Quando nascemos, a colonização do nosso intestino por bactérias (microbiota) é praticamente inócua e com o tempo e nosso padrão alimentar essa microbiota vai ser colonizada de maneira individual, ou seja, cada microbiota terá um perfil de colonização diferente. A microbiota é afetada por fatores internos e externos, como a alimentação e a prática de atividade física, e é responsável por atuar no metabolismo de diversos nutrientes, modular a imunidade e reduzir as chances de infecções.
A saúde intestinal e a saúde mental estão interligadas e quando uma delas não está funcionando da maneira correta, pode haver desequilíbrios na saúde e até o surgimento de doenças. A depressão é uma das doenças mais comuns na atualidade, atingindo mais de 300 milhões de pessoas, e ela causa implicações na vida de quem a possui, podendo atrapalhar o desenvolvimento estudantil, o trabalho e até as relações sociais. Além disso, foi observado que o perfil da microbiota difere entre indivíduos saudáveis e indivíduos com depressão.
A obesidade e uma má alimentação, rica em gorduras e açúcares e pobre em fibras, podem levar o indivíduo à disbiose, que é o desequilíbrio entre as bactérias boas e maléficas no intestino, e essa disbiose está relacionada com o surgimento e/ou agravamento de diversas doenças, inclusive a depressão.
Como há casos e casos de depressão e alguns realmente só são controlados com terapia e medicamentos, é importante saber que a disbiose intestinal aumenta os riscos para o surgimento de depressão. Neste caso, uma das maneiras de prevenir a depressão proveniente da disbiose é cuidar da sua alimentação e da sua saúde em geral. Consumir mais frutas, legumes, verduras e água, ter uma rotina de exercícios físicos e reduzir o consumo de produtos industrializados e bebidas alcoólicas.