Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
A cabeça de Odair; Leve e Azeitada; Marca do Mauro; Manda, quem paga as contas!
20/05/2015


A cabeça de Odair

O PMDB mineiro tenta copiar o estilo “fogo amigo” largamente praticado pelo partido em Brasília, para tentar cobrar do PT seu apoio político na Assembleia Legislativa. O partido ganhou no início do governo seis secretarias e perdeu uma na reforma administrativa, a de Recursos Humanos, que foi “esvaziada” na reforma política feita por Pimentel, depois que a pasta perdeu a empresa MGS (Minas Gerais Administração e Serviços), porta de entrada de locação de mão de obra de serviços terceirizados (conservação, limpeza, asseio, higienização, vigilância e serviços temporários). Além disso, o PMDB tem enfrentado dificuldades nas indicações feitas para o interior. Muitos deputados reclamam que estão sofrendo boicote do secretário de Governo, Odair Cunha (PT) no preenchimento de cargos de segundo e terceiro escalões e convênios para prefeituras. Insatisfeitas, lideranças do PMDB estão pressionando o governo e já pedem até a cabeça do secretário de Governo, Odair Cunha (PT), que é o responsável pela articulação política e atendimento aos deputados aliados. A intenção é fazer o que aconteceu, por outras razões, em Brasília, onde o PMDB, por meio do vice-presidente da República, Michel Temer, assumiu a coordenação política com resultados positivos nos primeiros 30 dias. Aqui, a articulação é semelhante e visa colocar o vice-governador Antônio Andrade, que é o presidente estadual do PMDB, no lugar de Odair. São pequenas as chances de sucesso da empreitada. Mas a articulação mostra que o PT precisa aprender a dividir o poder, e que os conflitos com o PMDB, seu principal aliado, pode se desdobrar em briga séria, com conseqüências já nas eleições de 2016 e depois no Governo de Minas.

Perguntar não ofende

Com o aumento da violência em Varginha, porque muitas agências bancárias e lotéricas descumprem a lei por não instalarem câmeras de vídeo em suas áreas externas?

Por que existem residências, no Bairro Cruzeiro do Sul, que ainda estão fechadas, sem moradores e outras até invadidas? Os contemplados não têm prazo para ocupação das mesmas?

Quando é a previsão para que a Fundação Cultural do Município de Varginha se torne autossustentável? Quanto a Fundação Cultural arrecada com a estrutura cultural municipal?

Não seria vantajoso para o município e ainda mais para o cidadão se a Rodoviária de Varginha fosse terceirizada, ou entregue por concessão a iniciativa privada a fim de garantir investimentos e melhorias no local?

Qual é a grande empresa que esta na “cartola de negociações” do secretário Pedro Gazola para se instalar em Varginha? Quando as negociações serão concluídas e a conquista confirmada?

Leve e Azeitada

As parcerias da Prefeitura de Varginha com o Grupo UNIS estão “florindo” nesta administração. São vários convênios, ações sociais e educacionais além de diversos estudos em conjunto entre o Centro Universitário e os técnicos das secretarias municipais. Claro que o fato do reitor do UNIS, Stéfano Gazola e o prefeito de Varginha, Antônio Silva serem lideranças do PTB ajuda muito no trabalho integrado, porém alguns professores do UNIS e técnicos da prefeitura disseram que o clima agora esta mais “leve” daí o motivo das parcerias estarem “azeitadas”.

Marca do Mauro

As eleições municipais estão chegando, e mais uma vez, se espera uma briga feroz do PT que liderou a gestão passada, contra o PTB que controla o município hoje. Obviamente que o PT de varginha vai procurar se desvincular da imagem nacional do partido, ligada a escândalos e desvios, e procurar se aproximar da realidade municipal onde o PT ainda tem como maior marca social o saudoso ex-prefeito Mauro Teixeira. O ex-prefeito petista trouxe para Varginha a Unifal e o Cefet, entre muitas outras conquistas sociais, morreu subitamente e deixou a marca de “prefeito que cuidava dos pobres”. Nesta semana o Cefet começou mais uma turma de engenharia civil com 40 vagas de graduação, todos vão estudar gratuitamente durante todo o curso, que dura 11 meses. As aulas acontecem no período noturno durante a semana e também aos sábados. Certamente que obras importantes assim, que estão agora esquecidas da exploração política, serão todas ressuscitadas na propaganda eleitoral petista! Mas a que se perguntar, se tais obras são do PT ou de Mauro Teixeira? Se a obra é mérito do partido ou da pessoa? Se assim for, pode-se dizer que a Democracia é obra do PMDB ou de Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e tantos outros? Ou mesmo será que o PTB de Antônio Silva é o mesmo do ex-deputado corrupto Roberto Jéferson? Foi o PMDB ou Antônio Silva, quando estava no PMDB, que trouxe a Walita pra Varginha? Claro que as obras são mais responsabilidade das pessoas do que dos partidos! Além disso, há quem diga que, se Mauro Teixeira estivesse vivo, certamente hoje seria deputado e não estaria mais no PT. Quem vai saber?!

Isca ou aposentadoria?

O ex-deputado estadual Dinis Pinheiro, que foi presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e concorreu a vice na chapa derrotada para o Governo de Minas, tendo Pimenta da Veiga na cabeça, esta analisando propostas para mudar de partido. Dinis Pinheiro foi do PSDB e agora esta no PP. O experiente ex-parlamentar tem grande eleitorado na região metropolitana de BH e muitos aliados pelo interior de Minas, e deseja voltar a cena política. Dinis esta conversando com vários partidos, e dizem, teria recebido uma proposta irrecusável do PTB estadual, de que se vier para a legenda, poderia assumir a presidência do PTB em Minas. O atual presidente do PTB, o deputado Dilzon Melo não é reconhecido pelo hábito de “largar o osso”, será que a oferta feita a Dinis Pinheiro é verdadeira e pode desalojar Dilzon do comando estadual petebista, ou seria mais uma isca, para “pescar político com voto?”

Manda, quem paga as contas!

Varginha está enfrentando uma tensão política de bastidores na área da Saúde, que pode se tornar ainda pior se os “ânimos” continuarem exaltados. O núcleo da disputa é o Hospital Regional do Sul de Minas. Ocorre que o Hospital Regional, constituído juridicamente por diversas sucessões de entidades que desaguaram no controle do Governo do Estado com a fundamental ajuda da Prefeitura de Varginha é hoje administrado por um conselho diretor constituído por integrantes indicados pelos Governos estadual e municipal. Sendo que o presidente do Conselho é indicado pelo Governo do Estado. Com a troca do comando estadual, petistas e aliados indicaram, na cota do Governo estadual, nomes para compor o conselho do Hospital Regional, que vale lembrar, é uma nomeação que não recebe salário, porem detém poder por gerir o hospital. Atualmente, o presidente do Conselho Diretor do Regional é o empresário petebista Jefferson Melo, filho do deputado Dilzon Melo, que é de confiança da administração municipal. Tanto assim que nos últimos anos a Prefeitura de Varginha vem fazendo grandes investimentos no Regional, sendo que, apenas em 2015, o Executivo Municipal vai colocar R$ 1.8 milhão naquela instituição, porem a Prefeitura teme perder o posto chave na presidência do Conselho, que deverá ser indicada pelo Governo de Minas. 

Manda, quem paga as contas! 2

Neste ponto, o conflito e os ânimos entre petistas e o governo municipal estão “tensos”. Pois o Governo de Minas (incendiado pelos petistas locais) não deseja assumir o Regional, sua gestão e sua dívida de R$ 27 milhões, muito embora o hospital seja um grande “instrumento político regional” e daí o interesse no seu controle. Já a Prefeitura de Varginha, nos bastidores, avisa que se perder o controle do Hospital Regional não mais fará os investimentos fundamentais para sua manutenção e bom atendimento. Não se espera que o hospital feche as portas por conta desta disputa política, mas é certo que se “as cordas forem puxadas ao extremo”, certamente que importantes investimentos e modernizações no Hospital Regional vão atrasar, além de pagamentos de fornecedores e funcionários. O Governo de Minas também realiza gastos importantes no Regional, além de garantir a referencia do hospital na região. Trocando em miúdos, Governo Estadual e Municipal precisam se entender quanto a administração do Regional. Enquanto a briga política avança nos bastidores, é certo que a Saúde precisa de mais investimentos, é necessário que o Governo Estadual fortaleça ainda mais os hospitais de referencia no interior. Já em relação ao Regional, a Prefeitura de Varginha precisa saber que vai sim ter que dividir a gestão do hospital, mesmo que os indicados do governo estadual sejam “indigestos ou estranhos a área administrativa ou de saúde”. 

Manda, quem paga as contas! 3

Além disso, atualmente, diversas “anormalidades” estão acontecendo no Hospital Regional. Há quem diga que a assessora de um deputado federal do PSD estaria levando pacientes de outras cidades para atendimentos no Regional, abordando pacientes e prometendo atendimento antecipado a tais pacientes, tudo em nome do tal deputado, que segundo ela, teria “enorme prestigio com a direção por trazer recursos para o hospital”. Dizem que existem até filmagens da assessora andando livremente pelos corredores da instituição. Fato é que a Saúde precisa ser bem administrada, sem privilégios a ninguém e com a participação conjunta de estado e município, e com o investimento de ambos. Afinal, se juridicamente não esta claro a quem pertence o Hospital Regional, na prática, não resta dúvida que o Hospital Regional é uma importante instituição de saúde e pertence ao povo de Varginha!

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