Contraditório
A coluna foi contatada pelo presidente do Conselho Administrativo do Hospital Regional do Sul de Minas, o médico cirurgião plástico João Carlos Ottoni Adell, que contestou a nota divulgada na coluna sobre o Hospital Regional. O médico disse que as fontes da coluna estão equivocadas e que desconhecia as várias tentativas de contato realizadas pela coluna com a direção do Regional, Dr. João Carlos colocou-se à disposição para receber este jornalista no Hospital Regional para apresentar o trabalho realizado naquela instituição. Claro que a gestão de uma estrutura gigante como o Hospital Regional é operação complexa que por vezes esbarra em desencontros de informações que podem ter sido o ocorrido aqui. De toda forma, a coluna reitera que a situação jurídica administrativa é algo a ser resolvido, para a própria melhoria da instituição. Se o Hospital Regional for uma instituição pública de propriedade do Governo de Minas, que seja incorporada a Rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG, se o Regional pertence ao Município de Varginha, que seja então incluído a Fundação Hospitalar do Município de Varginha - FHOMUV. Desta forma, ficaria claro de quem é a responsabilidade pela gestão e quitação das dívidas da instituição, sem jogo de empurras e carência de investimentos. Contudo, se o Hospital Regional for uma propriedade privada, que fiquem claras as contrapartidas necessárias quando do aporte de recursos públicos naquele hospital. Vale ressaltar, novamente, o princípio da boa-fé e profissionalismo de muitos dos que estão à frente daquele hospital, bem como, da coluna em levantar a questão da gestão e responsabilidade/propriedade da instituição com o propósito de melhorar ainda mais o atendimento e a saúde dos milhares que usam o hospital.
O Império contra-ataca
O deputado federal Dimas Fabiano (PP) esteve reunido com seus apoiadores em Varginha no último feriado de Carnaval. Parlamentar atuante em Varginha e presente nas causas locais, Dimas esteve com os oito vereadores que são próximos a ele e procuram elaborar projetos em conjunto para a conquista de recursos para investimento em Varginha. Encontros como este são comuns e o parlamentar já realizou diversos ao longo do feriado em muitas das cidades onde atua. O curioso no encontro realizado em Varginha, na casa do advogado da Câmara, Juliano Comunian, foi a falta do vice-prefeito Leonardo Ciacci, que é liderança do Partido Progressista (PP) em Varginha. Dizem nos bastidores que Leonardo Ciacci e Dimas Fabiano "já não seriam mais melhores amigos" em razão do "abandono da gestão municipal à candidatura de reeleição de Dimas em Varginha". Segundo consta, Ciacci teria "perdoado rápido e fácil os colegas Verdi e Honorinho por não apoiar Dimas e ainda trazer nomes para concorrer com Dimas na cidade". Na reunião do deputado federal com os oito vereadores que hoje controlam a Câmara de Varginha, foi tratado sobre a relação do Legislativo com o Executivo municipal, bem como a forma "diferenciada que o governo Verdi vem tratando os oito vereadores liderados pelo PP de Dimas Fabiano". Não se acredita que haverá uma ruptura abrupta entre os oito vereadores e o governo, da mesma forma que também não se acredita que o deputado federal Dimas Fabiano vai abandonar o apoio ao governo Verdi. Todavia, dizem as fontes da coluna, que dificilmente o vice-prefeito Leonardo Ciacci será o nome do Partido Progressista nas urnas em 2024. Não sabemos se Ciacci esteve ou não com o deputado Dimas Fabiano quando de sua visita e reunião com apoiadores, mas é certo que o vice precisa colocar "as barbas de molho, pois tem gente na Câmara de Varginha de olho na vaga do PP para a disputa de prefeito em 2024". Não será a primeira vez que Ciacci enfrenta oposição local interna no PP para uma eleição, mas será a primeira vez que Ciacci vai comprar uma briga no partido, sem o apoio de Dimas Fabiano. A conferir!
Pedra cantada
A avenida Otávio Marques Paiva, uma das principais novas avenidas de Varginha, que vem recebendo milhões de reais em investimentos da Prefeitura, não passou pelo teste das fortes chuvas que caíram na cidade nos últimos dias. Mais uma vez o córrego que margeia a avenida transbordou causando grande confusão e trazendo riscos para quem trabalha, reside ou trafega próximo aquela importante e movimentada via. A Prefeitura de Varginha, em seus projetos de urbanização e ampliação, sabe do crescimento projetado para aquela via, contudo, parece que as obras de contenção daquele córrego não foram profissionalmente projetadas para suportar o volume de águas pluviais. Não é a primeira vez que a Prefeitura de Varginha perde recursos públicos naquela avenida. No passado, o projeto de drenagem elaborado para o início da avenida apresentou problemas e precisou ser refeito. Não sabemos se a empresa contratada foi acionada para refazer o trabalho (mal feito) ou se o contribuinte precisou novamente pagar pela obra. Desta vez com o transbordamento do córrego, no final da avenida, próximo a rodovia MGC 491, todos puderam ver que o dimensionamento da calha do córrego não ficou bom e precisa ser refeito, muito possivelmente alargado e/ou aprofundado. A questão é saber quem errou no projeto, se a empresa contratada pelo município, ou técnicos da Secretaria de Obras ou mesmo o empreendedor que fez o loteamento. Não duvido que, no final, quem vai acabar pagando pelas falhas seja, novamente o contribuinte. Também não se acredita que a empresa que fez a obra com dimensões inferiores ao necessário vai devolver os milhões embolsados.
Pedra cantada 2
O mesmo raciocínio da falta de planejamento eficiente na construção da calha do córrego que margeia a Avenida Otávio Marques de Paiva vale para a rotatória Carlinhos Tip Top no bairro Santa Maria. A rotatória foi inteiramente projetada e construída na gestão de Verdi Melo, e vem sofrendo críticas de ambientalistas que alegam que a obra não possui as dimensões necessárias para suportar a vazão de águas pluviais da região. Nas últimas chuvas, a ponte não transbordou, mas ficou muito próxima disso. Também nesta obra o município gastou uma pequena fortuna, a exemplo do que ocorreu com as obras estruturantes da avenida Otávio Marques. Ambas as obras precisam ser bem projetadas e com ampliações da estrutura programadas a depender do desenvolvimento da cidade nestas regiões. O diferencial da avenida Otávio Marques Paiva e a Rotatória Carlinhos Tip Top é que nas proximidades da rotatória existem diversas moradias e não apenas comércio como ocorre com a avenida Otávio Marques. Ou seja, em caso de transbordamento, a probabilidade de perda de vidas é maior que na avenida Otávio Marques. No passado, antes das obras da Rotatória, um grande transbordamento na avenida Zoroastro Franco de Carvalho (no Santa Maria) trouxe grandes perdas as famílias que moram às margens do córrego e colocaram em risco muitas pessoas. Desta vez, se houve algum erro de cálculo na construção da rotatória Carlinhos Tip Top (a exemplo do que parece ter ocorrido na Av. Otávio Marques) a retenção da água na rotatória pode fazer com que a avenida Zoroastro Franco de Carvalho em frente uma enorme inundação. Vamos torcer para que, pelo menos na rotatória, os engenheiros tenham feito um bom trabalho. A conferir, nas próximas chuvas.
Reclamações x Reclamações
Todo governo precisa estar preparado para receber críticas e reclamações, afinal, a maioria das ações neste governo tem sido de erros e acertos, que vão moldando a administração. Algumas das críticas são compreensíveis por tratarem-se da necessidade de mais investimentos aqui ou acolá, que naturalmente dependem de recursos disponíveis e projetos para execução. Todavia, dois tipos de críticas a este governo são merecedores de vergonha por parte do comando operacional do governo (secretários) e precisam ser alvo de atenção por parte do prefeito Vérdi Melo, que é quem fica com a culpa, mesmo que muitas vezes não saiba do problema ou tenha domínio da matéria alvo das críticas. O primeiro tipo de crítica inadmissível e que nenhum governo poderia ter é a execução ineficaz/incorreta de obras públicas que parece ser o que ocorreu com a avenida Otávio Marques, que já consumiu milhões de reais e ainda vem apresentando problemas. O segundo tipo de críticas que vem ocorrendo na gestão municipal e que não deveria ocorrer, se houvesse um planejamento das obras, e a grande reclamação de munícipes sobre a falta de sinalização na cidade, principalmente nas vias onde o município recapeou ou asfaltou recentemente no grande programa de recuperação das ruas e avenidas de Varginha. Temos que aplaudir o governo quando realiza um ousado programa recuperação das vias públicas. Contudo, temos que puxar a orelha pelo amadorismo da gestão quando realiza os recapeamentos e asfaltamentos sem, contudo, atualizar a sinalização, o que é fundamental, principalmente para os milhares de pessoas que visitam Varginha. Será que o prefeito Vérdi Melo não participava das reuniões semanais, às segundas-feiras, na gestão de Antônio Silva, ou o ex-prefeito cobrava resultados e tomava conhecimento das ações do governo? O prefeito Vérdi Melo esteve muito tempo ao lado de um administrador metódico para saber que é necessário acompanhar de perto tudo que acontece e não acontece na gestão. Do contrário, o prefeito Vérdi Melo corre o risco de ser "vítima das patetadas de seus secretários, e até responder judicialmente por elas, como aliás ocorreu com o também ex-prefeito Eduardo Corujinha".
ACIV: Entidade retoma projeto de venda da sede
A polêmica venda ou não da sede da Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Varginha foi retomada. A instituição havia programado em janeiro uma assembleia geral para debater a venda do imóvel. Contudo a reunião foi suspensa para levantamento de novas opções e maior esclarecimento sobre os projetos aos associados. Diversos comerciantes questionaram a venda do imóvel, destacando ser possível construir a nova sede por meio de financiamento. Outros comerciantes questionaram a doação do terreno que teria sido prometido por parte da Prefeitura de Varginha. A doação ainda não ocorreu e pode ser demorado o processo de doação. Primeiro porque outras instituições também aguardam para ganhar terreno do município e estão "de olho no fura fila tentando pela ACIV". Outro problema é que encontrar um terreno com as condições ideias como deseja a diretoria da entidade também não é fácil! Precisa ser um terreno plano, para reduzir os gastos da construção. Tem que ser um imóvel bem localizado, afinal não há como construir a sede da Associação Comercial longe do comércio e distante dos cidadãos. E vale dizer também que precisa ser um terreno amplo, visto que a ACIV planeja ter sede maior, estacionamento etc. Todos estes fatores levam a uma dificuldade ímpar que precisa ser analisada pela direção da ACIV e também pelo Governo Verdi Melo. E ainda temos um problema extra, que envolve particularmente o governo municipal. Ocorre que no ano que vem, 2024, a realização das eleições impede que o município faça doações. E isso é um impedimento legal intransponível! Ou seja, se o governo e a ACIV conseguirem enfrentar todas estas dificuldades neste ano, a tempo da Prefeitura de Varginha fazer o projeto de doação e aprová-lo na Câmara, ainda neste ano, vão precisar de muita sorte. E fica a pergunta, se a sede for mesmo vendida, neste ano, e a nova sede não fica pronta a tempo, seja por problemas na doação ou na construção, como ficariam os comerciantes que precisam dos serviços da entidade? A assembleia geral está programada para dia 28 de fevereiro, logo na semana após o Carnaval. Será que haverá quórum suficiente para que surjam ideias necessárias para enfrentar este grande desafio? O presidente da ACIV, Anderson Martins, disse que a venda da sede é apenas uma das possibilidades e pode ou não ser aprovada na assembleia geral. Já a possibilidade de um financiamento é um caminho palpável e que manteria o patrimônio da entidade. Certo mesmo é que, todo mineiro é desconfiado e não troca o certo pelo duvidoso. Assim, seja qual for o caminho definido pela assembleia, seja a venda da sede atual ou o financiamento da obra da nova sede, isso somente deve ser concretizado após a seleção criteriosa e efetiva doação do imóvel para a ACIV. Afinal, os governos passam e mudam de opinião, já a centenária ACIV não pode ficar entregue a "talvez e quem sabe". A conferir!