Após dois anos de Pandemia, de muitos desafios e sofrimentos para todos, especialmente para os profissionais de Saúde, a FHOMUV - Fundação Hospitalar do Município de Varginha se viu desafiada a reconstruir, assim como toda a humanidade, suas relações de trabalho com seus colaboradores. Em meio a todo o desgaste físico e principalmente emocional pelo qual a equipe de colaboradores do Hospital Bom Pastor passou, a instituição foi selecionada para participar do Projeto Reconectar - Trabalho com Alegria; uma iniciativa da Johnson e Johnson, Hospital Sírio Libanês e Institute for Healthcare Improvement. O Hospital Bom Pastor foi escolhido como único representante da região do Sul de Minas Gerais, dentro de um contingente total de 100 instituições em todo o Brasil. O Projeto tem por objetivo desenvolver qualidade de vida (bem-estar, satisfação e resiliência) para esses profissionais em todos os aspectos de suas vidas, especialmente no ambiente de trabalho que é onde passamos maior parte dos nossos dias.  Essa preocupação se justifica tendo em vista o aumento do número de transtornos emocionais como: esgotamento, estresse pós-traumático, ansiedade e depressão entre esses profissionais. O destaque da saúde no Hospital Bom Pastor é fruto do crescimento e investimento na instituição, que é financiada diretamente por recursos públicos diretos da Prefeitura de Varginha e repasses dos governos estadual e federal. Alvo da maior parte do orçamento municipal, a Saúde tem passado por vários avanços em Varginha, contudo a fiscalização e acompanhamento dos gastos e projetos contribuem para a maior eficiência e, por vezes, em reconhecimento público, como o caso de agora! 

Sob impacto da valorização do dólar neste ano, as exportações do agronegócio em Minas encerraram o mês de setembro com recorde histórico de arrecadação e já ultrapassando os valores contabilizados em todo o ano de 2021, mesmo com uma redução no número de países parceiros para envio dos produtos. Balanço divulgado na semana passada (11/10) pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) indicou que o envio de mercadorias ao mercado exterior somou US$11,6 bilhões nos primeiros nove meses de 2022. No ano passado, o valor apurado foi de US$10,5 bilhões, até então o melhor resultado da história. Neste ano, o número de países que recebem as mercadorias do agro mineiro caiu de 176 para 169. O volume embarcado alcançou 10,7 milhões de toneladas, com aumento de 7% em relação ao período anterior. As vendas dos produtos agropecuários representaram 37,5% de todas as vendas de Minas Gerais para o mercado externo. O café foi o principal produto exportado, como de praxe. A receita da cafeicultura foi de US$4,4 bilhões. O valor representa um crescimento de 63% em relação ao registrado entre janeiro e setembro de 2021, segundo a pasta. Os grãos que saem das lavouras do Estado foram entregues para 80 países, com destaque para Alemanha e Estados Unidos, principais compradores. As exportações de carnes também acompanham o cenário positivo e já registram o melhor desempenho da série histórica com US$1,34 bilhão e 320 mil toneladas exportadas. Principal representante do segmento, a receita da carne bovina registrou pouco mais de US$1 bilhão com o embarque de 177 mil toneladas ao exterior. Desde 2018, a China segue como principal destino da proteína e, atualmente, é responsável por 77% dos embarques das carnes bovinas do estado. Já a carne de frango representou US$265 milhões com a comercialização de 128 mil toneladas. A China permanece como o maior mercado importador, mas neste período houve importante acréscimo das vendas para os Emirados Árabes Unidos, somando US$43 milhões. O setor sucroalcooleiro (açúcar e álcool) alcançou US$960 milhões, com a exportação de 2,5 milhões de toneladas. A receita do setor teve crescimento de 13,3% no período. Já produtos florestais como celulose, madeira, papel e borracha alcançaram US$637 milhões com a venda de 1 milhão de toneladas. O segmento respondeu por 5,5% das vendas da pauta exportadora do agronegócio. "Os aumentos consecutivos nas vendas de café, soja, carnes e do complexo sucroalcooleiro foram importantes para esse desempenho. A valorização dos preços vem ocorrendo de forma globalizada, em função de fatores conjunturais, como as consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia, que afetam principalmente a exportação de grãos, adubos e fertilizantes, bem como a política de enfrentamento à Covid-19, estabelecida pela China 

Na quinta-feira (13/10), aconteceu uma manifestação de apoio à candidatura do ex-presidente Lula em Varginha. O bandeiraço a favor do candidato petista à presidência da República reuniu apoiadores e líderes do PT e partidos de esquerda da cidade. Houve distribuição de material em frente à Concha Acústica, onde os simpatizantes buscaram conversar com as pessoas que deram abertura para o diálogo. No sábado, os manifestantes pró Lula também se reuniram em frente ao antigo Cine Rio Branco para fazer panfletagem na parte da manhã. Vale ressaltar que em Varginha o presidente Bolsonaro venceu as eleições em 2018 e também no primeiro turno de 2022, com grande diferença dos candidatos petistas. Os apoiadores de Bolsonaro realizaram uma manifestação no sábado, com forte apoio do setor agrícola. Mas o importante a registrar é que o retorno de Lula ao campo político, com bom posicionamento nas pesquisas, tem sido um fator agregador e estimulador para a militância do PT e outros partidos aliados, que já não saiam às ruas em manifestações há muito tempo. É bem provável que tais manifestações vão continuar até o dia das eleições em 30 de outubro. E em caso de vitória do petista à Presidência da República, toda a esquerda da região, liderados por parlamentares como Odair Cunha, devem voltar com tudo nas eleições municipais de 2024. A coluna conversou com o presidente de diretório municipal de uma legenda de esquerda que apoia a volta do petista. Segundo a fonte, a vitória de Lula é fundamental para o retorno das “políticas públicas sociais da esquerda”. A fonte ouvida pela coluna já esteve no PT e hoje está em outra legenda de esquerda, mas destacou que, em conversas recentes com lideranças petistas há o desejo de lançar candidato a prefeito em Varginha em 2024. Tudo depende do resultado das eleições de 2022!   

A Gasmig, Companhia de Gás Natural de Minas Gerais, ligada a Gasmig, anunciou a construção de um gasoduto que vai atender diversas cidades do interior no centro-oeste de Minas. O Projeto Centro-Oeste atenderá à demanda por gás natural dos municípios de Betim, Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme, Itaúna e Divinópolis, podendo ser estendido a outros municípios da região. As cidades beneficiadas pelo Projeto representam 10% do PIB Industrial de Minas Gerais e 7% do PIB Total do estado. A população dos municípios diretamente impactados é de aproximadamente 1 milhão de habitantes, que correspondem a cerca de 5% dos mineiros. Com investimentos de aproximadamente R$780 milhões, o projeto prevê a ampliação do Sistema de Distribuição do Gás Natural da Gasmig em cerca de 300 km. Este gasoduto foi dimensionado visando, ainda, permitir uma expansão futura do SDGN para o Triângulo Mineiro. A implantação do projeto se dará em etapas, com início de obras previsto para o 2º semestre de 2023 e duração estimada de 24 meses. A chegada de gás natural para as empresas do centro oeste é um grande ganho competitivo para as empresas daquela região, o que vai dinamizar o desenvolvimento. Varginha aguarda há mais de 20 anos a ampliação do gasoduto da Gasmig que atende Poços de Caldas e Andradas para trazer o gás natural as empresas da região, contudo, a estatal Gasmig tem “patinado nos investimentos e não temos força política para forçar a estatal a fazer tal necessário investimento no distrito industrial de Varginha/Três Corações”. É preciso que esta ampliação do gasoduto da Gasmig no Centro Oeste seja o início de outras ampliações necessárias como a do gasoduto que atenderá Varginha e Três Corações. Vale pontuar, inclusive, que há compromisso não honrado pela Gasmig em instalar gasoduto ao longo da rodovia Fernão Dias a fim de potencializar o desenvolvimento das empresas da região. A matriz energética do gás natural é mais barata que a elétrica e outras usadas na indústria, sendo assim uma vantagem competitiva. Da mesma forma que a chegada do gás natural a região vai também trazer investimentos nos postos de combustíveis a gás, trazendo mais uma opção aos motoristas consumidores.     

O Índice Municipal de Preços ao Consumidor (IMPC-Unis) da cidade de Varginha, calculado pelo Departamento de Pesquisa do Unis e pelo GEESUL, ficou estável no mês de setembro com variação de -0,09% comparado com agosto. No período de doze meses, entre setembro de 2021 e setembro de 2022, a inflação acumulada é de 10,06%. Considerando apenas o ano de 2022 (janeiro a setembro), a elevação é de 8,03%. O IMPC-Unis consiste em um indicador de inflação composto por 5 grandes grupos de gastos, sendo eles: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação. Estes grupos são compostos por 11 subgrupos e 44 itens que totalizam 503 preços coletados considerando diferentes tipos, marcas e locais na cidade. Novamente o resultado do IMPC-Unis se assemelha ao índice oficial de inflação no Brasil (IPCA) que foi de -0,29%, conforme divulgado pelo IBGE no dia 11 de outubro. Tanto a nível nacional quanto municipal, o nível de deflação vem diminuindo nos últimos meses, sendo que em Varginha já se pode considerar uma estabilidade no índice. O resultado local foi ocasionado de maneira decisiva pela queda nos preços dos combustíveis influenciados pela diminuição de impostos dos governos estadual e federal. Nesse sentido, é possível afirmar que o impacto dos ajustes tributários começa a perder força sem influenciar de maneira profunda os grupos alimentação e habitação, cujo comportamento dos preços está mais dependente da dinâmica de produção e dos custos. Dessa forma, resgatando o que foi destacado no relatório anterior, no curto prazo a situação dos preços dependerá muito do comportamento da produção interna e das safras dos produtos alimentícios, juntamente com a demanda externa e a situação das cadeias produtivas internacionais, visto que somente a diminuição dos impostos não conseguirá isoladamente controlar a inflação. 

Das muitas negociações políticas planejadas no governo antes das eleições para deputado no começo de outubro, pouco vai se concretizar. Ocorre que muitos imaginavam que os candidatos a deputado do prefeito Vérdi Melo fossem ganhar, o que refletiria na ampliação de espaço destes políticos no governo. Do mesmo modo, alguns especularam que o deputado federal Dimas Fabiano iria perder as eleições, o que não ocorreu. A princípio, os adversários de Dimas Fabiano no governo municipal, desejavam reduzir o espaço do Partido Progressista na gestão, enfraquecendo assim uma possível candidatura da legenda em 2024. A articulação passaria necessariamente pela derrota de Dimas nas urnas, mas isso não ocorreu! Pelo contrário, quem perdeu as eleições foram os candidatos a deputado do prefeito, principalmente o ligado ao PTB. O prefeito Vérdi Melo deixou de apoiar os deputados Dimas Fabiano e Diego Andrade, em prol de uma dobradinha local que teve candidato a estadual e federal, ambos perderam. Passada a ressaca eleitoral, Verdi terá que reconstruir pontes políticas com Dimas e Diego, o que implica em manter o espaço do PP de Dimas e do PSD de Diego Andrade no atual governo municipal. Mas é certo que haverá mudanças pontuais no governo, com o retorno de Honorinho ao primeiro escalão, bem como mudanças em áreas específicas para o ano que vem. O Partido Progressista (PP) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) são as principais legendas no governo, com pré-candidatos informalmente colocados para as eleições de 2024. A aposta é que nos próximos dois anos o prefeito Vérdi Melo terá dificuldade em “manter a base aliada unida”. A começar pela eleição da nova mesa diretora da Câmara, agora no final de 2022, que em tese não tem nenhuma relação com o governo, visto que são os vereadores que vão escolher os eleitos. Mas na verdade, o prefeito sabe que a escolha do controle da Câmara pelos próximos dois anos, é a segunda etapa do jogo de conquista de espaço para consolidar uma vitória em 2024. O PP local começou bem, garantindo a reeleição do deputado federal Dimas Fabiano, fazendo-o majoritário em Varginha, e caminha para eleger o novo comando do Legislativo local. Ao PTB, e quem sabe o Solidariedade, que podem lançar candidatos a prefeito em 2024, cabem “apertar o passo e começar a ganhar espaços e apoios, pois a eleição de 2024 já está aí”.