O deputado federal Diego Andrade (PSD) está com prestígio junto ao Palácio Tiradentes e ao Palácio do Planalto. Andrade tem conseguido importantes liberações de recursos para Minas por meio do Governo Federal e Estadual. No governo federal Diego Andrade tem importante entrada porque é o Coordenador da Bancada Mineira na Câmara dos Deputados, assim, sua liderança entre os deputados lhe dá proximidade com o governo e assegura participação nas liberações de emendas. Já no governo estadual, Diego Andrade é uma das principais lideranças no PSD, partido do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que caminha para ser o adversário de Romeu Zema nas eleições estaduais de 2022. Dizem nos bastidores que Kalil e Diego Andrade estariam “distantes”, o que abriu brecha para que Romeu Zema se aproximar do parlamentar de olho em sua liderança no Sul de Minas e enfraquecendo Kalil em sua própria legenda. Não é certo dizer que Andrade vai apoiar Bolsonaro e Zema automaticamente em 2022 por conta da proximidade e liberação de recursos. Mas não será estranho se Diego Andrade “der uma força” a ambos em 2022. Aliás, em 2022, antes das eleições, está prevista a entrega a terceira faixa da Rodovia MG 167 entre Santana da Vargem e Varginha, passando por Três Pontas. A obra será realizada com emenda federal de Diego Andrade e recursos do Governo de Minas.
O Governo de Minas continua falhando com Varginha ao não concluir a obra de duplicação da MGC 491, antiga BR 491 entre Varginha e a Rodovia Fernão Dias. O trecho começou a ser duplicado na gestão passada do petista Fernando Pimentel e foi paralisado logo no início da gestão de Romeu Zema. O governador já foi informado que terá questionamentos em Varginha quando voltar para pedir votos pela reeleição na cidade. Na verdade, o Governo de Minas já “tem uma solução para o caso”, só não tem como dizer isso agora e nem mesmo concluir a obra. A ideia seria privatizar o trecho com a instalação de pedágio e aquisição de recursos para concluir a obra. A ideia pode até ser prática e reunir recursos para a conclusão, mas certamente não agradará a população que tinha a esperança de ver o trecho concluído a muito tempo atrás.
Depois de lançar candidatura própria para prefeito em 2020, o PSDB de Varginha ganhou um destaque na vida política local. Todos acreditavam que a candidatura de Anderson Martins à Prefeitura de Varginha em 2020 era uma “fria política”. Se formos pensar nas chances de vitória, certamente poderia ser. Contudo, em política tem um ditado que diz “time que não joga, não possui torcida”. E foi com este proposito que os tucanos lançaram candidatura em 2020 e podem vir a lançar nome em 2022: ganhar militância e apoio popular. Não se tem nome colocado na mesa, mas o próprio Anderson Martins tem boa reputação no diretório estadual do PSDB, que embora tenha novo presidente e esteja se “transformando para aproximar das massas”, ainda sofre muita influência do ex-governador Aécio Neves. Se realmente os tucanos locais lançarem candidato a deputado, este será mais um nome nos possíveis 6 candidatos locais que, nos bastidores podem vir a disputar eleições em Varginha. Seja para ganhar ou perder, a legenda que estiver nas urnas e nas ruas na cidade em 2022 estará mais que “conquistando militância, vai mesmo é buscar visibilidade para 2024”. A conferir.
A negociação entre o Governo de Minas e os 853 municípios mineiros para pagar os recursos da saúde está em fase final. O Governo de Minas, ainda na gestão passada, reteve irregularmente tais recursos e uma dívida próxima de R$ 6 bilhões do Governo de Minas com as prefeituras de formou. A negociação vem sendo conduzida pela Associação Mineira dos Municípios – AMM, que tem à frente o municipalista e pré-candidato Julvan Lacerda e do outro lado Romeu Zema. Para os municípios, os recursos chegam em boa hora e podem ajudar muito no combate a pandemia que ainda causa mortes por todo estado. Para Julvan Lacerda, os bilhões que vão para os municípios, podem retornar em novas associações e recursos para a AMM e também em apoio para a candidatura de Julvan, que pode ser a senador ou deputado federal. Mas já há quem diga que o protagonista de Lacerda pode levá-lo a ser candidato a vice-governador.
Ainda não se sabe quando será o início do pagamento dos recursos da saúde, mas espera-se que os pagamentos iniciem ainda em 2021. O próprio governador Zema tem interesse em quitar tal dívida, mas por sua vez também depende de acordo com a União para equacionar as dívidas de Minas. De qualquer forma, se fechar o acordo com o governo estadual, Varginha terá uma nova fonte de recursos para engordar seu caixa, visto que tal recurso não estava previsto no orçamento. Claro que este recurso chega carimbado com destinação para a saúde, mas será um enorme aporte para os cofres públicos. No acordo anterior fechado com o governo estadual para pagamento das verbas da Educação (verba represada na gestão Pimentel), a Prefeitura de Varginha conseguiu R$ 60 milhões que estão sendo pagos parceladamente. No acordo da saúde, a previsão é que os valores podem ser iguais ou superiores ao acerto da Educação. Se tudo caminhar como se imagina, os repasses atrasados do Governo de Minas nas áreas de saúde, educação e mais o acordo da Mineradora Vale S/A podem injetar nos cofres públicos mais de R$ 130 milhões nos cofres da Prefeitura de Varginha nos próximos 4 anos. Nada mal para o prefeito Vérdi Melo, que herdou a Prefeitura de Varginha com o caixa equacionado, mas com muitas promessas a cumprir.
O saldo de empregos tem ficado positivo em Varginha nos últimos meses. O índice é medido pelo Caged do Governo Federal. Embora os números mensais sejam pequenos, mas sendo positivo já demonstram confiança e contribuem para a retomada da economia. Mas no caso de Varginha, há que se computar outro importante fator: as obras públicas, sejam em âmbito municipal, estadual e federal. Além disso, o setor de serviços é também outro grande empregador e está ajudando na retomada. As obras de pavimentação de vias, construção e reforma de prédios públicos realizada pela Prefeitura de Varginha, aliada a pequenas obras de instituições públicas estaduais e federais na cidade empregam dezenas de pessoas diretamente e centenas indiretamente. Assim, em boa parte, os números positivos do Caged em Varginha devem-se, principalmente, a ajuda do setor público.
Os recursos digitais prometem continuar revolucionando as eleições também em 2022. As muitas mensagens e propagandas pelas redes sociais, e principalmente os levantamentos de intenção de voto podem inclusive confundir o eleitor e precisam ser levados em conta na fiscalização da Justiça Eleitoral. Não é mistério que o próprio presidente Bolsonaro foi muito beneficiado por estes recursos digitais e a querela entre Bolsonaro e a Justiça Eleitoral em razão do voto impresso, pode causar uma “pesada demão” por parte da Justiça Eleitoral com aqueles que abusarem de meios digitais para burlarem a lei. Em Varginha não é difícil encontrar supostas “pesquisas e enquetes” com a pretensão de voto para deputado estadual e federal. Um conhecido influenciador digital, que também preside um partido, deve ser candidato a deputado estadual. Em suas redes sócias e grupos de Whatsapp é intensa a conversa política e a publicação com supostas pesquisas eleitorais, que obviamente não possuem os critérios técnicos exigidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas que ainda assim, já movimentam e influenciam o meio político. Num dos supostos levantamentos, o influenciador digital e líder partidário está em segundo lugar, atrás de professor Cleiton Oliveira, que será candidato a reeleição como estadual, mas à frente do secretário municipal de Governo, Carlos Honório Ottoni Junior, que pode também ser outro nome que disputará a deputado estadual em Varginha.
Nomes como o ex-vereador Zacarias Piva também aparecem no levantamento digital pela internet. Outros nomes também aparecem, porém com pior colocação, mas ainda assim, legendas de esquerda como PT e PSOL também apresentam pontuação. Quanto a Zacarias Piva, que ainda nem definiu seu partido, é certo que o político tem o desejo de se candidatar e deve focar sua campanha em Varginha, fazendo um contraponto a gestão Vérdi Melo, com intenção de marcar presença em 2022 para chegar forte em 2024, quando pode ser o nome mais competitivo da oposição. Já os partidos da esquerda local, claramente vindos do PSB, PT e PSOL, ainda não há indicação de nomes, mas é certo que também vão marcar posição. O nome da ex-deputada Geisa Teixeira parece definitivamente “enterrado”, já o nome de Rogério Bueno, embora não seja sondado para as eleições de 2022, é certo para 2024. Ainda mais se o deputado estadual professor Cleiton Oliveira (PSB) conseguir a reeleição. Cleiton Oliveira e Rogerio Bueno constroem parceria em Varginha para 2022 e 2024. Sendo o foco a eleição de Oliveira em 2022 e a eleição de Bueno em 2024. Só falta combinar com os demais partidos de esquerda.
A gestão Zema no Governo de Minas tem focado no compromisso de alavancar os negócios no estado e de desburocratizar o setor público, simplificando a vida dos empreendedores e gerando emprego e renda. Prova disso é que de janeiro a agosto deste ano, o Estado atraiu mais de R$ 47 bilhões em investimentos privados, valor que certamente vai superar, até o fim de 2021, o recorde de R$ 57 bilhões alcançado em 2019. Boa parte do sucesso de Zema é devido a parceria com a iniciativa privada que tem salvado as finanças e apoiado o governo. Mesmo diante das incertezas no mercado financeiro geradas pela pandemia de covid-19 e, mais recentemente, do fantasma da crise hídrica no país, o esforço em transformar o estado no melhor lugar do Brasil para se fazer negócios tem atraído a confiança de empresários que acreditam que Minas Gerais é o melhor lugar para instalar suas empresas. A parceria de Zema com a Federação das Indústrias de Minas tem sido, de longe, a mais bem sucedida do governo, visto que não há ciúmes políticos entre empresários e governo, diferente da relação com a Assembleia Legislativa mineira. Somente no mês de agosto deste ano, a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) assinou protocolos de intenção que totalizam mais de R$ 7 bilhões, contribuindo para a geração de 17 mil novos postos de trabalho em Minas Gerais. Já o volume acumulado de 2019 a 2021 soma o expressivo valor de R$ 137 bilhões de investimentos atraídos. Os empresários querem ambiente seguro e estabilidade para trabalhar e gerar empregos de forma desburocratizada, já o Governo de Minas quer “aparecer na foto gastando pouco ou quase nada”, na maioria das vezes, colhendo os frutos do trabalho da iniciativa privada. Vale ressaltar que, no caso da economia, “muito ajuda quem não atrapalha” e nisto o governo Zema tem dado aula ao mundo político. Enquanto estados como São Paulo e Rio de Janeiro estão atolados na guerra entre governo estadual e federal, o governo de Minas busca parceria com a iniciativa privada e passa longe das pendengas federais, dando assim, maior estabilidade para quem produz no estado. Mas a proximidade das eleições de 2022 e a polarização entre Bolsonaristas e Petistas vai forçar Zema a “descer do muro” o que naturalmente vai também impactar no andamento da economia do estado. Mesmo com a clara polarização do mundo empresarial mineiro, que sem uma terceira via equilibrada, prefere Bolsonaro a Lula, é certo que o empresário mineiro vai procurar continuar produzindo e distante da guerra política, enquanto puder, claro!
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