Eleitor não valorizou nomes locais
Os resultados das eleições em outubro mostraram que o eleitor de Varginha não valorizou as candidaturas locais. Enquanto que candidatos sem nenhuma realização na cidade conseguiram votações enormes, como o vereador de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira, que conseguiu 14.794 (20,88% dos votos válidos) em Varginha. Enquanto isso, pessoas com histórico de realizações na cidade e autoridades locais minguaram em votações vergonhosas. Será que a comunidade local não compreendeu a importância de valorizar nomes locais comprometidos com a cidade ou foram os candidatos que não tiveram competência ou bagagem política para mostrar realizações que os valorizassem perante o eleitor? Será que a supervalorização de candidatos desconhecidos de Varginha e sem identificação local vai refletir em apoio legislativo para Varginha frente a disputa cada dia mais competitiva entre cidades ou vamos perder disputas para cidades polo que elegerem seus candidatos próprios? A baixa votação dos candidatos locais é um problema dos candidatos ou dos eleitores? Quais as indicações que isso traz para as eleições de 2024? Será que a cidade esperava oxigenação das lideranças políticas locais? O surgimento de novos nomes, pessoas não identificadas com o atual mundo político local é uma cobrança da população? Os nomes escolhidos pelo prefeito Verdi Melo nestas eleições não conseguiram sucesso nas urnas. Será que o prefeito fará uma escolha diferente e melhor quando da sua sucessão de 2024? Certamente que isso vai gerar muita briga nos próximos dois anos!
Oposição não morreu
Em que pese a vitória de Bolsonaro em Varginha, bem como a boa votação de candidatos bolsonaristas na cidade, temos que pontuar que nomes alinhados a esquerda também tiveram boa votação e terão papel importante na política regional nos próximos anos. Vale pontuar que o deputado estadual eleito com maior votação em Varginha foi o Professor Cleiton Oliveira (PV), que fez dobradinha com o petista Odair Cunha, que foi o deputado federal com a segunda maior votação na cidade. Por certo que a vitória de tais nomes fortalece políticos locais como Rogério Bueno e outras lideranças de esquerda. Além disso, temos que registrar que a base aliada do prefeito Vérdi Melo não está unida em torno de um “sucessor natural para Verdi”, pelo contrário. A disputa na base aliada envolvendo o Partido Progressista (PP) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), principalmente na Câmara de vereadores, que elege no final do ano uma nova mesa diretora. Além disso, o PSD que integra a base de apoio de Verdi Melo, não teria gostado do “abandono municipal da candidatura de Diego Andrade a deputado federal”. O mesmo sentimento de “abandono e ingratidão” existe no PP quanto a administração municipal que “deixou de lado” a candidatura vitoriosa de Dimas Fabiano à Câmara Federal. O prefeito terá que reconstruir sua base se quiser fazer o sucessor, e isso implica necessariamente em conversar/aproximar de Dimas Fabiano e Diego Andrade. Mesmo porque, os demais deputados eleitos com boa votação em Varginha são de oposição ao governo municipal (Odair Cunha), ou possuem bases e compromissos maiores com outras cidades, como Greyce Elias, por exemplo. Trocando em miúdos, a oposição se mantém viva em Varginha e vai se apresentar em 2024!
Capitólio reabre à população
O Theatro Capitólio será reinaugurado nesta semana após longo período de reformas. A classe artística local vinha cobrando a conclusão da obra há muito tempo. A reinauguração contará com cerimônia oficial seguido de apresentação de Concerto musical. O público já pode retirar os convites para a inauguração e comemoração dos 95 anos do Theatro Municipal Capitólio que acontecerá no próximo domingo (09/10). Cada pessoa terá direito a, no máximo, dois convites por CPF. A distribuição é gratuita e os ingressos limitados. O horário para retirada será das 8h às 12h e das 14h às 17h, no Theatro Capitólio (Rua Presidente Antônio Carlos, nº 522 – Centro). A noite de reabertura do teatro, que compõem a programação dos 140 anos de Varginha, contará com a solenidade oficial a partir das 19h. Após os discursos, haverá a apresentação do projeto “Concertos EPTV” com os músicos Rommel Fernandes (violino), Roberto Ring (violoncelo) e Pablo Rossi (piano). O programa contará com composições de Joseph Haydn, Frédéric Chopin e Felix Mendelssohn. O superintendente da Fundação Cultural de Varginha, Marquinho Benfica tem realizado um bom trabalho. Carismático e discreto, o Benfica conseguiu serenar os ânimos no meio cultural, que sempre foi polêmico e barulhento na cidade. O desafio agora será manter e administrar o Capitólio sem novas interdições. Uma vez que todos os produtores vão querer utilizar a estrutura o que vai gerar briga e desgaste no imóvel quase centenário.
Sucesso na vida privada, desconfiança na vida política
A atuação empresarial do Porto Seco em Varginha é coroada de sucesso. A localização da cidade, aliada a estrutura do Porto Seco, somada a redução burocrática dos governos estadual e municipal têm sido catalisadores da vinda de mais e mais empresas para o complexo empresarial próximo ao Aeroporto. Aliás, o Porto Seco é incentivador de melhorias no aeroporto, investe em causas sociais locais e mantém uma relação amistosa com todas as esferas de governo e grupos políticos. Com a retomada das linhas de trem que cortam a região, o modal ferroviário deve reduzir ainda mais os custos das empresas que desejam importar ou exportar, trazendo ainda mais boas perspectivas ao Porto Seco. Todavia, vale registrar, o “bom relacionamento do comando do Porto Seco com todas as esperas políticas partidárias existentes traz para alguns políticos a sensação de insegurança quanto ao empresário que lidera o grupo. Afinal, se a metodologia apolítica e apartidária dos empresários do Porto Seco, interagindo com todo tipo de político é vista como positiva pela sociedade civil, para a classe política, fica a sensação que Cleber Marques e sua equipe acendem vela pra Deus e para o diabo e podem tocar a vida com quem estiver no poder, com a mesma rapidez com que esquecem quem passou pelo poder e o ajudou no passado”. Será mesmo?
Ciúmes de você
A coluna comentou sobre a entrevista dada pelo presidente do Conselho de Administração do Hospital Regional do Sul de Minas, o médico João Carlos Ottoni Adell. Em sua entrevista o médico comparou as estruturas e gastos do Hospital Regional do Sul de Minas e o Hospital Municipal Bom Pastor. Segundo o médico, que vem fazendo um bom trabalho, enquanto o Hospital Regional possui mais de 200 leitos e recebe anualmente cerca de R$ 3 milhões da Prefeitura de Varginha, o Hospital Bom Pastor teria cerca de 100 leitos e receberia mais de R$ 30 milhões dos cofres públicos municipais por ano. A ciumeira por dinheiro tende a ficar maior, pois os números do orçamento de 2023, mostram que os recursos destinados ao Hospital Bom Pastor vão aumentar ainda mais no ano que vem por parte do município. Além disso, negociações governamentais sigilosas envolvendo a área de saúde podem injetar na Fundação Hospitalar de Varginha muitos outros milhões já em 2023. Certo mesmo é que o comando do Hospital Regional mostra ciúmes do Hospital Bom Pastor, mas não quer submeter suas contas e sua gestão a transparência e crivo de nenhum ente público como o município ou o Estado. O Regional quer ter a liberdade de uma empresa privada para contratar e gastar, mas não larga mão de sua imagem “de instituição pública” que deve ser bancada pelos cofres municipal, estadual e federal. Se julgam que o Hospital Bom Pastor “recebe mais do que merece'', deveriam liquidar as contas do Regional e entregá-lo livre e desembaraçado ao Município de Varginha para unificar, ampliar e melhorar a rede pública de saúde. Ou então mostrar competência gerencial dos grandes hospitais privados como Mater Dei (BH) ou Sírio Libanês (SP) para reerguer o Regional e fazer dele uma referência em gestão transparente, atendimento de excelência e altos lucros.
Área Azul: Desafio de acertar na concessão
O governo municipal tomou uma decisão corajosa e desafiadora: entregar a gerência da Área Azul para a iniciativa privada, por meio de concessão pública onerosa, para implantação, operação, manutenção e gerenciamento do sistema de estacionamento rotativo de veículos nas vias e logradouros públicos de Varginha. Se construir um projeto estruturado e contratar uma empresa séria, a Prefeitura de Varginha pode melhorar e preparar o trânsito de Varginha para as próximas décadas que virão. Bem como, pode também levantar recursos para o trânsito e outras áreas que interagem com esta área. No processo burocrático preparatório para a contratação o município tem escalado seus melhores servidores técnicos, mas é certo que uma consultoria externa especializada precisa ser ouvida. Em caso de falha no projeto, o trânsito de Varginha que já não tem o planejamento desejado pode se tornar o caos que traria gastos e desgastes para o governo e os milhares de motoristas e pedestres que já sentem a piora do trânsito com o crescimento desordenado da cidade. A conferir
Transporte Público Escolar Rural
A Prefeitura de Varginha publicou no dia 29 de setembro o edital de licitação 346/2022, que torna público a abertura de procedimento licitatório para contratação de empresa para execução de serviços técnicos especializados na área de engenharia objetivando a elaboração de diagnóstico e modelagem do transporte escolar rural para atendimento aos alunos da rede pública de ensino de Varginha. Os valores reservados para tal contratação são significativos, contudo, o serviço sempre apresentou reclamações. Vale ressaltar que a qualidade do serviço de transporte escolar rural, além de implicar na necessidade de veículos adequados e novos, precisa também ter motoristas capacitados, treinados e ainda uma boa malha viária na zona rural, o que não se consegue durante todo o ano. Trocando em miúdos, não se espera que o município vai conseguir entregar um transporte público escolar rural de qualidade sem antes garantir estradas boas o ano todo e veículos novos com motoristas treinados. A conferir
Onde está Wally?
As eleições de outubro foram intensas e o segundo turno promete manter o mesmo calor e disputa, mesmo que em Minas Gerais já tenhamos definido o governador e as vagas do Legislativo. O Brasil parece dividido em três partes: Bolsonaristas, Lulistas e aqueles que não se interessam por nenhum dos dois. Não vou aqui discorrer sobre a necessidade (obrigação) de que o eleitor vote, participe e escolha seu “preferido ou o menos pior”. Mas parece claro que omitir-se de votar ou votar nulo ou branco é destrutivo para o futuro do país, um desserviço às próximas gerações! Acredito que todo eleitor já saiba que “o castigo para quem se omite de votar ou não gosta de política, é ser governado por quem gosta e acompanha o tema”. Mas o foco desta nota não está no radicalismo ou movimentação política que todos estão vendo, mas sim no que ninguém viu nestas eleições: onde está o ex-deputado estadual Dilzon Melo? Liderança regional incontestável da última década. Governadores e presidentes ouviam Dilzon Melo quando se reportavam ao Sul de Minas. Decisões estaduais importantes passaram por suas mãos e, ao final, tudo acabou! É o que parece! O poder do parlamentar que mandou na região se foi com a derrota inesperada nas urnas. Nesta campanha, outro ícone da ALMG também teve a “aposentadoria imposta pelo eleitor”, o deputado estadual Dalmo Ribeiro perdeu as eleições. A exemplo de Dilzon Melo, o parlamentar de Ouro Fino deve abandonar a política. Dizem, que de todo poder que passou pelas mãos destes deputados da região, ficaram apenas as muitas propriedades e fartos recursos amealhados ao longo da vida pública. Será que alguém duvida?
Cleitinho paz e amor
O deputado estadual reeleito Professor Cleiton Oliveira (PV) está repassando sua base política, agradecendo seus principais cabos eleitorais. O parlamentar de Boa Esperança comemora a reeleição em meio a uma campanha disputada onde seu partido (aliado do PT) perdeu espaço para Bolsonaristas. Além disso, o Professor Cleiton Oliveira fez oposição a Zema, por meio da CPI da Cemig que integrou. Em meio ao crescimento político de Zema e Bolsonaro, o parlamentar do PV conseguiu aumentar sua votação e reeleger com tranquilidade. Cleiton Oliveira elogiou o prefeito Verdi, que embora seja oposição ao seu grupo na cidade, mantem boa relação política com o parlamentar.