Isto é sério! Há um mês, embora não tenham dado muita publicidade ao fato, foi identificada no Chipre mais uma variação da covid 19, a Deltacron que como o nome indica é um misto de das variações Delta e Ômicron, ou seja, contém elementos de ambas. Depois disso já vieram outras variações da própria Ômicron. Só que agora mudaram o nome para sub variantes, tipo BA.1 ou BA.2, até parece que isso é para confundir ao invés de explicar. E a pergunta que não quer calar é a seguinte: “quantas variações ou cepas ainda virão?”.
Notem que não sou cientista, então, cientificamente, não tenho a resposta. Porém, como buscador de conhecimento, pensador e observador do planeta e dos humanos que aqui ainda vivem, posso afirmar com certeza que outras virão; algumas mais leves e outras mais severas.
Na transição de 2019 para 2020, quando veio à tona a existência do então chamado coronavírus, muitas pessoas não se ativeram ao fato de que ele não tinha surgido do nada; antes de buscarem combatê-lo ficaram procurando culpados pela sua existência e proliferação. Aí vieram a público inúmeras teorias conspiratórias que não nos levaram a nada em termos de solução. Observem que numa situação endêmica ou pandêmica, o ideal é envidar esforços para debelá-la. É super importante ganhar tempo, não o perder, o que foi o caso.
Deixando de lado outras digressões ou ilações, o que percebemos foi que mesmo com todos os esforços pela vacina, nesse meio tempo o vírus ganhou força e daí foi que vieram as novas cepas ou variantes. O que no campo viral isso é natural; se você não combate o vírus de forma essencialmente eficaz, é lógico que ele irá se robustecer, ramificar e vir a desenvolver novas formas de infecção com suas decorrentes consequências.
Entre tantas outras, a interrogação que por hora vem a calhar é a seguinte: “será que o que estamos fazendo hoje em relação ao combate à pandemia é o suficiente?”. Outra vez eu não tenho uma resposta definitiva. Aliás, sei que existem várias respostas a esta indagação. E muitas dependem do grau de conhecimento ou desconhecimento de cada um, do que acreditam ou desacreditam alguns, e por aí vai...
Pelo meu lado fico pensando, se até hoje, quando estamos adentrando o terceiro ano da pandemia, alguns ainda estão teimando em não usar máscara; em não cumprir o mínimo protocolo possível afim de evitar a propagação do vírus e de suas variantes, como esse quadro irá mudar? Se outros não querem abrir mão do ínfimo privilégio econômico em detrimento daqueles que aí estão sem o mínimo para sobrevirem dignamente? Se existem governos cuja incompetência e loucura perpetraram verdadeiros genocídios aos desamparar suas populações mais carentes de assistência humana?
Isso tudo somado a comportamentos primitivos e sequiosos por futilidades e o consumo desvairado, ou a constante agressão ambiental pela busca incessante de saciar interesses meramente econômicos, nos leva à conclusão de que ainda não aprendemos muitas lições com a pandemia. Provavelmente ainda vamos sofrer muito nestes tempos que se avizinham; alguns pela ação outros pela omissão. É possível que seja assim até que aprendamos a ser mais empáticos, fraternos e solidários, não só com os outros, mas, também, conosco mesmo e com todo o aparato natural que nos cerca e habitamos.