Investimentos travados
A coluna já noticiou sobre os muitos investimentos travados em Varginha e região por conta da falta do gás natural que a estatal Gasmig não trouxe a Varginha. Inicialmente empresa Cooper Standard no bairro Imaculada Conceição, seria a consumidora principal que fundamentava a construção do gasoduto ligando Poços de Caldas – Varginha, ou mesmo a construção de um gasoduto margeando a Rodovia Fernão Dias o que seria o melhor dos mundos para muitas empresas e cidades localizadas as margens da rodovia. Contudo, embora promessas tenham sido feitas, nenhum dos canais que traria o gás a Varginha saiu do papel. Inúmeras empresas perderam ou congelaram investimentos em produção, instalação de postos de combustível etc. Tudo por conta dos atrasos de ampliação da distribuição da Gasmig. Sem dúvida a Gasmig, juntamente com a Cemig são das piores estatais mineiras. Sem falar as inúmeras suspeitas de irregularidades nestas empresas. A própria Cemig, que é a dona da Gasmig, está imersa em uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI na Assembleia Legislativa, que já teria encontrado diversas irregularidades na empresa. Muitas destas irregularidades cometidas nesta gestão do governo Zema. Sem dúvida o Governo de Minas, liderado por Zema precisa rever a condução destas empresas. Buscar uma gestão eficiente e que ajude no desenvolvimento de Minas Gerais, com as empresas investindo e ajudando no crescimento da economia mineira, ou então, diante da falta de recursos para investir e condições de fiscalização, que as empresas sejam privatizadas e o governo regule a iniciativa privada para fazer os investimentos necessários. O que não podemos e ficar a mercê da ineficiência de empresas públicas que atrasam o crescimento estadual.
Mercado Livre começa a operar no Porto Seco
A empresa argentina Mercado Livre iniciou as operações no Porto Seco em Varginha recentemente. Esta é uma das muitas empresas que atuam naquele centro aduaneiro. O Porto Seco de Varginha está ganhando cada vez mais notoriedade industrial e política na região. Parceiro de primeira hora do município em todas as solicitações de apoio e um “generoso colaborador em momentos eleitorais”, o Porto Seco de Varginha parece que tem futuro promissor na cidade!
Aumenta o volume da represa de Furnas
O volume útil do Lago de Furnas, que banha 34 municípios da região, inclusive Varginha, nas regiões Centro-Oeste e Sul de Minas Gerais, subiu cerca de 3% após as últimas chuvas registradas nas cidades. De acordo com as informações divulgadas, o volume útil estava em 14,74% no dia 23 de setembro. Na última semana, chegou a 17,30%. O resultado implica em um aumento de 753,8 m para 754,3 m. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), a margem aceitável é de 30%. Apesar disso, o crescimento já é um alívio para quem vive da agricultura familiar, piscicultura e do turismo. Vale ressaltar, ainda que o nível do Lago de Furnas também é alvo de disputa política que conta com o apoio de nomes grandes da política nacional como presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e do governador Romeu Zema. Se o lago aumentou o nível em razão da pressão política ou apenas por conta das chuvas não sabemos, mas é bem possível que “São Pedro está apoiando Pacheco e Zema no caso do Lago de Furnas”.
Chacina ou limpeza?
A operação policial ocorrida em Varginha na madrugada do último domingo ocupou o noticiário nacional e internacional por conta do resultado de 26 mortos. A operação mobilizou a Polícia Militar de Minas Gerais, a Polícia Rodoviária Federal e membros de outras forças de segurança, com destaque para o serviço de inteligência das polícias. Segundo as informações, uma poderosa quadrilha de assaltantes a banco, que já havia atacado em outras cidades como Araçatuba/SP entre outras cidades, teria alugado dois sítios em Varginha, onde pretendiam fazer novo assalto. A polícia teria cercado os dois sítios e, após serem identificados pelos bandidos, um intenso tiroteio ocorreu. A polícia baleou alguns criminosos, tendo levado outros a UPA de Varginha para atendimento médico, contudo nenhum dos baleados sobreviveu. São 26 mortos no total, sendo que haveriam outros 4 integrantes da quadrilha que não foram encontrados. Nos sítios onde a quadrilha estava foram encontrados explosivos e diversas armas de grosso calibre, enorme arsenal de guerra! A intensão era estourar a regional do Banco do Brasil na cidade, que possuía R$ 62 milhões em caixa e ainda outras agências bancárias próximas.
Chacina ou limpeza – 02
Ao todo, mais de R$ 100 milhões poderiam ser roubados na cidade, sem falar na grande perda de vidas, pois as agências ficam no centro de Varginha, com muitas pessoas que poderiam ser usadas como escudo humano. Esta mesma quadrilha já assaltou outras agências no Brasil, tendo usado de muita violência e causado a morte de inocentes. Depois do ocorrido, houve enorme cobertura da imprensa o que suscitou as manifestações mais diversas. Há quem parabenize a Polícia Militar mineira (vista como uma das mais duras e eficientes do Brasil) e a Polícia Rodoviária Federal pela ação que não teve morte de inocentes nem de policiais. Mas também há quem tenha se manifestado com tristeza pela morte de 26 seres humanos, que mesmo sendo criminosos, não deixam de ser pessoas como qualquer outra. A coluna destaca ainda que o caso ilustra bem a que ponto chega a “cobiça e violência humana”, pois, não tenham dúvidas, estes bandidos teriam matado dezenas ou milhares de pessoas para roubar os milhões dos bancos na cidade. Mais de 5 mil balas de pistolas e fuzis estavam com a quadrilha. Tudo pelo dinheiro sujo! Saber que pessoas estão dispostas a matar, torturar, fazer inocentes como escudo humano por causa de dinheiro roubado é realmente algo a deixar todos tristes! Contudo, diante da carnificina que poderia ter ocorrido em Varginha, não resta dúvida que a inteligência da Polícia fez um bom trabalho e evitou a morte de inocentes! Grupos de “direitos humanos” tentar apontar “dolo ou ineficácia na atividade policial é realmente uma covardia com aqueles que colocaram a vida em risco para salvar dezenas de inocentes na cidade”. Por certo que não existe “verdade absoluta, mas nos muitos nomes para descrever o que ocorreu em Varginha, a palavra limpeza tem sido mais usada que a palavra chacina”.
Dificuldades, falta de apoio e crimes
A cooperativa dos trabalhadores de material reciclável de Varginha, sediada próximo ao antigo lixão irregular nas adjacências do bairro Corcetti foi envolvida em uma trama que envolve possível furtos em cemitérios. Segundo a Polícia Civil, que coordenou a Operação Sepulcro, para recuperar objetos furtados em cemitérios nas cidades de Varginha, Paraguaçu, Campestre, Muzambinho e Elói Mendes. Em Varginha, a Polícia Civil apreendeu R$ 50 mil e objetos parecidos com alças metálicas de jazigos e outros artefatos na Cooperativa de Reciclagem. Segundo o vereador Marquinho do Cooperativa, um dos líderes da instituição que trabalha com reciclagem, foi tudo um equívoco e a cooperativa nada tem a ver com o ocorrido. Sendo que o suspeito dos crimes estava apenas com um cartão da cooperativa, o que não prova que a instituição negociou com o suspeito ou cometeu qualquer crime. Quanto ao recurso apreendido, a alegação era de que o recurso se tratava de pagamento dos trabalhadores da instituição. Na verdade, a Cooperativa dos catadores, como é conhecida, tem muitas dificuldades de funcionamento e envolve famílias muito carentes. A Copasa que deveria ser uma grande apoiadora da instituição, o que aliás, firmou em convenio junto a Prefeitura de Varginha, pouco ou nada ajuda a instituição. Cabe a Prefeitura de Varginha o socorro a cooperativa e as famílias envolvidas. Em momento de recuperação econômica em que muitas famílias passam fome, é provável que alguns “mais desesperançados” possam bandear para a criminalidade, mas não se acredita que seja o caso institucional da cooperativa, que é fonte de renda e trabalho aos mais carentes. Contudo, cabe ao vereador Marquinho da Cooperativa, principal liderança do setor e também o mais beneficiado pelo fortalecimento da cooperativa, a missão de zelar pela correção, transparência e lisura das ações desenvolvidas pela cooperativa.
Caça aos candidatos
A coluna já identificou que diversos partidos começam a se preocupar pela dificuldade em conseguir candidatos. Nas eleições de 2022 os desafios das legendas serão ainda maiores, pois não haverá coligações entre partidos para a soma dos votos e composição do cociente eleitoral. Ou seja, cada legenda terá que conseguir candidatos próprios para completar a chapa de candidatos. Quanto mais candidatos, melhor, pois a chance de votos aumenta. Contudo, é ainda necessário que os partidos respeitem os critérios das cotas, em relação a número de mulheres e negros. O fundo eleitoral, que neste ano terá bilhões a disposição dos candidatos, determina valores expressos que precisam ser para as cotas partidárias. Assim, os partidos que já tinham dificuldades em conseguir bons candidatos, agora terão ainda que conseguir mulheres e negros para cumprir a legislação de cotas e ter acesso integral aos recursos do Fundo Partidário. Em Varginha muitas mudanças partidárias estão previstas para este final de ano. Trocas de comando partidário, mudanças nas legendas (como no caso do PSL e DEM que se fundiram para criar o União Brasil) entre outros. É muito provável que todas as complicações e burocracias impeçam que os candidatos realmente tenham as candidaturas aprovadas pela Justiça Eleitoral. Ainda mais em Varginha onde poucas legendas possuem organização e profissionais aptos para conduzir mais esta burocracia. A conferir
Lideranças locais, poder regional
Diversos cargos políticos como a escolha de presidentes de Câmaras municipais, novos secretários municipais que estão a mudar pela região (ao sabor de negociações locais), bem como escolha de presidentes de associações de municípios de microrregiões estão a movimentar o baralho político regional. Isso porque muitos dos cabos eleitorais das eleições de 2022 que vão eleger deputados estaduais e federais, bem como o próximo senador eleito em 2022, passa pelo apoio destas lideranças. Nossa região é composta por dezenas de cidades pequenas onde os líderes políticos locais são “donos de seus currais eleitorais” garantindo milhares de votos que fazem a diferença para muitos líderes regionais e estaduais que vão ditar o caminho de Minas e do Brasil. Assim, o comportamento do seu vereador, ou o voto que algum amigo do primeiro escalão de prefeitura pode falar muito dele, bem como dos nomes de quem estará no comando estadual ou até mesmo nacional. Basta lembrar que, há quatro anos, o hoje governador Romeu Zema era apenas um grande empresário desconhecido com sotaque caipira, de quem alguns tiravam saro por ter coragem de entrar na política. Já Rodrigo Pacheco, hoje presidente do Senado e na linha sucessória da República há alguns anos, era apenas um bom advogado criminal que arriscava uma candidatura a deputado federal, sem despertar expectativas maiores da classe política. Trocando em miúdos, é preciso ficar atento às lideranças locais e ao burburinho político, pois o político local, as vezes seu vizinho ou amigo de colégio, pode rapidamente virar uma personalidade estadual ou nacional, com o apoio dos muitos políticos das muitas pequenas cidades mineiras.
Férias da coluna
Como todo trabalhador o signatário da coluna precisa de férias! E depois de três anos sem descanso regular, a Coluna Fatos e Versões vai tirar uns dias de descanso em novembro. Contudo, voltaremos na última quarta de novembro, dia 31/11. Até lá vamos continuar recebendo e-mails, mensagens e ligações com informações e confidencias dos mais variados assuntos de Varginha e região. Aliás, as muitas fontes da coluna, em vários órgãos públicos e empresas são parte do sucesso e repercussão de Fatos e Versões toda semana. Vale ressaltar que a coluna também analisa mudanças no formato e abordagens das informações para agradar o leitor. Caso tenham sugestões de entrevistas, temas de reportagens e outras sugestões, podem enviar para o e-mail do titular da coluna. Anote ai rs.fernandes@fiemg.com.br. Um forte abraço a todos os leitores e até dia 31 de novembro com muitas novidades.