Mudar o mundo!
Muito interessante e grande oportunidade para aprender do funcionamento do “mundo político legislativo” a participação no Projeto Parlamento Jovem (PJ), realizado em Varginha pela Câmara Municipal. Estão abertas as inscrições para o Parlamento Jovem – PJ -2016 e qualquer estudante que esteja cursando o Ensino Médio pode se inscrever. As inscrições iniciaram na segunda-feira (15) e vão até o dia 29 de fevereiro, na Câmara de Vereadores de Varginha, que fica na Praça Governador Benedito Valadares, 11 – Centro. O PJ Minas Gerais é um projeto realizado pela Assembleia Legislativa do Estado há 12 anos e pela primeira vez é realizado em Varginha, por meio de parceria com a Escola do Legislativo. O objetivo é colocar o jovem no centro de debate sobre políticas públicas para o Estado. Os participantes selecionados para o Parlamento Jovem 2016 participarão de encontros, todas as quintas-feiras, das 15h às 17h, na Câmara de Varginha. Nestes encontros, que começam no dia 3 de março, serão realizadas oficinas, dinâmicas, vídeos, brincadeiras, muitos debates, atividades práticas e muita interação. Curioso o Conselho Municipal da Juventude não estar participando do projeto! Será que foi chamado?
Nasceu!
Ontem foi anunciado oficialmente a volta dos vôos comerciais no aeroporto de Varginha. O evento foi em um hotel da cidade e contou com a presença de representantes dos governos municipal, e federal. Representantes da Azul e do Governo de Minas não vieram em razão de chuvas que prejudicaram a decolagem de aeronaves em BH. Os voos começam no dia 02 de março, com valores promocionais, por volta de R$ 160,00 com muita dificuldade de compra pela internet. O retorno dos vôos comerciais a Varginha era esperado há muito tempo, e não deixa de ser uma conquista para o governo municipal, embora tenha que ser compartilhada com outras autoridades estaduais e federais. Todavia, mais que conseguir o retorno dos vôos, o governo municipal precisa assegurar que a linha se mantenha, e isso não se consegue com subsídio à empresa aérea, vejam o exemplo do Boa Esporte, que mesmo com subsídio público, caiu na classificação! Dinheiro público precisa ser usado para o desenvolvimento empresarial local e turismo a fim de fomentar mais passageiros no aeroporto! Será que o governo consegue?
Eminências
A política em Varginha ganha novos e eficientes articuladores a cada eleição, cada governo! Uns com poder, outros com dinheiro, oratória, articulação, poucos com maleabilidade, mas todos com influencia em seu grupo político. No mandato de Aloysio Almeida havia o vice Paulo Vitor e o saudoso Targino Valias. Depois, no governo Antônio Silva, que sucedeu Aloysio, tínhamos Luiz Fernando Alfredo, Carlinhos Tip Top.
No governo petista de Mauro Teixeira, descobrimos Raimundo Zaiden e Samuel Maganha; na gestão de Corujinha destacaram Paula Andréa e Raimundo Zaiden. Claro que muitos outros despontaram nestas gestões, todavia, é inegável que os nomes citados foram fundamentais no caminho daqueles governos, bem como nas eleições daquelas campanhas. Neste governo atual de Antonio Silva tivemos o retorno de Luiz Fernando Alfredo e o destaque, Jefferson Melo, filho do deputado estadual Dilzon Melo. Vejam que de todos os “braços fortes” citados, que assessoraram os governos municipais, inclusive com direito a grande poder nestes governos, apenas um tem verdadeiro desejo de “enfrentar as urnas” em algum momento: Jefferson Melo! O filho de Dilzon ganhou prestigio e capacidade no meio político. No Hospital Regional onde é presidente do Conselho Diretor, Jefferson é reconhecido como liderança, e por certo o empresário será determinante nos bastidores da campanha de reeleição de Antônio Silva. Talvez não seja agora que vamos ver um “homem forte” do governo se arriscar nas urnas, mas isso não vai demorar a acontecer!
Institucional
O serviço público municipal é cheio de castas, subdivisões por salários, setores, cargos de confiança, partidarização, etc e etc. Alguns servidores tornam-se ícones pelo tempo e diversas funções ou conhecimento que acumularam como Clementino Vieira, funcionário já aposentado. Outros são referência ou líderes de seu grupo e ajudam a balizar ou dar rumo e forma ao pensamento que, depois, se torna majoritário entre os servidores públicos municipais.
Neste quesito, dois servidores ainda na ativa, se destacam: Airton Ribeiro e Edson Crepaldi. O primeiro ocupa há anos a presidência do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e tem sua liderança baseada na habilidade de agradar servidores sem comprar briga com o governo. Já o segundo, passou por várias áreas e cargos sem, contudo, “vestir camisa de partido, mas sim de governantes”. Embora pareça fácil, a trajetória institucional de ambos é cheia de altos e baixos, e não vamos ver Airton Ribeiro comprando briga aberta com qualquer prefeito, conduzindo greves e protestos. Da mesma forma será difícil ver Edson Crepaldi com bandeira de partido nas ruas, defendendo arduamente uma candidatura política entre os servidores públicos municipais! São mestres na arte de “estar ao lado do Poder sem incomodar, vendo a história acontecer e nunca escrevendo-a”.
Sepulcro caiado
As notícias que chegam da Guarda Municipal não são nada animadoras. Dizem que os coletes e as armas de choque teriam sido recolhidos em razão do vencimento, e que ainda assim, os oficiais estão sendo encaminhados para patrulhamento nas ruas sem armamento! Restrita a algumas ações no aeroporto e poucas patrulhas, a Guarda Municipal teria diversos cargos de confiança e poucos integrantes dispostos a resgatar a imagem da instituição. Neste ambiente instável, sob uma direção truculenta, os oficiais precisam “mostrar serviço” sobretudo alguma ação que “dê manchete”, a fim de colocar na mídia a instituição! Parece que os descontentes na Guarda Municipal estão mudando de atitude. Já não se vêem mais críticas ao prefeito, e sim a direção da instituição, do mesmo modo, os integrantes da Guarda que são simpáticos ao PT, mantém contato constante com uma ex-secretária petista, que agora assessora a deputada Geisa Teixeira (PT). A conferir!
Motivos políticos?
O pronto atendimento do Hospital Bom Pastor, até alguns dias atrás, seria fechado para reformas e o atendimento seria dividido entre a UPA e o Hospital Regional do Sul de Minas. A divulgação da paralisação do atendimento no pronto atendimento do Bom Pastor incomodou e preocupou muita gente que utiliza o local, que aliás vive lotado! O maior medo era de que o governo municipal, após as reformas anunciadas, fechasse definitivamente o pronto atendimento redirecionando os pacientes à UPA. Varginha já havia perdido, há alguns anos, o pronto atendimento que funcionava no Hospital Regional, no centro da cidade. Na ocasião muitos protestaram, pois a transferência do pronto atendimento do Regional para o Bom Pastor dificultou o acesso ao povo. Agora, com a transferência do pronto atendimento do Bom Pastor para a UPA, novamente o povo iria caminhar ainda mais para ter atendimento médico! A repercussão foi tamanha que, curiosamente, o Executivo abortou a idéia e não mais fará a transferência. Ainda assim, muitas das obras no Hospital Bom Pastor vão acontecer normalmente sem a necessidade de paralisações no atendimento! É preciso lembrar que estamos em ano eleitoral, a poucos meses das eleições e uma obra que pode durar cerca de 2 meses corre o risco de demorar e incomodar ainda mais a população! Um prefeito que busca a reeleição não quer correr o risco de ser acusado de fechar um pronto atendimento em véspera de eleição! A administração alega que o cancelamento da transferência do pronto atendimento para a UPA foi cancelada devido a “problemas no processo licitatório”! Quem sabe? Todavia, não seria supressa se a má repercussão popular do possível fechamento ou mesmo a transferência temporária do pronto atendimento para a UPA tenha feito os assessores do candidato a reeleição “mudar de idéia”.
Perguntar não ofende
O novo sistema de irrigação que está sendo instalado no Estádio Municipal Melão pertence ao Boa Esporte ou será patrimônio do município? Se sair de Varginha, o Boa Esporte poderá levar o equipamento na bagagem?
As polêmicas mudanças pretendidas pela secretária de Educação na merenda escolar, a poucos meses das eleições municipais, mostram que a secretária não tem malícia política para saber o que pode prejudicar seu chefe ou mostram ousadia da charmosa secretária?
Além de melhorar sua relação com a comunidade e órgãos externos, o comando do 24º BPM da Polícia Militar em Varginha também recebeu recursos para novas obras, como a do COPOM. Será que o antigo comandante era péssimo ou este que seria muito hábil?
Seria verdade que o governo esta fazendo uma “orquestração” da entrega de obras na cidade a fim de garantir o maior número de inaugurações na proximidade legal das eleições? Coincidência ou não, a entrega de creches esta gerando polêmica na cidade!
Pode parecer coincidência, mas a deputada Geisa Teixeira, possível candidata a prefeita pelo PT em 2016, ampliou sua presença em Varginha e tem dado prioridade aos pedidos referentes à cidade no governo estadual petista! Será que Geisa Teixeira 2016 vem ai?
Justiça busca fim do caciquismo!
A chiadeira geral nos partidos, que estão indo ao STF para tentar derrubar a medida, revela o tamanho da bomba armada no sistema partidário pela nova resolução do TSE de exigir das legendas a realização de convenção e a criação de diretório na cidade para lançamento de candidatura a prefeito.
Aparentemente, o Tribunal só quer mais formalismo e menos improviso nos partidos. Na prática, a medida pode significar uma sentença de morte para antigo e deturpador fenômeno da nossa política: o caciquismo. No Brasil, partidos têm donos. Ou tinham, se a exigência de diretório persistir. Os partidos alegarão que a medida é inconstitucional, que o TSE não pode interferir na organização deles, etc. Conversa fiada! O que está em jogo não é autonomia, mas poder.
Hoje, os caciques ou controladores dos partidos costumam manter indefinidamente as comissões provisórias, deixando de elevá-las à condição de diretórios, pois, assim, podem destituir dirigentes locais a qualquer hora, impondo assim a vontade da cúpula e não da base. A informalidade na base partidária deixa a legenda nas mãos da cúpula nacional, que manda e desmanda com uma canetada. Em Varginha existem vários partidos que se mantém na comissão provisória há anos, inclusive entre as grandes legendas.