Correndo atrás
O deputado federal Odair Cunha (PT), voltou a destinar emendas para Varginha. O parlamentar já chegou a ter mais de 10 mil votos na cidade, no período em que o Partido dos Trabalhadores estava no comando da Prefeitura de Varginha. Depois que o partido deixou o governo municipal, o parlamentar federal foi se distanciando, retornando a Varginha recentemente, quando anunciou a liberação de R$2,5 milhões em emendas parlamentares, os recursos serão enviados para o Hospital Bom Pastor e para construção do Centro de Convivência da Pessoa com Deficiência. O Hospital Bom Pastor, uma das referências em saúde de Varginha, vai receber novos recursos para custeio: R$1,5 milhão que vão ajudar a entidade no atendimento à população. Já o Centro de Convivência da Pessoa com Deficiência começa a se tornar realidade com o envio de R$1 milhão para o início das obras. Odair esteve em Varginha na última segunda (22/05) onde encontrou-se com o prefeito Vérdi Melo, diretores do Hospital Bom Pastor e lideranças políticas da cidade. Na foto divulgada pela assessoria de Odair, vê-se que Verdi Melo está “acanhado no canto da foto, tendo em vista o distanciamento político entre o atual governo municipal e o parlamentar”. Contudo, o retorno de ações e investimentos do parlamentar na cidade é fundamental para dar suporte a seus apoiadores locais na caça de votos para as eleições deste ano. O PT está fraco em Varginha, mas a cidade é grande (tem muitos votos) e não será abandonada pela legenda, que tem em Odair Cunha um de seus principais líderes regionais e que busca recuperar a votação que tinha na cidade. Aliás, a votação obtida pelo parlamentar petista no passado será difícil de ser recuperada, sem o apoio do governo municipal ou cabos eleitorais fortes. A conferir.
Correndo atrás – 02
Odair Cunha tem muito para “reconstruir em Varginha e região se quiser voltar a ter as votações de outrora”. O parlamentar tinha grande apoio do movimento carismático da igreja católica, que foi enfraquecendo com a instituição apoiando outros nomes. Além disso, o Partido dos Trabalhadores (PT) que foi forte em cidades como Alfenas, Varginha etc, perdeu poder e muitos de seus líderes municipais foram “abandonados pela cúpula da legenda e seus líderes estaduais”, o que naturalmente enfraqueceu a legenda como um todo. O próprio deputado foi cobrado por integrantes da militância, nos bastidores, pelo abandono de Varginha e região depois que o PT perdeu poder na cidade. Contudo, o gabinete do parlamentar é um dos últimos onde ainda vemos “petistas municipais” recebendo salários como assessores. E são justamente estes assessores, talvez lutando para manter os salários, que estão agora trazendo novamente o nome de Odair Cunha para a disputa eleitoral na cidade. A gorda emenda parlamentar destinada agora por Odiar à Saúde de Varginha será uma “bandeira para que sua reduzida base local” volte a ter chances de sucesso na prospecção de votos na cidade. O questionamento é saber se o retorno de Odair Cunha a Varginha é “para ficar e trazer conquistas para cidade ou temporário, com emenda anzol para pescar votos nesta eleição e depois retornar a Pouso Alegre onde vem focando suas ações”?
Engordando o cofre
A coluna já havia comentado sobre a cobrança do IPTU, imposto municipal que teve sua cobrança iniciada tardiamente neste ano. Contudo, o município busca o reajuste inflacionário anual do IPTU, tendo abdicado deste reajuste neste ano eleitoral. Além do IPTU, outro imposto gordo que chegará aos cofres municipais em breve e a cota do município no IPVA, cobrado tardiamente pelo Governo de Minas, e que está na terceira parcela. Até o dia 30/4, a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) arrecadou R$ 4,2 bilhões com o IPVA, o equivalente a 59% do total esperado de R$ 7,1 bilhões, boa parte deste recurso é redistribuído aos municípios. O não pagamento do IPVA ou a quitação fora do prazo gera multa de 0,3% ao dia até 30º dia, multa de 20% após o 30º dia, além de juros calculados pela Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A frota de veículos de Varginha é grande, bem como o número de empresas de transportes sediadas aqui, que mesmo pagando valores menores de IPVA, ajudam a engordar o valor final repassado ao município. No caso de Varginha, o valor recebido poderá incrementar os investimentos em recapeamento e melhorias de vias que estão em andamento. Em que pese os questionamentos pontuais e alto valor gasto com empreiteiras para melhorias de vias, Varginha está passando pelo maior programa de recuperação e melhorias das vias urbanas de sua história, com centenas de ruas e avenidas sendo recapeadas ou ampliadas. “Se o serviço entregue for de qualidade, será, sem dúvida, uma herança bendita que o governo Verdi Melo deixará para as próximas administrações”. A conferir!
Costurando o desenvolvimento e pavimentando a reeleição
O governador Romeu Zema participou, na quarta-feira (25/5) em Juiz de Fora, na Zona da Mata, da cerimônia de anúncio de mais um importante empreendimento em Minas Gerais. Dessa vez, o grupo irlandês Ardagh, líder na produção de embalagens de alumínio e vidro no mundo, vai implantar uma indústria na cidade para a produção de latas. A instalação da unidade deve gerar cerca de 600 empregos diretos no município. O governador celebrou a instalação da fábrica, que trará impacto positivo para a economia do estado e para a cidade de Juiz de Fora. A nova fábrica soma-se à instalação da Heiniken, que vai se instalar em Passos, no sudoeste de Minas. A relação do governo Zema com o setor produtivo tem sido a estrela da sorte de sua administração. Com o apoio do setor produtivo, Minas conseguiu garantir mais investimentos e desenvolvimento, melhorando índices de emprego e renda que trouxeram mais recursos ao Estado, que saiu da penúria fiscal encontrada por Zema a 4 anos atrás. A parceria entre Governo de Minas e setor produtivo é benéfica para ambos. As empresas ganham segurança jurídica para investir e diálogo fácil para desburocratizar processos que antes ficavam emperrados por anos no Governo de Minas, travando investimentos bilionários. Já o Governo Zema tem arrecadado mais impostos para regularizar as dívidas do Estado, fazer investimentos, além de apresentar índices menores de desemprego, o que é uma ótima notícia em ano eleitoral. Trocando em miúdos, o governador Zema, que de bobo não tem nada, mineiramente, vai costurando o desenvolvimento de Minas e pavimentando uma estrada para sua reeleição.
Setor produtivo mineiro prestigiado
A boa relação do setor produtivo com os governos e instituições pode ser vista pela prestigiada posse da Federação das Indústrias de Minas Gerais – Fiemg com a participação em peso de líderes políticos e setoriais de todo Brasil. O presidente Bolsonaro, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, o governador Romeu Zema, presidentes de Tribunais, Ministério Público, deputados, senadores e boa parte dos maiores empresários do Brasil estiveram presentes ao evento, que aconteceu no Minas Centro, em Belo Horizonte. A Fiemg reúne 136 sindicatos patronais dos mais diversos setores produtivos industriais, que perpassam não apenas a Indústria, mas também a Agricultura e Serviços, representando uma enorme massa de empresas, salários pagos, impostos arrecadados e investimentos em andamento. O bom relacionamento destes setores com os governos é fundamental para o sucesso da economia, que influencia muito o eleitor no momento do voto. O eleitor analisa o quanto de dinheiro tem no bolso na hora de definir se os governos trabalharam bem para garantir o desenvolvimento. Se o desemprego e os juros estão em alta, é sinal que há algo errado. O setor produtivo nacional, principalmente a Indústria, garante empregos com alta remuneração e luta para manter juros baixos, o que impulsiona o consumo das famílias e cria o círculo econômico virtuoso favorável que todo político quer ter. Por isso a cerimônia de posse da Fiemg em BH foi tão prestigiada. Nos últimos anos, o comando da Fiemg atuou com protagonismo junto às principais instituições e lideranças políticas nacionais, do presidente Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal, passando por lideranças do Congresso e líderes empresariais. A fluidez das negociações institucionais garantiu rapidez na solução de problemas antigos e retomada de muitos investimentos. Trocando em miúdos, se os governos não atrapalharem, já estão ajudando muito para que o desenvolvimento ocorra e o país volte aos trilhos.
Projeto Zilda
Já está tudo pronto para que a vereadora e presidente da Câmara de Varginha, Zilda Silva (PP) seja candidata a deputada estadual nestas eleições. Zilda será uma das muitas candidatas locais que vai disputar os quase 100 mil votos do colégio eleitoral de Varginha. A candidatura não estava nos planos da presidente da Câmara, que vem fazendo uma boa gestão, embora “goste de ficar na sombra, com atuação discreta, evitando desgastes desnecessários”. Talvez seu perfil sereno e agregador dentro do Legislativo municipal tenha influenciado o comando regional do Partido Progressista (leia-se o deputado federal Dimas Fabiano) a escolher pela vereadora para ser candidata a deputada estadual neste momento. A candidatura de Zilda Silva, em dobradinha à candidatura do deputado federal Dimas Fabiano, vai garantir milhares de votos de legenda ao PP, que hoje é a principal legenda de Varginha. Contudo, a candidatura a estadual de Zilda traz “rusgas políticas” que podem se findar nestas eleições ou mesmo criar “raízes para as eleições de 2024”. Nas eleições de 2022, a base política do prefeito Vérdi Melo vai se dividir com o apoio a vários nomes, como o secretário municipal de Governo, Carlos Honório (Honorinho), o reitor do UNIS, Stefano Gazzola e agora, Zilda Silva, entre outros que vão surgir!
Projeto Zilda - 02
O surgimento de muitos nomes, oriundos da base de Verdi Melo, fragiliza a efetiva vitória de alguém, pois divide os votos. Sem falar em nomes de fora que vão disputar votos em Varginha, contando com apoio de lideranças políticas da base do prefeito, como o caso do vereador Dudu Ottoni, que apoiará a candidata Greice Elias, que buscará a reeleição a deputada federal. Desta forma, a candidatura de Zilda Silva, “tirada do paletó pelo Partido Progressista no último minuto", já contraria o desejo de candidatos a deputado que também saíram da base aliada de Verdi, que terão que dividir, ainda mais, a votação local. Ademais, se Zilda Silva conseguir muitos votos a estadual em 2022, ou mesmo consolidar-se como a “puxadora de votos” que ampliou a votação de Dimas Fabiano na cidade, não será surpresa se a presidente da Câmara de Varginha se cacifar para a chapa majoritária do PP em 2024, quando a legenda vai tentar voltar a comandar a cidade. A última vez em que o Partido Progressista (PP) esteve no comando da cidade, foi na gestão de Aloísio Ribeiro de Almeida, sogro do atual vice-prefeito Leonardo Ciacci. Décadas passadas após a saída de Aloísio Almeida, seu genro poderá ter que disputar, novamente dentro da legenda, a preferência para representar a legenda nas eleições! Será?
Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral está determinada a dar exemplo nesta eleição de 2022, tem sido cobrada e questionada por outras instituições e pela sociedade. Isso tem causado enorme preocupação nos tribunais e também na esfera política. O sistema eleitoral brasileiro, elogiado em todo mundo e visto como seguro tecnicamente e confiável pelas instituições, inclusive internacionais, podem sofrer uma reviravolta se as eleições deste ano não forem transparentes e seguras. O sistema eleitoral envolve milhares de cidades e milhões de urnas eletrônicas, basta que uma “apresenta problema consistente e fraude comprovada” para que tudo que foi construído até aqui caia por terra, inclusive a eleição daqueles que hoje estão no poder. Além disso, o grande sistema de notícias falsas que têm sido construídos para levar o eleitor a erro precisa ser combatido. Isso é difícil com a tecnologia atual que permite maior comunicabilidade e diversos tipos de comunicação digital entre as pessoas. É difícil fiscalizar tudo isso! Será que a Justiça Eleitoral está preparada? Não se sabe! De qualquer forma, em Varginha, não vemos uma estruturação da Justiça Eleitoral e do Ministério Público para enfrentar tamanho desafio. Basicamente, tais instituições movem-se por denúncias que, nem sempre são confiáveis. A própria sociedade não está preparada tecnicamente para enfrentar esta discussão, pois está cada dia mais “militante e desinformada da realidade dos fatos”. Contudo, pior que termos uma Justiça Eleitoral desacreditada, será a possibilidade de, no futuro, termos governos estaduais e federal ainda mais desacreditados do que hoje. Ou seja, o ataque à Justiça Eleitoral que políticos fazem hoje, pode virar contra a classe política no futuro próximo! A conferir.