A Câmara Municipal de Sete Lagoas instaurou CPI para apurar irregularidades na concessão do transporte coletivo da cidade, que possui contrato com o mesmo grupo empresarial que também atua em Varginha. Na cidade de Sete Lagoa, a CPI teve origem em razão da suposta irregularidade no aumento abusivo nos valores das passagens. Em Varginha todos os anos a empresa de transporte reajusta os preços. Não se tem notícias de protestos do Executivo ou Legislativo quanto ao preço da tarifa cobrada da população de Varginha.

O título de Princesa do Sul, dado a Varginha em razão do desenvolvimento e progresso da cidade no passado, bem como o protagonismo da cidade no mercado cafeeiro não é mais o mesmo. Hoje a história do café passa ao largo de Varginha que já não é mais grande influenciadora do mercado cafeeiro, nem mesmo destinatária dos principais investimentos da cadeia produtiva do café. Depois de perdermos a Expocafé para Três Pontas e outros investimentos, agora chega a notícia de que a Prefeitura de Machado divulgou, na manhã da última sexta-feira, 26, uma nova parceria firmada com uma empresa do segmento cafeeiro e que movimenta aproximadamente R$ 500 milhões por ano no mercado. A parceria, concretizada em reunião promovida com os representantes da multinacional no último dia 24, deve gerar cerca de cem empregos diretos e trezentos indiretos. Para se fixar no município de Machado, a empresa receberá do Executivo uma concessão de uso de uma área situada perto do antigo lixão.

Como acontece sempre que a coluna menciona os políticos locais, na semana passada, um monte de e-mails e telefonemas comentavam sobre o eventual “descompromisso” do vice-prefeito Vérdi Melo com qualquer candidatura a deputado estadual. No final da semana o vice-prefeito procurou a coluna para dizer que, na verdade, a questão do compromisso refere-se ao seu partido, visto que muitos no ninho tucano gostariam que o PSDB tivesse candidato local ou mesmo que Vérdi Melo, maior autoridade local tucana apoiasse também um tucano para estadual. Contudo, disse Verdi à coluna, tendo em vista que o PSDB dificilmente terá candidato local, o vice irá apoiar a reeleição do deputado estadual Dilzon Melo (PTB), em razão do apoio do parlamentar ao governo municipal, bem como seu aval para que o PSDB entrasse na vice municipal.

O desconforto do vice com a nota da coluna veiculada na semana passada foi notado, principalmente no PTB do prefeito Antônio Silva, que é quem “precisa ser agradado”, segundo os tucanos. Na verdade, embora Antônio Silva e Vérdi Melo sejam “gratos” ao deputado estadual Dilzon Melo, e mesmo com a “onipresença” de Jefferson Melo na administração, não é mistério que entre os tucanos e entre os “amigos pessoais” de Antônio Silva não faltam torcedores para que Dilzon pendure logo as chuteiras e pare de interferir no mundo político. 

Para os poucos que verdadeiramente gostam de Dilzon, ele já tem “poder e prosperidade demais e vai largar o osso em breve”. Já para aqueles que não gostam, mas precisam “engolir” o parlamentar veterano, Dilzon já não soma votos, não põe a mão no bolso para ajudar e pode a qualquer momento aparecer em uma delação, o que é um risco! Ainda assim, reclamam, o parlamentar “não larga o osso”! Trocando em miúdos, o parlamentar estadual seria um peso! Todavia, um peso que não pode ser abandonado agora, e a administração municipal sabe disso.

Já que parte da ala do PTB tem suas dúvidas quanto ao apoio e empenho irrestrito do vice ao deputado estadual Dilzon Melo, no PP, é o contrário! Boa parte do Partido Progressista não acredita no empenho e fidelidade do prefeito Antônio Silva para com o deputado federal Dimas Fabiano (PP), que tem sido o maior apoiador federal desta administração municipal. A intriga local não tem incomodado muito o deputado federal que segue fazendo seu dever de casa e mantém seu gabinete aberto a lideranças políticas variadas na cidade e já recebeu neste mandato vereadores do PTB, PMDB, PP e muitos outros. O PP sabe que Antônio Silva não deixará de conseguir votos para Eros Biondini ou Diego Andrade, todavia, tendo em vista o arco de alianças que dão sustentação a administração municipal, Antônio Silva apoiará o deputado Dimas Fabiano, mesmo que discretamente, como costuma fazer. Mesmo porque, o PP municipal e seus aliados teriam “vertentes” diferentes encabeçadas pelos vereadores Leonardo Ciacci, Zacarias Piva e pelo ex-vereador Leandro Acayaba.

Dimas Fabiano sabe que embora existam disputas internas no próprio PP local e seus aliados diretos, tendo em vista as correntes encabeçadas pelos vereadores que o apoiam, o parlamentar federal vai somar apoios na cidade tendo em vista o desgaste de outros federais. Embora Dimas Fabiano também tenha suas preocupações, tendo em vista o denuncismo que acontece em todo o Brasil, o deputado do PP possui firmeza e não abandona as bases. Isso é o que parece estar atraindo lideranças do PDT, PMDB, PTB entre outras que precisam do apoio de um parlamentar federal. A conferir!

A atual mesa da Câmara de Varginha pagou ou não o projeto de construção da nova sede do Legislativo idealizado pelo ex-presidente da Câmara? O valor em torno de R$ 60 mil foi deixado no “restos a pagar” para que o atual presidente quitasse o débito!

O projeto Estação do Samba, com shows de samba na Estação Ferroviária é uma ação consistente ou vai oscilar e depender da boa vontade dos músicos para ocorrer semanalmente? Os fãs do estilo não terão garantia das apresentações semanais?

Medida acertada e eficaz o empenho do edil Cláudio Abreu para a instalação de delegacia especializada em Crimes contra a Fauna em Varginha. Alguém duvida que se cachorros e gatos tivessem direito a voto, Cláudio Abreu estaria com a reeleição garantida?  

A produção da Virada Varginha 2017 informou que evento de educação e sustentabilidade, com atividades e atrações espalhadas por todas as regiões da cidade foi adiado para os dias 06, 07 e 08 de outubro de 2017, durante as festividades de aniversário do município. Previsto inicialmente para ocorrer durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, entre 01 e 05 de junho, o evento não contou com a captação mínima para sua viabilização. Durante o lançamento do Projeto, em 05 de novembro de 2016, foram realizadas cerca de 70 atrações e atividades. Entre os destaques que receberam um público relevante foram o cinema movido a energia solar oferecido pelo Google, a feijoada (vegana) gratuita na praça, a instalação de arte sobre a preservação do Rio Verde sem barragens, as apresentações teatrais sobre direitos dos animais, a roda de conversa com ufólogos vindos de todo o Brasil, a oficina sobre como cultivar pé de café e com a distribuição gratuita de até 168 mudas para os participantes, entre muitas outras.

O projeto é mais uma das boas ideias idealizadas por empreendedores locais que não obtiveram apoio do Poder Público e ainda não reuniu apoiadores da iniciativa privada para realização. Forçoso reconhecer que com a crise econômica vivida hoje muitos dos apoiadores da iniciativa privada sumiram do mercado o que penaliza principalmente os projetos culturais, sobretudo os locais. A coluna reitera que a Virada Cultural é uma grande projeto que precisa de apoio para se manter e deveria ter realização permanente garantida pelas autoridades locais.

Promover o aprendizado, de forma lúdica e divertida, sobre atitudes que podem ser adotadas no cotidiano para a preservação do meio ambiente. Essa é a proposta do Ecocine Cemig, que será promovido pela Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig nos dias 6 e 8 de junho, durante a Semana do Meio Ambiente. Na terça-feira (06) a Cemig apresentou o curta “A Casa dos Desligados”, na Fundação Varginhense de Assistência aos Excepcionais – FUVAE. Na quinta-feira (08), alunos do 5º ano da Escola Municipal São José assistirão, no auditório da empresa, o filme “Terra da Gente”, produzido pela Cemig em parceria com a Fundação Biodivérsitas. O filme mostra as aventuras de Diogo, um menino de circo que é levado em uma viagem pela Mata Atlântica, na região dos Campos das Vertentes e Sul de Minas.

A participação dos alunos da Escola Municipal São José no Ecocine é uma parceria da Cemig com a Secretaria de Educação de Varginha. Depois de anos esquecimento da Cemig para com Varginha é muito bom ver o retorno dos investimentos da estatal na cidade. Vale lembrar que a Cemig possui uma das maiores tarifas do Brasil e em poucas oportunidades contribuiu com a cidade, mesmo realizando aqui altos lucros, a exemplo da Copasa. Tomara que este seja o primeiro dos muitos projetos que esperamos ver a Cemig executando na cidade. Sem falar que a Cemig poderia ser parceira constante do projeto de iluminação natalina da cidade, a exemplo do que a estatal faz em várias outras cidades e que tanto causa transtorno em Varginha para o Executivo municipal e comerciantes.

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou na quarta-feira (01), projeto de lei do Governo do Estado que aumenta a alíquota de impostos sobre o ICMS de combustíveis, IPVA e remessas postais, em um texto que abrange diversos temas tributários (PL 3397/2016). Ocorre que, sob o pretexto do apoio ao projeto original, que continha exclusivamente a facilitação o refinanciamento de dívidas com o Estado, diversos industriais assinaram um termo de apoio recolhido anteriormente pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). A lista com as assinaturas foi, inclusive, utilizada pelo líder do governo na ALMG, deputado Durval Ângelo (PT), como argumento para a aprovação.

Após descobrirem a “pegadinha” incluída no mesmo projeto, com a elevação de impostos, representantes e presidentes de sindicatos ligados à FIEMG que haviam assinado o termo exigiram posicionamento da entidade contra os aumentos, a exemplo do que já fizeram outras entidades como Fecomércio e CDL-BH.

A indignação das lideranças industriais do Estado ainda vai além. No mesmo projeto, outro artigo beneficia alguns poucos setores com isenções, como o de importadores de aviões, que terão redução total de ICMS. Outro que obteve a desoneração de redução tributária sem contrapartida foi o setor elétrico, em especial fabricantes de equipamentos para usinas termoelétricas. Demais setores não obtiveram a mesma sorte.

Os aumentos penalizarão não apenas a indústria, mas toda a população do Estado que passará a pagar mais caro pelo combustível nos postos. E será ainda pior para a indústria sucroalcooleira, grandes empregadores de mão de obra, que terão que concorrer com a importação de outros Estados.

Para ter validade, o projeto depende da sanção do governador Fernando Pimentel (PT). Um grupo de sindicatos industriais prepara comunicado para ser publicado na imprensa estadual, reiterando o posicionamento contrário à medida.