Quando chega o período de estiagem parece-me que Varginha torna-se uma cidade de ninguém; sem lei e sem governo. É esse o tempo também que os criminosos ambientais saem da toca e invadem a cidade.
Para se ter uma ideia, apenas nos 3 primeiros dias do mês de maio deste ano o Corpo de Bombeiros já registrou mais da metade das ocorrências do mês de abril, ou seja, em 3 dias foram registradas 30 ocorrências apenas de queimadas.
E o pior é que o cidadão que paga regularmente seus impostos em dia não tem a quem apelar; sofrem diariamente centenas de crianças e idosos, principalmente, com os problemas respiratórios oriundos dessa perversa poluição do ar.
A impressão que se tem é que os insensíveis membros dos poderes públicos constituídos da cidade vivem numa redoma onde isso não os afeta, pois, se isso acontecesse talvez não fossem tão impassíveis com um problema de tal vulto que deteriora a já tão precária saúde da população.
Desde janeiro do corrente ano já escrevi artigos apresentando algumas propostas de soluções para esse problema, mas, nada parece sensibilizar aqueles que fazem de conta que governam a cidade. Existem leis a serem aplicadas, medidas preventivas e educativas que poderiam ser tomadas, mas, infelizmente, nada acontece que prove que alguém está preocupado com a qualidade de vida e o meio ambiente da cidade. Salvo o Corpo de Bombeiros que bravamente faz a sua parte.
Aí o um cidadão de bem da cidade me perguntou: “A quem recorrer diante desse caos? Será que deveríamos propor o impeachment do prefeito e seu secretariado? Ou quem sabe requerer ao Ministério Público para declarar estado de calamidade pública, ou algum outro tipo de intervenção na cidade? ”
Modestamente eu confesso que não sei. Quem sabe um dia algum ET vindo em sua espaçonave iluminada e reluzente nos traga a solução, ou, melhor ainda, quem sabe aprendamos todos a votar com maior consciência pelo bem do nosso povo e da cidade que habitamos.