O perfil e as dificuldades do consumidor em Varginha
A ACIV realizou entre os dias 01 e 05 de agosto uma pesquisa de Intenção de Compras com 320 consumidores de Varginha. O resultado reforçou a preferência dos clientes pelas compras presenciais, conforme pesquisas feitas anteriormente pela entidade. Embora as compras on-line estejam crescendo, o perfil do consumidor de Varginha parece mais conservador. Afinal, o mineiro, desconfiado que é, quer ver o produto antes da compra e levar o produto para casa após fazer o pagamento, coisas que não ocorrem nas compras virtuais. Segundo o levantamento da ACIV, a compra nas lojas do Centro será a escolha da maioria com 63%, seguido das compras pela internet com 17%, shopping com 15%, outras cidades com 3% e lojas no bairro com 2%. Vale ressaltar que mesmo o universo de 320 consumidores ouvidos ser relativamente baixo para a população de Varginha, os números podem mostrar uma tendência da maioria. A pesquisa apontou também que não será uma data com muitos presentes. Mais da metade dos entrevistados (62%) disseram que vão comprar apenas um presente. 32% que vão comprar dois e 6% que vão comprar três presentes. Tendo em vista a proximidade do Dia dos Pais, que não é a principal data de vendas do comércio, é bem possível que as vendas não terão grandes altas em relação ao ano passado, mas em havendo crescimento das vendas, há o que comemorar. O valor médio aumentou em relação às outras datas, 50% disseram que pretendem gastar entre R$51 e R$100, 22% pretendem gastar até R$50, 13% entre R$101 e 150, 11% mais de R$200 e 4% entre R$151 e 200. A conferir
O perfil e as dificuldades do consumidor em Varginha – parte 02
O cartão de crédito é a principal forma de pagamento escolhida por 40% dos consumidores entrevistados. O pagamento em dinheiro foi a opção de 24%, seguido de cartão de débito com 15%, PIX com 14% e crediário com 7%. Vale ressaltar que as dívidas de cartão de crédito são apontadas como maior problema para os consumidores que estão com contas em atraso. Já o PIX tem ganhando espaço e vem retirando bilhões dos altíssimos lucros dos bancos com taxas, visto que o PIX é uma transferência financeira recente e sem custos ao consumidor. O medo do consumidor de comprar com cartão de crédito e depois se afogar nas dívidas é verificado se somarmos pagamento em dinheiro, mais cartão de débito e PIX, temos um total de 53% que podem ser considerados pagamento à vista. As roupas foram a escolha da maioria (62%), seguido de calçados com 9%, cosméticos com 8%, eletrônicos com 5% e equipamentos esportivos com 4%. O restante dos itens como livros, mochilas, joias, etc, tiveram menos de 2% de votos. O levantamento realizado pela ACIV é mais um conjunto de informações úteis para o setor produtivo do comércio, principalmente o comerciante instalado no centro comercial de Varginha. O comércio dos bairros já possui um público cativo de pessoas que compram por razão da proximidade da loja (como facilidade) ou mesmo crediários diferenciados. Já o comerciante do Shopping Via Café é um comerciante que possui maior estrutura de venda, com campanhas de venda do centro de compras, além de outros atrativos que levam o consumidor ao Via Café. Contudo, embora a soma dos comerciantes do centro comercial de Varginha seja maior que os comerciantes do Via Café, os comerciantes do centro não sabem atuar em conjunto, coisa que já ocorre com os comerciantes do shopping. As informações da pesquisa da ACIV são vitais principalmente para os comerciantes do centro, que precisam se organizar e, talvez por meio da ACIV, aprenderem a desenvolver trabalhos e ações em conjunto para atrair o consumidor. Será que a ACIV vai conseguir esta união a tempo de salvar os muitos comerciantes do centro de Varginha que estão à beira da falência?
Capital e Judiciário
A cada dia o Judiciário tem se aproximado mais dos setores econômicos. O poder que se mantinha encastelado e longe da “voz das ruas” viu que precisa conhecer melhor a sociedade que julga para promover melhor a própria Justiça. Em Minas, a Federação das Indústrias FIEMG tem promovido cursos de capacitação política a industriais e aproximado às cortes superiores do setor produtivo mineiro. A maior interação entre estes setores tem mostrado ao Judiciário as aflições de quem gera emprego e renda, bem como mostrado aos empresários que a Justiça segue as leis, mas pode ouvir o clamor das ruas para interpretar a legislação. O protagonismo da sociedade brasileira em seus diversos segmentos, incluindo o setor produtivo, à frente das mudanças estruturais para o desenvolvimento sustentável do país, foi apontado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça como um dos caminhos viáveis para superar uma relação de crise de confiança entre o poder público e a democracia. O ministro discorreu sobre o tema na palestra "Os riscos de uma crise entre os três poderes e a democracia" no encerramento da 2ª Capacitação Política da FIEMG nesta segunda-feira (8/8), na sede da Federação, em Belo Horizonte. A iniciativa integra o projeto Imersão Indústria. Para explicitar o assunto, Mendonça apresentou indicadores de governança pública que fazem parte de uma pesquisa do Banco Mundial, realizada em cerca de 200 países, entre eles o Brasil. Os dados foram coletados entre 1996 e 2020 e dizem respeito ao controle da corrupção, segurança jurídica, efetividade de políticas públicas, violência e estabilidade política, participação social e outros. Em todos os quesitos, ponderou o ministro, o Brasil se mostrou ineficiente de uma maneira geral, em comparação com outros países. André Mendonça é o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal, indicado por Bolsonaro. O jurista também é pastor evangélico, conta com o carisma dos demais colegas da corte e tem realizado um bom trabalho no Judiciário. Além de Mendonça, a FIEMG já trouxe os ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso para palestrar em Minas. O encerramento da 2ª Capacitação Política teve a presença do procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, do presidente do Tribunal Regional do Trabalho em Minas Gerais (TRT-MG), desembargador Ricardo Antônio Mohallem, desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), presidentes de sindicatos patronais associados à FIEMG, políticos, diretores da Federação e outros convidados.
Somando esforços
A Prefeitura de Varginha em parceria do Conselho da Criança e Adolescente e Conselho do Idoso, contratou junto ao SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), 28 cursos de pré-qualificação profissional. Uma CARRETA-ESCOLA de informática estará na cidade no período de 15 de agosto a 25 de novembro, oferecendo cursos para jovens e adultos. A Carreta ficará estacionada no Terminal Rodoviário, localizado à Av. Benjamin Constant, 1000 - Jardim Petrópolis, Varginha-MG. Os interessados devem procurar as unidades dos CRAS para realizar a inscrição. Outras informações pelo telefone: 36902737. A Prefeitura de Varginha já havia realizado outras parcerias com o Sistema S, mas com a Federação das Indústrias, por meio do SESI, para a formação de curso de costura industrial, para formação de mão de obra especializada para empresa local que se instalou recentemente em Varginha. O Sistema S possui centenas de cursos de capacitação, muitos deles gratuitos, além de projetos de desenvolvimento regional. A proximidade entre a Prefeitura de Varginha e o setor produtivo, seja ele da Indústria, Comércio ou Agricultura é um bom sinal e mostra que o governo está abrindo os olhos para outras instituições que sempre estiveram disponíveis e atuando em Varginha. Tomara que a soma de esforços e novos projetos continue.
Guerra das pesquisas
Foi divulgado na sexta-feira (5/8) pelo Instituto Gerp, a quarta rodada da pesquisa de intenção de votos para presidente da República. A pesquisa mostrou pela primeira vez, um empate técnico entre os dois presidenciáveis Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio (PT), ambos com 38%, em terceiro lugar segue Ciro Gomes 10%, seguido por Simone Tebet com 3%. O Instituto GERP entrevistou 2.045 pessoas onde a margem de erro é de 2,18 pontos percentuais. Esta é a primeira pesquisa que mostra o presidente Bolsonaro empatado tecnicamente com Lula. No quesito rejeição, o presidente Bolsonaro tem 49% contra 44% de Luiz Inácio, seguido por Ciro Gomes com 15%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR 009/2022. A coluna não acredita em pesquisas nos moldes em que são realizadas atualmente para a disputa do comando do Brasil. Lula apontado como líder não consegue sair às ruas sem ser vaiado. Bolsonaro visto como bem avaliado, vive “puxando brigas e falando impropérios a cada discurso”. Além disso, o resultado das eleições anteriores e pesquisas do passado mostraram que os institutos de pesquisa estão tão errados quanto os números que apresentam. O eleitor deve votar de acordo com o que pensa sobre cada candidato e de acordo com sua percepção sobre o governo de Lula ou Bolsonaro. Basear-se em pesquisa ou nos movimentos de votos apontados por este ou aquele instituto de pesquisa é um erro. No final, como sempre ocorreu, o eleitor vai mesmo decidir o voto na última hora, e isso somente é perceptível nos últimos dias antes das eleições. Ou seja, as pesquisas de agora são um engodo para passar a perna no eleitor.
Varginha destaca de geração de emprego
De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Varginha teve saldo positivo de 1.743 empregos com carteira assinada gerados no acumulado do primeiro semestre de 2022. Apenas no mês de junho, Varginha registrou um saldo de 709 empregos, um crescimento de 453 vagas comparado ao mesmo período em 2021. Com estes números, Varginha lidera na geração de empregos no Sul de Minas. O setor que mais contratou foi o de serviços, com 434 vagas. Na sequência vem os setores de agropecuária, indústria e comércio, com saldos de 174, 75 e 30 empregos respectivamente. Vejam os números do mês de Junho Varginha: 709 Poços de Caldas: 353 Passos:316 Três Pontas:300 Extrema: 257 Acumulado de 2022 Varginha: 1.743 Extrema: 1.429 Poços de Caldas: 1.163 Pouso Alegre: 1.126 Passos: 730 Os números refletem a política adotada pelos governos estadual e municipal, como o programa de retomada econômica com diversas ações, desde o decreto de liberdade econômica, que visa principalmente a desburocratização nos processos de abertura de empresas e a atração de novos investimentos para a cidade. O Porto Seco tem sido um excelente equipamento para atração de novos investimentos, e a somatória dos fatores citados, indicam que estão no caminho certo para que seja possível a promoção de uma retomada econômica sustentável. Claro que investimentos na saúde, infraestrutura e educação, dentre outros, também motivaram os investidores a escolherem pelo município de Varginha, principalmente os investimentos de longo prazo como indústria que precisam de locais com boa qualidade de vida para se instalarem.
Volta do trem a Varginha?
A ferrovia que passa por Varginha e por tanto tempo transportou o trigo que movimentava o antigo Moinho Sul Mineiro pode voltar. Este é o projeto de empresários da indústria e da cafeicultura, com o apoio do Porto Seco, Governo Federal e Estadual. O projeto prevê a interligação multimodal dos trechos abandonados da ferrovia que liga Varginha a Angra dos Reis no Rio de Janeiro. O trecho entre Varginha e Lavras já está em fase de reparação e o trecho entre Angra dos Reis e Barra Mansa no Rio de Janeiro também deve ser recuperado. Autoridades estaduais e municipais fluminenses também apoiam o projeto, que pode economizar cerca de R$320 milhões em transporte para os setores agroindustriais da região, além de poder gerar mais emprego e renda e desenvolvimento turístico para Minas e Rio de Janeiro. Nomes conhecidos do meio empresarial e político estão empenhados nesta retomada dos trens de cargas. Um deles é o empresário Cleber Marques de Paiva, visto como um dos mais influentes empresários na cidade. Cleber esteve em Brasília juntamente com deputados, prefeitos e outros empresários que defenderam o projeto junto ao Governo Federal. Não é a primeira vez que aparecem projetos envolvendo a linha férrea de Varginha, a estrutura construída pelo poder público no passado muito ajudou no desenvolvimento empresarial da região. Contudo nenhum dos projetos chegou a prosperar e até mesmo a retirada dos trilhos e construção de uma avenida ou ciclovia foi defendida no passado. Será que desta vez a iniciativa vai para a frente? A conferir. Pelo menos desta vez, tem gente de peso apostando que vai dar certo.