Mudança de estratégia
Nos últimos tempos o governo municipal deixou de usar as redes sociais do prefeito, vice e aliados para apenas divulgarem ações contra a pandemia. O que se tem visto agora são anúncios de obras e visitas a obras em pleno funcionamento e prestes a serem entregues. Uma clara mudança de estratégia, visto que mesmo com as inúmeras ações municipais contra a pandemia, os resultados práticos dependem fundamentalmente da participação da população e, agora, das ações do Governo de Minas, que é quem controla a vigência da onda roxa. Varginha perdeu a “rédea jurídica” do caso por conta do Governo de Minas ter ajuizado ação contra a Prefeitura de Varginha e ganhou na Justiça, forçando o município a integrar o Programa Estadual Minas Consciente. A mudança de estratégia do governo Vérdi em focar na divulgação de realizações nas redes sociais dá um novo viés no seu relacionamento com a população, pois passa a mostrar que o governo não esta parado, além de criar um ciclo virtuoso de boas notícias, já que da pandemia costumam vir apenas más notícias. Além disso, as redes sociais cresceram muito neste período de isolamento, além de ser um modo barato de fazer divulgação. Contudo, é preciso ficar atento pois, os meios digitais de divulgação estão sujeitos a ataques e as informações são mais vulneráveis. Ou seja, qualquer pessoa pode contestar, atacar, modificar ou desvirtuar o que foi divulgado. Além disso, a onda de fake news que cresce no mundo digital não garante segurança aos novos veículos digitais na mesma proporção que os veículos de comunicação tradicionais.
O governo que não começou
Curioso é que o atual prefeito Vérdi Melo apenas subiu definitivamente ao comando da cidade quando Antônio Silva renunciou por conta da pandemia do Covid-19 que chegava a Varginha. Com a posse definitiva de Vérdi, o prefeito começou seu trabalho com uma “mono agenda”: combater o Covid-19. Este tema mudou apenas durante o pequeno período das eleições quando a cidade, por pouco tempo, olhou para a política e não para a doença. Passado o período eleitoral, a vitória e posse definitiva de Vérdi e Leonardo para 4 anos de governo, parece que a nova gestão não começou! Afinal, voltamos ao tema e preocupação com a pandemia, como se estivéssemos vivendo um 2020B e não um 2021! Vale destacar que muita gente achava que, virando o ano a vida e a pandemia iriam mudar, mas nada mudou. Quase nada, na verdade, pois agora a condução administrativa da cidade está nas mãos do Governo de Minas por conta da onda roxa. Nesta semana o governador, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe e o presidente do Tribunal de Justiça de Minas se reuniram para traçar um panorama da intensidade e abrangência da onda roxa em todo o estado. É esperado que, na semana que vem algumas regiões deixem a Onda Roxa e possam retomar parte das atividades. Vamos começar a sair do “julgo da Capital”? Não se sabe, afinal, parece que o novo governo Vérdi nem tomou posse! Na prática, o governo municipal de Vérdi e Leonardo deve, realmente, começar apenas após a pandemia! A conferir.
Rotatória do Santa Maria
Uma importante obra viária tem mais uma etapa concluída em Varginha. A rotatória do bairro Santa Maria, que integra oito vias sendo 3 avenidas importantes de grande escoamento de veículos e mercadorias está com obras adiantas. O trecho tem intenso fluxo de veículos e pedestres e sempre foi problema na região do bairro Santa Maria que é ligação para dezenas de outros bairros. A obra começou ainda no governo passado, mas é nesta gestão que os principais investimentos estão sendo aportados e espera-se que a obra seja entregue em breve. Aliás, a entrega da rotatória do bairro Santa Maria precisa implicar em replanejamento de todo o trânsito da região. Não é de hoje que o Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) deve isso àquela região. As promessas de transformar a Avenida dos Imigrantes em mão única, além de diversas outras pequenas obras e mudanças que envolvem o Demutran estão na lista de promessas não compridas pelo departamento. Será que agora vai?
Expectativa
Mesmo com as preocupações com a economia e pandemia, o mundo político não deixa de ter suas próprias aflições. É surpreendente o quanto a Coluna recebe e-mails e telefonemas de pessoas fazendo conjecturas sobre as secretarias de Governo e de Saúde. É como se todos aguardassem o momento em que haverá as mudanças nestas pastas para continuar o governo. Sabemos que tais mudanças vão ocorrer, seja por desejo do prefeito, do titular da pasta ou mesmo por “necessidade e cobranças” do mundo político e econômico. Estar no governo é um eterno jogo que possui ingredientes como pressão, preparo, competência e diversas outras habilidades que nem sempre se sabe possuir. Uma fonte da coluna, que é muito ligada ao prefeito Vérdi Melo, disse que as mudanças estão aguardando “o melhor momento”. Ou seja, não se trata de “se, mas sim de quando acontecerão”.
Resfriamento
O mundo político também deu uma tranquilizada com o isolamento social. Principalmente no Legislativo onde os trabalhos estão quase parados. Vereadores, deputados e senadores estão praticamente em home office. Apenas o comando do Legislativo é que tem se articulado em algumas poucas e estratégicas ações. Os vereadores locais estão com articulações pessoais em áreas diversas, mas nada de composições em conjunto como seria antes ou sem a pandemia. Já na Assembleia Legislativa, o deputado estadual professor Cleiton Oliveira, que é majoritário em Varginha, recuperou-se do Covid-19 e não tem vindo muito a cidade. As ações do parlamentar estão funcionando “nornalmente” em bastidores. Quanto aos deputados federais Dimas Fabiano (PP) e Diego Andrade (PSD) os dois também seguem acompanhando de longe as ações do Governo Vérdi, Zema e Bolsonaro. Dimas Fabiano estava com relações “estremecidas com alguns aliados locais”, como o vice Leonardo Ciacci, parece que a monotonia do isolamento fez bem para resfriar os ânimos no caso. Já Diego Andrade aguarda a tão falada mudança na pasta de Saúde de Varginha, onde espera-se seja alocado um médico do PSD. Quanto ao governo do Estado, que ainda deve a conclusão da BR 491 à Varginha, os deputados Cleiton Oliveira, Diego Andrade e Dimas Fabiano sabem que não precisam esperar nada de Zema, afinal, “estado quebrado, governo impotente” deveria ser o novo slogan do governo estadual do Novo. Quanto a Bolsonaro, enquanto Diego Andrade goza de prestígio no Palácio do Planalto, fazendo lives e fotos com o presidente em eventos nos Palácios do Planalto e Alvorada, Dimas Fabiano tem atuação política de bastidores fundada na sua amizade de longa data com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que é do PP e tem sido o garantidor dos pagamentos de emendas de muitos parlamentares federais.
Me dá um dinheiro ai?
O advogado e ex-vereador Zacarias Piva teve seu celular clonado por bandidos que usaram um aplicativo de mensagens para entrar em contato com amigos do advogado solicitando dinheiro por meio de transferência eletrônica. Piva foi vítima de um golpe já conhecido e cada dia mais comum no mundo digital! Por sorte que não houve prejuízos pois rapidamente o ex-vereador tomou conhecimento do fato e informou familiares, conhecidos e amigos do golpe em curso. O caso inclusive já ocorreu com pessoas famosas do mundo do entretenimento, política e vida empresarial. Além disso, para o caso de políticos que costumam ter na agenda uma rica e variada seleção de pessoas endinheiradas, de amigos próximos a adversários ferrenhos, seria muito “desconfiável” um adversário político mandando mensagem pedindo dinheiro! Já pensou o presidente Bolsonaro recebendo uma mensagem pedindo dinheiro do celular do governador de São Paulo, João Dória? Só pode ser golpe mesmo! Será que o prefeito Vérdi Melo ou o deputado federal Dimas Fabiano receberam mensagens dos larápios que clonaram o celular de Zararias Piva? Certamente que tais números de celular estavam na agenda do ex-vereador!
Economia e Trabalho
É certo que com o isolamento social e restrição de diversas atividades econômicas e administrativas, a intensidade do trabalho do governo municipal reduziu em vários departamentos. Com isso, é esperado que também exista uma redução de custos por parte do poder público, afinal, houve economia de insumos como energia, água, papel etc. E se formos colocar na ponta do lápis, pagamentos de ticket alimentação ou transporte também deveriam ter sido suspensos proporcionalmente de acordo com os dias efetivamente trabalhados, ou não? Será que os governos municipal, estadual e federal estão adotando tais práticas de economia? Ou mais uma vez a preocupação com o salário no final do mês é uma aflição apenas do trabalhador da iniciativa privada?
Hospitais mineiros ganham fôlego com ação da indústria
As principais indústrias mineiras se unem, em uma corrente solidária em favor da vida, para emprestar dois mil cilindros para o envaze de oxigênio medicinal que será distribuído para a rede pública de saúde. Os cilindros estão sendo entregues para distribuição de acordo com as orientações da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais. A iniciativa liderada pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) vem ao encontro da crescente demanda por tanques para o armazenamento de oxigênio medicinal, insumo essencial para pacientes em estado grave da Covid-19 e outras doenças que provocam insuficiência respiratória. “Nossa meta inicial era arrecadar mil equipamentos, porém, graças à solidariedade do empresariado mineiro, que quer ajudar a amenizar o sofrimento daqueles que precisam do oxigênio, nós conseguimos dobrar esse número e mapeamos que será possível fornecer um total de dois mil cilindros de oxigênio. Uma quantidade que vai além da necessária para o atendimento imediato e ainda proporciona uma tranquilidade quanto ao abastecimento deste insumo”, conta Flávio Roscoe, presidente da FIEMG. No primeiro momento, a FIEMG, por meio do SENAI-MG, fez uma averiguação interna em suas unidades para localizar cilindros próprios que pudessem ser emprestados para os hospitais e unidades de saúde. Até o dia 31 de março, foram coletados 46 cilindros em unidades do SENAI-MG. A mobilização se estendeu a toda a indústria mineira que está disponibilizando por emprestar recipientes usados para armazenamento de outros gases, que serão convertidos para o uso do oxigênio medicinal. Para aliviar a demanda na capital mineira, a FIEMG já recolheu e repassou à Santa Casa de Belo Horizonte, 18 cilindros para serem reabastecidos e que já estão sendo usados no tratamento dos pacientes com quadros respiratórios. De acordo com diretor Técnico da Santa Casa, Guilherme Gonçalves Riccio, os cilindros são fundamentais, devido ao aumento da necessidade do uso de oxigênio e ausência de gases encanados em todos os leitos da Instituição. Um paciente que precisa utilizar o cilindro de oxigênio por 24h consome, em média, até três recipientes com capacidade de 10m³. “O nosso consumo de oxigênio em média, em fevereiro deste ano foi de 116m³, já em março chegamos 202m³, um aumento no consumo de cerca 74%”, conta Riccio. Diante do atual cenário, a demanda por oxigênio deve se manter em alta, tendo em vista que grande parte das internações demandam o gás medicinal. “Dos 330 pacientes internados no dia 30 de março com Covid-19, a grande maioria demanda a oxigenioterapia”, lembrou Riccio. Segundo o diretor, a mobilização da sociedade tem ajudado a amenizar as dificuldades. “Nós já recebemos uma quantidade de cilindros que nos permite atender esses pacientes com mais segurança, porém ainda necessitamos de um tipo específico, que chamamos de cilindro de transporte, que é usado durante a movimentação destes pacientes de uma unidade a outra, para realização de exames, entre outros. Agradecemos imensamente aos que abraçam a nossa causa e acreditam em nosso trabalho, sem sombra de dúvidas o nosso cenário em re lação à dificuldade ao armazenamento de oxigênio, hoje é mais positivo quando comparamos com a semana anterior”, destacou a gestora da Santa Casa de Belo Horizonte. Esta é mais uma das ações da FIEMG em favor da sociedade mineira no enfrentamento da Covid-19. No último dia 22, a Federação entregou ao governo estadual mais 100 respiradores mecânicos, totalizando um reforço de 1.700 equipamentos para a rede de saúde que atende pacientes infectados com o novo coronavírus. Além dos equipamentos, a FIEMG já doou milhares de máscaras, jalecos, álcool glicerinado e ainda tem atuado junto ao Poder Público para mitigar os efeitos da pandemia na vida da população.