Os levantamentos econômicos estão melhorando a cada dia com o avanço da vacinação e a perspectiva de vida normal. A Indústria, Serviços, Comércio e principalmente a Agricultura já projetam melhoras para os próximos meses. 2022 tem tudo para começar bem a acelerado, não fosse as incertezas que vem do mundo político. Quando se vê a luz no fim do túnel na economia, é justamente a política que traz incertezas. As pesquisas do Datafolha apontando uma eventual vitória de Lula sobre Bolsonaro são realmente inacreditáveis. Não por indicar a entrega do país a um condenado sem sentença, visto que Lula é reconhecido pela sociedade como corrupto. Mas sobretudo por ver que ao longo dos anos, o Brasil não conseguiu produzir novos líderes nacionais e fique ainda politicamente polarizado entre Lula e Bolsonaro. O país vem conseguindo sair do poço na área econômica, vai vencendo a Covid-19, após muitas mortes e gastos enormes. Contudo, ainda pena na esfera política, onde não conseguimos escolher bem e não somos capazes de produzir lideranças nacionais com força para tirar o Brasil da polarização. Vamos aguardar para ver se na área política também vamos encontrar “luz no final do túnel” até outubro do ano que vem!
Na Capital mineira já se vive as eleições de 2022, com muitos nomes que prometem movimentar a política, principalmente para a disputa da Câmara Federal. Entre os nomes comentados para a disputa de deputado federal está o atual vice-governador Paulo Brant (irmão do ex-deputado federal e ex-ministro Roberto Brant), bem como também o ex-governador Fernando Pimentel (PT) que é uma das apostas do partido para ampliar a votação e bancada federal do PT. Além deles vários ex-prefeitos de cidades polo como Vitor Penido Filho (ex-prefeito de Nova Lima) também são especulados como candidatos a deputado federal. Contudo, o que mais tem causado surpresa é a possível candidatura do secretário Igor Eto, um dos braços direitos de Zema. A coluna não acredita que Igor Eto entraria numa candidatura a deputado, já o lançamento de uma candidatura do vice-governador Paulo Brant é muito possível. Pelo que se escuta, Brant e Zema podem não estar no mesmo palanque em 2022. Não será a primeira vez que um governador termina o mandato distante politicamente do vice.
A relação entre o Governo de Minas e a Assembleia Legislativa parece estar cada dia pior. E pelo que temos visto, vai continuar assim até as eleições. Se o presidente da ALMG conseguir manter unido todos os parlamentares em torno das disputas com o Executivo pode ganhar força. Mas não é o que parece. Depois que muitos apoiadores do governador atacaram o presidente da ALMG por conta da votação dos recursos do acordo com a Vale, foi identificado que alguns deputados estaduais fizeram coro nos ataques ao deputado estadual Agostinho Patrus. A relação de Zema com o Legislativo sempre foi complicada desde o início do governo, mas com o fortalecimento de Zema após equacionar os principais problemas da gestão, o chefe do Executivo parece ter criado “coragem e ganho prestígio político para peitar o Legislativo”. Não sabemos o que vai dar isso, mas certamente podem sobrar “feridos de ambos os lados”.
A candidatura a deputado do secretário municipal de Governo Carlos Honório Ottoni Junior em 2022 parece ser uma certeza a cada dia. Honorinho tem conversado com apoiadores e líderes partidários para fortalecer seu nome. Também tem buscado unificar o apoio do governo municipal a apenas um nome para estadual e um para federal. A unificação do governo para apoiar apenas um nome para estadual e federal é fundamental para o sucesso nas urnas. Contudo, não se acredita que o prefeito Vérdi Melo vai mesmo apoiar apenas um nome para cada disputa, mesmo porque, isso seria contra o prometido pelo prefeito no passado. Além disso, vários candidatos à reeleição têm expectativa de apoio em Varginha e esperam contar com Vérdi. Mas a principal ameaça para a candidatura do secretário de Governo é a possível candidatura de um colega de Honorinho do primeiro escalão. Ocorre que outro secretário de Vérdi Melo está sendo pressionado a candidatar-se a deputado estadual. A pressão é grande e significativa e a promessa é de que o candidato “não vai precisar colocar a mão no bolso”. A proposta é tentadora!
Novo VTC
Existem em andamento diversas ações promovidas pelo Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS. São ações universitárias, projetos tecnológicos, ações sociais e tantas outras que passam diretamente pela análise do reitor Stefano Barra Gazzola. O comandante e idealizador do poderoso UNIS participa de todas as atividades e tem inaugurado um comportamento diferente nas divulgações das ações. O próprio Stefano Gazzola tem sido o “garoto propaganda” das ações do UNIS por todo estado. O reitor aparece nas redes sociais, outdoor, comerciais etc. Não tem pessoa melhor para estampar as ações, visto que Gazzola é um entusiasta do empreendedorismo e participação para transformação. Mas os articuladores políticos veem a ação com uma “pista do que vem por aí em 2022”. Gazzola sempre almejou o mundo político e tem seu nome especulado para ser candidato a deputado federal. Se realmente for, Gazzola já sai com a imagem do grande líder educacional que construiu um “império universitário estadual saído praticamente da massa falida de uma fundação local”. Seria a primeira vez que Stefano Gazzola estaria se ariscando no mundo político. Chances existem, a conferir!
A coluna tem acompanhado o trabalho dos vereadores de Varginha, principalmente os novos eleitos. São nomes vindos da sociedade e que não têm histórico de outras vitórias políticas, ou seja, estão na Câmara pela primeira vez e não tiveram apoio financeiro para chegar ao Legislativo. Este grupo de vereadores tem realizado um trabalho uniforme, sereno e constante. Vê-se semanalmente uma variedade de requerimentos e indicações que mostra a constante visita dos edis a população. Ou seja, o Legislativo está ouvindo o povo! Claro que isso não significa muito se as indicações não saírem do papel, mas indica que a política “saiu do gabinete e passou para as ruas”. Acredito muito nesta legislatura e na possibilidade de “geração de novos líderes” desta Câmara. Não temos ninguém “ruim demais e ninguém completo o bastante politicamente, o que torna o Legislativo mais homogêneo”. Com ambiente saudável e oportunidade de trabalho e projetos, é possível que do Legislativo tenhamos um nascedouro de futuros prefeitos, deputados, líderes classistas etc. Vale destacar que Vérdi Melo foi vereador e presidente da Câmara por várias vezes antes de chegar à Prefeitura de Varginha, e isso não acontece sempre. Vejam, por exemplo, que Zilda Silva atual presidente deve ser a segunda ou terceira mulher a ocupar a presidência da Câmara em toda a história da cidade, o que é um avanço. A diversidade dos nomes que compõe hoje o Legislativo mostra uma pluralidade social e cultural da cidade representada no seu Legislativo. Realmente uma oportunidade única para construirmos ali boas mulheres e homens públicos. Vai depender dos eleitos aproveitarem ou não esta chance!
E continua o mistério, onde está Juliano Rodrigues? Continua preso por xingar autoridades locais nas redes sociais? Quais os crimes a polêmica “língua afiada” teriam cometido para enfrentar uma Justiça “ferrenha e rancorosa” como a enfrentada por Rodrigues? A luta de Rodrigues que “nunca foi santo” começou quando o mesmo foi preso por cometer crimes eleitorais e daí começou ataques a autoridades do Legislativo federal e municipal. Depois disso, com o “ibope em alta”, Juliano Rodrigues incorporou “um paladino da Justiça, que não praticava nenhuma Justiça, mas falava coisas que tinham seu fundo de verdade, mesmo atacando muitas pessoas inocentes”. Contudo, não se pode acreditar que diante de tantos crimes bárbaros e corrupção que corroem as bases do país, um homem revoltado com o Sistema tenha que ficar anos atrás das grades pelo fato de “incomodar poderosos”. Afinal, não foram os inocentes atacados que prenderam Rodrigues, mas sim os poderosos desmascarados! Ou algum tem dúvidas que se Juliano Rodrigues tivesse ofendido apenas “bons samaritanos ele estaria atrás das grandes até hoje?”
A coluna tem feito diversas cobranças a Copasa, companhia estatal de saneamento básico que atende Varginha, mesmo sem ter passado por licitação para faturar milhões de reais em taxas na cidade. A Copasa em Varginha presta serviço no tratamento de água e esgoto local, bem como também trata o resíduo sólido na cidade. Vale lembrar que o tratamento do resíduo sólido pela Copasa em Varginha é algo experimental para a empresa que nunca antes tinha atuado nesta área. Aliás, também na escolha da Copasa para o tratamento do resíduo sólido não houve licitação e o município tem contrato que vai pagar a empresa estatal mais de R$ 60 milhões dos cofres municipais. Quanto ao tratamento de esgoto em Varginha que é uma das reclamações que envolve a empresa, Varginha e toda Minas Gerais teve grande e boa surpresa depois que a Agência Reguladora de Saneamento de Minas Gerais – Arsae impôs a Copasa que reduzisse o percentual da tarifa de tratamento de esgoto. Com isso, Varginha e centenas de outras cidades deixaram de pagar 100% da tarifa de tratamento de esgoto, mesmo porque, não é 100% da água que entra em uma residência que sai na forma de esgoto. Afinal, muito desta água que entra numa residência é para consumo humano, regar plantas etc. O trabalho sério da Arsae trouxe novamente a confiança nos preços cobrados pela Copasa. Contudo, vale ressaltar que a empresa ainda deve milhões em investimentos em Varginha. Existem muitas obras pendentes na cidade, principalmente na melhoria da tubulação e armazenamento de água tratada. Já quando ao esgoto tratado pela empresa e despejado no Rio Verde, vários ambientalistas estão de olho na qualidade do tratamento da água visto que o reservatório da PCH Boa Vista em Varginha tem acumulado a proliferação de aguapés que podem indicar aumento de dejetos orgânicos na água. A conferir.
O governador Romeu Zema criou decreto estadual que quebrou o monopólio das grandes empresas de transporte de ônibus em Minas, o que desagradou poderosas empresas de transportes regionais, que por sua vez, possuem amigos no parlamento mineiro. Com o decreto de Zema flexibilizando as regras para o transporte fretado no estado, empresas como a Buser utilizavam ônibus fretados para fazer o transporte de passageiros entre as principais cidades de Minas com preços bem mais baratos. Pela Buser, por exemplo, a passagem de Varginha a Belo Horizonte que custa em torno de R$ 117,00 reais estava saindo a R$ 57,00. Claramente o decreto de Zema facilitou e barateou o transporte coletivo intermunicipal na medida em que deu mais alternativas ao consumidor. Empresas como a Buser, são vistas como “a Uber” dos ônibus intermunicipais, bem mais ágeis, eficientes e menor custo. Contudo, centenas de motoristas de ônibus frestados correm o risco de perder o emprego e milhões de passageiros perderem o novo serviço caso o projeto do deputado estadual Alencar da Silveira Júnior suspender o decreto de Zema. Com o fim deste decreto as viagens realizadas por empresas como a Buser serão prejudicadas, criando um claro retrocesso no setor. Nesta semana dezenas de ônibus das empresas de fretamento estacionaram em frente a ALMG para protestar contra o projeto de Alencar da Silveira.
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