Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
A importância da insignificância; Ações técnicas; Ações políticas
27/03/2020


 A importância da insignificância

Com a pandemia do coronavírus que preocupa todo o Brasil muitos dos Legislativos estão parados ou funcionando de modo virtual, com parlamentares votando de casa via computador. Em Varginha a Câmara de vereadores parou, contudo poucas pessoas perceberam e parece que ninguém sentiu falta! Talvez seja o coronavírus provando o que todo mundo já sabe, precisamos de “menos Estado e mais População”! Ou seja reduzir as estruturas públicas burocráticas e investir este dinheiro em Educação, Saúde e Segurança Pública. Aliás, com o Legislativo parado, vamos ter alguma economia ou todos da Câmara vão receber “salário cheio” mesmo sem trabalhar? Seria a hora dos nossos edis mostrarem a verdadeira economia em prol da população, repassando 1/3 de seus salários para o combate a doença. Afinal, não estão trabalhando, e nem fazendo falta!

Ações técnicas

A enorme briga política e de vaidades entre o presidente Bolsonaro, governadores, parlamentares federais e parte da mídia que o presidente escolheu como “culpada por tudo”, por sorte não chegou a Varginha. No quesito valorização da vida humana e seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde, a Prefeitura de Varginha tem tomado todas as precauções e indicações sugerida pelos médicos, solicitando para que a população fique em casa. As estruturas públicas de saúde ligadas a Prefeitura de Varginha estão abastecidas com informações, estrutura e pessoal preparado para combater o covid 19. Entre as orientações técnicas de saúde adotadas em todo o mundo e as orientações políticas orientadas pelo presidente da República, o governo de Varginha preferiu as orientações técnicas. Afinal, estas duas próximas semanas são fundamentais para redução da curva de contágio da doença e por certo que uma onde de mortes por covid 19 não ficaria bem na biografia política de Antônio Silva que fecha sua carreira política neste ano. De igual modo, se a doença espalhar por Varginha, por leviandade ou falta de ação do Governo municipal, a campanha de Vérdi Melo para o Executivo estaria sentenciada de morte!

Ações econômicas

Porém é necessário que o Governo municipal também se preocupe com o “pós-pandemia”. Afinal, em algum momento a população vai precisar sair da quarentena, e mesmo em isolamento, existem cadeias de produção que não podem parar, sob pena, inclusive, de colocar em risco a sobrevivência da população. Neste primeiro momento não me refiro a economia propriamente dita, mas a produção para garantir a quarentena da população em casa, por exemplo, a produção de alimentos! A indústria de alimentos não pode parar. De igual modo, a indústria farmacêutica e de equipamentos médicos, também não pode parar pois isso afetaria diretamente o combate ao covid 19. Deste modo, a Prefeitura de Varginha precisa ficar atenta às proibições de funcionamento que baixa por decreto. Este cuidado o presidente Bolsonaro e o governador Zema já tiveram nos últimos decretos que baixaram para evitar que serviços essenciais a sobrevivência não sejam interrompidos. Em algumas cidades os prefeitos estavam parando totalmente o transporte público, impedindo que profissionais de saúde chegassem aos hospitais, ou profissionais do serviço de manutenção do abastecimento de água e energia, ou transportadores de insumos essenciais para a produção de alimentos. Tudo isso precisa ser visto com atenção e em parceria com o setor produtivo para que as medidas municipais venham a proteger a população e beneficiar este primeiro momento de isolamento e não prejudicar.

Ações políticas

Mas as ações políticas também são importantes neste momento, mesmo sabendo que o governo de Varginha “já vive um momento de isolamento político”, há muito tempo, sem vínculo forte com o governo estadual ou federal. Desta forma, a Prefeitura de Varginha não tomou nenhuma ação política conjunta com o governo estadual e federal, mas tem levado sua vida isolada, mesmo na pandemia. Uma das ações que seria bem-vinda neste momento seria o corte de “gastos não essenciais ou aumento de endividamento para áreas não primordiais”, bem como o congelamento de salários do funcionalismo. Neste momento de incerteza política, financeira e social é muito importante que a Prefeitura de Varginha tenha recursos em caixa para emergências, que sabemos virão em breve! Assim, não parece sábio que a Prefeitura de Varginha leve adiante, neste momento, obras milionárias como o recapeamento de vias urbanas por meio de empréstimo junto a Caixa Econômica Federal. Ao invés disso, a Prefeitura de Varginha poderia suspender por algumas semanas a cobrança do IPTU que já enviou aos contribuintes locais. Certamente que seria um alívio à população neste momento de incertezas. Ademais, o Executivo poderia também suspender o aumento dado aos servidores municipais e destinar o recurso para a saúde pública, até que a normalidade volte em todo o Brasil.

Perguntar não ofende

A revelia das ordens judiciais e aproveitando a paralisação do Judiciário, o polêmico Juliano Rodrigues dispara impropérios e ofensas a pessoas e instituições públicas pela internet em Varginha. Sabemos que a Justiça é cega, mas será que é alegada também?

Poucas legendas vão conseguir o número exigido de candidatas nestas eleições municipais, que podem até ser postergadas neste ano. Será que faltou esforço dos líderes políticos locais ou as mulheres de modo geral se recursam a assumir o protagonismo que lhes cabe?

Será que o Executivo municipal, a exemplo dos governos estadual e federal, vai pedir ao Legislativo para estourar o orçamento e gastar mais que pode em 2020? Será que os gastos excepcionais deste ano serão fiscalizados pelo Legislativo com o rigor que merece?

A falta de líderes políticos municipais coloca as eleições deste ano sem favoritos e pode fazer com que “alguém simpático ou sem experiência gerencial” esteja no comando da cidade no ano que vem! Será que as lideranças não políticas da cidade sabem disso?

Equipes da Cemig garantem energia durante isolamento social

Os milhares de profissionais que compõe a força de trabalho da Companhia Energética de Minas Gerais estão nas ruas, neste momento, trabalhando para garantir a continuidade dos serviços de fornecimento de energia elétrica com qualidade e segurança. O serviço é considerado essencial, como dos profissionais de saúde, bombeiros, imprensa e polícia, entre outros. Sem segurança energética, a vida em isolamento social ficaria muito mais difícil. Por se tratar de serviço essencial, principalmente neste momento em que milhões de clientes estão em casa, é preciso que haja sinergia entre as autoridades e prestadores de serviços, caso da força de trabalho da Cemig. Mas diversas equipes da companhia têm encontrado dificuldades para chegar até os endereços que precisam ser visitados. Acontece que, com a escalada de crescimento do contágio pelo coronavírus em todo estado, diversos municípios estão adotando medidas de fechamento de suas divisas na tentativa de conter a pandemias. O superintendente de Relacionamento com Clientes da Distribuição, Wantuil Dionisio Teixeira, enfatiza a importância da atuação destes profissionais para a manutenção da energia elétrica que agora, mais do que nunca, são necessários em todos os municípios do estado. Ele reforça que a companhia entende a importância de todas as iniciativas de combate à pandemia, mas que é preciso facilitar o acesso aos técnicos da companhia para que sistema esteja a pto para atender à população. “Contamos com a compreensão e apoio das autoridades municipais e das forças de segurança, como a Polícia Militar e Defesa Civil nestas questões de acesso. Nossas equipes são devidamente identificadas, os veículos têm a marca da Cemig e os profissionais estão sempre uniformizados e com os crachás. Não há como confundir. Só chegando aos locais poderemos atuar no sistema elétrico e manter o fornecimento regular”, comenta o superintendente da Cemig. Wantuil Dionisio Teixeira salienta que a Cemig já está em contato com as prefeituras, e que a empresa conta com o apoio das autoridades dos locais em que o acesso está restrito para que seja liberada a passagem das equipes de manutenção da empresa o mais breve possível. “Entendemos a legitimidades dessas ações, mas precisam os estar alinhados para que a população seja beneficiada de todas as formas, tanto no que diz respeito à saúde pública quanto ao atendimento da Cemig”, completa.

Fiemg e Sindijori realizam campanha para doar 1.000 respiradores à Saúde de Minas

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) em parceria com o Sindicato dos Jornais e Revistas de Minas mobiliza empresários mineiros para viabilizar a doação de mil respiradores para a rede estadual pública de saúde. Os aparelhos adquiridos serão entregues à Secretaria de Estado de Saúde, que irá definir a distribuição em suas unidades em todo o estado. Os equipamentos são fundamentais para o tratamento e combate da pandemia do novo coronavírus. O objetivo é arrecadar R$ 65 milhões para a aquisição dos respiradores. A federação informou que já captou pouco mais de R$ 20 milhões e segue trabalhando para atingir a meta e entregar os equipamentos o mais breve possível. Em Varginha os Jornais Gazeta de Varginha, Folha de Varginha/Blog do Madeira, Correio do Sul e O Popular são associados ao Sindijori e participam ativamente da campanha. A Federação das Indústria de Minas – Fiemg tem realizado diversas ações de combate a pandemia, bem como contribuído com o poder público em âmbito municipal, estadual e federal por meio do Sesi, Senai e apoio direto de empresas do setor. As empresas também estão mobilizadas para não parar setores essências para a comunidade como a imprensa, fabricação de alimentos, energia e outros setores.

FIEMG divulga estudo de impactos econômicos do coronavírus

A pandemia do novo coronavírus tem causado interrupções na produção industrial no Brasil. Em razão disso, a FIEMG avalia os impactos que podem existir na economia. Estudo elaborado pela entidade aponta que Minas Gerais pode fechar o ano de 2020 com a perda de 2,02 milhões de empregos formais, considerando a paralisação quase total das atividades produtivas em um período 30 dias, devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Já a projeção nacional mostra que 16,7 milhões de empregos formais tendem a ser perdidos em todo o país, considerando o mesmo período. “O distanciamento social é uma medida eficaz para evitar a propagação do vírus, mas traz efeitos colaterais como a paralisação de diversas atividades econômicas, provocando de forma súbita choques de oferta e de demanda no Brasil e em Minas Gerais. Essa já é uma realidade, pois temos atividades econômicas sendo interrompidas. É preciso manter o funcionamento parcial de atividades que são fundamentais para a sociedade”, explica o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe. O estudo da FIEMG mostra os efeitos negativos no me rcado de trabalho e no PIB de Minas Gerais e do Brasil. No cenário com duração de 30 dias de paralisação, a queda do PIB brasileiro pode alcançar 8,3% e o mineiro poderá ser de 10,2% em 2020. Nesta mesma hipótese, o setor de Serviços em Minas Gerais pode recuar em até 36,4%. A Indústria recuaria 17% e a Agropecuária 5,4%. As maiores demissões aconteceriam no setor de Serviços, com 1,02 milhão de demitidos, seguido pela Indústria geral, com 369,6 mil. Os setores industriais como fabricação de máquinas e equipamentos elétricos, produção de ferro-gusa, siderurgia e tubos de aço, defensivos, desinfetantes, tintas e químicos, celulose, citando alguns exemplos, teriam uma queda da atividade superior a 20%. “Por se tratar de uma crise sem precedentes, precisamos acompanhar as medidas tomadas no Brasil e no mundo e revisar as nossas projeções com frequência. Assim poderemos avaliar um cenário que contribua para o enfrentamento e mitigação dos impactos dessa crise”, ressalta o líder industrial que ainda apresenta projeções mais conservadoras que podem trazer um impacto ainda mais preocupante. “Em um cenário mais extremo, com paralisação de 90 dias, a perda de postos de trabalho chegaria a 40 milhões no Brasil e 5 milhões em Minas Gerais”, alerta Roscoe. Os impactos do estudo da FIEMG foram medidos por meio de análises que consideram três cenários com uma paralisação de 30, 60 ou 90 dias. E ainda avalia duas estratégias de distanciamento social: a mitigação e a supressão. Na estratégia de mitigação, vigente no Brasil até o momento, impede-se o funcionamento daquelas atividades que requerem aglomera ç ões. Já na supressão, forma extrema de estratégia de distanciamento social, todas as atividades são interrompidas, com exceção do funcionamento de hospitais e de alguns setores de primeira necessidade.

 

 

 

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