Talvez por declarada incompetência, por algum desvio de caráter mais profundo ou simplesmente por medo, existem pessoas que se sentem desconfortáveis ou ameaçadas quando percebem alguém sendo bem sucedido na vida. E isso acontece em múltiplas situações: na família, no campo profissional, no convívio social, etc. Exemplos para caracterizar esse desvio comportamental é que não faltam, basta ser um pouco observador para encontrá-los; alguns sob o ar da inveja, outros sob a vestimenta de desqualificações generalizadas a outrem.
Denominar de medíocre ou mesquinho esse tipo de comportamento não resolve e nem muda coisa alguma, porque é necessário mudar a base errática desse tipo de atitude, dessa compreensão falha da vida que dá origem ao que chamo de “competição negativa”.
Às vezes, o que muitos banalmente chamam de inveja encobre e disfarça um sentimento íntimo de incompetência perante os obstáculos ou desafios que, naturalmente, a vida apresenta para que se possa aprender e evoluir. Por outro lado, é importante observar que, quando alguém busca desqualificar e desvalorizar o outro, seja sob qualquer pretexto, isso não resulta em ganho para quem o faz, pelo contrário, perde este a oportunidade de apresentar suas próprias qualidades, ou seja, deixa de falar bem de si mesmo para falar mal do outro.
Compete-se positivamente a partir do momento em que se procura apenas demonstrar qualidades e competências sem desrespeitar ou denegrir os outros. O ponto de referência para que alguém se qualifique a ocupar o espaço que deseja em qualquer setor existencial, tem que ser aquilo que possuí de melhor, pois, em tudo que fizer estará expresso um conceito singular e único a respeito de si próprio. Lembrando ainda que, para ser vencedor não é necessário derrotar o outro, e sim vencer seus próprios temores.