Mexidas e remexidas
As articulações e composições políticas estão esquentando na cidade. As reuniões entre pré-candidatos e presidentes de partidos estão cada dia mais comuns. Ainda mais depois das três últimas pesquisas digitais que levantaram a tendência do eleitorado em caso de muitos candidatos. Varginha como se sabe não tem segundo turno. Assim, o mais votado já no primeiro turno já é declarado eleito, mesmo que seja o escolhido por menos da metade dos votos válidos. Aliás, uma triste notícia que tem ocorrido nos últimos pleitos municipais. Vale destacar que, nestas condições eleitorais, ter muitos candidatos disputando a Prefeitura de Varginha ou ter um a alta rejeição pode fazer a diferença para eleger um nome ou condenar outro. Todos os cenários estão sendo estudados pelos candidatos e partidos. É certo que teremos pelo menos 4 candidatos majoritários, com grandes chances de termos 5 ou até mesmo 6, e se todos estes candidatos conseguirem bom resultado eleitoral nas urnas, é possível que Varginha com cerca de 100 mil eleitores eleja seu novo prefeito em 2020 com menos de 20 mil votos válidos, o que seria legal de acordo com a legislação eleitoral, porém, injusto de acordo com o princípio da vontade da maioria. Outro ponto preocupante com os dados levantados pelas pesquisas eleitorais realizadas no final de maio, é que, de modo geral a população ainda não se “contagiou” com a eleição. A população não está pensando em eleição e nem tem dado crédito ao mundo político. As atenções no momento estão voltadas para a pandemia do coronavírus e para a economia (preocupação com o emprego etc). Esta informação é importante para os políticos que já estão eleitos, pois mostra oportunidade para que, “quem mostrar serviço” pode ser lembrado nas eleições de logo mais! No mundo econômico local não se tem uma liderança forte, mas alguns “nichos” como comércio, agricultura e indústria tem seus líderes, que podem garantir votos ou dar “modernidade a nomes velhos”. Difícil é convencer quem é do setor produtivo a vir para o mundo político. A conferir!
Responsabilidade empresarial e reconhecimento estatal
Cerca de cem famílias foram contempladas com cestas básicas durante uma ação em função da pandemia de Covid-19. As doações foram viabilizadas pela empresa Electro Plastic que convidou o festival Virada Varginha para articular a metodologia para as doações. O mapeamento dos mais vulneráveis e a entrega dos itens foram baseadas em regiões que o festival já realizou atividades nas edições de 2017 e 2018. O procedimento logístico para as doações seguiram precauções e recomendações de higienização e distanciamento durante as entregas. A ONG Oficina do Ser ficou responsável nos bairros Padre Vitor, Sion, Centenário, Damasco e Santana, enquanto no Carvalhos, Novo Tempo e Cruzeiro do Sul, o processo foi liderado pelo Conselho Comunitário do Carvalhos. Além das cestas básicas, a ONG Oficina do Ser foi contemplada com uma máquina de costura galoneira industrial para o fortalecimento do projeto Mulheres Solidárias que neste momento de pandemia tem produzido máscaras de proteção para a comunidade atendida pela instuição do terceiro setor. A Electro Plastic atua no segmento de embalagens plásticas flexíveis e emprega mais de 300 pessoas na cidade. A Virada Varginha é um festival de educação para a cidadania mobilizado pela Muda de Ideia e Sakey Comunicação e alinhada com o Fórum Varginha 2050. Recentemente a empresa realizou testes rápidos em funcionários e identificou portadores do Covid-19, que já foram encaminhados para tratamento. As autoridades de saúde alegam que uma das melhores formas de controlar a pandemia e a realização de testes rápidos, porem o governo municipal e estadual não estão adotando tais testes tendo em vista o custo e estrutura técnica para a medida. Todavia, muitas empresas em Minas Gerais, por meio do Sesi, estão disponibilizando testes rápidos aos seus colaboradores, contribuindo com a saúde pública na identificação dos contaminados. Mas a ausência das ações e investimentos corretos e direcionados por parte do poder público tem feito a responsabilidade dos empresários. Ocorre que algumas empresas estão investindo para oferecer o teste rápido aos seus colaboradores, identificando doentes e encaminhado para tratamento. O poder público, ao invés de estimular tais ações, muitas vezes, busca o fechamento das empresas onde são encontrados muitos doentes. Realmente um contra senso! Mesmo porque, é natural que com o investimento privado para a maior testagem da população, vai crescer o número de casos de positivos de coronavírus, que poderão rapidamente ser isolados e tratados com antecedência.
Perguntar não ofende
Qual a relação entre os muitos partidos de Varginha funcionando com comissões provisórias e as executivas estaduais destas legendas? Estes partidos têm independência funcional para definir o que é melhor para a cidade ou deverão atender “caciques políticos” que buscam currais eleitorais?
Quais legendas em Varginha tem asseguradas, por parte da Executiva estadual do partido, o envio de recursos do Fundo eleitoral para seus candidatos locais em 2020? Como isso pode influir no “calibre” de cada legenda e na composição dos blocos políticos locais?
Qual será a atuação do ex-prefeito Antônio Silva nestas eleições? Será que o ex-prefeito vai subir no palanque para apoiar algum candidato? Será que vai aproveitar a situação de “não candidato” para “ser sincero” e dizer o que pensa sobre alguns nomes da política local? A conferir!
Varginha possui advogados e contadores especializados na matéria eleitoral e prestação de contas eleitoral? Porque cada dia mais candidatos se “queimam” por conta de mal assessoramento ou falta de bons profissionais na área jurídica e contábil no tema eleições?
O “gigante” está caído, e diminuindo
Podem falar o que for, mas é fato que o Partido dos Trabalhadores (PT), não morreu! Possui uma militância “corajosa e confiante” em seus líderes, mesmo com os muitos casos de corrupção que assolam a legenda e corroeram a credibilidade do partido em todo o Brasil. O PT foi o partido que mais sofreu e muitos de seus quadros hoje vão disputar eleições por outras legendas. Contudo, não se pode descartar a grande militância de esquerda em Varginha e no Brasil. Estimam que 30% do eleitorado e “identifica” com bandeiras de esquerda defendidas pelo PT, que ainda continua sendo o maior partido da esquerda. Mas é fato também, que os outros 70% do eleitorado “quer distância” das experiências de corrupção vividas nos governo do PT. Em Varginha o partido conseguiu vencer em três gestões municipais consecutivas, além de ter elegido Geisa Teixeira como a “deputada estadual local” das eleições de 2014. A força e união da legenda, que liderava os partidos de esquerda na cidade contrasta com a legenda hoje. Um Partido dos Trabalhadores “caído, apagado e sem voz aparente para a disputa local”. Não se sabe de articulação fora da legenda para construções majoritárias e nem mesmo a ex-deputada Geisa Teixeira é vista como nome certo nas urnas em 2020, pelo contrário, quer passar longe das eleições municipais. Enquanto isso, em Varginha, não se vê liderança da legenda atuando ou mesmo pleiteando a vaga de candidato. É certo que o PT vai lançar candidatos a vereadores, muito possivelmente chapa completa, mas nem de longe com a força de antigamente. É muito possível que a legenda não faça representante no Legislativo municipal, como está agora! Ainda mais se não tiver candidato a prefeito, o PT, se eleger vereador, será pela “repescagem eleitoral” das legendas que não alcançarem o coeficiente necessário para eleição na “primeira peneirada”. De qualquer forma, não é bom que minimize as forças de direita, centro e esquerda, pois o equilíbrio entre elas é que garante a alternância dos poderes na cidade, como se espera que seja. O mas impressionante é que as demais legendas de esquerda na cidade não conseguiram “encontrar união fora do PT”, cada qual tem seu caminho ou seu candidato. Algumas estão até mais pra “centro ou aliadas a partidos de direita” o que mostra que dificilmente teremos novamente a união dos partidos de esquerda na cidade.
O comércio a saúde e a pandemia
O comércio local reabriu em Varginha após muita luta entre setor produtivo e autoridades de saúde. O governo municipal demorou para gerenciar o debate entre os que queriam abrir o comércio e dar “folego” a economia local e aqueles que queriam intensificar o isolamento e reduzir ao máximo o contágio da pandemia na cidade. Contudo, vale destacar algumas falhas do poder público. O conselho de crise criado pelo governo municipal, pelo que se noticia, não deve estar se reunindo todos os dias, se estiver, não tem gerado informação para a população. Algo que oriente e tranquilize a população, principalmente após a reabertura. É necessário que um grupo gestor da área de saúde, ou mesmo do governo, conceda entrevistas regulares para informação do quadro atualizado e as ações em andamento. Como esta a fiscalização no comércio? Qual o ritmo do contágio em Varginha? Qual o perfil dos contaminados na cidade? Quais as áreas mais vulneráveis? Quais as medidas em caso de agravamento do contágio? Qual o status de ocupação dos leitos de CTI e respiradores existentes na cidade? Enfim, várias informações que precisam ser dados diariamente e não estão sendo fornecidas, mesmo porque a imprensa não sabe onde conseguir estes dados com exatidão. O prefeito Vérdi Melo que “topou o desafio” de gerir Varginha após a renúncia de Antônio Silva, e deseja permanecer no cargo após as eleições, deve saber que se a reabertura do comércio aumentar o contágio, se a população relaxar e aumen tar o contágio, se o número de vítimas fatais aumentar fora dos padrões, se os gastos com a pandemia foram exagerados ou inúteis, se a “cidade quebrar” após a pandemia, em todos estes “se” o prefeito será o primeiro e maior responsabilizado pelo infortúnio! Razão pela qual, a Prefeitura de Varginha, que gerencia o gabinete de crise e possui uma rádio, um jornal, uma TV e um portal na internet, deveria estar dando entrevistas da equipe de saúde com notícias e ações detalhadas de orientação e não apenas o “noticiário raquítico” que tem passado. Será que Vérdi Melo sabe que “o sucesso de sua reeleição” depende do que ele vai fazer nos próximos dois meses?
A saúde e os Hospitais de Varginha
O estoque de sangue nos hospitais esta preparado para atender urgências como acidentes de automóveis e operações inadiáveis? Os hospitais de Varginha estão com estrutura específica para o combate a pandemia e também alas para demais atendimentos da população? Como está a equipe de profissionais de saúde disponível para atendimento? Temos médicos e enfermeiros saudáveis e disponíveis para quanto tempo de atendimento? Será que, no pós pandemia, teremos os dois hospitais públicos de Varginha preparados para retomar a “vida normal”? O Hospital Bom Pastor vai concluir o “puxadinho chamado de Hospital da Criança”? O Hospital Regional vai abrir a caixa-preta das dívidas e da gestão truculenta e perseguidora? Acabaram as dívidas do Hospital Regional? Porque não se fala mais nisso? Será que a choradeira era apenas um “engodo” para que os “mamadores continuassem mamando”? A pandemia está mostrando que nossa estrutura de saúde precisa de muitas coisas, sobretudo, foco e união de esforços, que agora (com uma pandemia mudial) vemos acontecer! Será que após a pandemia vamos conseguir manter o mesmo esforço conjunto? A conferir!
Lixão será transformado em parque! Infelizmente, não aqui!
O lixão de Montes Claros, sediado às margens da BR-365, na saída para Pirapora, que foi desativado em 2015, deve ser transformado em parque municipal. Uma licitação foi aberta para contratar uma empresa especializada em serviços de sondagens de investigação geoambiental, implantação de poços de monitoramento de água e gases, análises químicas, físicas e biológicas de amostras de água, solo, efluentes e gases e laudo geotécnico de estabilidade dos maciços no aterro, para, a partir disso, definir o que vai ser realizado no local. Varginha também já deveria ter seu “parque vindo da recuperação do lixão”. Ocorre que aqui o poder público (todo ele) não tem o mesmo compromisso dos outros municípios. Para quem não se lembra, a Copasa, (empresa de capital misto que visa lucro) quando renovou o contrato de tratamento de água e esgoto do município e assumiu (sem licitação) o aterro sanitário de Varginha, se compromissou a recuperar a área do antigo lixão, na saída para Três Pontas, próximo a Cargil. A Prefeitura de Varginha, Ministério Público de Meio Ambiente, Codema e outras autoridades devem ter uma “paciência de Jó” com a empresa, afinal, passado tanto tempo do compromisso, o local continua contaminado e recebendo lixo irregularmente. Além disso, o local não foi recuperado, muito embora a Copasa já esteja recebendo o gordo pagamento do município pela operação do aterro sanitário, bem como a gorda taxa de tratamento de água e esgoto da população de Varginha. Quais os prazos dados a Copasa para a recuperação do antigo lixão de Varginha? Quem fiscaliza estes prazos? Este tempo pode ou foi dilatado? O Ministério Público do Meio Ambiente fiscaliza ou tem conhecimento do projeto para recuperação da área ou mesmo tenho conhecimento sobre as nascentes de água na região e se as mesmas estão sendo contaminadas pelo lixo existente no local?
A economia e o gasto público
Já existe levantamento de quantas empresas locais fecharam ou vão fechar por conta dos impactos da pandemia na cidade? Já existe relatório do aumento do gasto público, que poderia ser se protelado, até que a economia voltasse ao normal? Digo isso em razão do foco no binômio saúde/economia que são as principais preocupações no momento! Vejam por exemplo, é mesmo necessário que seja feito (com custo superior a R$ 20 milhões) nos próximos dois anos um novo fórum em Varginha? Embora o Poder Judiciário seja um poder apartado do Executivo, com caixa próprio, a fonte que sustenta todo gasto público é a mesma: o bolso do contribuinte, que já pena com os estragos da pandemia, muitos sempre emprego, outros quebrando e todos devendo! Exemplos de gastos assim como o novo palacete do Judiciário, que poderiam ser protelados para depois, podem ser vistos aos montes no Legislativo e no Executivo. Será que falta “desconfiômetro, informação ou vergonha na cara”?