Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Semente de União; A estratégia; A máquina de fazer dinheiro; Herdeiro do Reitor
21/08/2015


Semente de União

Parece que a manifestação popular ocorrida no último domingo, em protesto contra o Governo Federal petista e aos escândalos de corrupção no país, foi o embrião da unificação entre a Polícia Militar e a Guarda Municipal, entidades que até pouco tempo se estranhavam. A troca de comando nas duas instituições e a habilidade do novo comandante da PM facilitou o entendimento! Tomara que dure a parceria, afinal, a Segurança Pública de Varginha só ganha com a soma de esforços da PM e GM!

Esporte nos bairros

Boa iniciativa o 1º Encontro de Skatistas de Varginha, realizado pelo Executivo municipal em parceria com a liderança esportiva Willian do Skate. O evento aconteceu no domingo 16/08 e contou com aproximadamente 120 atletas de várias cidades, que animaram o ginásio do Bom Pastor. O positivo evento que reuniu skatistas e governo numa ação esportiva no bairro e não no centro da cidade é um bom exemplo, que favorece as minorias e leva lazer aos jovens dos bairros! Tomara que iniciativas assim tenham continuidade!

Perguntar não ofende

O Conselho Municipal de Saúde acompanha os gastos correntes e créditos a receber do Hospital Regional do Sul de Minas? Seria verdade que o hospital pode ter significativa quantia a receber, fruto de diversos processos na Justiça?

Qual será o fruto ideológico dos jovens de hoje? Será que nossa geração de jovens vai produzir lideranças empresariais, políticas e culturais capazes de, pelo menos, manter o Brasil de pé? Ou nossos jovens estão muito ocupados nas redes sociais e nos vícios!

PT ou PTB: Quem mais perde e mais ganha com a criação de uma terceira via política para a disputa eleitoral de 2016? Estimam que uma campanha municipal “sóbria” para prefeito ficaria em, no mínimo, R$ 750 mil? Quem teria este “cheque especial”?

PMDB: bola da vez

Michel Temer está sendo esperado em BH no final de setembro para uma grande festa de recepção aos novos membros do PMDB mineiro. A legenda se prepara para um caminhão de adesões no Estado, ao término do prazo de filiações partidárias para as eleições de 2016. No último final de semana, a legenda reuniu lideranças de Varginha e região no encontro regional de Lavras. Até mesmo lideranças municipais de outros partidos foram “sondar vagas” entre os peemedebistas. As novas filiações ao PMDB incluem parlamentares. Dos dez deputados interessados, meia dúzia estaria sendo aceita no partido, após passar pelo crivo das bancadas na ALMG e na Câmara Federal. Na esfera municipal, o PMDB tem aceitado filiações de todas as tendências políticas locais, todavia avisa que o primeiro compromisso do partido é com a sonhada candidatura própria! O PMDB virou alvo de uma romaria de potenciais candidatos e políticos em geral. É a bola da vez no mercado partidário, seguindo uma trajetória de ascensão que parece diretamente ligada (e inversamente proporcional) ao desgaste do petismo. É como se o PMDB estivesse substituindo o PT como principal referência partidária da base governista no país e no Estado.

Janela

As filiações parlamentares ainda dependem da aprovação da “janela” ou prazo de 30 dias para deputados e vereadores trocarem de legenda sem perda de mandatos. Falta o endosso do Senado. Mas um acordo entre as duas casas no Congresso já teria garantido apoio dos senadores à medida que está sendo ansiosamente esperada nos meios políticos. Em Varginha já tem vereador com a ficha assinada, esperando para colocar a data, quando for liberada a janela de troca partidária.

A máquina de fazer dinheiro

Fontes da Polícia Civil informam que o Detran mineiro arrecadou R$ 1,8 bilhão no ano passado somente com suas taxas de serviços, sem contar as multas de trânsito no Estado. É uma máquina de fazer dinheiro. Já a Polícia Militar, que até então é a única apta a aplicar multas de trânsito no perímetro urbano de Varginha, também ajudou a Prefeitura a engordar o caixa. Diversas multas aplicadas renderam ao município bem mais que o convênio de R$ 60 mil anuais pagos à PM: ou seja, mesmo as poucas multas aplicadas pela PM deram gordo lucro à Prefeitura de Varginha.

A estratégia

Embora não assuma, o prefeito Antônio Silva já esta em plena articulação política rumo a reeleição. O movimento pode ser visto com a agenda de eventos e conversas do chefe do Executivo. Basicamente o prefeito ataca em dias frentes: popular e política. Sendo que a agenda popular ele mesmo tem tomado frente, participando de lançamentos de projetos, inaugurações de obras, conversas com lideranças populares, sorteio de casas populares, encontro com jovens etc. Já na frente política, o prefeito Antônio Silva tem delegado principalmente ao vice Verdi Melo (PSDB) e ao presidente da Fhomuv, Luis Fernando Alfredo (PMDB), seus aliados de confiança, a missão de promover “conversas e entendimentos” com líderes partidários e segmentos importantes na cidade, com os cafeicultores, empresários, imprensa etc. Todavia, o prefeito Antônio Silva peca em um detalhe fundamental na esfera popular, principalmente por não atentar a exemplos do passado. O prefeito que já governou Varginha em outras épocas é conhecido basicamente por ser “honesto, porem, frio, técnico, mais de gabinete do que de campo e principalmente por idéias velhas ou tradicionais”. Com essa imagem “recondicionada” de outras campanhas Antônio Silva vai para o enfrentamento eleitoral, possivelmente com o PT, que embora esteja desgastado nacionalmente na esfera moral (corrupção), ainda possui figuras muito mais carismáticas que o prefeito, como a deputada Geisa Teixeira, por exemplo.

A estratégia 2

E qual a diferença básica de “atuação popular” dos petistas Geisa Teixeira, Rogério Bueno e Corujinha para o prefeito Antônio Silva? O prefeito não chora facilmente como a deputada, mas também se emociona; Não escuta o povo com a mesma paciência e vigor que o jovem Rogério Bueno, mas sabe identificar carências da população com a experiência dos anos de governo e a vitalidade de quem tem filha adolescente em casa; Não tem o mesmo apelo social de médico como Corujinha, mas pode se mostrar sensível as questões populares! Talvez os articuladores do prefeito não tenham percebido que chegou a hora de “esconder o prefeito e mostrar o Antônio Silva”. Pois foi assim que Geisa Teixeira ganhou a eleição de deputada, mostrando seu lado mãe e mulher e escondendo seu (desconhecido) lado de administradora. Da mesma forma Rogério Bueno ganha seguidas eleições da Câmara, mostrando-se cidadão ouvinte do povo e cobrador de melhorias, sem apresentar seu lado “administrador de dificuldades”, pois nunca passou pelo Executivo! Como não pensar em artificialismo do prefeito que vai a um congresso de jovens sem levar sua filha adolescente? Que certamente saberia falar a “língua da juventude”. Como não ter restrições do prefeito que vai falar com mães e professoras sobre a falta de vagas em creches sem levar sua esposa que certamente saberia entender a angustia de uma mãe sem escola para seu filho! Talvez se Antônio Silva se mostrar mais como bom cidadão, pai e marido que é, e menos como prefeito em terceiro mandato, terá mais chance de ser visto como opção mais humanizada ao carisma contagiante de Geisa Teixeira ou a simplicidade costumeira de Corujinha ou ao espírito cidadão de Rogério Bueno! A exemplo do saudoso Mauro Teixeira, que venceu sua reeleição com a maior margem eleitoral já vista ate aqui, talvez neste momento seja mais proveitoso para Antônio Silva andar em público com sua família e com (verdadeiros) amigos do que com os aspones nomeados em cargos de confiança!

Herdeiro do Reitor

O sucesso do UNIS demonstrado pelas entusiasmadas comemorações dos 50 anos da Fepesmig expõe a grandiosidade e a preocupação de quem faz parte do grande conglomerado educacional que se tornou o Centro Universitário do Sul de Minas. A Fepesmig, quando surgiu pequena e frágil a 50 anos, não teria qualquer chance de vida nos tempos de hoje quando grandes centros universitários atuam em todo o Brasil e até fora dele levando ensino a distancia e realizando pesados investimentos. Pela Fepesmig passaram grandes e reconhecidos pensadores e atores da cena política e educacional de Varginha. Todos estes líderes que estiveram a frente da fundação fazem parte deste sucesso. Todavia, foi quando o então jovem e idealista Stéfano Gazola assumiu a instituição que a Fepesmig começou a “sonhar grande” e ali foi criado o UNIS, que hoje é um gigante regional da Educação. E são muitos os desafios pela frente para o UNIS, pois agora a instituição não concorre com a Unifenas ou a Fadiva, concorre com todos os grandes centros universitários que aportaram pelo Sul de Minas, até mesmo as universidades federais. Vejam que o “timoneiro” Stéfano Gazola já deixou seu nome gravado na história de sucesso do UNIS, tanto assim que o reitor é cobiçado para o mundo político onde atua nos bastidores com expectativa de um dia encarar as urnas. De qualquer maneira, a pergunta que ecoa silenciosamente no UNIS é: Quem substituirá Stéfano Gazola? Afinal um dia isso vai acontecer, seja pelo inesperado caminho da política que vira e mexe cruza a vida do reitor ou mesmo pela sua merecida aposentadoria depois de transformar a “raquítica Fepesmig no bombado UNIS”, que com menos de 1000 funcionários, movimenta cerca de R$ 150 milhões ano. E quando Stéfano não estiver mais no comando? A exemplo de grandes empreendimentos que “naufragaram” em pleno ápice, muitos especulam em saber quem será o “sucessor, escolhido, o herdeiro administrativo” de Stéfano! Uma escolha mais difícil que sucessão familiar, pois o UNIS já é uma grande família que fatura milhões. E como em “família rica” tem de tudo, inclusive quem sonhe com a “ausência prematura do pai para assumir o controle dos negócios” é de se esperar que as escolhas de Stéfano, daqui pra frente, sejam mais importantes do que as que ele tomou para chegar até aqui! 

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