Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Verdades mentirosas e inacreditáveis; Casuísmos e retaliações
15/01/2020


 Cemig anuncia nomeação de novo Diretor-Presidente

A Cemig informou no começo desta semana que o Conselho de Administração nomeou Reynaldo Passanezi Filho como diretor-presidente da companhia. Ele assumiu o cargo na segunda-feira (13/1). Cledorvino Belini permanece como membro do Conselho de Administração da empresa. Na manhã (13/1), foi realizada uma reunião na sede da companhia para a despedida de Cledorvino Belini e apresentação de Reynaldo Passanezi Filho. O encontro contou com a presença de lideranças da empresa e foi transmitido ao vivo para representantes do interior do estado. Cledorvino Belini agradeceu aos empregados pela confiança durante o tempo que esteve à frente da companhia. Reynaldo Passanezi Filho destacou o desafio de liderar a Cemig e enalteceu as mudanças feitas na companhia no último ano. Reynaldo Passanezi Filho possui extenso e elogiável currículo técnico e profissional. Possui, ainda, ampla experiência em reestruturações empresariais, fusões e aquisições, com conhecimento profundo de América Latina e de infraestrutura. A mudança na Cemig reflete um “ajuste de rumo” no Governo Zema, que vai, aos poucos, aprendendo tratar no mundo político. O antigo presidente da estatal, embora bom tecnicamente, não possui a desenvoltura política necessária para liderar a maior empresa sob o controle do Governo de Minas.

Índice da cesta básica em Varginha fica estável na primeira pesquisa de 2020

Entre os meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020 o Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-UNIS) ficou estável com pequena deflação de -0,34%. Em 12 meses, de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, a cesta básica em Varginha teve aumento de 8,12%. A queda no preço da carne bovina ajudou a compensar o aumento considerável em alguns produtos, fazendo com que o índice final ficasse estável. A pesquisa é realizada por meio da coleta de preços de 13 produtos componentes da cesta básica nacional de alimentos nos principais superme rcados da cidade. A atual pesquisa demonstrou que neste mês de janeiro o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Varginha é de R$408,23, correspondendo a 44,46% do salário mínimo líquido. Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 89 horas e 59 minutos por mês para adquirir essa cesta de alimentos.

Entre os meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Varginha, oito apresentaram alta dos preços médios, são eles: batata, leite integral, óleo de soja, banana, farinha de trigo, café em pó, feijão carioquinha e arroz. Um produto manteve o preço médio inalterado: o açúcar refinado, e quatro produtos apresentaram queda em seus preços médios, são eles: carne bovina, manteiga, tomate e pão francês. Nessa pesquisa ficou claro que os produtos que apresentaram maiores altas nos preços médios foram influenciados pelo comportamento da oferta dos mesmos. Já a carne bovina apresentou queda nos preços em função do comportamento da demanda dos consumidores, fato comum quando produtos com alto peso no orçamento doméstico e que apresenta substitutos similares apresentam elevações muito grandes em seus preços como ocorreu em novembro e dezembro.

Abertura de empresas cresce 15% em Minas Gerais

Em 2019, a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) registrou a abertura de 53.758 novas empresas – número 15% maior do que os 46.730 negócios formalizados no ano anterior. O mês de julho foi o que apresentou os melhores resultados, com 5.276 constituições, crescimento de 31,5% em relação ao mesmo mês de 2018. Assim, o Estado de Minas Gerais chega a 2020 com 751.450 empresas ativas. Destas, quase 364 mil atuam no setor de serviços, pouco menos de 309 mil estão no setor de comércio, e outras 79 mil são indústrias. Agrupadas por porte, 600 mil são microempresas (receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil). As Empresas de Pequeno Porte (EPP), com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões, são 59 mil no Estado. Outras 92 mil são empresas de maior porte, com receita bruta superior a R$ 4,8 milhões por ano. Os registros da Jucemg apontam a tendência de crescimento do setor de serviços, que responde por 65,9% do total de empresas abertas no Estado em 2019 – outros 27,9% são estabelecimentos comerciais, e 6,2% são da área industrial. Em 2018, esses números foram, respectivamente, 64,3%, 28,9% e 6,8%. O tipo jurídico de empresa que mais abriu ao longo do ano passado foi a Sociedade Limitada (Ltda), com 23.973 constituições. Em seguida, vem o Empresário Individual, com 18.212 novos empreendimentos, e a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), com 10.962 aberturas registradas. No ano também houve a abertura de 284 Sociedades Anônimas e 72 cooperativas, além de 255 empreendimentos de outra s naturezas, tais como sociedade em comandita simples.  O aumento do número de abertura de empresas no Estado é reflexo das medidas para simplificação dos processos adotadas pela Jucemg, em conformidade com a política de desburocratização proposta pelo governo Romeu Zema e a Lei da Liberdade Econômica (13.874/19), tais mudanças de atuação no governo estadual deve-se em muito pela proximidade do governo estadual com o setor produtivo. No último ano o Governo Zema ampliou parcerias e diminuiu distancia com entidades como Fiemg, Federaminas e outras entidades setoriais da economia mineira, o que melhorou a confiança dos empresários e ampliou os investimentos.

Varginha começa a receber dinheiro que foi bloqueado pelo Governo de Minas

A Prefeitura de Varginha e outras centenas de municípios que aderiram ao acordo entre a Associação Mineira de Municípios (AMM) e o governo de Minas Gerais para a quitação do confisco de R$ 7 bilhões da cota-parte dos municípios mineiros sobre os valores do ICMS e Fundeb coeça a ser paga no dia 31 de janeiro. Pelo acordo, homologado pelo presidente do TJ, desembargador Nelson Missias de Morais o estado vai pagar a dívida em 33 parcelas a partir deste mês. As três primeiras parcelas, que devem ser pagas até março, são referentes à retenção de repasses obrigatórios de impostos em janeiro de 2019, pela atual administração, no v alor de R$ 1 bilhão. Após o pagamento das três parcelas, o governo começará o pagamento da dívida herdada do governo de Fernando Pimentel, referente ao mesmo tipo de retenção durante 2017 e 2018, no valor de R$ 6 bilhões em 30 parcelas. Em caso de descumprimento das regras fixadas no acordo mediado pelo TJ, o governo concorda com o bloqueio imediato de valores retidos há mais de 30 dias em suas contas, mediante acionamento do Poder Judiciário pela AMM.

É justamente este “acordo de cavalheiros” entre Governo de Minas e a Prefeitura de Varginha, que vai garantir o pagamento do empréstimo milionário (quase R$ 27 milhões) que o governo Antônio Silva vai celebrar com a Caixa Econômica Federal para realizar grandes obras em Varginha em pleno ano eleitoral. A oposição diz que o conjunto de obras viárias e de saneamento, neste momento, seria com objetivo de dar visibilidade e destaque ao possível candidato governista Vérdi Melo, que deve ser o candidato do prefeito a sucessão.

Perguntar não ofende

O Instituto Previdenciário dos Servidores de Varginha – Inprev e o Sindicato dos Servidores Municipais – Sindserva vão ter “candidatos oficiais” nas eleições deste ano? Como ficaram as brigas pela construção da sede do Inprev e da renovação no Sindiserva?

É mais fácil o desgastado vice vencer as eleições ou os vaidosos candidatos da oposição unirem forças pela renovação da política local? Qual a influência dos deputados majoritários da cidade na construção das chapas nas eleições de 2020?

O vereador que nunca teve coragem de ser candidato a prefeito vai aceitar ser candidato a vice? Depois de tanto tempo na “profissão de vereador e eminência parda da Câmara” todos se perguntam o que ele fará se perder as eleições? Pra ele, vender pão paga pouco!

O polêmico Juliano Rodrigues, atrevido questionador dos poderes locais, depois de sofrer diversas medidas judiciais, processos e condenações na Justiça, vai deixar de polemizar e ofender nas redes sociais, ou apenas tirou umas “férias” a espera do período eleitoral?

Verdades mentirosas e inacreditáveis

Lembro-me como se fosse ontem as inúmeras vezes em que, nas reuniões de articulações políticas do passado, o então advogado Antônio Silva reiterava as afirmações de que não queria ser candidato! Que não tinha tempo, que já havia cumprido seu papel como prefeito de Varginha por um mandato, etc! Concomitantemente outros tantos candidatos se matavam em críticas públicas trocadas em reuniões e atos políticos. Momentos depois, Antônio Silva “aparecia como solução aos conflitos e candidato natural, ungido pela união de todos!” A estratégia sempre foi assertiva! Vê-se que, em política, nega-se em público o que se deseja no coração! De igual forma, também se “coloca a venda por R$ 100, o que logo em breve, vai se entregar por R$ 50 ou menos”. Ensinamentos assim podem explicar porque Geisa Teixeira nega que “desta água não beberá” e que não será candidata em 2020, ou mesmo que Leonardo Ciacci é candidatíssimo a prefeito e por ai vai! Existem muitos outros nomes em jogo, Leandro Acayaba, Carlos Costa, Rogério Bueno etc! Quem conhece os nomes em jogo ou o sistema político local, sabe que o quadro atual está repleto de “bravatas e firulas” e muito ainda existe para ser “depurado” até o fim do prazo eleitoral para registro de chapas! Uma eleição pra prefeito em Varginha pode custar mais de milhão e a responsabilização é direta do candidato, inclusive criminal! Além disso, o passado já mostrou que tudo o que os pretensos candidatos falam até as eleições, não dura até o próximo réveillon, inclusive as promessas! Então, cabe ao eleitor ter muito cuidado nas escolhas!

Casuísmos e retaliações

A Comissão de Viação e Obras Públicas da Câmara de Varginha, no final do ano passado, não conseguiu cumprir sua missão de analisar e questionar o milionário empréstimo da Prefeitura de Varginha para supostamente realizar obras de asfaltamento e saneamento. A comissão legislativa teria sido “barrada” de atuar pelo então presidente da Câmara, Dudu Ottoni quando questionava valores, licitações e procedimentos técnicos para as tais obras de asfaltamentos pretendidas pela Prefeitura de Varginha. Integrantes da comissão acreditam que o casuísmo seja eleitoral, ainda assim, o empréstimo foi aprovado por unanimidade pelos vereadores! 

Casuísmos e retaliações 02

A nova Mesa Diretora da Câmara mudou as secretárias que atendem os vereadores na Câmara. Os “derrotados na disputa da mesa e o desgarrado do PP” teriam sido preteridos na seleção de sua “auxiliar direta”. Será mesmo? Aliás, a seleção de cargos de confiança da Câmara de Varginha é tão obscura e tenebrosa quanto a inexistente conferência se estes “peixes estão ou não trabalhando”! Alô Ministério Público, será que existe coragem para pedir ai uma biometria na conferência do ponto?

Casuísmos e retaliações 03

Informações que chegam à coluna dão conta que Leonardo Ciacci não goza mais do mesmo prestígio na Associação Comercial e que Vérdi Melo já não tem mais o mesmo apoio no PSDB! Os anseios políticos de ambos teriam resultado na união de tucanos com o atual presidente da Associação Comercial. Tucanos estariam chateados com Vérdi Melo e poderiam lançar como candidato o atual presidente da Associação Comercial, que teria sido ungido o novo “defensor político do comércio no lugar de Ciacci”! Será mesmo?

 

 

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