Modernidade e economia
O novo governo estadual tem implantado seu “jeito de governar” aos poucos em diversas estruturas do governo estadual que sempre tiveram dificuldade com as mudanças de governo. Zema e seus aliados do Novo estão implantando uma significativa redução de custos em muitas áreas, algumas necessárias, outras questionáveis. Mas no geral, o Estado está sendo preparado para diminuir de tamanho e de gastos. Um exemplo disso é a Junta Comercial de Minas Gerais, que possui várias regionais pelo interior do Estado e na nova estruturação deste governo, reduziu seu quadro diretivo e também a estrutura no interior. Tendo em vista que em algumas regiões mais de 70% dos trabalhos são realizados via web, o comando da Junta Comercial vai praticamente fechar as regionais que tem em cidades como Varginha, Uberaba, Juiz de Fora entre outras. A estrutura que hoje conta com dezenas de servidores e até mesmo cargo de confiança para chefiar a representação do órgão na região, vai perder peso e tamanho. Trocando em miúdos, o cargo de chefe da Junta Comercial que foi alvo de disputa política na cidade por tanto tempo, pode estar com os dias contados.
Comandos e comandados
Os bastidores da política estadual e municipal tem mudado ao sabor dos líderes políticos que miram nas eleições de 2020. Embalados pelas disputas protagonizadas por partidos de direita como PSL e Novo contra partidos de esquerda como PT e PSOL diversas outras legendas vão fazer mudanças em seus diretórios estaduais e municipais com vista aos interesses de quem está nos governos Federal e Estadual, ou pragmaticamente, por quem tem votos. Em Varginha partidos como MDB, Democratas, PDT, PSD e outros devem mudar seus comandos ou ganhar novos filiados que vão mudar o rumo das legendas em âmbito local. Não se trata de “virada de mesa ou golpe” naqueles que hoje controlam tais legendas (embora em alguns poucos casos, a mudança seja impositiva) mas será um ajuste das legendas para tentar sobreviver a mudanças políticas e no humor do eleitor que está ficando cada dia mais exigente e fiscalizador.
Líder quer Estados e Municípios na reforma
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que começou nesta quarta-feira, 14/08, a discutir o texto da reforma da Previdência, o líder do Democratas na Casa, senador Rodrigo Pacheco (MG), defendeu a inclusão de estados e municípios no novo sistema de aposentadorias e pensões do país. De acordo com Pacheco, é preciso aproveitar o momento para que essa reforma seja geral, plena e alcance a todos. O senador lembrou que vem conversando com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sobre a necessidade da inclusão do estado na reforma. "Na minha opinião, há a necessidade de os estados e municípios serem incluídos e de terem sua reforma previdenciária", enfatizou o senador.
Na verdade, Pacheco está ecoando no Senado o desejo de muitos especialistas, empresários e mesmo da sociedade que sabem que estados e municípios também precisam de limites para os gastos previdenciários. Nesta semana o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG, Flávio Roscoe esteve na Capital Federal onde também apoiou a aprovação da MP 881 (Liberdade Econômica) e manifestou seu desejo de ver estados e municípios também incluído na reforma iniciada na Câmara e que agora tramita no Senado. A exemplo de Roscoe, todo o setor produtivo brasileiro sabe que se estados e municípios não forem incluídos no pacote de reformas da previdência, estes entes federativos vão quebrar mais dia ou menos dia. No caso de Minas Gerais o governo estadual já não tem recursos para pagamento dos salários dos servidores e vive situação financeira difícil. O setor produtivo sabe que terá que pagar a conta de estados e municípios se a inclusão não for realizada agora.
Aeroporto recebe estação meteorológica
A Secretaria de Turismo e Comércio - SETEC, responsável pela gestão do Aeroporto municipal de Varginha, implantou uma Estação Meteorológica de superfície automática no Aeroporto da cidade, que passa a ser o único aeroporto com este tipo de equipamento no Sul do Estado. A nova tecnologia coloca o aeroporto de Varginha ainda mais a frente dos aeroportos de Poços de Caldas e Pouso Alegre, que concorrem diretamente com Varginha. Orçada em R$2.680.000, a estação é uma das mais modernas do país. A verba, do Governo Federal, foi captada pelo deputado federal Dimas Fabiano que intercedeu por Varginha junto a União, quando da visita do vice-prefeito Vérdi Lúcio Melo em Brasília. Uma estação meteorológica de superfície automática, também chamada de plataforma de coleta de dados (PCD), é uma torre com vários sensores automáticos de medida dos parâmetros meteorológicos.
Radicais brigam e centristas governam
O radicalismo nunca foi boa receita para a política, embora seja ótimo para cultivar seguidores, muitos deles cegos pelo fanatismo ou ódio. Este movimento radical foi visto no Brasil na eleição do ex-presidente Lula e apogeu dos petistas, bem como temos visto agora na eleição de Bolsonaro e seus seguidores do PSL. Uma semelhança dos radicais, sejam a direita ou a esquerda, é sua persistência e engajamento. No caso dos petistas, nas ruas em passeatas e manifestações públicas. Já no caso dos bolsonaristas, o engajamento também é visto com consistência no meio digital, redes sociais etc.
Nas gestões de Lula, embora a esquerda tenha ganhando corpo e dinheiro, na verdade, quem governou e orientou as principais decisões do governo foram os centristas (bloco de partidos tido como do Centrão). Atualmente estas legendas também têm mantido muito poder, mesmo num governo de direita. E os “titulares do poder” no caso atual o PSL de Bolsonaro briga por questões ideológicas da mesma forma que o PT no passado. Enquanto isso, a condução das decisões, como a Reforma da Previdência, por exemplo, ficam a cargo de líderes do Democratas como Rodrigo Maia e de outros partidos como MDB, PP etc. Em âmbito estadual não vemos tanto esta prática. Percebam que nas gestões tucanas e depois do PT era bem claro que as decisões e condução geral do governo passava fundamentalmente pelos partidos do chefe do Executivo da época. Contudo, na gestão Zema, pelo menos no Legislativo mineiro, percebe-se claramente que o PSDB e PV têm sido mais que membros da base governista, mas conduzem muitas das principais decisões, algumas delas inclusive, contrária ao Partido Novo de Zema.
Perguntar não ofende
Os especialistas econômicos apontam que o pior já passou e preveem um início de crescimento para o Brasil em 2020, ano eleitoral. Qual será o impacto desde crescimento previsto para 2020 nas eleições daquele ano? Quem vai capitalizar isso?
O mundo jurídico, político e empresarial, principais alvos de um “caluniador profissional” conhecido na cidade por suas postagens “bombásticas” já tem convicção que o problemático caluniador deseja ser candidato em 2020. Será que vai mesmo?
Qual o resultado das vendas do Dia dos Pais em Varginha? Comércio de rua vendeu mais que o Shopping Via Café? As modernizações no centro comercial ajudaram as vendas do comércio na cidade? A preparação dos vendedores fez diferença?
O Diário Oficial de Varginha não tem sido atualizado na página oficial da Prefeitura de Varginha. Qual o problema? Quem acompanha os atos oficiais por meio do referido diário eletrônico? Alguém fiscaliza tais publicações? É vantagem sua existência?
Picolé de chuchu
A coluna conversou com diversos articuladores políticos da cidade sobre as eleições de 2020. É fato que não existe favorito e que a conjuntura política está mudando. Contudo, alguns dizem que as eleições municipais têm suas diferenças das demais. O maior “cabo eleitoral” da cidade, em tese, será o apoio do prefeito Antônio Silva, seguido do apoio dos deputados eleitos, mas isso não é certeza de voto na urna, e sim certeza de apoios variados. “Mas apoio político sem carisma para conquistar votos e ganhar a massa” de nada adianta, ainda mais em ano eleitoral que se aproxima. Assim, talvez maldosamente, três articuladores políticos da base de apoio do governo comparam o vice-prefeito Vérdi Melo ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Dizem que “Verdi é preparado, bom administrador, honesto, mas, não tem carisma, não tem voto”.
Superando mágoas
A universalidade sobre Rogério Bueno em Varginha acabou. O ex-petista, que agora foi para o PSB, tinha o “apreço” de todos do mundo político, mesmo os da oposição ao PT. Basta ver que, quando administrou o Hospital Regional e mesmo quando foi vereador, Rogério encontrava-se com Antônio Silva, Dilzon Melo, sentava-se a mesa com MDB, Democratas, e sempre teve livre trânsito em todas as legendas. Com a mudança de legenda, do PT para o PSB, diversos petistas parecem ter “mudado o conceito de Rogério Bueno”. Ainda mais quando Bueno junta-se a Armando Fortunato no PSB. Para os mesmos petistas hoje brigados com Bueno, Armando Fortunato teria “traído o PT” no passado. Mas, no resumo da ópera, é possível que o fortalecimento do PSB com a filiação de Rogério Bueno e do deputado Cleiton Oliveira esbarre em um “problema de relação entre os partidos de esquerda”. O PT que se mantém como um dos maiores partidos da esquerda em Varginha, atualmente, pensa em lançar candidato e descarta apoiar uma eventual candidatura de Rogério Bueno em 2020. A esquerda tem seu eleitorado fiel na cidade, mas a força da esquerda vai depender fundamentalmente dos petistas “superarem as mágoas” contra aqueles que já estiveram no mesmo palanque no passado! Será que a esquerda endureceu tanto que perdeu a termura?
Pra valer desta vez?
A coluna conversou com um articulador político em Varginha que passou décadas de sua vida atuando junto ao PTB e conhece bem o ex-deputado Dilzon Melo. Sabe e participou do apogeu político do ex-deputado no período em que controlava a legenda no estado e mantinha forte influência no governo estadual, bem como junto a medalhões nacionais da política. Também viu de perto a derrocada do ex-deputado quando da derrota inesperada na eleição de 2018. A perda de poder com a mudança de comando do PTB estadual e agora com a falta de nomes para manter o PTB no comando da Prefeitura de Varginha. O assessor contou á coluna que Dilzon Melo já está “estabilizado na vida” (sinônimo de rico no mundo político), e que sente falta do poder. Disse ainda que a “abstinência do poder” pode levar o medalhão político de Varginha a fazer o que todos comentam: Dilzon ser candidato a prefeito em Boa Esperança. A hipótese não é descartada e muitos na cidade sabem que a candidatura de Dilzon é viável politicamente, alguns da oposição a ele na cidade até temem que isso ocorra! Só não acreditavam antes que o poderoso politico fosse ser esvaziado de seu poder a ponto de se contentar com um simples posto de prefeito de cidade pequena no Sul de Minas. Será mesmo possível? Ou será apenas mais uma lenda urbana sobre o político.
Deixa que eu deixo!
A falta de perspectiva do PTB municipal depois que o ex-deputado Dilzon Melo perdeu a reeleição e o comando estadual da sigla podem comprometer o apoio de uma eventual candidatura do vice Vérdi Melo em 2020. Os dois principais articuladores políticos do PTB em Varginha, Jefferson Melo (filho de Dilzon) e o reitor do UNIS Stefano Gazzola, nos bastidores, dizem que “não estão empolgados com Vérdi e com as eleições de 2020”. Apontam que vão seguir o prefeito na escolha do candidato, contudo, não devem “dar o sangue como no passado”. Para os mais insatisfeitos, ainda resta uma “última chance de manter o PTB no comando da cidade”, com o lançamento de uma sonhada e improvável candidatura de Gazzola a prefeito! Será mesmo?