Fiat vai expandir em MG e investir R$ 8,5 bilhões
O governador Romeu Zema anunciou, na tarde desta quarta-feira (22/5), uma série de investimentos que irão potencializar a economia do Estado. O primeiro anúncio foi a ampliação da fábrica de motores da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na sequência, um protocolo de intenções entre o Governo de Minas, por meio da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), e a Fiat, foi assinado para promover e incentivar o uso de combustíveis sustentáveis, além da implantação de programas e projetos que fomentam a educação, pesquisa e desenvolvimento na área de Engenharia Automotiva. Um decreto também foi assinado pelo governador alterando o Regulamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (RIPVA). Ao todo, os investimentos giram em torno de R$ 8,5 bilhões até 2024 e a expectativa é que 9,2 mil empregos sejam gerados na Fiat e fornecedores.
A expansão da Fiat é um grande investimento para Minas, ainda mais porque o projeto poderia ir para Pernambuco, onde também existe uma fábrica (mais moderna que a de Betim) da empresa italiana. O governador Zema ganha mérito na medida em que facilitou para que o investimento viesse para MG, a exemplo do que fez na conquista da fábrica de cervejas Petropolis (schin) em Uberaba, com investimentos de R$ 900 milhões. Em todas estas conquistas o governo teve um apoio importante e discreto, a Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG. É a entidade presidida por Flávio Roscoe que tem identificado os grupos empresariais dispostos a investir e feito o link com o governo estadual. Muitas vezes, o obstáculo para a vinda do investimento precisa de pouca coisa, questões burocráticas, tributárias ou pequenas obras de infraestrutura do governo. Percebe-se que o “clima mudou”, talvez porque Zema seja empresário e saiba como funciona o mundo empresarial, talvez porque a sintonia atual entre governo e industriais seja a melhor possível, ou por todas as coisas juntas! Com isso Minas e a economia, ainda frágil, do estado saem ganhando!
Incentivo ao uso de combustíveis sustentáveis
Além da assinatura para investimento da fábrica, um termo de cooperação técnica foi assinado entre a Fiat e a Gasmig para promover e incentivar o uso de combustíveis sustentáveis. A empresa multinacional irá fabricar veículos com motores predispostos ao uso de Gás Natural Veicular (GNV) e biometano. A Fiat disponibilizará pessoal técnico para que, em conjunto com a Gasmig, possa buscar fomento à inovação e alternativas tecnológicas a partir dos testes e uso do GNV e gás biometano. A estrutura fabril, de laboratórios, equipe operacional e técnica irá facilitar a maximização da eficiência energética do combustível, buscando, por exemplo, o desenvolvimento de materiais mais leves, alternativos e soluções de baixo custo. Toda a logística necessária para a realização do abastecimento dos veículos com gás natural será realizada pela Gasmig. Enfatizando a importância dos estudos para carros movidos por GNV, o governador Romeu Zema assinou um decreto que altera o Regulamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (RIPVA). Os veículos novos, fabricados em Minas Gerais, cujo motor de propulsão seja movido a gás natural, terão benefícios especiais, como a isenção do pagamento de IPVA. A instalação deve ser feita no mesmo ano em que o carro for fabricado e é obrigatória a certificação pelo Inmetro. Também vale dizer que a Fiat é uma das parcerias da Fiemg em seu centro tecnológico em BH onde várias empresas como Embraer, Usiminas, Vale e outras investem em novas tecnologias. O estímulo ao uso do carro a gás é um trabalho vencedor em Minas em razão de vários motivos. Contudo, nos bastidores os empresários ainda cobram o Governo de Minas por mais investimentos na Gasmig. O gás natural ainda não chega em todas as cidades e empresas que precisam do combustível. Na verdade a Gasmig não está presente nem em todas as regiões de Minas! Certamente que, o desenvolvimento de um carro movido a gás, projeto futuro da Fiat, depende muito da expansão das atividades da Gasmig. A conferir se o governo vai fazer seu dever de casa?
Melão e a Dengue
O vereador Dr. Guedes apresentou um requerimento solicitando à prefeitura informações a respeito da limpeza e vistoria dentro do Estádio Municipal – Melão. O vereador deseja saber com qual frequência é realizada a limpeza do fosso que fica ao redor do campo, se os agentes de combate a endemias realizam regularmente a vistoria do local e ainda, como é feita a drenagem da água parada no fosso. Durante a reunião, Dr. Guedes apresentou fotos do fosso com água parada e suja, demonstrando muita preocupação com a situação. “A água parada no fosso do campo se torna um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. Como o espaço é bastante frequentado, o local precisa estar muito bem cuidado para evitar o risco de contaminação dos visitantes e também dos moradores da região”, destacou. É importante destacar que o Melão está sendo utilizado, com exclusividade, pelo Boa Esporte, time profissional que tem seus altos e baixos nos campeonatos mineiro e na série C do campeonato nacional. O time do Boa Esporte não promove nenhum gasto de manutenção no estádio municipal? Ou será que paga algum “aluguel” ao município? É hora de cobrar do time a, mínima responsabilidade, na limpeza e conservação do estádio que tem utilizado! Afinal, a dengue tem conseguido mais “adeptos que o time da coruja nos últimos tempos em Minas”.
Novos corredores
A urbanização e mudanças em áreas importantes da economia da cidade têm impactado também no trânsito local e nos cuidados que o governo precisa ter na criação e conservação das principais vias que estão se consolidando em Varginha. Vejam que a criação da Cidade Universitária do UNIS e os voos da Azul de Varginha para BH, no aeroporto municipal, fizeram com que o trecho da BR 491 entre Varginha e o aeroporto se transformasse praticamente em uma “avenida urbana da cidade”, levando grande circulação de veículos com baixa velocidade, pessoas e até animais para o trecho. Do mesmo modo, a intensa circulação no trecho da BR 491 entre Varginha e a Walita, passando por várias empresas que ali estão instaladas, o Clube Campestre entre outras fazem também daquele trecho da BR (que está com as obras de duplicação paralisadas) uma área semelhante as vias urbanas de Varginha. O trecho tem intensa circulação local que se confunde com a circulação de ônibus e caminhões de carga que passam em alta velocidade, afinal, ali é uma BR. Estes corredores que estão a cargo da coordenadoria do DEER/MG precisam ter cuidados, no mínimo semanais! Todavia, o estado de penúria administrativa do DEER local não permite nem que seja feita a necessária poda do mato ao lado das vias e a importantíssima fiscalização do trecho. É primordial que o Poder Público municipal faça algum acordo ou convênio com o DEER para que alguém se responsabilize pelas áreas que já são praticamente urbanas, embora formalmente também seja BR (com circulação de veículos pesados e alta velocidade). A Prefeitura de Varginha tem como cobrar a manutenção e fiscalização no perímetro? O DEER tem como passar o trecho para administração da Prefeitura? O que pode ser feito? Afinal, alguma coisa tem que ser realizada, ou vamos esperar as mortes no trânsito primeiro?
Perguntar não ofende
Quem são e onde trabalham os servidores públicos mais bem pagos de Varginha? Quanto ganham, quais os benefícios e auxílios possuem a crescente casta de servidores municipais, estaduais e federais? Será porque a grande maioria deles é contra a reforma previdenciária?
As reuniões noturnas com encontros de políticos locais tratam sobre a mudança de legendas de alguns deles, sobre a candidatura majoritária de oposição ao atual governo, ou sobre consolidação de um forte grupo político local? Ou seria todas as alternativas juntas?
Os medalhões do Partido Novo que controlam e influenciam no Governo de Minas vão dar alguma atenção aos “novistas” de Varginha? Qual a verdadeira “credibilidade” da comissão provisória do Partido Novo em Varginha? Possuem prestigio na Capital ou não?
Quem são os maiores devedores dos cofres públicos municipais? Eles estão pagando suas dívidas junto ao governo ou estão recorrendo a Justiça, protelando sem fim o dever de pagar impostos? Qual a atitude do governo municipal com estes contribuintes ricos e malandros?
Midiático
O governador de São Paulo João Dória, numa estratégia que mira o Palácio do Planalto nas próximas eleições, está se aproximando ainda mais do setor produtivo e da imprensa. O governador tucano que enfrentou o presidente da Fiesp Paulo Scaff nas eleições de 2018, hoje tem crescente interlocução com seguimentos da poderosa Indústria paulista sediada na Fiesp e adotou uma agenda regular com a imprensa. E Dória tem ainda uma estratégia importante que tem se mostrado eficiente: a proximidade com a imprensa do interior. A cada trimestre o governador paulista promove um encontro no Palácio Bandeirantes para receber e ouvir os proprietários dos principais jornais e rádios do interior de São Paulo. A estratégia tem dado tão certo que mesmo Dória tendo sido prefeito da cidade de São Paulo antes de assumir o governo estadual, atualmente, sua popularidade é maior no interior do estado do que na Capital. O modelo de relação com a imprensa não é novidade visto que Dória sempre foi um bom comunicador. A estratégia deveria ser aprendida pelos vizinhos de Minas, Rio e Espírito Santo. Aliás, em Minas Gerais, depois de assumir o governo estadual xingando e brigando com a imprensa, hoje Zema já fez as pazes com o setor. Mas ainda não está longe da boa relação com a mídia a exemplo do governador paulista. O projeto de Dória toma dimensão nacional na medida que seu convite para conhecer as ações de seu governo estadual chegam a líderes empresariais, industriais e imprensa de outros estados. Ontem, em almoço no Palácio dos Bandeirantes, diversos empresários de Minas e membros da imprensa mineira foram convidados para conhecer de perto a atuação de Dória. A impressão não poderia ter sido melhor: parece que o paulista aprendeu o jeitinho manso e eficiente dos mineiros de fazer política e amigos! Será que Zema vai aprender um dia?
Ainda sumido
O ex-deputado estadual Dilzon Melo (PTB) continua sumido das lides políticas estaduais e locais. Dilzon foi banido desta legislatura pela própria vontade popular expressa nas urnas, mas sabemos que político de verdade nunca deixa de atuar, daí curiosidade da coluna! O que estaria tramando o poderoso e influente presidente estadual do PTB? Sabe-se que Dilzon ensaiava uma oportunidade de ingressar um de seus filhos na política, para ser seu herdeiro político, bem como defender seu legado. Contudo o político perdeu as eleições sem concretizar seu plano. Dilzon tinha muitos planos, talvez o mais audacioso fosse o desejo de ocupar a presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, algo que ele quase conseguiu! Nas eleições municipais o ex-deputado tem a opção de ser candidato a prefeito em Varginha ou Boa Esperança (cidade onde tem forte presença política), todavia não se acredita que Dilzon opte pela disputa municipal, que é bem mais sangrenta e desgastante, não faz mais o estilo do articulado político. Mas não se pode desprezar a vontade do ex-deputado nas eleições vindouras. É bem possível que Dilzon force para que o seu PTB mantenha o comando da Prefeitura de Varginha, o que inclusive agrada o prefeito Antônio Silva. Resta saber se as sondagens políticas que já começaram a acontecer em Varginha vão dar chance política a algum nome petebista como, por exemplo, Jefferson Melo (filho de Dilzon), ou se o nome de Vérdi Melo poderia ser “descolado do PSDB” sem prejuízos políticos para abraçar uma candidatura pelo PTB! Certo mesmo é que o tripé PTB, PSDB e PP é fundamental para manter o atual grupo político no comando da cidade, ou, pelo menos, com chance de vitória, visto que outros grupos políticos já se articulam na cidade! Se Dilzon Melo foi um grande “player do mundo político, hoje é um experiente treinador” para novos candidatos, inclusive o próprio filho ou o reitor do UNIS, Stéfano Gazzola, ambos possuem muito sucesso nas áreas que atuam, mas não tem qualquer experiência na “arte de ganhar votos”.
O poder delas
Nas conversas com os líderes políticos nacionais, estaduais e municipais, a reclamação da falta de mulheres dispostas a participar do mundo político é uma crítica recorrente. O percentual de mulheres disputando é muito baixo e as vezes até impeditivo para que algumas legendas lancem candidatos. As instituições que possuem núcleos exclusivos para mulheres, como por exemplo, a OAB, deveria adotar programas de estímulos para que elas participem mais do mundo político! Com a competência e múltiplas habilidades e conhecimentos adquiridos nas últimas décadas pelas mulheres já é hora da mulher deixar de aparecer na política apenas como “primeira dama”! A conferir!