago da hidrelétrica e toda população envolvida e beneficiada pelo empreendimento, talvez tenha chegado a hora de trazer o comando de Furnas ao seu lugar devido e natural: qual seja, um dos 34 municípios que a décadas suportam este grande empreendimento. Seria sem dúvida uma justa e merecida causa política a trabalhar, em defesa de MG! 

O leilão para concessão do lote das rodovias entre Varginha e Furnas foi remarcado para maio deste ano. A licitação estava prevista para o mês passado, mas foi remanejada para a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) realizar testes e responder a questionamentos feitos nos termos do edital. O leilão do chamado Lote 3 vai acontecer no dia 25 de maio, na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo. É esperado um investimento de R$2,6 bilhões nas rodovias contempladas. A empresa vencedora da licitação deverá realizar o investimento para expansão da capacidade dos trechos (duplicações), acostamentos, rotatórias e contornos, além da recuperação de toda a malha viária nos trechos concedidos. Segundo a Seinfra, as vias que serão contempladas neste lote estão localizadas entre São Sebastião do Paraíso e Três Corações, alcançando 22 municípios. A Seinfra destacou que o lote demandará investimentos estimados em R$2,6 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão, sendo R$1,3 bilhões nos oito primeiros anos, incluindo trechos de duplicação. Conforme o edital, o vencedor do leilão deverá realizar a duplicação de trecho de aproximadamente 8 milhas da MGC-491, entre Varginha e Três Corações, a implantação de cerca de 30 milhas de faixas adicionais e de 236 milhas de acostamentos, além da execução de diversos dispositivos nas interseções rodoviárias. A empresa vencedora também será responsávelpelos serviços de operação, manutenção e conservação dos trechos ao longo dos 30 anos de contrato. 

A obra de duplicação da MGC 491 no trecho entre Varginha e Três Corações é uma das principais cobranças de Varginha e região junto ao Governo de Minas. Promessa de Zema desde o mandato anterior, a obra de duplicação está paralisada há mais de 4 anos e muitos acidentes e atrasos tem trazido prejuízos aos motoristas que utilizam a via. O volume de veículos que utilizam o trecho com obras paralisadas também cresce a cada dia e não temos visto pontualidade da Coordenadoria do DEER/MG em Varginha para fazer a manutenção da rodovia. Mato alto cobrindo a sinalização, buracos, rachaduras e outras irregularidades na via são coisas comuns para quem transita pelo local. A obra de duplicação do trevo da Fernão Dias até Varginha, iniciada na gestão do governador petista Fernando Pimentel pode até terminar na gestão de Zema (é o que se espera), mas dificilmente será entregue a Varginha tendo Verdi Melo como prefeito! O processo burocrático para entregar a via à iniciativa privada, por meio de leilão de concessão, tem enfrentado dificuldades e ainda tem muita coisa pela frente até que efetivamente possamos ver máquinas e trabalhadores na pista. A esperança é que, uma vez concluída a obra, o que promete demorar mais que o desejado, o valor do pedágio que será cobrado seja justo, pois é bem provável que boa parte da pista já será “praticamente uma região urbana/metropolitana entre Varginha até o Distrito Industrial Walita e depois até o trevo da Fernão Dias. A conferir! 

O Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS encaminhou nota à Coluna em relação a publicação realizada na semana passada com o título "Muita espuma e pouco caldo". Diz a nota: "O Grupo Unis é uma instituição genuinamente varginhense e, desde a sua fundação, tem como propósito o empoderamento da comunidade de Varginha e região por meio da Educação. Prova disso é que em 58 anos de existência, o Grupo Unis já formou mais de 25.000 alunos; A área de saúde do Grupo Unis existe há mais de 20 anos, sendo que grande parte dos profissionais dos hospitais e clínicas da região são egressos dos cursos de enfermagem, fisioterapia, nutrição e biomedicina da instituição. Todos os cursos são bem avaliados pelo MEC e pelo Guia do Estudante do Estadão; A instalação de um curso de Medicina em Varginha é um sonho do Grupo Unis desde a sua fundação. No ano de 2022, após uma decisão judicial favorável, conseguimos apresentar o nosso pedido de autorização junto ao MEC, sendo que no momento aguardamos a designação de data da visita in loco dos avaliadores do INEP, o que deve ocorrer até o meio do ano; O curso de Medicina do Grupo Unis está sob a coordenação do médico Dr. Gustavo Eugênio Martins Marinho. Ele é médico cardiologista intervencionista, mestre em educação médica e possui mais de dez anos de experiência como docente. O curso também já possui seu Núcleo Docente Estruturante instituído, que tem trabalhado periodicamente no Projeto Pedagógico do Curso. Importante salientar ainda que o Grupo Unis possui um corpo docente da área de saúde altamente qualificado, que já atua há mais de 20 anos na educação varginhense; Em outra frente, o Grupo Unis tem preparado a sua estrutura física para a instalação do curso, incrementando os laboratórios de saúde já existentes e adquirindo equipamentos para a construção de novos laboratórios, próprios do curso de medicina. Relevante frisar que há projeto para a construção de Clínica Escola com credenciamento SUS; O Grupo Unis tem buscado parcerias com diversas secretarias de saúde de municípios da região, hospitais públicos e privados, para possibilitar aos estudantes e professores uma estrutura robusta para as vivências práticas. Atualmente já foram assinados cerca de 20 convênios, merecendo destaque os celebrados com o Município de Varginha e o Hospital Bom Pastor; por fim, cumpre ressaltar que o Grupo Unis não promove qualquer "boicote" como mencionado pela coluna, dedicando-se tão somente a um trabalho sério e comprometido, que visa proporcionar à nossa comunidade um curso de Medicina bem estruturado, que proverá à Varginha e região excelentes profissionais médicos.