Coluna | BRASILzão
Diego Gazola / Fábio Brito
Diego Gazola,(MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico.Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, já percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes.As fotografias de Brasilzão são de sua autoria.
diegogazola@uol.com.br

Fábio Brito. Presidente da Empresa das Artes, editora com mais de 160 obras publicadas nos segmentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua autoria.
fabiobritocritica@yahoo.com.br
Morretes, minha Graciosa, eu te amo!
03/10/2005


A pacata cidade de Morretes preservou o seu patrimônio histórico.

- Não é linda a Graciosa? Eu a amo!

- Quem é ela?

- Deixe de ser bobo, rapaz! Falo - e você sabe muito bem - da magnífica estrada que leva ao litoral paranaense, em que a natureza, em toda a sua exuberância atlântica, torna o trajeto um dos mais belos passeios ecológicos existentes no País! A vegetação, grande parte ainda intocada, nos faz redescobrir o Brasil ideal onde as mãos do homem respeitaram o meio ambiente e fizeram a sua história.

- Mas você não estava falando de florestas e de vegetação nativa? Onde entra a história?

- Onde? Ora, na região encontra-se uma das mais simpáticas e bonitas cidades brasileiras: Morretes. Ela foi fundada em 1733 e ainda guarda, dos tempos de antanho, manifestações culturais marcantes como o fandango e o pau-de-fita, além de danças regionais e sua culinária típica cuja maior expressão é o barreado. Tudo isto dentro de um espírito de paz e de tranqüilidade que você chega a sentir na epiderme quando passeia pelas simpáticas ruas emolduradas por edificações antigas. Sem falar na beleza que é o rio Nhundiaquara, de águas cristalinas, e que serpenteia entre a inefável vegetação e o casario preservado.

Estudantes descansam à beira do Rio Nhundiaquara . Vida saudável.Fábio Brito - "Em Morretes reencontramos parte do rico passado paranaense"

- Nossa! Fiquei até com vontade de conhecê-la! Isso ainda existe, mesmo, no Brasil?

- Isso o quê?

- Cidades históricas limpas e rios de águas transparentes, onde você certamente pode praticar esportes de aventura e visitar os arredores descobrindo majestosas quedas d´água enquanto percorre trilhas maravilhosas mata adentro, montes acima e ladeiras abaixo...

Igreja São Sebastião do Porto De Cima, construída no povoada em 1850.

- Gostei de sua verve! Você já está entrando no espírito da coisa! Claro que existe! E Morretes é um belo exemplo disso. É um sonho! Os habitantes são gentilíssimos e existe um espaço grande para o desenvolvimento do turismo aliado ao respeito às tradições locais. Bem próximo à cidade, encontra-se o povoado Porto De Cima, que viveu o auge de sua economia quando serviu de entreposto e tinha seus armazéns abarrotados de erva-mate, produto que fez a fortuna de muitos fazendeiros locais naquela época. Calçadas de pedras, casarões seculares e a Igreja São Sebastião do Porto De Cima, edificada em 1850, testemunham o potencial cultural do Estado do Paraná.

Casa do caco - Artesã trabalha com pedaços de azulejos, em Porto De Cima

- Gente! E pensar que o Paraná é tão tímido ao divulgar o seu potencial histórico-cultural! Bem, talvez seja melhor assim, não é mesmo? Quem sabe se o turismo de massa não seria nefasto para a região? É melhor continuar com está...

- Pode ser... Ou não... Quem é que sabe? Chi lo sa!...

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