Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
Inocente, sabe de nada!; O luxo do lixo; O pagamento que era a vista; Negócios e política
08/05/2014


 Inocente, sabe de nada!

O sonho acabou, mas os devaneios não! O vereador do PRB de Varginha, Joãozinho Enfermeiro já pediu trincheira de milhões aos cofres municipais e outros tantos absurdos financeiros que não cabem no orçamento do governo! O último pedido (escalafobético) do edil foi para que o Executivo criasse uma fábrica de blocos para percorrer a cidade doando blocos a famílias carentes! A ideia é boa, só falta combinar com os pequenos empresários donos de fábricas de blocos, que geram emprego e pagam impostos e definir “o que é família carente”, para que a ideia do edil não vire benesse política para aliados! Coisas quase impossíveis de acontecer! Será que os pedidos foram só para “agradar a massa”? Vai saber o que é inocência ou velhacaria! O fato é que o PRB já definiu um lado em Minas e no Brasil, a legenda vai apoiar as candidaturas do PT em âmbito estadual e federal. Não parece coerente este relacionamento “dúbio” do vereador do PRB com seus pedidos “estratosféricos” ao Executivo do PTB, que em tese, é adversário do PRB. Esta na hora do PRB de Varginha “deixar a inocência, ou a velhacaria”, pois se não sabem de nada, não deveriam estar usando cargos e benesses lá e cá, dando a entender que o partido novo, tem os mesmos velhos e perversos hábitos das velhas legendas.

O luxo do lixo

O recolhimento do lixo e futuro tratamento do mesmo, que será realizado no aterro sanitário de Varginha, mesmo sem estar totalmente funcionando, já vem gerando alto gasto ao município. Ainda na gestão passada, o relacionamento das empresas do setor com o Executivo já geravam “desconfianças financeiras” na oposição da época, que hoje é quem esta no controle do caixa municipal. Tendo em vista esta desconfiança o vereador Jorge Direne (PT) requereu do Executivo as seguintes respostas sobre o tema: Solicitando ao Prefeito informações acerca da Lei n. 5.718, de 27 de junho de 2013, que autoriza o Município de Varginha a contratar com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG, operações de crédito com outorga de garantia e dá outras providências: O Município efetivamente realizou operações de crédito com o BDMG, para aquisição de máquinas e equipamentos? Em caso afirmativo, qual foi o montante utilizado, dos R$ 5 milhões autorizados? O que foi adquirido? Relacionar os itens e suas quantidades. A obtenção do crédito estaria relacionada à aquisição de caminhões e implementos para a coleta de resíduos sólidos. Com a efetivação de contratação de empresa para terceirizar essa coleta, qual a intenção do Executivo Municipal em relação ao crédito já mencionado e ao futuro da prestação do serviço público de coleta de lixo no Município de Varginha? Uma coisa o governo do PT e do PTB tem em comum, ambos mantem os “gordos números do lixo na caixa preta”.

O luxo do lixo 2

O gerenciamento do lixo na cidade é ainda mais complexo do que apenas altos gastos e relacionamento “secreto” entre empresas e governo. O gerenciamento do resíduo sólido em Varginha precisa respeitar a lei estadual e federal, e isso ainda não foi esclarecido. Tendo em vista esta “caixa preta” outro vereador “da base” requereu novas informações a respeito do tema. Vejam as indagações: Foi assinado o Convênio entre a Prefeitura e a Copasa para administração do Aterro Sanitário? Caso afirmativo, enviar cópia integral do convênio assinado. Foram realizadas Audiências Públicas para confecção do Plano de Saneamento Básico e de Manejo de Resíduos Sólidos? Em caso afirmativo, quais foram os resultados das audiências registrados nas atas? Foram respeitados todos os requisitos previstos na Lei n° 11.445 de 5 de Janeiro de 2007? Quais providências foram tomadas pelo Município para não perder investimentos federais? Uma vez que o Município que não estiver de acordo com a referida lei, estará impedido de receber verbas oriundas do Governo Federal. Um empresário que conhece bem esta “caixa preta” do lixo em Varginha, que não vem de agora mas de várias gestões passadas, disse que é mais fácil “acharem o corpo da Elisa Samudio, supostamente morta pelo goleiro flamenguista Bruno, do que desenterrarem todos os esqueletos que estão neste lamaçal de lixo”!. O que o contribuinte já sabe é que a conta para tratar do lixo em Varginha fica cada dia mais cara e menos transparente! 

Turma do bilhão

A revista econômica Matéria Prima está saindo esta semana das gráficas com uma lista de 25 bilionários mineiros. A maioria fez ou herdou sua fortuna em Minas, embora muitos vivam fora. O levantamento ainda aponta uma possível futura bilionária: a professora Rosemary, que está sendo reconhecida na Justiça como filha do saudoso vice-presidente José Alencar.

Sorte

Na semana passada, o Caminhão da Sorte da Caixa Econômica Federal esteve em Varginha para realizar os sorteios das Loterias. O presidente da Câmara Municipal, Leonardo Ciacci, fez questão de acompanhar alguns sorteios, realizados na Concha Acústica de Varginha. O edil anda tão “sem sorte”, que além de não ter sido sorteado em nenhum jogo, não conseguiu mídia nem destaque pela aparição. Alias, sorte é o que não tem encontrado o edil pepista que anda as turras com problemas do partido, da Câmara e gerenciando até ciúmes e brigas entre vereadores. 

Emprego e indústria

Varginha se destacou na geração de emprego. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, nos três primeiros meses de 2014 a cidade ficou em primeiro lugar no Sul de Minas com a geração de 753 novos postos de trabalho, sendo que deste total, 412 foram gerados pela Indústria. O resultado vem confirmar o fortalecimento do setor industrial na cidade, que em 2013 liderou a geração de empregos com 642 postos abertos, com destaque para o setor automotivo. Segundo Pedro Gazzola, Secretário de Indústria e Tecnologia de Varginha no primeiro trimestre de 2014 Varginha destacou-se no setor industrial pelo crescimento de vagas na indústria química e de produtos farmacêuticos e veterinários, alimentícios e de bebidas, borracha e couro, estética e de confecção. Este dado é importante pois o maior dilema da disputa desenvolvimentista entre Varginha e Pouso Alegre é de que Pouso Alegre tem criado mais vagas na indústria, que costuma empregar mão de obra mais qualificada e de maior remuneração, e que Varginha estaria gerando mais vagas no setor de serviços e na agricultura, setores que não possuem tanta estabilidade e que demandam mão de obra menos qualificada e de menor remuneração. Os dados recentes desmentem estes boatos e mostram que Varginha esta se recuperando na criação de “empregos de qualidade”, mais ainda, que na cidade existe mão de obra qualificada para a indústria. Os dados podem ser creditados politicamente, em parte, a gestão municipal do PTB que tem se esforçado no fortalecimento da indústria e comércio local, de forma realista e contínua. Mas há que se dar o crédito, sobretudo, aos empresários locais que já se tornaram experts em sobrevivência no  Brasil da alta carga tributária e do pouco retorno dos impostos. Nossos empresários merecem o maior mérito pela recuperação do setor! Que Deus conserve!

Negócios e política

Com 11,8 pontos Varginha ficou em quinto lugar em Minas Gerais e a primeira na região entre as melhores cidades do Brasil para se investir em negócios, ficando atrás apenas de Belo Horizonte (14,81 pontos), Uberlândia (13,06 pontos), Betim (11,93 pontos), Itabira (11,92 pontos). A matéria veiculada na Edição 1064 da Revista Exame da semana passada trouxe o resultado de um estudo exclusivo feito pela Consultoria Urban Systems que identificou as cidades acima de 100 mil habitantes com maior potencial para receber novos investimentos, revelando que as cidades mais promissoras se concentram nas regiões Sul e Sudeste do país. Para elaborar o ranking das melhores cidades do Brasil Técnicos da Urban Systems realizaram nas 300 maiores cidade do país, um exaustivo levantamento dos indicadores em quatro pilares: econômico, social, de infraestrutura e de capital humano, tendo analisado 27 indicadores. O resultado apresentado pela Revista Exame mostra que os méritos de governos e da iniciativa privada são distintos e tem seu tempo para aparecer. Vejam que os 4 pilares (econômico, social, de infraestrutura e de capital humano) que nortearam o resultado apresentado pela revista dependem basicamente de ações de longo prazo de governo e da iniciativa privada. Na questão econômica, a reorganização fiscal da cidade construída aos poucos por este governo, tem seu valor, da mesma forma que os investimentos sociais feitos pelo PT nas antigas gestões também tem seu peso. Já a questão da infraestrutura se percebe que a iniciativa privada também tem investido na cidade, no rastro dos investimentos públicos claro! (como aeroporto, UPA, SAMU, universidades etc). Porém a iniciativa privada só faz investimentos quando acredita na firmeza fiscal e eficiência administrativa do governo. Neste ponto, parece que Varginha vem, aos poucos, melhorando a cada dia. No quesito capital humano, não há que se discutir que a base industrial feita na cidade pelo SESI/SENAI, juntamente com grandes empresas que se foram como CBC, FL SMIT etc, bem como investimentos universitários como o UNIS, UNIFAL e UNIFENAS entre outras são a força motriz na melhora do nosso Capital Humano local. Trocando em miúdos, o resultado apresentado pela Revista Exame tem dois responsáveis: Os últimos 30 anos de governos estaduais e municipais, juntamente com a classe empresarial de Varginha. E o resultado poderia ser melhor, se neste tempo tivéssemos governos mais eficientes. 

Avaliação do Governo Dilma 

A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu entre fevereiro e abril deste ano, segundo pesquisa divulgada na terça-feira (29/04) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Há dois meses, 36,4% da população avaliavam positivamente o governo. Em abril, esse percentual caiu para 32,9%. A avaliação negativa do governo, em contraponto, aumentou, alcançando 30,6%, contra os 24,8% da pesquisa anterior. O desempenho pessoal da presidente também oscilou para baixo, passando de 55% para 47,9%.

O pagamento que era a vista...

O prefeito Antônio Silva, quando ainda era candidato alardeava sobre a ineficiência da antiga gestão petista na implantação da coleta seletiva e na solução definitiva dos problemas do lixo em Varginha. Na época, Antônio Silva prometia, se eleito, ações imediatas e soluções rápidas e definitivas para acabar com o lixão no Corcetti, implantação da coleta seletiva e funcionamento do Aterro Sanitário. Com a vitória de Antônio Silva e passados quase um ano e meio de governo, as promessas que o governo disse que seriam “pagas a vista”, ainda estão pendentes, e não prometem uma solução tão cedo.

Agora será parcelado e com cheque pré-datado

As promessas de campanha de Antônio Silva, viraram problema para o secretário de Meio Ambiente Joadylson Ferreira, que embora não tenha sido o “emitente do cheque promessa” deverá ser o fiador do que foi prometido em palanque! A Prefeitura de Varginha não vai resolver todos os problemas do lixo de uma só vez, como “vendeu para o povo e aos vereadores” para aprovar “na calada da noite o salgado e vergonhoso convênio” celebrado, sem licitação, com a Copasa. A eventual solução prometida pelo governo para o lixo de Varginha agora será feita por etapas, parcelado! Primeiro a Copasa precisa colocar em funcionamento o aterro sanitário, até a data limite da lei, que será agosto de 2014. Em seguida, sabe-se lá quando, a estatal precisa recuperar a área do lixão no bairro Corcetti. Concomitantemente a tudo isso, o governo precisa mobilizar sua estrutura, a iniciativa privada e a sociedade para implantar a coleta seletiva do lixo, o que vai demandar ainda maior estrutura na coleta com novos caminhões etc. O governo já começou a “pagar picado” a dívida do palanque: vai fazer uma reunião para apresentar um “relatório de atividades”. Trocando em miúdos, a solução dos problemas do lixo em Varginha, será a “Copa do Mundo do governo Antônio Silva”, que a exemplo do governo federal, prometeu muito, vai gastando muito, realizou pouco e pode deixar um “passivo amargo” para as próximas gerações e governos! A conferir! 

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