Varginha cresce no VAF
Calculado anualmente pelo Governo do Estado, o VAF é o índice formado pelas informações dos contribuintes, relativo aos seus movimentos econômicos, que servirão de base para os repasses constitucionais sobre os valores das receitas de impostos recolhidos pelos Estados e pela União. Ele é apurado com base nas declarações sujeitas à entrega anual e obrigatória para todos os contribuintes do ICMS. Com base nos dados publicados pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (resolução nº 5.518/2021) Varginha teve um crescimento de 23%, enquanto Pouso Alegre cresceu 8,09%, Extrema 7,87% e Poços de Caldas 7,46%, comparado ao VAF de 2020. Estes resultados demonstram que Varginha retomou o seu crescimento econômico de maneira sustentável e com parcerias estratégicas, dentre elas, as entidades representativas, o Governo de Estado, o Porto Seco Sul de Minas, lideranças e a classe empresarial, criando um ambiente extremamente favorável aos negócios. Varginha ainda tem muito a crescer em relacionamento com entidades como Fiemg, Indi, Sebrae entre outras que podem alavancar o crescimento econômico regional. Em setembro, a prefeitura de Varginha, por meio da secretaria de desenvolvimento econômico anunciou a chegada de 12 novas empresas na cidade, por meio de cartas de intenções, além da expansão de diversas empresas que contarão com o apoio da prefeitura. Neste mês o governo municipal confirmou desapropriação de terras próximo a Wallita para ampliar aquele distrito industrial. Vale ainda ressaltar que a região do Porto Seco é muito atraente para novas empresas e a ampliação do aeroporto de Varginha vai também dar amplitude para investimentos futuros no turismo, empresas de tecnologia entre outras. O planejamento do governo Vérdi Melo, neste momento de fartura econômica e retomada do desenvolvimento pós pandemia é fundamental para que a cidade assuma a liderança em alguns seguimentos industriais importantes. Se o governo municipal deixar passar a oportunidade, pode estar deixando o “cavalo passar arreado”. Vamos ficar de olho!
Viana, Cleiton e Diego
Varginha recebeu recentemente recursos da ordem de R$ 2.4 milhões de reais para o Hospital Regional. O recurso junta-se a outros milhões já recebido pelo Hospital Regional de outras fontes como Prefeitura de Varginha, Governo de Minas, emendas de parlamentares municipais, estaduais e federais. Este R$ 2.4 milhões aprovados agora são referentes a intervenção política do senador Carlos Viana (MDB), que conseguiu este recurso no governo Federal. Viana era um senador distante de Varginha, embora tenha ligações políticas e pessoais na cidade e região. Carlos Viana é jornalista, ganhou fama como apresentador de TV e entrou na política elegendo-se senador pelo PSD, mesmo partido do deputado federal Diego Andrade, de quem aliás, Viana é amigo. Diego Andrade chegou a circular com o senador pelo Sul de Minas em tempos atrás, quando Viana ainda estava na legenda, que deixou recentemente para entrar no MDB, que o recebeu com grande honra em comemoração prestigiada em BH. O senador Carlos Viana se empenhou na conquista dos R$ 2.4 milhões ao Hospital Regional, atendendo a pedido do deputado estadual professor Cleiton Oliveira (PSB), de quem é também amigo pessoal. Aliás, o mesmo deputado estadual professor Cleiton Oliveira estava na sede do MDB no dia da filiação de Carlos Viana a legenda. O momento de filiação foi muito importante e prestigiado porque o nome de Viana deverá ser o escolhido para disputar o Governo de Minas pelo MDB em 2022. Viana é bom de fala e tem habilidade na TV, sabe argumentar e tem chance de surpreender na eleição. A relação entre Carlos Viana (MDB), o deputado federal Diego Andrade (PSD) e o deputado estadual professor Cleiton Oliveira (PSB) parece bem próxima, como de fato é! Contudo, é bem provável que eles estejam em palanques diferentes em 2022. Mesmo que muitos amigos em comum trabalhem uma chapa informal que tenha Viana como governador, Diego como federal e Cleiton como estadual.
Viana, Cleiton e Diego – 02
Se a candidatura de Viana a governador realmente sair do papel, como parece que vai ocorrer, segundo o presidente do MDB de Minas, deputado federal Newton Cardoso Junior, os caminhos de Diego e Cleiton começam a distanciar. Primeiro porque o deputado federal Diego Andrade (PSD) coordenador da bancada mineira na Câmara e liderança do PSD mineiro deve ter outro candidato a governador. O PSD caminha para lançar o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil para o governo de Minas em 2022. Kalil já percorre o interior e monta equipe para o desafio no estado. Comenta-se que Kalil e Diego não estão “no ápice da amizade, o que poderia implicar em corpo mole do federal para pedir votos ao provável candidato ao governo”, mas isso é especulação no momento. Mas uma coisa é fato: a amizade e parceria entre o deputado federal Diego Andrade e o governador Romeu Zema. Os dois percorreram juntos muitos municípios mineiros em parceria para conseguir viabilizar obras e projetos pela região. Zema sempre mostrou especial atenção por Diego, e a reciproca é verdadeira. Há quem diga que o federal não se “sentiria confortável pedindo votos contra Zema na região”. Já com o deputado estadual professor Cleiton Oliveira (PSB) a complicação política é ainda maior, pois o parlamentar estadual vem realizando um bom trabalho na ALMG e se destacado como algoz do Governo Zema ao encabeçar uma CPI contra a CEMIG. A CPI identificou diversas irregularidades na estatal mineira controlada pelo Governo de Minas. Algumas das irregularidades inclusive, no período da gestão de Zema, o que colocou “distância e intriga na relação de Cleiton Oliveira e o Governo Zema”. Além disso, Cleiton Oliveira é do PSB, que não deve apoiar Zema ou Viana nas eleições de 2022. O PSB ainda não decidiu seu caminho, mas de não lançar candidato próprio, pode vir a apoiar, por exemplo, o candidato do PT a estadual, o que certamente distanciaria ainda mais Cleiton dos amigos Viana e Diego. A conferir!
Saco de bondades de Maquiavel
O tíquete-alimentação que seria pago dia 30 de dezembro aos servidores municipais foi antecipado para ontem quinta-feira, 23/12, antevéspera do Natal. O valor total pago é de mais de R$ 1 milhão, considerando-se servidores da administração direta, fundações e autarquias. Como disse a coluna anteriormente, a Prefeitura de Varginha vive um momento financeiro “confortável”, mesmo com as dificuldades da pandemia. O governo antecipou o pagamento do ticket para 23 de dezembro, vai fechar o ano com os salários dos servidores em dia, vai pagar os fornecedores e ainda está em condições de inaugurar grandes obras, isso sem contar a expectativa de um ano extremamente positivo com a vinda de novos empreendimentos para a cidade. O prefeito Vérdi Melo está seguindo bem a cartilha de Maquiavel, fazendo coisas boas aos poucos ao longo do tempo. A curiosidade é que, também segundo os ensinamentos de Maquiavel, “o bom governante deve fazer muitas vezes e aos poucos, já o mau, o governante deve fazer de uma só vez”. Será quanto teremos a má notícia?
Fiemg: Indústria mineira cresceu 10,15% em 2021
A indústria mineira deve crescer 10,15% em 2021. É o que revela levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, que divulgou um balanço do setor, juntamente com análise das atividades econômicas do Estado. O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, ao apresentar o balanço, afirmou que essa performance se deve, principalmente, aos excelentes resultados alcançados este ano pelas indústrias de extração mineral e de transformação. Roscoe destacou que o crescimento da indústria só pode acontecer por meio de investimentos, acrescentando que Minas Gerais está começando a colher frutos advindos da atração de empreendimentos. E atribui isso às práticas relacionadas aos prazos de licenciamento ambiental e às legislações, que garantem incentivos fiscais e segurança jurídica aos empresários. O empresário enfatizou que dos R$ 150 bi de recursos atraídos para Minas somente em 2021, anunciados recentemente pelo governo estadual, significam um crescimento de 3% ao ano para o próximo triênio. “E o crescimento vai se traduzir em geração de empregos e renda para a sociedade”, frisou o dirigente da Fiemg. Flávio Roscoe fez questão de salientar que a desburocratização do licenciamento não significa o incentivo ao desrespeito às garantias de preservação ambiental, e que a indústria mineira já se destaca na utilização de recursos sustentáveis, como é o caso da madeira proveniente de florestas plantadas no Estado. Depois de revelar que o PIB da indústria mineira deve crescer até o final do ano 10,15%, o levantamento desenvolvido pela Federação estima que a alta da atividade industrial vai girar em torno de 3,43%. Esses números, comemora Roscoe, demonstram que as estratégias adotadas por Minas Gerais colocam o Estado à frente da média nacional. A indústria extrativa mineral, mostra o balanço, terá crescimento de 16,08%, seguida pela indústria de transformação (11,81%) e indústria da construção (9,04%). Apenas a indústria de energia e saneamento obteve este ano resultados negativos (-6,3%), devido à crise energética e hídrica enfrentada no terceiro trimestre do ano. Um economista da Fiemg alerta sobre os desafios que devem ser observados em 2022, como o agravamento do quadro fiscal e o alto patamar da dívida pública brasileira. Consequências, segundo ele, da desaceleração da atividade econômica imposta pelas restrições de circulação da população e dos gastos públicos, com a pandemia.
Caso Heineken
O caso da Heineken que desistiu de um projeto bilionário de construir uma fábrica em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte, causou perplexidade no mundo econômico e social neste momento de difícil recuperação econômica pós pandemia. A empresa desistiu do investimento, mesmo depois de ter gasto perto de R$ 100 milhões em projetos para escolher a área e conseguir as primeiras liberações ambientais e demais burocracias para um investimento deste tamanho. A desistência da cervejaria em instalar a fábrica em Pedro Leopoldo ocorreu depois que alguns ambientalistas locais ameaçarem judicializar o caso se a empresa desse início a construção. Segundo os “ambientalistas” a região escolhida pela cervejaria para a instalação poderia colocar em risco os supostos ossos restantes do crânio de “luzia”. O crânio foi encontrado numa gruta em Pedro Leopoldo e foi identificado como o mais antigo das américas. O crânio estava no Museu Nacional do Rio de Janeiro, que pegou fogo a alguns anos. Vale ressaltar que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Pedro Leopoldo liberou a instalação da fábrica, que também foi liberada pelo Ministério Público e também pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, bem como pelo Ministério do Meio Ambiente do Governo Federal. Os ambientalistas locais recorreram então ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade – ICMBio, que acionou a empresa e interrompeu a obra. Com a insegurança jurídica vivida no Brasil, a empresa não quis correr o risco de realizar um investimento de quase R$ 2 bilhões e depois perder o recurso.
Caso Heineken - 02
Com a perda do investimento, boa parte da sociedade de Pedro Leopoldo se manifestou contrária a ações dos supostos ambientalistas, tendo em vista o alto desemprego na cidade e as perspectivas futuras do investimento bilionário da Heineken. Depois que a cervejaria holandesa comunicou que procura uma cidade mineira para construir uma nova fábrica, começou a corrida entre centenas de cidades procurando a empresa, a Federação das Indústrias de Minas – FIEMG, o Governo de Minas e o INDI. Nada está definido ainda, a não ser que o investimento ficará em Minas. Contudo, a perda de Pedro Leopoldo, do investimento que todas as demais cidades mineiras querem receber, é a prova de que o Meio Ambiente não pode ser usado como bandeira para perda de desenvolvimento. Os órgãos de controle e fiscalização do município, do Estado e mesmo da União que atestaram a segurança da instalação da fábrica em Pedro Leopoldo mostram que muitas vezes, a bandeira do meio ambiente é usada de forma a enganar a sociedade, que acaba sendo a mais prejudicada com a falta de emprego e desenvolvimento. Há registros de outros casos muito semelhantes ao da cervejaria, contudo, a sociedade não fica sabendo a tempo de salvar tais empreendimentos. Por todo o estado, várias cidades oferecem incentivos para atrair o novo empreendimento da Heineken. A cidade que receber a fábrica terá aproximadamente 350 empregos diretos e investimentos de quase R$ 2 bilhões. Diversas cidades como Três Corações, Itaúna, Divinópolis, Passos, São Sebastião do Paraíso, Ouro Preto, Mariana e Uberaba já manifestaram publicamente tal intenção. Varginha também registrou interesse na vinda da empresa. Segundo o Executivo municipal, Varginha teria o apoio do InvestMinas – antigo INDI, já enviando informações a Secretaria de Estado tendo em vista que Varginha possui muitos dos requisitos exigidos pela empresa.