Descompromissado
A coluna conversou nesta semana com o vice-prefeito Vérdi Melo (PSDB), o político é sempre lembrado neste espaço, mesmo porque, deve ser o candidato natural a substituição do prefeito Antônio Silva. Além disso, o vice tem se destacado nos últimos tempos tendo em vista que tem participado ativamente da administração, substituindo o prefeito em encontros políticos e inaugurações.
Na rápida conversa, o vice disse que não tem compromisso de apoio a nenhum deputado estadual e que em âmbito federal, reconhece o trabalho realizado pelo deputado federal Dimas Fabiano (PP), que tem conseguido muitos recursos ao município e aberto portas no Governo Federal para os projetos desta administração municipal. O gesto de Vérdi é uma clara sinalização para um entendimento com o PP, possui vereadores e votos na cidade e configura como uma força política municipal apta a lançar candidato para ameaçar os planos do vice em 2020.
A sinalização também é clara nas articulações municipais, onde o governo municipal do PTB/PSDB tem especial atenção com os dois caciques do Partido Progressista, Zacarias Piva, que está hoje na presidência da Câmara e Leonardo Ciacci, projetado como próximo presidente do Legislativo, e sempre lembrado nas pesquisas políticas para o Executivo Municipal.
Novas forças
Ocorre que o ninho tucano esquece que outras legendas também estão trabalhando a construção de forças políticas para 2020. Também vale lembrar que o próprio PTB, do deputado estadual Dilzon Melo, não quer perder o comando do Executivo após a saída de Antônio Silva. Mesmo que neguem, muitos do PTB não descartam o nome de Jefferson Melo e do próprio reitor do Unis, Stefano Gazzola, que deve deixar o Centro Universitário nos próximos anos. Importante dizer que tanto Stefano quanto Jefferson possuem apoios variados no cenário político e são pilares importantes do atual governo.
No campo da oposição, o Partido dos Trabalhadores - PT vem trabalhando suas bases reorganizando o partido e não deve deixar de lançar candidato em Varginha. Aliás, o PT tem trabalhado internamente para manter a cadeira de deputado estadual conquistada pela ex-primeira dama, Geisa Teixeira. O nome de Rogério Bueno corre por fora e o ex-vereador tem chances reais de ser candidato agora, a deputado, e mesmo a prefeito em 2020. Dependendo do quadro político e da composição, Rogério Bueno tem boas chances. Vejam que o ex-vereador, na última eleição partiu de uma eleição raquítica e dado como azarão, todavia, superou as expectativas e ficou em terceiro lugar. Além disso, Rogério Bueno mantém sua principal virtude: honestidade inquestionável, pelo menos até aqui.
Sem rumo, mas fortalecendo
Já no campo da terceira via política, sempre buscada e nunca alcançada na cidade, o PMDB, PSB e PSD trabalham nomes para 2018 e 2020. No PMDB é certa, pelo menos até aqui, que o médico cardiologista Vismário Camargos pode representar o partido em uma candidatura a deputado estadual. Vismário já conta com o apoio do principal apoio popular dentro do PMDB: o vereador mais votado de 2016, Carlos Costa. O radialista campeão de votos para vereador em Varginha tem declarado que não deseja ser candidato em 2018, mas gostaria de apoiar Vismário para estadual. As conversas dentro do PMDB para viabilizar a candidatura de Vismário estão adiantadas e são conduzidas pela presidente da legenda em Varginha, Ana Maria Silva Piva. Nos planos do PMDB, a legenda tem condições de lançar candidato a deputado estadual em 2018 e candidato a prefeito em 2020. A conferir.
Sem rumo, mas fortalecendo 2
Já quanto ao PSB, continuam as conversas do partido para o lançamento do ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, para governador em 2018. A candidatura de Lacerda a governador é decisiva para que o médico e ex-vereador, Armando Fortunato, lance seu nome a estadual em Varginha. A candidatura de Armando em Varginha daria base e palanque para Lacerda na região. Armando Fortunato ficou muito desgastado depois das eleições que perdeu em 2016 à Prefeitura de Varginha. Armando conseguiu o apoio da esquerda política na cidade o que pouco ajudou, ainda mais depois que o único vereador eleito em sua coligação hoje já atua como governista. Ou seja, Armando não teria conseguido manter a união nem o comando do grupo político que o apoiou em 2016.
De qualquer forma, a expectativa dos deputados federais que desejam garimpar votos em Varginha pode dar o apoio fundamental para que o PSB construa sua candidatura na cidade. Além disso, uma marca dos partidos de esquerda como Rede, PC do B entre outros, que apoiaram Armando em 2016, é que eles não precisam de muito para lançar candidatos, e deverão estar presentes nas urnas em 2020.
Sem rumo, mas fortalecendo 3
Já quanto ao PSD, do deputado federal Diego Andrade, ainda existem muitas incertezas, visto que o principal nome do partido na cidade, o ex-vereador Rômulo Azevedo, não manteve o mandato, nem mesmo disputou eleições. Além disso, o PSD perdeu muitas lideranças políticas em 2016 e 2017, basicamente por não conseguir administrar e dar apoio ao seu grupo político nas eleições de 2016. Muitos candidatos a vereador do grupo liderado por Diego Andrade ficaram totalmente a deriva nas eleições municipais. Mas vale destacar que o parlamentar pouca responsabilidade teve com o fato, visto que confiou na sua “coordenadora local, que mais subtraiu que somou”. Além disso, é também importante lembrar que a grande revelação da candidatura de 2016 do PDT/PSD foi o ex-prefeito de Eloi Mendes, Natal Cadorini (PDT), que hoje se vê afundado em problemas com a Justiça e não pode ser considerado nome certo para 2018 ou 2020. Nos bastidores, Natal tem afirmado que, se tiver condições jurídicas e financeiras, será candidato. Ainda não se sabe se Cadorini permanecerá no grupo político do deputado federal Diego Andrade, ainda mais depois dos muitos votos que conseguiu em 2016, o que ampliou o assedio sobre o ex-prefeito de Eloi Mendes.
Futurologia política para 2018
O senador tucano Antônio Anastasia sepultou na segunda-feira qualquer possibilidade de disputar o governo do Estado contra os petistas. Depois de uma reunião que durou horas, segundo um dos participantes, o máximo que os dirigentes de sete partidos de oposição (incluindo o PTB de Dilzon Melo) conseguiram arrancar do senador tucano foi uma promessa vaga de engajamento na campanha do grupo em 2018: “Vamos estar juntos”. E só.
Na realidade, o objetivo da reunião era mesmo o de enterrar a candidatura do senador Anastasia para o grupo deslanchar o seu plano B, que agora virou A: Dinis Pinheiro, do Partido Progressista, mesmo partido do deputado federal Dimas Fabiano. O novo nome de consenso no grupo oposicionista para a disputa do governo estadual, Diniz Pinheiro já esta em campanha pelo estado fazendo visitas a políticos regionais. Dinis, que se apresenta atualmente o mais competitivo, pode não ser o candidato, visto que ainda existem resistências, principalmente dentro do PSDB. O ex-deputado e presidente da ALMG, Dinis Pinheiro já tem apoio de figuras influentes em todos os partidos que compõem o grupo, enfrentando resistências apenas pontuais em uma ou outra sigla, sobretudo no PSDB. Horas após a reunião com Anastasia em Belo Horizonte nesta semana, à noite, durante uma homenagem a um grupo médico/empresarial da Capital, um dos principais membros do grupo de oposição, deputado estadual Dilzon Melo, presidente do PTB em Minas, lançou o que considera a chapa ideal para enfrentar a reeleição planejada pelo governo petista: Dinis Pinheiro, candidato a governador, na cabeça com o deputado federal Rodrigo Pacheco, do PMDB, na vaga de vice.
Futurologia política para 2018 – parte 2
No momento, o sonho oposicionista parece impossível, ou muito difícil de acontecer, mesmo porque, tal união de forças implicaria em inúmeros obstáculos pelo interior do estado. A chapa Dinis-Rodrigo (PP/PMDB) tem apoio do atual vice-governador Antônio Andrade, (que rompeu publicamente com o governador petista Fernando Pimentel) e de seus aliados no PMDB, mas a parceria do PMDB com o PP e aliados, é rejeitada pela maioria dos deputados estaduais peemedebistas que seguem alinhados a Pimentel sob a batuta do presidente da ALMG Adalclever Lopes (PMDB).
A expectativa e projeção de Dilzon Melo é que os governistas do PMDB mudem de lado à medida que a campanha oposicionista decolar e o governo estadual petista afundar ainda mais com as denúncias de corrupção que envolvem diretamente Pimentel e podem encerrar seu mandato antes mesmo das eleições de 2018.
De qualquer forma, vale um pensamento de futurologia. Imaginem que os riscos de piora da imagem da candidatura de reeleição de Pimentel são reais e podem mesmo fazer com que o PMDB venha a aceitar a união política com PP, PSDB e PTB. Neste caso, em Varginha, teríamos num mesmo palanque, o PP de Dimas Fabiano, o PMDB de Carlos Costa, o PTB de Dilzon e Antônio Silva, e o PSDB de Vérdi Melo. Isso já para 2018! Se confirmada a possibilidade de composição em 2018, certamente que esta proximidade entre as legendas e seus caciques municipais poderia ser a semente de uma candidatura igualmente forte para 2020. A conferir.
Trincas do poder
Os poderosos, presidente da Assembleia Legislativa de Minas, deputado Adalclever Lopes (PMDB), e o secretário de Governo, Odair Cunha (PT), fizeram as pazes. O movimento foi facilitado e provocado por muitos do governo que viram com bons olhos a briga entre os dois nomes mais fortes do governo Pimentel (PT). Após conversarem e contarem com a ajuda dos seus pares, os dois se reaproximaram. Afinal, neste momento precisam trabalhar juntos por sobrevivência política. Segundo interlocutores ouvidos pela a coluna, eles estão participando com frequência dos mesmos eventos e reuniões. “Claro que não está como antes, mas melhorou. Agora é preciso restabelecer a confiança de antes”, afirmou um deputado. No passado recente, o presidente da ALMG estava decidido a não ir a eventos em que Odair Cunha estivesse presente. Na avaliação do presidente da Assembleia, a articulação do governo estava enfraquecida porque o petista estaria mais preocupado com sua reeleição a deputado federal em 2018. Odair vê que em muitas cidades de sua base, como Varginha, Boa Esperança e Pouso Alegre, os prognósticos são de forte queda na votação.
Congresso Internacional
O Secretário de Turismo e Comércio de Varginha, Barry Charles Sobrinho, recebeu a visita dos ufólogos Marco Aurélio e Frederico. O projeto é a realização do Primeiro Congresso Internacional de Ufologia em Varginha. A data prevista é de 19 a 21 de janeiro de 2018, exatamente 22 anos após a suposta aparição do ET na cidade. Barry acredita que o evento irá atrair visitantes e movimentar a cidade. Pelo menos mídia regional, é certo.
Além da realização do congresso será gravado um documentário sobre vida extraterrestre de acordo com o caso Varginha. "Devemos extrair os benefícios do acontecimento e aproveitarmos da mídia natural que gerou o caso Et de Varginha, independente de qualquer coisa. Hoje, o que temos de mais atrativo para os turistas é o ET e o Café. Varginha é conhecida mundialmente como a cidade do Et e a Capital do Café", afirmou o secretário.
Anastasia em encontro empresarial do UNIS
O Senador da República, ex-Governador de Minas e professor Antônio Anastasia estará presente na próxima reunião do Conselho Empresarial do Sul de Minas (CESUL). Ele falará sobre “Os Desafios e Cenários Políticos no Brasil em 2017, com Foco no Choque de Gestão”. Anastasia confirmou presença no Almoço Empresarial, que acontece bimestralmente e reúne empresários de toda a região. Mais de 70 convidados de 24 cidades do Sul de Minas e de São Paulo já confirmaram presença. Além de Anastasia, o economista e autor de livros, Rubens Mazzali também falará aos presentes. O tema de sua palestra será “Planejamento Estratégico e Governança Corporativa”. O Almoço Empresarial acontece hoje sexta-feira, 02 de junho, a partir das 11h no Bloco da Educação Executiva, na Cidade Universitária (Avenida Alzira Barra Gazzola, 650 Bairro Aeroporto, Varginha).