Este tema tem sido objeto de uma das principais palestras que tenho feito há muitos anos. Por isso, pelo grau de importância que a afetividade desempenha na vida das pessoas, resolvi, através desta série de artigos, compartilhar com vocês as reflexões e vivências a respeito do assunto.
É inegável que todo ser humano possui a necessidade de ser reconhecido, amado e aceito por outras pessoas. Pode-se, inclusive, afirmar que esse “reconhecimento” é fundamental para a sua autoestima e, consequentemente, para toda a sua existência.
Essa “fome” de estímulos afetivos é uma necessidade psicobiológica, que somente pode ser satisfeita por “gestos” que impliquem no reconhecimento positivo do outro. Lembrando que esses “gestos” tem que ser significativos, não se tratando de mera aclamação, de algo superficial ou artificial. Pois, se for assim, contribuirá muito pouco para o bem-estar do indivíduo. A maneira como essa necessidade de afeto é nutrida, influenciará a pessoa pelo resto da sua vida. Estudos comprovam que crianças que não são alimentadas em sua carência de estímulos têm o seu crescimento prejudicado. Algumas até podem vir a sofrer de determinada degeneração física se não forem suficientemente “tocadas”.
É possível também que uma pessoa que não foi atendida em sua necessidade afeto, passe a maior parte da sua vida tentando obtê-la de várias maneiras, inclusive através de condutas negativas, às vezes classificadas como “rebeldes”. Certamente também, ela terá dificuldades em relacionar-se afetivamente com os outros.
A falta de estímulos positivos suficientes tem um efeito negativo sobre a existência das pessoas, já que estes são fundamentais para que elas se desenvolvam emocionalmente saudáveis e equilibradas.