Coluna | Fatos e Versões
Rodrigo Silva Fernandes
Advogado e articulista político do Jornal Gazeta de Varginha. Escreve todas as quartas e sextas.
No caminho frutífero, o céu (ou inferno) que espere!; Disputa crucial
13/09/2013


Clima de festa

Na última quarta 11/09, aconteceu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG, a cerimônia de homenagem a Organização Internacional do Café, com a presença de vários políticos e autoridades do Café, momento em que o titular da coluna conversou com autoridades como o presidente do Sindicato Rural de Varginha, Arnaldo Botrel, o presidente do Centro de Comercio do Café de Minas, Arquimedes Coli, o secretário de Governo de Varginha, Leandro Acayaba e o deputado estadual Dilzon Melo, entre outros tantos. Em clima de congraçamento, os assuntos foram os mais variados, discutiu-se sobre café e política, que alias sempre andam juntos, as composições para as eleições de 2014, e especulações sobre 2016.

Informal

O deputado estadual Dilzon Melo (PTB) disse que acha “pouco provável” que a dobradinha formal “Dilzon estadual e Dimas federal”, que foi construída em eleições passadas, volte a ser editada em 2014. Segundo o parlamentar “ele e Dimas atuam de forma diferente e já não a vantagens ou razões” para que voltem a fazer dobradinha, pelo menos em Varginha. No entanto, o deputado estadual disse que não haverá restrições aos cabos eleitorais que desejarem trabalhar informalmente para o “DiDi, Dilzon estadual e Dimas federal”. A conferir!

No caminho frutífero, o céu (ou inferno) que espere!

Na conversa que tive com o deputado Dilzon Melo em Belo Horizonte, vê-se que o parlamentar esta feliz com sua fase política. Seu PTB venceu as eleições em Varginha, onde o parlamentar possui “excelente relacionamento” com o governo municipal. No âmbito estadual o PTB (leia-se Dilzon) tem participado ativamente da gestão estadual. Já no Legislativo mineiro onde o deputado ocupa, pela segunda vez, a 1ª secretaria da Assembleia Legislativa de Minas, cargo importante por gerenciar o caixa bilionário do Legislativo mineiro, o parlamentar consolida ainda mais seu poder político. Em escala municipal, não dúvidas de que Dilzon Melo é hoje a maior autoridade política da cidade, na esfera estadual, Dilzon figura entre as “cabeças do poder”. Já na esfera federal, embora Dilzon não seja um “medalhão nacional da política”, o parlamentar mineiro sabe bem o que acontece nos bastidores políticos e empresariais, e “nada com os grandes tubarões da política nacional”. Não por coincidência, em seu aniversário, Dilzon costuma receber em sua casa figuras como o presidenciável Aécio Neves (PSDB) e o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e delator do caso do Mensalão. A se ver esta desenvoltura, imagina-se que mais nada falta ao abastado parlamentar que começou sua vida como farmacêutico prático, vendendo sibalenas atrás do balcão em Varginha. Mas se engana quem acredita que Dilzon se “deu por satisfeito” com o quadro atual. “Para Dilzon, ainda falta atingir o sonho. O marco indelével e relevante desejado em sua vida parlamentar, a seu ver, o ápice como deputado: Presidir a Assembléia Legislativa de Minas”. Pelo que se vê nos olhos do deputado, quando fala de seu desejo, é bem provável que Dilzon se recuse a candidatar-se a prefeito em Boa Esperança ou Varginha, (como já ventilaram), ou mesmo disputar vaga no Tribunal de Contas, aposentar ou qualquer outra coisa, ate que se sente na cadeira de presidente do Legislativo. “Por sua obstinação em trilhar o caminho frutífero do Poder, Dilzon não morreria sem antes realizar seu sonho, o céu (ou inferno) que espere”!

Guela larga

Diversas autoridades estaduais tucanas e outras tantas da base do governo estadual cantam numa só voz, nos bastidores, que o tucano Pimenta da Veiga será mesmo o candidato a governador do PSDB, com a benção de Aécio Neves. E mais, que a princípio, Aécio e seu grupo tucano desejavam que toda a chapa majoritária, (candidato a governador, vice e senador) fosse do PSDB, o que atormenta a base aliada, repleta de líderes políticos de outros partidos que sempre estiveram com Aécio e sonhavam com uma “lugar ao sol” na chapa majoritária. A questão ainda não esta decidida, e talvez apenas a vaga de candidato a vice-governador ou de senador poderia “sobrar” para os aliados. Pelo que se vê, iguais na “fome pelo poder”, PSDB e PT tem mais semelhanças do que diferenças.

Estranho no ninho

Um “expoente do PTB” disse à Coluna que “não foi escolha da administração municipal a permanência do médico Vismário Camargos no Conselho de Administração do Hospital Regional”. Para a fonte, o explícito apoio do médico cardiologista a Corujinha (PT), candidato petista derrotado pelo prefeito Antônio Silva nas eleições de 2012, fez com que o atual governo municipal ficasse “desconfortável” para indica-lo no conselho, mas que ainda assim, o médico permanece na administração do Regional por “outras razões”. “Em que pese a questão política, ele (Vismário) atua bem e Varginha realiza um intenso trabalho na área de cirurgias cardíacas” disse a fonte ouvida.

As compras

Caminham discretas, porem intensas, as conversas para que o Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS, realmente adquira o UNICOR em Três Corações. A medida iria consolidar o UNIS no entorno de Varginha e fortalecer a instituição contra as muitas outras universidades que miram o Sul de Minas. Em tempo, os rumores de que a Faculdade de Medicina de Pouso Alegre também seja “posta a venda” são cada dia maiores, o que também “aguça compradores” de olho no curso de medicina, que é a “jóia da coroa” no mercado de ensino superior. Alias, o curso de medicina é disputado em Varginha por UNIS, UNIFENAS e UNIFAL. Por certo, “se tivesse cheque especial a altura” o UNIS não pensaria duas vezes para “fazer uma oferta pela Faculdade de Medicina de Pouso Alegre”.

Disputa crucial

Autoridades do Governo de Minas e do Legislativo estadual e federal confirmaram, nos bastidores, que se o aeroporto de cargas de Pouso Alegre realmente sair primeiro que o de Varginha, há grande possibilidade de, no futuro, o Porto Seco que hoje esta em Varginha, precisar se deslocar para Pouso Alegre. A medida seria o caminho natural, se Pouso Alegre tornar-se um forte centro industrial e de distribuição de cargas, deixando Varginha e Poços de Caldas a “comer poeira” nesta área. Segundo informações apuradas pela coluna, a construção do aeroporto de Cargas de Pouso Alegre seria uma Parceria Público Privada - PPP, que já contaria com no mínimo R$ 250 milhões em financiamentos de governos e principalmente de empresas privadas. Já o aeroporto de cargas de Varginha, que seria mais fácil e barato de construir, necessitaria de bem menos recursos, porem não contaria com o mesmo apoio privado no seu financiamento, dependendo única e tão somente dos recursos estatais.

Números da desigualdade

Segundo o jornalista Cláudio Humberto, os 124 brasileiros mais ricos detêm R$ 544 bilhões (12,3% do PIB), é o que diz a agência Mercopress. Metade do País vive com US$130 mensais. As desigualdades no Brasil são antigas e difíceis de se mudar no curto prazo. Trazendo o problema para nossa Varginha, percebam que a maior parcela dos devedores do município é formada por uma pequena parcela de grandes empresas e alguns poucos “homens de negócio, com muito prestígio no poder para não serem perturbados por cobradores da dívida ativa”.

Na tela da TV

O presidenciável tucano Aécio Neves tem neste mês de setembro a sua segunda oportunidade no ano para se mostrar ao eleitor e melhorar o desempenho nas pesquisas. No dia 19, o presidenciável estrelará programa de dez minutos do PSDB em rede nacional. Depois, seguirá por mais alguns dias na TV em 40 inserções de 30s, também no horário de propaganda do seu partido. É a chance que o “mineiroca” (mistura de mineiro com carioca) terá para mostra que é mais que um “playboy com boa assessoria de marketing”, como dizem seus adversários políticos.

Postergando o problema

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a possibilidade de adiar em dois anos a transferência da iluminação pública (manutenção de postes, lâmpadas e demais componentes) das concessionárias de energia para as prefeituras, agendada para 31 de janeiro de 2014. A proposta segue para audiência pública, que deve ser marcada nos próximos 20 dias. A princípio, segundo a Aneel, a proposta de adiamento diz respeito apenas aos municípios com menos de 50 mil habitantes. Se aprovada, a extensão no prazo beneficiará 92% dos municípios mineiros. No Estado, 787 das 853 cidades possuem menos de 50 mil moradores, segundo dados da Associação Mineira de Municípios (AMM). Para o presidente da AMM, Antônio Andrada, o adiamento no prazo é motivo para comemorar. No entanto, seria de extrema importância que todos os municípios recebessem o benefício. “As cidades não têm condições de assumir o serviço no curto prazo”, afirma. De acordo com ele, a falta de estrutura pode fazer com que o interior mineiro atravesse um apagão. Além disso, a falta de pessoal especializado na prestação do serviço poderia aumentar em mais de 30% os custos da manutenção. “A Cemig compra equipamentos em escala, as cidades, não”, diz ele. Se realmente o repasse da iluminação pública aos municípios se der apenas em 2016, muitos municípios vão poder planejar melhor, mais esta, grande responsabilidade que lhes é jogada nas costas. Se a medida tiver validade para todos os municípios, como pleiteiam os prefeitos de Minas, Varginha também sairá no lucro, pois ainda não conseguiu uma solução para assumir a responsabilidade pela iluminação pública. Porém, vale ressaltar, mesmo que Varginha tenha que assumir tal responsabilidade somente em 2016, não pensar já agora, numa solução para esta responsabilidade é apenas continuar na irresponsabilidade e protelar um grande problema.

Um carro para dois motoristas com caminhos diferentes

A coluna conversou com dois políticos municipais do PP, líderes no partido, e se espantou com a visão oposta e contraditória de ambos. Para um deles, que já trabalha sua candidatura a prefeito em 2016, a reeleição do deputado Dimas Fabiano, e a disputa pela prefeitura em 2016 devem ser o foco do PP agora. Para o político, é importante que o PP entre nas eleições de 2014, se preparando paras as eleições de 2016. Já identifique agora prováveis aliados e construa um grupo político forte para enfrentar a possível candidatura do PT e a provável reeleição do grupo liderado pelo PTB/PSDB em 2016. Já o outro líder pepista acha que o PP não deve focar esforços para disputar a eleição de prefeito em 2016, uma vez que, segundo ele, “não ha candidatos para isso no partido”. Este outro político acha que o PP deve caminhar em parceria com o grupo político formado pelo PTB e PSDB, sem disputar a prefeitura em 2016, mas sim focar na eleição de vereadores e ficar na “periferia do Executivo”, onde poderia ocupar “três ou mais secretarias, dependendo do sucesso na eleição de vereadores”. Os dois pepistas divergem quanto a disputa de 2016. Será que estes líderes não vão “afinar o discurso”?  

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