Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Segurança Pública;Sem descanso; O parto da Luz; Controvérsias
25/06/2017


Segurança Pública

O grave problema de segurança pública, com aumento de roubos, tráfico de drogas e outros delitos, principalmente nos bairros mais pobres, formados por conjuntos habitacionais públicos têm sido um grande obstáculo para a polícia e guarda municipal. Em regiões como o Carvalhos, Imaculada, Jardim Estrela, entre outros, a Polícia Militar não consegue reduzir os crimes, a Polícia Civil não investiga nada e a Guarda Municipal não tem atuação eficiente. Percebam que nestes locais, onde a crise bate mais forte devido ao desemprego em alta, a maioria dos crimes são pequenos roubos, agressões e tráfico de drogas e não se vê solução. Será que a ineficiência vai continuar até quando?

Cadastramento biométrico: Em Varginha poucos compareceram

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) começou a realizar o recadastramento biométrico em nove cidades do Sul de Minas. A medida é parte de uma expansão do cadastro no Estado e abrange 54 municípios ao todo, inclusive Varginha. O recadastramento é ordinário, ou seja, não é obrigatório, e vai ser realizados nas seguintes cidades da região: Caldas, Cana Verde, Conceição das Pedras, Guaranésia, Heliodora, Itumirim, Natércia, Nepomuceno e Perdões. Com a expansão do cadastro, Minas Gerais passa a ter 624 municípios com biometria não obrigatória. O curioso é que em Varginha, onde o cadastramento biométrico já esta funcionando e o tribunal montou estrutura para a biometria, menos de 30% dos eleitores compareceram e o cadastramento começou desde o início do ano em Varginha. O recadastramento é gratuito e leva poucos minutos. Isso mostra a máxima que diz que o brasileiro deixa tudo para a última hora.

Na fila dos escândalos

Temos visto uma grande intolerância política no Brasil, o que tem causado brigas e até mesmo violência física, igual a que já acontece no meio esportivo e também contra minorias como homoafetivos, negros etc. Ocorre que tanto a extrema esquerda quanto a extrema direita gostam de se julgar melhores que os outros e pregam o “nós contra eles” o que tem divido a população! As brigas e bate bocas que antes aconteciam por conta de intolerância por conta de times, vê-se no meio político com “bolsonaristas saindo no tapa com petistas e outros da esquerda”, por exemplo. Além disso, vemos membros de partidos como Rede, Novo e outras legendas recém-chegadas a cena política se gabando por não estarem nos recentes escândalos de corrupção, e integrantes destas novas legendas também pregando a intolerância no meio político. O que se vê é um total despreparo e falta de amadurecimento político entre tais pretensos políticos extremistas e militância das novas legendas. Ao invés de pregarem a maior participação da população na política, analisando, melhore candidatos e propostas, estes extremistas e novatos pregam sua “integridade e superioridade” frente aos políticos atuais e usam discursos utópicos pra tentar chegar ao poder. 

Na fila dos escândalos 2

A realidade dos fatos é que temos sim muitos políticos corruptos e legendas bandidas, contudo, a administração pública não é coisa fácil que qualquer “pessoa apenas honesta e despreparada” possa chegar e resolver num piscar de olhos. Se hoje legendas como o Partido Novo, Rede etc não tem integrantes listados entre os escândalos é porque tais legendas não chegaram ao poder, não administram grandes orçamentos e não chamam a atenção da classe política. Certamente que, se um dia tais legendas conseguirem voto suficiente para eleger governadores e grandes bancadas terão a triste oportunidade de ver que a corrupção no Brasil não é questão de partido, mas sim de cultura de um pais onde a maioria da população sempre gostou de levar vantagem. E é justamente essa população que elegeu os políticos atuais e que também reclama da corrupção!

Perguntar não ofende

Se o relatório da comissão legislativa municipal apurou que ouve irregularidades na contratação de empresa para fazer projeto da nova sede da Câmara de Varginha, porque a mesa diretora autorizou o pagamento superior a R$ 60 mil para a tal empresa?

Porque a construção da Unidade Básica de Saúde do bairro Sagrado Coração está paralisada? O motivo da paralisação seria o atraso do repasse de recursos do governo estadual? A paralisação resultará em aumento do custo total da obra?

Onde está o helicóptero prometido pelo Governo de Minas ao 24º BPM de Varginha para aprimoramento da Segurança Pública da região? A construção do heliporto bancada pela Prefeitura de Varginha e iniciativa privada foi apenas para enganar a região?

Porque as proposições apresentadas pelos Vereadores de varginha não mais são publicadas no Órgão Oficial do Município? Voltou a imperar o absolutismo nos meios de comunicação controlados pela Prefeitura? Ou o Legislativo ficou menos submisso? 

Sem descanso

A deputada estadual Geisa Teixeira (PT/MG) não tem conseguido conciliar a saúde com sua atividade parlamentar. A deputada apresentou problemas de saúde no pé, o que lhe custou uma boa temporada de muletas. A parlamentar chegou a afastar-se por um pequeno tempo, contudo, tendo em vista as votações importantes do Governo de Minas acontecendo nesta época e os inúmeros pedidos de sua base parlamentar, Geisa ignorou as recomendações médicas e voltou ao trabalho onde permanece despachando. Todavia, a desobediência aos cuidados médicos custaram à parlamentar novas complicações, agora no pescoço. À coluna Geisa disse que sua prioridade é o atendimento à base parlamentar, mas o retorno da deputada é também um alívio ao governo estadual petista, já que Geisa é das deputadas mais leais ao governo Pimentel no Legislativo.

O parto da Luz

A demora ou ineficiência da Cemig em atender algumas demandas em Varginha mostra o quanto a empresa ainda patina em áreas importantes para Minas Gerais. Ocorre que muitas residências na zona rural de Varginha ainda não possuem energia elétrica e outras tantas enfrentam problemas com a rede precária da Cemig, passando por dentro de mata, com redes precárias e com frequentes quedas de energia, sem qualquer previsão na empresa para modernização e investimentos na área. Além disso, a Cemig também tem apresentado enorme demora na liberação de investimentos privados na geração própria de energia através de projetos fotovoltaicos desenvolvidos na cidade. Uma empresária de Varginha que investiu cerca de R$ 150 mil em uma pequena usina fotovoltaica em sua fazenda na região da Vargem, próximo ao aterro sanitário, precisou esperar cerca de 6 meses para que a Cemig resolvesse a burocracia para ligar sua usina a rede da estatal. Neste tempo a empresária perdeu cerca de R$ 15 mil em energia gerada que não foi aproveitada. Coisa da Cemig, que parece querer desestimular a geração independente e ecologicamente correta de energia!

Controvérsias

A saúde em Varginha é motivo de controvérsia política! Vejam que, aparentemente, a gestão do Hospital Regional teria melhorado depois que Rogério Bueno assumiu a direção da instituição. Do mesmo modo, a gestão do Hospital Bom Pastor teria melhorado depois que Luiz Fernando Alfredo assumiu a Fundação Municipal de Saúde. O que tem de semelhança nos dois casos? Bem, tanto Rogério Bueno quanto Luiz Fernando contam com “amigos poderosos e influentes” que tem sido os “garantidores” de suas gestões. Percebam que Bueno conta com o apoio do secretário estadual de Governo Odair Cunha que tem conseguido liberar, a conta gotas, recursos para o Regional. Do mesmo modo, Luiz Fernando conta com Antônio Silva que além de liberar recursos para o Bom Pastor, ainda consegue emendas parlamentares federais junto a aliados como o deputado Dimas Fabiano e Diego Andrade. Mas vale destacar que tem gente com outro ponto de vista, que vale a pena ser analisado. O vereador Carlos Costa (PMDB) levantou recentemente alguns questionamentos referentes ao Bom Pastor e a saúde na cidade.

Controvérsias 2

O vereador solicitou ao Executivo, através do Diretor da Fhomuv – Fundação Hospitalar do Município de Varginha as seguintes informações com relação ao Setor de Oncologia do Hospital Bom Pastor: Quantas pessoas a Oncologia atende atualmente e de quais cidades? Qual é o custo mensal da Oncologia? Qual a real situação financeira do Setor de Oncologia? Quanto o Estado tem financeiramente em atrasos a repassar para a Oncologia? Existem débitos do Governo Federal? Se houverem, quantos? Desde quando é este atraso e referente a quê? Qual é o repasse mensal do Estado, e caso haja, qual o repasse do Governo Federal? Quais medidas estão sendo tomadas para equalizar a receita e a despesa? Quais municípios estão repassando valores para a Oncologia? Existe a possibilidade de se montar com consórcio para minimizar o déficit? Com tais respostas ficaria claro, por exemplo, se o Hospital Bom Pastor está sendo administrado com perfeição ou apenas rolando e acumulando dívidas e calotes. Vale ressaltar que o Bom Pastor pediu o parcelamento de milhões de reais em dívidas estaduais e federais, enquanto é credor do Estado e da União. Vale também saber por que o Governo de Minas faz repasses ao Hospital Regional e não pagaria o Hospital Bom Pastor? Seria porque o Regional é administrado por um aliado do governo estadual petista e o Bom Pastor por um adversário político? Além disso, no caso do Regional, embora não se saiba de novas “convulsões financeiras comprometedoras”, também não se tem notícia da redução da dívida milionária da instituição. Será que o Regional estaria mesmo sendo bem administrado, ou apenas estaria rolando dívidas para o futuro? A conferir!    

Nosso dinheiro!

R$ 176,8 mil É o montante que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) empenhou para a contratação de empresa para prestar serviços de manutenção e conservação dos jardins da Corte. O serviço vai ser prestado por uma empresa, conforme o contrato, por três meses.

Depósitos judiciais

A 2ª Vara da Fazenda e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte condenou o Banco do Brasil a prestar contas de todos os depósitos judiciais efetuados e alvarás expedidos, cumpridos ou não cumpridos, em contas individuais ou específicas, do período de outubro a dezembro de 2016. A decisão diz respeito às ações nas quais o Estado de Minas Gerais não seja parte. A sentença também ordena que a instituição financeira indique se excluiu valores remanescentes dos depósitos repassados ao Estado em 2015 do fundo de reserva, diga por que o fez e para onde direcionou essas quantias. Além disso, a decisão determina que a instituição financeira se justifique quanto à negativa de pagamento dos alvarás judiciais que lhe foram apresentados.

 

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