Suas praças estão mal cuidadas, o belíssimo Bosque Rodrigues Alves, por exemplo, permanece esquecido pelos belemenses e sem verbas suficientes para a sua manutenção, o que nos emociona ao constatar que o habitante já não sabe mais usufruir das belezas naturais, históricas e culturais da outrora esplêndida Belém.
As centenárias mangueiras estão mutiladas pela fiação elétrica agarrada em postes de cimento que ora pendem para a direita, ora para a esquerda, e raramente os monstrengos estão eretos a noventa graus relativos às calçadas semi-horizontais, mal pavimentadas e esburacadas.
A maioria das ruas de Belém são áridas e estão sufocadas por uma camada de asfalto grotesca que se sobrepõe aos centenários paralelepípedos que permitiam a absorção das águas das chuvas, pela terra existente, sob os blocos de pedras do calçamento destas vias de circulação rodoviária.
Belém, recentemente, propiciou o findar das vidas e das existências de um viajante francês e de um jovem citadino belemense funcionário da companhia aérea TAM. Foram dois assassinatos brutais, entre tantos outros que ocorrem semanalmente e indiscriminadamente no solo amazônico desta cidade sofrida e abandonada.
Os habitantes do bem estão amedrontados, com receio da violência do cotidiano estressante por falta de escrúpulos e de respeito à vida humana.
Belém padece e desaparece de muitos corações que todavia a amavam.
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