Sem moral para falar, nem despachar!
As entidades de magistrados não convencem em suas manifestações de indignação com corrupção: todos sabem que elas se movem por interesses corporativos e a caça de altos salários e diversos abonos e benesses. O Judiciário é de longe o poder mais ineficiente da República, embora o mais caro para o país. A magistratura chafurda na lama ao burlar a lei que deveria zelar para extrapolar o teto salarial e drenar recursos públicos até suas contas bancárias na forma de penduricalhos e extras. Os supersalários e privilégios do Judiciário roubam desse Poder a credibilidade para dar lição moral ao Legislativo ou a quem quer que seja. Hoje, nenhuma instituição ou Poder nacional aparece bem nas pesquisas de opinião. Aos olhos da população, todos são suspeitos e responsáveis pela balbúrdia que tomou conta do país – ou pela “baderna institucional” de que falou anteontem o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa.
Aids ainda mata, e muito!
Na quinta-feira, 1º de dezembro, foi o Dia Mundial de Luta contra a Aids. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 827 mil pessoas são portadoras do vírus HIV no Brasil, 715 mil têm o diagnóstico da doença e apenas 455 mil estão em tratamento.
Em Varginha mais de 500 pessoas estão em tratamento. Doença que já foi sentença de morte no passado, a Aids continua matando, e muito, todavia perdeu um pouco da imagem destruidora que tinha junto a população, talvez por isso as pessoas estão cada dia mais deixando o preservativo de lado, o que é um erro! Em Varginha 500 pessoas se tratam da doença, porém, vale dizer, muitas outras pessoas possuem o vírus e nem mesmo sabem disso, e continuam ai pela cidade se relacionando com outras pessoas! Cuidado, juízo, prudência e prevenção não fazem mal a ninguém.
A dupla que volta
Na formatura do Tiro de Guerra em Varginha, que aconteceu no VTC, para 100 atiradores da turma de 2016, viu-se novamente uma famosa dupla institucional formada: Antonio Silva representando o Executivo e Leonardo Ciacci representando o Legislativo. Estes dois já dividiram muitos palanques nestes longos anos de política local. Pelo tempo que já ficou como prefeito, e ainda terá mais quatro anos, Antônio Silva já conhece bem o vereador Ciacci, e os dois não são “amigos, mas já tornaram-se queridos adversários que se dão bem”. Leonardo Ciacci, pelo tempo que se mantém como vereador e presidente da Câmara, também já conhece bem o prefeito Antônio Silva, e ouve desde cedo as “ideias e considerações que seu sogro e ex-prefeito Aloysio Almeida” tem de Antônio Silva! Vale dizer que Ciacci caminha, novamente, para ser presidente da Câmara na legislatura que começa em janeiro, e para “tristeza de seu sogro” vai continuar sua “doce adversidade com o prefeito”. Embora Antônio Silva e Ciacci vivam cercados de incendiários políticos e Ciacci cobice a cadeira de Silva, enquanto Silva sempre precise da liderança do vereador no Legislativo, os dois vão caminhando para mais uma temporada de “parceria sólida, Silva no Executivo e Ciacci no Legislativo”. Certamente que se todos os “desafetos políticos do prefeito fossem como Ciacci, a vida política de Antônio Silva seria um passeio no parque”.
Perguntar não ofende
Como anda o tal conjunto habitacional criado com recursos públicos para integrantes da Guarda Municipal? Como são doadas as casas? As unidades vazias podem ser “vendidas”? Quem fiscaliza o processo? O prefeito e o MP sabem o que acontece ali?
A Guarda Municipal já atua no trânsito? Como são escolhidos os oficiais para tal trabalho? Como são distribuídos os cargos de confiança na instituição? Quem cobra e fiscaliza quem trabalha e se trabalha na Guarda Municipal? Ou o dinheiro apenas cai na conta?
Tendo em vista que o transporte de moto se mostra dos mais arriscados e que mais se acidenta, o trânsito de Varginha tem fiscalização suficiente para a liberação do serviço de moto táxi? Não seria mais vantajoso trazer logo o Uber para a cidade?
Já começou a temporada de “caça” aos vereadores que deixam o Legislativo em dezembro? Partidos, candidatos a deputado e grupos empresariais estão de olho em políticos que perderam as eleições mas ainda possuem votos e poder no governo!
Asfalto novo, problema velho!
O atual governo iniciou obras de recapeamento em várias vias importantes da cidade como a Rua Rio de Janeiro e Av Otávio Marques Paiva. As obras são importantes e saem do papel graças a recursos vindos de emenda de deputado federal, oriundas do orçamento da União. A coluna saúda o governo municipal pelas importantes obras e pela parceria com os parlamentares, todavia alguns problemas velhos precisam ser colocados para análise nestas novas obras.
A primeira questão é assegurar a rigorosa fiscalização das obras, incluindo aí a qualidade do asfalto! Vale ressaltar que o asfalto utilizado não é asfalto ecológico, que possui em sua composição pneus triturados, o que dá mais durabilidade no asfalto. Aliás, o vice-prefeito Vérdi Melo, quando ainda vereador defendia que o município utilizasse apenas esse tipo de asfalto! Pena que mudou de posição depois que foi pro Executivo! Também vale dizer que o governo municipal ainda continua refém das empresas que produzem o asfalto na cidade! A coluna reitera que não apareceu o prefeito na região que terá a coragem de, via consórcio intermunicipal, adquirir uma usina de asfalto para fornecer massa asfáltica para as cidades da região! Tudo na vida acontece com muito custo, a compra de asfalto, com mais custo ainda! Enquanto as obras são novas em Varginha, os problemas, vícios e lobbys são os velhos mesmos de sempre!
Não entraram, por falta de convite ou oportunidade?
Até o momento, dos mais de 30 partidos em operação no país, só uma meia dúzia está certa de escapar das superdelações na Lava Jato: o PSOL e o PSTU, que vedaram doações/propinas empresariais aos seus membros, e as legendas recentes como a Rede, o Novo e o PMB, criadas após a proibição do financiamento privado pelo STF. Todo o restante do sistema partidário pode vir a ser comprometido no curso das investigações. Será que as novas legendas não participaram destes ilícitos generalizados por falta de convite ou oportunidade legal? Ou são mesmo legendas com pensamento diferente do que está aí? Vamos aguardar para ver se conseguimos tirar bons partidos de um mercado político podre! De qualquer forma, vale ressaltar que o mercado político podre, saiu de uma sociedade igualmente podre! Logo, se a sociedade não se conscientizar que precisa mudar sua postura, não teremos uma classe política melhor, logo, continuaremos com partidos da pior qualidade.
Péssimo exemplo
O governador Fernando Pimentel (PT) informou oficialmente ao Legislativo mineiro o que todos já sabiam: as contas públicas em Minas estão em péssima situação! Diante disso, o governo estuda muitos remédios amargos para salvar a gestão. Todavia, vale ressaltar o governo petista mandou proposta á Assembleia Legislativa para fazer o pior das ações: dar mau exemplo aos 853 municípios mineiros e quebrar a Lei de Responsabilidade Fiscal deixando a contabilidade pública sem qualquer controle! Pimentel também estuda ampliar, novamente a carga tributária sobre o já sofrido povo mineiro! A atitude é das mais perigosas tendo em vista que a imagem do governo já não anda bem e tende a piorar ainda mais! Não se viu o governo cortar gastos como cargos de confiança ou mesmo reduzir os vários cargos preenchidos na Cemig, com ex-prefeitos e políticos que perderam a eleição nos últimos pleitos! O governo petista continua sem ouvir a voz das urnas e das ruas, colocando em cheque a paciência dos mineiros. Á exemplo do governo petista no governo federal que sangrou e manchou a Petrobrás, maior empresa do Brasil, em Minas, Pimentel também compromete a maior empresa dos mineiros: a Cemig. A estatal tem a energia elétrica mais cara do Brasil, a maior pagadora de impostos no Estado, a joia da coroa mineira, e justamente por sua prosperidade é também a mais demandada pelo governo petista para “pendurar e favorecer aliados”. É preciso que este governo estadual acorde para o que esta fazendo, antes que seja tarde demais!
Passado e futuro
Um ditado antigo da política diz que “dor de barriga não dá uma vez só!” Traduzindo em miúdos, quer dizer que ninguém é forte o bastante para nunca precisar do outro, mesmo do adversário político, que amanhã pode ser aliado! Dois líderes políticos locais precisam meditar mais sobre este ditado! Rever o comportamento e atos seus e de seu grupo! O atual presidente da Câmara de Varginha, vereador Rômulo Azevedo (PSD) encerra seu mandato político, que acaba tão surpreendente como começou. O edil não foi candidato a prefeito como chegou a apregoar e nem mesmo candidato a reeleição chegou a ser. Rômulo Azevedo viveu momentos de alegria e tristeza! Certamente o ápice de seu mandato foi a eleição para a presidência da Câmara Municipal, após um polêmico caso de mudança de voto envolvendo a única vereadora do PP, que perdeu a reeleição.
Aliás, o Partido Progressista que deixou o comando para a entrada de Rômulo, agora deve voltar triunfante para o comando da casa. E qual a diferença de gestão de Rômulo Azevedo e do PP no comando do Legislativo municipal? Certamente que o PP não administrou com revanchismo ou caça as bruxas, nem mesmo fez distinção entre aliados e adversários! Experiente nas conduções políticas, o PP de Leonardo Ciacci sabe que “política é a arte de somar, e quando no Poder, deve-se fazer amigos e não perseguir adversários”! Talvez essa diferença marcante seja o divisor de águas que fez a vitória de Rômulo Azevedo, há dois anos, ter convergido para a derrota em ter que entregar o comando do Legislativo novamente a Ciacci agora em janeiro!
Passado e futuro 2
Já o prefeito Antônio Silva, também um político experiente, precisa ficar atento ás ações predatórias e politicamente estúpidas que não contribuem para a soma de força e sim para a fragmentação política. Antônio Silva lidera uma coalizão de forças políticas que estão a brigar na Justiça contra a diplomação e posse do vereador eleito e mais votado da cidade Carlos Costa Filho (PMDB). O vereador foi seguramente o que mais fiscalizou e divergiu de Antônio Silva nos últimos quatro anos, mesmo tendo sido eleito pelo PTB de Antônio Silva.
Por certo que os demais vereadores que foram eleitos na coligação de apoio ao prefeito para o próximo mandato não “rezarão na sua cartilha” a exemplo do que aconteceu com Carlos Costa, e Antônio Silva sabe disso! Todavia ao invés de consolidar sua base e apagar arestas com os antigos desafetos políticos, como Carlos Costa, começando uma nova gestão sem ranços ou perseguições, o grupo político do prefeito preferiu reeditar uma briga que pode ficar ainda pior.
Carlos Costa tem total e irrestrito apoio de seu partido para defender seu mandato e o fará com o apoio de todas as lideranças de sua legenda, em âmbito municipal, estadual e nacional! Antônio Silva perde a oportunidade de zerar uma briga que lhe causou muita dor de cabeça e ainda fortalece um adversário. Os “bombeiros do PMDB perdem força e novamente se vê, sangue nos olhos” o que não é bom para ninguém, ainda mais para um prefeito que terá uma base tão heterogenia e com tantas cobranças chegando do povo! É um bom exemplo para os novos vereadores verem como o grupo político de Antônio Silva trata aqueles que não são “subservientes e ousam discordar”, Carlos Costa não é inimigo do governo, mas foi um vereador do PTB que ousou discordar! Será que os 10 “vereadores aliados que chegam agora vão topar ser subservientes”? Ou veremos mais um ditado político se confirmando na cidade? Afinal tem um ditado que diz “os amigos feitos na Política não costumam ser pra sempre, mas os inimigos, certamente serão”! A conferir.