Pela metade
Depois de muitas reclamações da coluna trazidas por motoristas que utilizam a MGC 491 entre Varginha e a Rodovia Fernão Dias, o DEER/MG resolveu realizar uma operação tapa buracos naquele trecho. A rodovia que está sob o controle do Governo de Minas, por meio da Coordenadoria do DEER/MG de Varginha, está em péssima conservação. A obra de duplicação está parada a 4 anos, muito mato nos arredores da pista, má sinalização, buracos por conta das fortes chuvas, problemas de drenagem próximo ao Parque de Exposições, na entrada de Varginha etc. A operação tapa buracos realizada pelo DEER não tapou todos os buracos, que brotam a todo tempo em razão do alto fluxo de veículos pesados e o pavimento antigo da pista. Para piorar temos ainda a obra inacabada da duplicação, que confunde motoristas que não conhecem o trecho. Vários acidentes já ocorreram naquela pista em razão da paralização da obra, sem falar no prejuízo econômico para Varginha e região com atrasos em entregas, demora na estrada e acidentes. O governador Zema não tem tempo nem recurso para terminar a obra, neste mandato. Ou seja, quando vier a Varginha pedir votos para sua reeleição, vai ter que encarar reclamações e cobranças em razão da péssima atuação de áreas do governo estadual, como a Coordenadoria do DEER/MG de Varginha, que nem mesmo cuida de trechos viários importantes sob seu comando.
Segurança Pública
A Polícia Militar e o Ministério Público mineiro realizaram a operação Áquila na manhã de segunda-feira 14/02 em Varginha. O foco foi desmantelar associações criminosas atuantes na cidade e região dedicadas ao tráfico de drogas, à associação para o tráfico e à lavagem de dinheiro. Várias pessoas, drogas, dinheiro e outros materiais correlacionados foram apreendidos. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisões preventivas, todos com denúncia oferecida pelo Ministério Público. Durante as investigações, que duraram cerca de 10 meses, foram colhidos, elementos que apontam a prática do crime de tráfico com uso de menores de 18 anos bem como uma casa noturna da cidade que supostamente vinha sendo utilizada para a lavagem de dinheiro criminoso. A Operação Policial contou com aproximadamente 70 policiais militares, 20 viaturas, cães farejadores e 01 aeronave da Polícia Militar. Foram presas14 pessoas, mais de R$ 20 apreendidos, juntamente com celulares, computadores e drogas. Operações conjuntas entre o Gaeco do MP e a Polícia Militar sempre resultam em prisões e perdas para a bandidagem. É importante destacar a parceria entre estas duas instituições e o resultado dos trabalhos realizados. Por certo que a integração entre todas as forças de segurança que atuam na cidade seria um duro golpe na criminalidade. Contudo, instituições como Polícia Federal, Ministério Público Federal, Guarda Municipal e fiscalização municipal não tem o costume de trabalharem em parceria, como ocorre de forma bem-sucedida com Gaeco e PM.
Agronegócio mineiro bate recorde em janeiro, café é destaque
As exportações mineiras do agronegócio somaram US$ 870 milhões em janeiro, crescimento de 49,9% em relação ao mesmo período de 2021. O valor é recorde de performance do mês na série histórica, iniciada em 1997. Em relação ao volume, foram embarcadas 602 mil toneladas, aumento de 12,2%, em relação a janeiro do ano passado. Minas Gerais respondeu por 10% das exportações nacionais de produtos agropecuários. O preço médio da tonelada dos nossos principais produtos apresentou alta de 33%. Mantido esse cenário, as exportações continuarão favorecidas e poderemos estimar bons resultados para o agronegócio de Minas ao longo do ano. Em janeiro, os produtos do agro foram enviados para 121 países. Os principais destinos foram Estados Unidos (US$ 137 milhões), Alemanha (US$ 134 milhões), China (US$ 119 milhões), Bélgica (US$ 60 milhões) e Itália (US$ 43 milhões). Principal produto da pauta de exportações do agro mineiro, o café representou 61% do valor total comercializado, em janeiro. O volume exportado foi de 2,4 milhões de sacas, que totalizaram US$ 532 milhões. O café mineiro foi enviado para 67 países, tendo a Alemanha como a principal porta de entrada no exterior. O destaque do café no agronegócio mineiro é uma oportunidade para Varginha fortalecer sua posição na cadeia produtiva e de exportação do produto. Agregar valor no café exportado e desenvolver outros produtos, aliando a estrutura da cidade como aeroporto, localização, empresas locais etc.
E se...
Algum dos deputados federais Diego Andrade ou Dimas Fabiano não conseguisse a reeleição em outubro, isso mudaria a composição do governo municipal de Varginha? O questionamento e trabalho de “futurologia” deve-se a forte influência que tais parlamentares tiveram na composição do primeiro escalão do governo municipal. Vejam que o deputado federal Dimas Fabiano tem forte apoio na Câmara de Varginha, sendo que o Partido Progressista – PP e outras legendas próximas ao deputado possuem 5 ou 6 vereadores eleitos na cidade. Enquanto que o deputado Diego Andrade e seu PSD, contam com o secretário Armando Fortunato, que controla a Secretaria Municipal de Saúde, que vem a ser a pasta com maior orçamento de Varginha. Será que a não reeleição de qualquer destes parlamentares mudaria o quadro político local, principalmente na escolha da futura mesa diretora da Câmara ou na composição do primeiro escalão do governo?
Saúde
Cerca de 130 alunos de Medicina da Unifal e Unifenas começarão programa de estágio em 2022 nos hospitais públicos de Varginha. O trabalho dos estagiários será monitorado por médicos preceptores dos Hospitais Bom Pastor e Regional, que vão receber os alunos. A UPA também vai receber estagiários do programa para seus atendimentos, que poderão ser ampliados e potencializados com maior mão de obra nas estruturas públicas de saúde. O estágio vai até dezembro deste ano e deve beneficiar a rede de saúde municipal. Autoridades municipais e mesmo as universidades Unifal e Unifenas, bem como o UNIS tem intensão de criar curso de Medicina em Varginha, contudo, diversos obstáculos técnicos, jurídicos e orçamentários impedem que nossa cidade tenha o sonhado curso de medicina, que seria mais uma opção de tratamento de saúde a baixo custo disponível à população. Além disso, com a instalação de um curso de medicina na cidade, a disponibilidade de recursos para pesquisa, novas técnicas cirúrgicas/médicas seria bem maior o que certamente impactaria a rede pública e privada de saúde local. Além das universidades que já manifestaram interesse em um possível curso de medicina em Varginha, também a Faculdade de Ciências Médicas (BH) foi sondada sobre investimentos em Varginha. Isso ocorreu nesta semana quando o prefeito Verdi Melo e o secretário municipal de Saúde, Armando Fortunato estiveram na Capital, reunidos com a direção da instituição. O presidente da Associação Médica de Varginha, Dr. Adrian Bueno estava presente na reunião na Faculdade de Ciências Médicas em Belo Horizonte. A instituição é a maior faculdade particular de ensino médico de Minas e certamente a possibilidade de um curso de medicina em Varginha foi abordado na conversa.
Caro pra cachorro
Na gestão do ex-prefeito Antônio Silva foi levantada uma dúvida sobre a condução do canil municipal, onde se questionava o possível sacrifício de animais, bem como a estrutura do canil. Defensores da causa animal defendiam o não sacrifício dos cães e gatos presos no canil e “melhores condições e alimentação” disponibilizadas aos animais. O problema é que o recurso para manutenção da estrutura é pouco e os gastos crescem a cada ano. O assunto “morreu como os cachorros” que ali ficavam! Mas os custos para manter o canil municipal continuam aumentando e nada de se vermos envolvimento das entidades e personalidades que defendem a causa animal. Ou seja, algumas pessoas e entidades (ONGs etc) entendem que a Prefeitura de Varginha precisa gastar o dinheiro do contribuinte (nosso dinheiro) com a manutenção destes cães e gatos abandonados, enquanto faltam recursos para saúde, educação, segurança etc. Não digo que a causa animal é menor, mas as entidades e pessoas que a defendem precisam ter envolvimento e comprometimento, por exemplo, nas campanhas de castramento de animais abandonados, campanhas de doação de alimentos e melhor estrutura para o canil, campanhas para estimular a adoção etc. Afinal, o dinheiro público tem dono e tem prioridades, e certamente existem gastos mais urgentes que pagar os custos de animais que foram abandonados por irresponsáveis que não são punidos por tal crime. Aliás, a Prefeitura de Varginha já está, novamente, fazendo concorrência para compra de alimentação aos animais do canil. Será que alguma das muitas ONGs e pessoas que lutam pela causa animal vai ajudar neste custo ou vão continuar na cômoda posição de apenas jogar os gastos para os cofres públicos bancarem suas causas pessoais?
Retorno da ferrovia
O Porto Seco de Varginha, comandado pelo influente empresário Cleber Marques Paiva, está conduzindo uma grande negociação política e estrutural para conseguir reativar a ferrovia que liga Varginha a cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Uma reunião entre o empresário, o prefeito de Varginha Verdi Melo e o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, aconteceu no Porto Seco para alinhar a atuação. A interesse dos dois municípios em reativar a linha férrea pelos incentivos econômicos, turísticos e logísticos. O diretor do terminal Portuário de Angra dos Reis S/A, Leandro Cariello também participou da reunião com vista a retomar as atividades da linha férrea e o retorno de embarque e desembarque de mercadorias com destino ou origem em Varginha. Caso a via seja retomada o envio de café para exportação teria outra alternativa de transporte além das centenas de caminhões que saem de Varginha. Bem como muitos produtos que chegam ao Porto Seco por caminhões também poderiam chegar de trem. Além disso, a também interesse dos governos estaduais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, pois a retomada da linha traria arrecadação de impostos a ambos os estados, além do Governo Federal. Claro que isso demandaria alguns milhões em reparos/manutenções e até reconstrução de alguns trechos da linha férrea que foi até roubada em alguns pontos. Mas, a proposta de reativação da linha férrea é ainda um “sonho distante, um projeto”, mas quando existe demanda econômica e interesse político, é bem possível que os “sonhos se tornem realidade”.
Mais mimos ao Tiro de Guerra
A coluna já elencou muitos “mimos” dados ao Tiro de Guerra em Varginha que são bancados pelo nosso dinheiro público municipal. São gastos públicos municipais destinados a uma instituição estranha ao município e que deveria ser custeada pelo Ministério da Defesa, do Governo Federal, que aliás, tem cada dia mais recursos no governo Bolsonaro. Os gastos injustificados da Prefeitura de Varginha passam por pagamento de aluguel de residência para o comando do Tiro de Guerra até o custeio de lanches e refeições aos atiradores daquela instituição ligada ao Exército! Realmente não se conhece a razão ou benefício público para Varginha ao bancar tais despesas. Em publicação no Diário Oficial de 11 de fevereiro, é noticiado a Licitação/pregão presencial nº 001/22 que tem por objeto a aquisição de lanches, destinados aos atiradores do Tiro de Guerra. No mesmo dia 11 de fevereiro o Diário Oficial também mostra a licitação/pregão presencial nº 003/22 que tem por objeto a aquisição de refeições através de marmitex n°. 09, destinadas aos atiradores do Tiro de Guerra. Qual o propósito de tais gastos? Qual a fundamentação legal para que a Prefeitura de Varginha pague tais gastos de uma instituição federal sem nenhum vínculo ou contrapartida à população de Varginha? Será que o Tiro de Guerra está desenvolvendo algum trabalho social na cidade? Será que está sobrando recursos no caixa do município e a administração resolveu “distribuir benesses” a outros entes da federação? Quanto estão gastando em tais “mimos”? E o aluguel da residência para o comandante do Tiro de Guerra, ele ainda é pago pela Prefeitura de Varginha? Realmente, vemos que, vez por outra, o município arca com despesas que são de responsabilidade de outros entes da federação. Como por exemplo, colocar combustível ou fazer reparos em viaturas da PM, que são de responsabilidade do Governo de Minas, mas neste caso, a Polícia Militar utiliza a viatura em rondas da segurança pública na cidade. Já os gastos públicos destinados ao Tiro de Guerra, nada mais são que “mimos que em nada beneficiam a sociedade que está pagando a conta”.