O presidente da Fundação Hospitalar do município de Varginha (Fhomuv) tem surpreendido o mundo político. Empresário do setor cafeeiro e imobiliário, chegou ao cargo de presidente da Fhomuv após “apostar alto” na então candidatura do prefeito Vérdi em 2020. No importante cargo público que controla o Hospital Bom Pastor e outras áreas de saúde do município o empresário tem sido discreto e não levanta suspeita, trabalha em silêncio e tem “aprendido e influenciado” por onde passa. Certamente que Alemão do Café, pode mudar de apelido para Alemão da Política, pois aprendeu rápido como passar pelo “tiroteio político eleitoral do poder sem levar nenhuma bala, pelo menos até agora”.
A obra da rotatória no bairro Santa Maria é uma importante obra viária que a Prefeitura de Varginha está realizando com recursos próprios. A obra é complexa sendo realizada entre dois córregos e unificará 8 vias públicas. Promessa antiga que agora sai do papel, mas tem demorado demais para ser concluída! O trânsito de pedestres e veículos está muito perigoso no local, principalmente nos horários de pico. Os membros da Guarda Municipal que tanto perambulam pela cidade gastando gasolina bem que poderiam destinar parte de seu tempo para regular o fluxo e cuidar dos pedestres que por ali passam. A sinalização das obras é bem confusa e pequenos incidentes estão ocorrendo. Será que o Departamento Municipal de Trânsito – Demutran vai fazer alguma coisa?
Varginha conquistou o primeiro lugar na pontuação do ICMS de Patrimônio Cultural no Sul de Minas. A pontuação ajuda a aumentar os recursos recebidos pelo município para investimento no patrimônio cultural local. Contudo, não se tem visto cuidado com grandes bens do patrimônio cultural da cidade, e não se pode jogar a culpa disso na pandemia do Covid-19 que deixou o serviço público ainda mais “lerdo” desde 2020. O imóvel do antigo Cine Rio Branco continua apodrecendo no centro de Varginha e parte do reboco vive caindo na cabeça de quem passa ao redor. Além disso, pela zona rural de Varginha várias fazendas centenárias estão caindo ou se tornando loteamentos e levando parte da história da cidade para o esquecimento. O fato de termos um museu, belo teatro e mesmo algum recurso para o patrimônio cultural não significa que o município está fazendo bem seu trabalho.
A fiscalização do transporte coletivo urbano de Varginha nunca funcionou a contento! Reclamações sobre falta e atraso de ônibus sempre foram comuns em Varginha, mesmo antes da pandemia, quando a frota foi inclusive reduzida. Contudo, agora, o que temos visto são aglomerações proibidas e ignoradas nos ônibus do transporte coletivo urbano nos horários de pico. Os trabalhadores que conseguiram manter o emprego precisam se espremer no ônibus no início da manhã e final da tarde na ida e volta do trabalho e nada disso é visto pela fiscalização. Definitivamente, o que parece, é que a escolha dos fiscais é de prejudicar quem luta para trabalhar!
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, começou um intenso trabalho com sua assessoria focado no interior de Minas. Kalil é um dos fortes candidatos ao Governo de Minas e vai disputar com Romeu Zema em 2022 o controle do Estado. O prefeito de Belo Horizonte é um político polêmico e tem conseguido arrancar “amor e ódio” da população na Capital. No meio pobre o prefeito é visto como trabalhador, simples e verdadeiro. Já em alguns meios poderosos da sociedade de Belo Horizonte, o ex-cartola do Galo é visto como arrogante, prepotente e fracassado. Não sabemos qual das versões é a correta, mas temos visto que o governo estadual tem acompanhado de perto as movimentações de Kalil. A assessoria política de Romeu Zema acha que Kalil será o principal oponente a reeleição de Zema. Mas pode estar enganada. Partidos grandes e com tradição política em Minas como o PSDB, MDB e Democrata ainda não definiram seu futuro e podem lançar candidatos. Um nome que, nos bastidores, tem dito que pode ser candidato a governador seria o empresário Paulo Brant, atual vice-governador de Zema. A “notícia estranha” é que, se realmente houver esta chance (Brant ser candidato a governador, rivalizando com Zema), quer dizer que a “convivência política” entre Zema e Brant não estaria boa! Será?
Os partidos de esquerda em Varginha, que antes eram liderados pelo Partido dos Trabalhadores PT, hoje caminham sozinhos e pouco se tem ouvido falar de articulações conjuntas entre tais legendas. No PT nada se comenta sobre uma possível candidatura de Geiza Teixeira em 2022, a ex-deputada saiu da legenda e deixou brigas com lideranças locais. No PSB, o deputado estadual Cleiton Oliveira vai tentar reeleição e não deve ter muitos novos apoiadores além dos tradicionais da eleição passada. Na Rede Sustentabilidade o médico veterinário Demétrio Junqueira não disse se será candidato a deputado, mas certamente terá candidato para apoiar na cidade. A exemplo de partidos como PSOL e PSTU, que mesmo sem dinheiro ou candidatos competitivos também devem lançar nomes ou trazer pessoas de fora para disputar votos na cidade. A esquerda em Varginha está fraca, desunida, mas não morreu! Talvez esteja aguardando um nome ou legenda que volte a reuni-los, como ocorreu no passado.
Não se pode dizer que o governo municipal tenha uma oposição consistente, pelo menos não na Câmara. No campo ideológico e político, o único que mantém o discurso de oposição é o ex-vereador Zacarias Piva, que deve ser candidato a deputado e manterá o discurso. Outros nomes que rivalizaram com Vérdi Melo no passado, como Rogério Bueno e Armando Fortunato, já estiveram com o prefeito ou mesmo trabalham no governo e tudo parece estar em paz! Como previu a coluna, lá atrás, quando Vérdi Melo construiu uma enorme aliança para chegar a Prefeitura de Varginha, os “adversários da administração estão dentro dela”. O difícil será Vérdi Melo manter toda sua base unida! Atualmente isso parece fácil e realmente o é por diversas razões. O governo está em sua primeira metade, Verdi pegou um governo organizado das mãos de Antônio Silva, há dinheiro em caixa e não haverá possibilidade de reeleição para Vérdi. Mas este tempo bom pode acabar, e quando não há perspectivas de “pão e emprego para todos, é quando ocorrem as traições”. A conferir!
O advogado Gustavo Chalfun, ex-presidente da OAB Varginha e ex-secretário geral da OAB Minas tem percorrido o estado conhecendo de perto cada liderança da advocacia mineira. Não é a primeira vez que Chalfun faz isso. No passado, quando esteve ao lado de Sérgio Leonardo na disputa pela OAB estadual o advogado de Lavras que se tornou varginhense de coração, também percorreu Minas e conseguiram milhares de votos na disputa pela instituição maior dos advogados mineiros. Chalfun trilha um caminho similar ao trilhado por outro advogado, amigo de Chalfun, que começou sua vida institucional na OAB e hoje lidera o Senado da República: Rodrigo Pacheco. A exemplo de Chalfun, Pacheco, natural de Passos começou sua carreira como advogado fora de sua terra natal. Com o engajamento nas lides da OAB, Chalfun se tornou conselheiro da instituição e abriu escritório na Capital, também como fez Pacheco. Iniciando sua vida política, Rodrigo Pacheco se tornou deputado pelo MDB, mesmo partido de Gustavo Chalfun, que também já foi sondado para ser candidato a deputado. De fala serena e perfil conciliador, tanto Chalfun quanto Rodrigo Pacheco, fazem parte de um seleto grupo de personalidades que agregam apoios em diversos lugares distintos, o que é fundamental para o sucesso atualmente. Quando Rodrigo Pacheco se tornou senador da República após percorrer o estado pedindo votos, (como faz agora Chalfun na OAB), Rodrigo Pacheco voltou a Varginha para agradecer os apoiadores. Num evento reservado em propriedade rural do hoje presidente da Fhomuv, Gustavo chalfun recebeu Rodrigo Pacheco para jantar e bate papo que reuniu algumas dezenas de lideranças regionais. Com este histórico comparativo, sabemos que Gustavo Chalfun vai continuar se destacando na advocacia, mas, “como não se pode criar um tubarão em aquário”, a OAB não será o limite para o habilidoso advogado emedebista que vai voando cada dia mais alto.
A coluna tem acompanhado regularmente as publicações da Justiça Eleitoral com o resultado de julgamento de contas de campanha e das administrações, bem como multas a candidatos e sentenças condenatórias que podem banir da vida política nomes conhecidos da região. Além disso, também temos visto o caminhar ainda lento das mudanças partidárias em Varginha e no estado. Em Varginha temos representação de quase todos os partidos políticos habilitados no Brasil. A grande maioria composta por comissões provisórias que podem mudar a qualquer tempo ao “sabor das conveniências políticas” dos medalhões. Temos poucos partidos constituídos por diretórios eleitos na cidade. A constituição por meio de diretório dá as lideranças políticas locais mais autonomia e liberdade para fazerem suas composições eleitorais de forma mais identificada com a cidade e não ficar a reboque dos líderes políticos regionais ou estaduais que nem mesmo vivem ou acompanham os problemas da cidade. Mesmo nestes partidos instituídos por diretórios estão ocorrendo mudanças e ainda neste ano, quase todos vão passar por eleições. A maioria das legendas já possui o mesmo presidente há muitos anos, ou são controlados por dois ou três que se revezam no poder partidário. Mas isso promete mudar nos próximos meses. Quem quiser acompanhar as composições partidárias locais pode verificar tais informações por meio do portal digital da Justiça Eleitoral. Aliás, a composição dos partidos é o primeiro alicerce das candidaturas. Vejam, por exemplo, que o presidente da República Jair Bolsonaro, ainda está sem partido. E tem enfrentado grande “agonia política” pois precisa definir logo qual legenda vai se filiar e levar seu enorme exército de seguidores para a disputa de 2022. A escolha tem sido complicada justamente porque Bolsonaro quer um partido “sem dono para apossar” e com estrutura mínima no país para sustentar uma eleição nacional.
A coluna perdeu o contato do polêmico “Caluniador Geral do Município” Juliano Rodrigues. Conhecido por publicações bizarras na internet onde ofendia e acusava diversas autoridades públicas municipais, estaduais e federais dos três poderes, Juliano Rodrigues foi preso e parece que continua da mesma forma. Com diversas condenações na Justiça após a troca de processos com empresários e políticos, Juliano Rodrigues foi glorificado por muitas pessoas por ter a coragem de dizer o que muita gente pensa e gostaria de falar. Questionador do Judiciário, crítico do Legislativo, fiscalizador do Executivo e um incômodo a muitos poderosos, Juliano Rodrigues foi preso por qual crime? Onde está ele hoje? Onde está o vasto material que ele recebia por meio de denúncias? Sabe-se que Rodrigues passou a receber diversos documentos e informações ligados a pessoas importantes e influentes na cidade no período em que foi preso. Onde teriam parado tais documentos? Será que Juliano Rodrigues foi “convencido a calar-se” após este período de cadeia? Não sabemos! Seus familiares atestam que Juliano Rodrigues “mudou”, estaria “diferente” a cadeia teria mexido com sua saúde, seu psicológico, seu modo de ver a vida e a fúria que tinha (ou tem?) contra diversas personalidades regionais. Será que vamos ver novamente Juliano Rodrigues em lives bombásticas pela web? Acredito que não!
Um grupo de empresários ligados o meio político local estava listando os nomes que devem ser candidatos a deputado em 2022. Entre os nomes diversas pessoas conhecidas do Governo municipal e líderes partidários locais. A convicção da conversa estava ideia de que a maioria dos possíveis candidatos locais de 2022, na verdade, miram mesmo nas eleições de 2024, quando Vérdi Melo deixa a Prefeitura de Varginha, sem ainda ter um sucessor natural. Nas apostas ouvidas, a sentença era de que o candidato que em 2022 não tiver mais de 10 mil votos não tem a menor chance de vitória em 2024. O que realmente parece real! Mas a aposta maldosa é de que, aqueles que saírem em 2022 com pompa e soberba e tiveram apenas alguns “pingos de votos” podem estar sacramentando de vez seu banimento do mundo político eleitoral. A conferir!
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