Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Entidade denuncia irregularidades no reservatório da PCH Boa Vista; Ciúmes e incômodos
01/06/2022


Múltiplos caminhos 

O deputado estadual Agostinho Patrus é hoje um dos homens mais poderosos de Minas, uma vez que preside a Assembleia Legislativa Mineira, o que lhe garante o controle da pauta do Legislativo. Por meio deste poder o parlamentar já comprou brigas com o governo Zema e também tem ajudado adversários do governo estadual com pautas bomba no Legislativo. Contudo, é chegada a hora do parlamentar definir seu destino político. Patrus é cotado para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Alexandre Kalil (PSD), todavia, a parceria do PSD de Kalil com o PT de Lula pode implicar na vaga de vice para um petista, o que tiraria Agostinho da chapa majoritária, já que a única vaga de senador deve ficar com o senador Alexandre Silveira, presidente do PSD mineiro. Mas Patrus tem ainda a possibilidade de ser candidato à reeleição como deputado estadual, onde teria grande chance de vitória, mesmo não tendo preparado sua base parlamentar para tal alternativa, visto que desde o ano passado tinha previsto outro caminho que não a reeleição. Ademais, se Agostinho vier a disputar a reeleição e conseguir a vitória, uma nova presidência do Legislativo no ano que vem estaria condicionada a quem for eleito governador em 2022. Se Kalil ganhar, é possível que Agostinho tenha chances de ocupar novamente o comando da ALMG. Todavia, em caso de vitória de Zema, dificilmente Patrus conseguiria apoio para permanecer na presidência. Outra alternativa para Agostinho Patrus seria a vaga aberta para o Legislativo para o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais – TCE. Patrus tem hoje votos no plenário para garantir sua eleição para o TCE, afinal, é ele que decidirá quando se dará a votação legislativa que definirá o nome que vai para o Tribunal. Mas vale destacar que, se Agostinho Patrus demorar para colocar em votação a vaga do TCE (deixar para depois da eleição, por exemplo), seu poder de conseguir votos no plenário pode mudar. Ainda mais se Kalil perder a disputa pelo Governo de Minas e o parlamentar não garantir sua reeleição. A conferir .

Cohab e Prefeitura de Varginha poderão construir juntas novo conjunto habitacional na cidade

A Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab Minas) apresentou em BH na terça-feira (31/5), a prefeitos de 36 municípios mineiros, inclusive Varginha, o novo programa de consultoria habitacional formatado pela companhia. Na ocasião os técnicos da Cohab fizeram uma apresentação aos chefes municipais sobre as principais diretrizes da consultoria habitacional bem como a assinatura de um memorando de entendimentos com as cidades interessadas em firmar parceria com a companhia. A oferta de consultoria habitacional busca disponibilizar a expertise da Cohab Minas, em seus 56 anos de história, na construção de empreendimentos habitacionais para famílias de baixa renda. O objetivo é permitir que as cidades passem a conduzir, de forma autônoma, o processo de viabilização e implementação dos conjuntos habitacionais. Entre os serviços prestados pela companhia na consultoria estão as vistorias do terreno do empreendimento, estudo de viabilidade social, acompanhamento de todo processo licitatório, assessoramento ao município no chamamento público (técnica e preço) para a seleção da construtora, entre outros. A parceria entre a Cohab e o Executivo municipal pode garantir maior qualidade às obras habitacionais realizadas pelo município. No passado, houve registros de problemas de drenagem e escoamento de águas pluviais e terraplenagem em obras do Bairro Novo Tempo e Cruzeiro do Sul, realizados pela Prefeitura de Varginha. A parceria com a Cohab, poderá dar aos técnicos da Prefeitura de Varginha o conhecimento para melhorar as licitações e fiscalização, dando assim maior eficiência aos recursos gastos. Vamos conferir!  

Polícia Militar vai utilizar câmeras de segurança nas fardas 

O governador Romeu Zema anunciou a aquisição de equipamentos para a implementação do projeto-piloto de utilização de Câmeras Operacionais Portáteis (COP) e armas não letais pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O anúncio foi feito no evento de abertura do seminário para o treinamento de militares sobre a utilização de câmeras portáteis individuais durante a atividade policial. Para a realização do projeto-piloto foram adquiridos kits que contém 1.040 unidades de câmeras operacionais, 65 unidades de docas (equipamento para download e recarga para 6 câmeras simultâneas) e 1.040 pistolas de impulso elétrico, com o investimento de R $2,4 milhões do tesouro do Governo do Estado. Os primeiros equipamentos serão distribuídos nos próximos meses e serão enviados para as 19 Regiões da Polícia Militar. Nesta fase do projeto serão, em média, 4 mil policiais usando o equipamento. Dentre os avanços na segurança pública do Estado, destaca-se o fato da Polícia Militar mineira está entre as polícias menos letais do país, atrás apenas do Distrito Federal. A taxa média de mortalidade por intervenções policiais no Brasil em 2020 foi de 3,0 por grupo de 100 mil habitantes. Em Minas, a taxa foi de 0,6. A estrutura das polícias em Minas vai melhorando a cada dia e nossa Polícia Militar, uma das melhores do Brasil, está também entre as 5 melhores remuneradas do país. Os investimentos em tecnologia são bem vindos, as câmeras vão dar mais segurança aos polícias e também a sociedade, além de ser uma forma de fiscalização. Mas é preciso que outras estruturas de segurança como a Polícia Civil e as Guardas Municipais também tenham investimentos. A exemplo do momento que vive a Polícia Militar e como vemos na Polícia Federal. Certamente que quando toda a rede de segurança nacional, formada por instituições de segurança municipais, estaduais e federal trabalharem juntas e em igual grau de estrutura e tecnologia, teremos uma segurança pública de primeiro mundo. 

Entidade denuncia irregularidades no reservatório da PCH Boa Vista 

O Coletivo Rio Verde VIVO, organização não governamental ligada ao Meio Ambiente, fez denúncia contra as supostas irregularidades que estariam acontecendo no reservatório e entorno da PCH Boa Vista 2, localizada no Rio Verde em Varginha. A entidade apresentou fotografias para ilustrar suas denúncias, que vão desde o uso de equipamentos e técnicas de pesca proibidos na instrução normativa do IBAMA número 26 do ano de 2009, além de não ocorrer o respeito às distâncias de pesca acima e abaixo da barragem. Estaria sendo realizada a pesca predatória na escadaria de transposição de peixes da PCH, onde a tela de proteção da mesma por vezes é rompida e os peixes que se encontram na escadaria são capturados em momento de vulnerabilidade usando artefatos como redes e tarrafas. Já no acesso ao emissário da ETE São José da COPASA, que descarta resíduo abaixo da barragem, o portão de segurança foi rompido, as cercas de proteção foram furtadas e há animais como cavalos mantidos naquela região. A entidade aponta ainda a falta de sinalização sobre a proibição de pesca naquela região. Ainda, pescadores estão entrando pela porteira realizando a pesca logo abaixo da barragem, ponto esse que não é permitido a pesca, sem considerar a insalubridade, uma vez que boa parte do esgoto de Varginha é descartado neste braço morto do Rio Verde. Também foi apontada a preocupação com a falta de arborização nas margens do reservatório. A área de proteção permanente está desprotegida e a cada dia o solo se encontra mais deteriorado. Segundo a entidade, boa parte das irregularidades estariam ocorrendo próximas às margens, além de estarem construindo tablados e cercados em territórios de áreas de preservação permanente adquiridos pela CPFL Energia, proprietária da PCH Boa Vista.

Hemominas ganha primeira unidade móvel de doação de sangue, mas Varginha continua sem coleta permanente

O Governo de Minas entregou, na segunda-feira (30/5), a nova unidade móvel de coleta de sangue de Minas Gerais. O ônibus da Fundação Hemominas terá capacidade para atender cerca de 60 candidatos à doação por dia e percorrerá os municípios mineiros onde não há unidades de coleta e doação de sangue, como ainda ocorre com Varginha. É muito importante o trabalho de coleta e tratamento de sangue para aumentar, consequentemente, o número das cirurgias eletivas. O ônibus vai ampliar a doação de sangue em Minas. Além da demanda de rotina, a ação vai ajudar o Opera Mais, programa criado para reduzir a demanda reprimida por cirurgias eletivas no estado e para a qual os estoques de banco de sangue dentro da normalidade são fundamentais.

Este ônibus vai poder capturar doadores em locais onde, até então, as pessoas tinham que viajar para doar sangue, como acontece em Varginha, onde semanalmente os doadores são levados a Poços de Caldas na unidade mais próxima do Hemominas. Milhares de cirurgias ficaram represadas por conta da pandemia de Covid-19, além das muitas cirurgias de urgência e emergências que precisam ser realizadas diariamente na região, daí a importância de termos o banco de sangue com estoques suficientes. A unidade móvel contará com dependências internas e áreas externas para recepção e cadastro, além de espaços para conscientização, sala de triagem, sala de enfermagem, cadeiras de coleta e cantina para os doadores. Para a aquisição do veículo foram investidos R $2,19 milhões, sendo parte oriunda de recursos da Fundação Hemominas e outra obtida por emendas parlamentares. O ônibus será o primeiro de cinco unidades que o governo pretende colocar em circulação para atender todas as regiões de Minas. Com a nova estrutura disponibilizada ao Hemominas, é esperado que a instituição melhore os números quanto a coleta de sangue e atendimento no estado, principalmente no interior. Médias e pequenas cidades estão abandonadas pela instituição, que não tem recursos para construir e manter novas unidades. Será que os ônibus do Hemominas serão a salvação de cidades como Varginha, Lavras, Alfenas e tantas outras? 

Ciúmes e incômodos

A proximidade das eleições tem trazido problemas de relacionamento ao prefeito Vérdi Melo. Muito provavelmente, problemas que ele nem saiba! Ocorre que o chefe do Executivo municipal tem muitas ligações com os mais variados setores e lideranças políticas. Algumas delas, inclusive, disputarão as eleições neste ano! Mesmo tendo deixado claro que vai “reconhecer todos os políticos e candidatos que prestigiam Varginha”, é certo que Verdi Melo não tem como dar a mesma dimensão ao apoio dado, por exemplo, pelo deputado federal Dimas Fabiano (PP) com o apoio ou emenda dada pelo deputado federal Odair Cunha (PT) ou deputada federal Greice Elias (Avantes). Da mesma forma, em âmbito estadual, o prefeito já recebeu apoio e recursos para Varginha por meio de deputados como Dalmo Ribeiro, Antônio Arantes, Professor Cleiton Oliveira, entre outros, contudo, não tem como abandonar seu secretário de Governo, Carlos Honório Ottoni Júnior (Honorinho), que sairá candidato a deputado estadual. Na estrutura da Prefeitura de Varginha, o que não faltam são “cabos eleitorais” dos mais diversos candidatos, que obviamente estão começando a perceber que, em algum momento, o governo municipal vai “na prática escolher e trabalhar por um candidato a federal e um estadual apenas, abandonando os demais que, eventualmente, podem ter ajudado Varginha em algum momento”. Isso obviamente vai trazer desgaste ao chefe do Executivo com alguns dos seus aliados políticos e seus apoiadores. A coluna acredita que nomes como Stefano Gazzola (que disputará a federal) e Honorinho (que sai para estadual), pelo histórico de parcerias com Verdi Melo, podem tornar-se os “preferidos do prefeito”. Enquanto que, para o vice, Leonardo Ciacci, o deputado federal Dimas Fabiano será oficialmente seu candidato a federal. Já a presidente da Câmara de Varginha, Zilda Silva, que será candidata a deputada estadual, contará com o apoio do vice-prefeito Ciacci, que também é do Partido Progressista de Dimas e Zilda. 

Ciúmes e incômodos – 02 

O prefeito Vérdi Melo e o vice Leonardo Ciacci são experientes na política, acredito que saibam que não há mesmo como apoiar vários candidatos ao mesmo tempo, sob pena de não ser valorizado por nenhum deles. Contudo, será que os caminhos políticos diferentes que o prefeito e o vice vão tomar na definição de apoio nestas eleições pode, em algum momento, “distanciar os dois”? E quanto aos atuais deputados Professor Cleiton Oliveira (PV), Dimas Fabiano (PP), Diego Andrade (PSD), Greice Elias (Avantes) entre outros, que esperam e podem não ter o “fervoroso apoio de Verdi Melo nestas eleições”, será que mudarão a relação com o governo Verdi em caso de ganharem a reeleição? É possível! E quanto aos “cabos eleitorais” desses deputados que buscam a reeleição e de outros candidatos que possuem relação com o governo municipal ou mesmo com o próprio prefeito e vice, será que haverá alguma “ruga de relação” após as eleições? A conferir!

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