Excluídos ou oportunistas?
A coluna tem recebido diversos e-mails sobre a multiplicação de moradores de rua em Varginha. São crianças, velhos, famílias inteiras que vivem ao relento pelas ruas e praças. Muitas dessas pessoas são vítimas de abusos ou mesmo cooptadas pela criminalidade, mas todas elas sofrem em dobro pela crise financeira vivida no Brasil.
Claro que boa parte desta população carente, onde aliás muitos vindos de outras cidades, são “marginais”, que vivem de pequenos furtos, tráfico de drogas e “cobrança coercitiva de esmolas”. O Serviço Social de Varginha não tem estrutura para amparar toda essa gente, ainda mais porque muitos querem mesmo viver na rua. Todavia, ele precisa ser apoiado pelas Forças de Segurança da cidade, tem de dar uma resposta à sociedade de Varginha que cobra fiscalização destes moradores, e já não suporta mais a intimidação pelas ruas e sujeira nas praças e vias da cidade.
Muitas destas pessoas que vivem nas ruas fazem suas necessidades básicas pelos cantos e juntam “tralhas” pelas praças. Já chegou a hora da Prefeitura de Varginha separar “joio do trigo”, os excluídos dos oportunistas. Dar apoio social a quem quer e precisa e também dar punição e cadeia àqueles e merecem!
Vala comum
A mídia divulgou na semana passada que o Ipsemg, Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais, vai passar a contar com os serviços de saúde do Hospital Humanitas, após convênio celebrado com aquele hospital. Isso causou preocupação em usuários da Unimed. O Humanitas é o hospital particular da Unimed em Varginha e recebe também pacientes do plano de saúde oriundos de diversas cidades da região.
Não é mistério que a Unimed é majoritariamente o maior plano de saúde de Varginha e região e, a princípio, quando da aquisição do Hospital Humanitas pelo plano de saúde, os conveniados ficaram satisfeitos com a perspectiva de atendimento em um hospital exclusivo. Todavia, não se sabe se devido a crise e maior demanda ou pela ganância de lucros, o atendimento no Humanitas, particularmente no ProntoMed em Varginha, caiu muito em eficiência e já não é raro que os atendimentos dos conveniados demorem tanto quanto o atendimento do Sistema Único de Saúde – SUS.
Será que o Humanitas estaria preparado para atender os conveniados do Ipsemg, sendo que nem mesmo os da Unimed se mostram satisfeitos? Também não é mistério que o salgado preço cobrado pela Unimed tem sofrido sucessivos aumentos anuais. As reclamações começam a pipocar entre os usuários, que ainda possuem a opção de reclamar na Agência Nacional de Saúde – ANS. Afinal, não há razão para uma cobrança de “primeiro mundo e um atendimento de terceiro mundo”. Do contrário, caímos todos na vala comum do SUS, onde as arbitrariedades e descasos já são rotina! Pelo andar da carruagem, a diferença entre Unimed e SUS será apenas a salgada conta pra pagar no final do mês.
Três Turbinas
O impeachment já tem data para ocorrer. No cronograma da oposição, se não houver contratempo, os deputados federais deverão votar a destituição de Dilma em 14/4. No mesmo dia ou no dia seguinte, o Senado poderá receber o processo, obrigando a imediata substituição da presidente por seu vice. A desembargadora mineira, Márcia Milanês, lançou uma frase sobre a atual situação política do Brasil: “O país tem três turbinas. Neste momento, só uma está funcionando: o Poder Judiciário”. Aproveitando as “três turbinas” lembradas pela desembargadora, podemos fazer um paralelo com os três deputados federais mais votados em Varginha, Dimas Fabiano, Diego Andrade e Odair Cunha. Das três “turbinas eleitorais” com correntes políticas diferentes, apenas uma ouviu a voz das ruas. Dimas Fabiano já se declarou a favor do impeachment da presidente Dilma. As demais “turbinas continuam sem funcionar”.
Mesma chance!
Na semana que passou os órgãos de imprensa que fazem a cobertura política da Assembléia Legislativa de Minas Gerais fizeram diversas matérias sobre as eleições municipais e seu impacto naquela casa legislativa. A título de comparação, em 2012, pelo menos 25 dos 77 deputados estaduais pretendiam disputar as eleições municipais daquele ano. Já em 2016, apenas 15 dos 77 deputados estão dispostos a enfrentar as urnas nos municípios para se tornarem prefeitos e trocarem o Legislativo Estadual pelo Executivo Municipal.
Segundo apurou as reportagens, muitos deputados estão desanimados com o “furor do eleitor contra os políticos, bem como a intensa fiscalização de órgãos como o Ministério Público e a imprensa”.
Porem vale ressaltar que nas sondagens anteriores o nome da deputada Geisa Teixeira (PT) sempre era apontado como candidata à Prefeitura de Varginha. Na última rodada de matérias e sondagens feitas pela imprensa da Capital, Geisa nem foi mencionada, em contrapartida, o deputado Dilzon Melo foi mais uma vez especulado para ser candidato a prefeito em Boa Esperança. Para quem conhece Geisa e Dilzon, sabemos que a chance de Dilzon ser candidato a prefeito de Boa Esperança é a mesma de Geisa ser candidata a prefeita em Varginha! Ainda mais com o “conforto eleitoral e financeiro” que ambos estão gozando hoje no Legislativo Mineiro.
Salvação do campo
Nas projeções da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, a safra de grãos atinge 215 milhões/ton e cresce 8% neste ano, em nova performance estupenda da nossa agricultura. Mais cauteloso, o presidente da Faemg, Roberto Simões, aposta na expansão do setor, porém em ritmo mais moderado que a previsão oficial; talvez, uns 5% em Minas, o que é ótimo em relação aos demais setores da economia. De todo modo, na perspectiva do campo, o Brasil vai bem em 2016. E mais uma vez, a salvação do Brasil vai estar na lavoura. Até mesmo os cafeicultores, que costumam puxar a fila dos que vivem reclamando não se manifestaram, ainda.
BDMG perde lucratividade e aumenta a inadimplência
O BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A cresceu significativamente as suas operações entre as micro e pequenas empresas e nos últimos quatro anos elevou a sua carteira de financiamentos e empréstimos de 8 mil clientes para cerca de 23 mil, sendo que aproximadamente 80% são formados por esse segmento de empresas. Nos anos anteriores, a taxa de inadimplência vinha oscilando entre 1,5% a 2%, mas terminou 2015 em 3,7%. No período mais agudo a inadimplência entre 15 e 90 dias chegou a 7,1% no ano passado e, no anterior, alcançou 4,5%. O aumento da inadimplência levou o BDMG a ampliar as provisões para perdas relativas à sua carteira de financiamento. A Prefeitura de Varginha tem um financiamento de R$ 2 milhões junto ao BDMG, o dinheiro seria usado para obras e aquisições da frota municipal. Não se sabe se a Prefeitura de Varginha ajudou no aumento da inadimplência do BDMG, todavia, com a situação difícil da economia, pegar dinheiro emprestado não é bom sinal.
Pinga Fogo
- A Prefeitura de Varginha continua “nas cordas” perdendo a briga para o mosquito da Dengue. Antônio Silva já perdeu uma eleição pra um “discurso machista na TV”, será que vai inovar perdendo a reeleição pra um mosquito?
- Quem tem esperança, acha que a mistura de Leonardo Ciacci, Armando Fortunato, Natal Cadorini, PMDB, DEM e aliados daria uma ótima terceira via! Já quem é muito realista acha que a mistura de Leonardo Ciacci, Armando Fortunato, Natal Cadorini, PMDB, DEM e aliados daria “meio copo de veneno”.
- O PMDB de Varginha lançou um blog para informar e aproximar a cúpula do partido dos filiados, candidatos a vereador e simpatizantes da legenda. O endereço é
pmdbdevarginha.org. Só falta agora combinar com os insatisfeitos quem vai dar a cara a tapa para ser o candidato da legenda ao Executivo!
- Quietinho em seu canto e cargo, o eficiente Rafael Barros continua conduzindo a Rádio Melodia conforme os ditames do governo: microfones abertos a elogios e aliados, censura absoluta às críticas e opositores do governo, ainda mais vereadores da oposição!
Fora Dilma!
O deputado federal Dimas Fabiano (PP) falou à coluna sobre o processo de apuração das irregularidades fiscais do governo federal, as famosas pedaladas fiscais, que está na Câmara Federal e podem inclusive, causar o impeachment da presidente Dilma Roussef. Dimas disse que é a favor do impeachment de Dilma Roussef, e que o governo federal precisa ouvir a voz das ruas. O deputado disse que aguardava a criação da comissão parlamentar criada na Câmara para analisar o impeachment, antes de se manifestar publicamente sobre o assunto, porém, o parecer da Ordem dos Advogados do Brasil, defendendo o impeachment, bem como o desejo na bancada do PP, (que se reúne hoje 30/03) para deixar a base governista, deu ao parlamentar maior certeza e segurança para apoiar o impeachment na Câmara.
Perguntar não ofende
Com o desembarque oficial do PMDB da base do PT, será que em âmbito municipal, o governo do PTB verá o PMDB como possível aliado ou como da terceira via? Mesmo sendo partido grande, o PMDB de Varginha vê o assedio minguar em ano eleitoral.
Para onde o vereador Rômulo Azevedo vai levar o apoio de sua tríade política formada por PSD, PR e PRTB? Será que o edil desistiu de negociar uma vice? Ou vai tentar uma candidatura própria com o apoio do seu deputado federal “indeciso”?
Quem será o maior adversário da reeleição de Antônio Silva, seria o PT, o mosquito da Dengue, os muitos buracos nas ruas, os insatisfeitos guardas municipais, os insatisfeitos com o aumento no IPTU, ou seriam todos eles juntos?
A idade e a situação política atual serão as causas do Antônio Silva conseguir o histórico e sonhado mandato de reeleição e também as mesmas razões para que o deputado Dilzon Melo nunca chegue à sonhada presidência da Assembleia Legislativa de Minas?
Porque será que Anízio Rodrigues e Renato Clepf, antigos petistas históricos e poderosos em seu tempo, hoje não querem nem mais ouvir falar em Partido dos Trabalhadores e política eleitoral? Será que eles já vislumbravam o que estamos vendo só hoje?