Finalidade
A finalidade da Área Azul no centro de Varginha foi novamente questionada no plenário do Legislativo, e por um vereador da base aliada, novamente o petebista, Carlos Costa. As indagações do vereador são pertinentes, pois não se sabe exatamente a finalidade da área azul e mesmo o destino do valor arrecadado, que a princípio, seria insuficiente para bancar a desejada estrutura socialmente eficiente de trabalho às pessoas de baixa renda que se ocupam da fiscalização da Área Azul, ou mesmo para proporcionar fiscalização eficiente a fim de assegurar mais vagas de estacionamento no centro, como cobram e reclamam os motoristas. Em seu requerimento, Carlos Costa diz “O que sabemos é que criou-se a área azul para disciplinar o estacionamento, o que efetivamente não vem ocorrendo, pois com a diminuição do número de vagas de estacionamento, com a falta de agentes em determinados locais e horários, com a dificuldade de troco, com a falta de fiscalização ocorrida por diversas vezes e muitos outros, ao invés de se criar uma solução, acabou-se criando um aborrecimento a mais”, destaca o vereador. Uns dizem que a área azul faz um “papel social” ao dar emprego a pessoas de baixa renda e sem qualificação, porém não ha qualquer preparo ou qualificação destes trabalhadores e mesmo estruturas mínimas para uso dos trabalhadores da área azul. Vejam que os recrutados para o trabalho não tem nem mesmo sanitário para utilizarem durante sua jornada de trabalho, entre outros problemas. Além disso, não se sabe exatamente o valor arrecadado com a área azul e sua fiel destinação. Para piorar a situação, as vagas de estacionamento no centro de Varginha estão cada dia mais raras, situação agravada com o atraso da reforma no trânsito nas principais vias da cidade. Trocando em miúdos, é bom que o Governo municipal, se quiser evitar reclamações futuras, já prepare, junto com as mudanças no trânsito, uma reformulação no trabalho e finalidade da área azul, a fim de dar maior eficiência ao programa, garantindo “trabalho social com qualificação e reinserção profissional aos trabalhadores”, além de garantir que estes tenham uma estrutura mínima de trabalho. Já em relação aos muitos motoristas que pagam, e reclamam, da área azul, é preciso garantir a eficiente fiscalização e regular rodízio de vagas a fim de garantir melhor oferta e distribuição das vagas de estacionamento, principalmente no centro. Do contrário, o governo vai continuar a ouvir legítimas reclamações da população, que serão amplificadas pelos opositores políticos nas eleições vindouras, e no plenário do Legislativo, como se vê, pelos próprios vereadores da base aliada.
Filho bonito
A audiência pública sobre o Cine Rio Branco, proposta pelo vereador Zacarias Piva, realizada na Câmara de Varginha no dia 8 de agosto rendeu bons frutos. Depois desse encontro que reuniu lideranças interessadas em uma destinação para o imóvel que está abandonado no centro da cidade, foram colhidas as opiniões dos participantes e confeccionada uma ata que foi apresentada na Curadoria do Patrimônio Público, no Ministério Público, em Belo Horizonte na semana passada. Além disso, foram apresentados outros documentos reunidos pelo vereador e após uma extensa reunião ficou definido o sobrestamento do inquérito que permitia que o Cine Rio Branco fosse destinado apenas para o fim de cinema. De acordo com o vereador Zacarias Piva, essa é uma grande vitória, pois agora libera os proprietários para fazerem negociações pertinentes a um centro empresarial, mantendo, é claro, a estrutura física intacta, uma vez que não houve o tombamento de uso. “Conseguimos reverter uma situação que fazia com que o imóvel permanecesse como estava, completamente abandonado e sem perspectiva de algo ser realizado ali. Nosso trabalho foi participativo, ouvimos diversas lideranças relacionadas ao assunto e levamos isso até o Ministério Público, que foi sensível ao caso e autorizou que o imóvel, após a avaliação do IEPHA e mantidas as suas características originais, possa ser utilizado para outros fins que não apenas cinema”, explica o vereador. Resumindo, o vereador Zacarias Piva (PP), reacendeu um tema polêmico, trazendo para a mesa de negociações todos os interessados no assunto, conseguindo um inédito acordo, fechado em BH, que vai possibilitar o fim do abandono do Rio Branco. Ocorre que, após todo o esforço feito, “aparecem na foto” junto ao vereador Zacarias muitos outros que, por certo, também já estão na “disputa de paternidade pelo filho bonito que se tornou o final feliz do Cine Rio Branco”. Mais um caso de DNA para ser encaminhado ao Programa do Ratinho!
Final da novela?
Tudo indica que o STF chega finalmente nesta semana, talvez ainda hoje, à decisão mais importante dessa etapa final do julgamento do mensalão: a admissibilidade dos embargos infringentes, que sempre foram a grande chance para José Dirceu, Delúbio Soares e alguns outros mensaleiros terem as penas revistas e se livrarem da prisão em regime fechado. Se esses recursos forem recusados, o caso está encerrado. E aí o STF não terá mais nenhum pretexto para não determinar a prisão imediata dos condenados. Por certo, já deve ter alguém na cidade organizando “caravana de visita” ao quadrilheiro Zé Dirceu na prisão! Quem se habilita?
Eleições limpas... e baratas
O vereador Armando Fortunato (PSB) apresentou o projeto de Lei nº 47/2013, a fim de proibir em Varginha a propaganda eleitoral por meio de sonorização móvel, cavaletes e pinturas em muros. Realmente, a cada eleição a propaganda política vem incomodando mais o eleitor, mesmo que apenas nos três meses em que é permitida a cada dois anos. Os carros de som perturbam o sossego dos moradores nos bairros, incomodam escolas e hospitais no centro. Os muitos cavaletes colocados sem critério, atrapalham o trânsito e colocam em risco os carros e os pedestres, já a pintura de murros, acaba por se tornar uma poluição visual da cidade, ainda mais depois das eleições quando muitos dos candidatos, embora obrigados, não se preocupam em apagar as pinturas espalhadas pela cidade. Parte deste problema já foi equacionado pela Justiça Eleitoral em Varginha na eleição passada, quando os candidatos acertaram com a Justiça de não colocar mais os cavaletes pela cidade, porem isso foi um acordo, pois não existe lei a respeito. O projeto do vereador Armando Fortunato é bem vindo pelo povo, e mais ainda pelos candidatos, ainda mais aqueles que não possuem muitos recursos para gastar em carros de som, pintura de muros e cavaletes, que representam significativo gasto nas campanhas. Caso o projeto seja aprovado em Varginha, vai colocar em posição de igualdade boa parte dos candidatos que terão que gastar mais “saliva e sola de sapato” e menos com “marketing visual e sonoro” para ganhar votos. Uma eleição mais limpa para o eleitor e mais barata e justa para todos os candidatos!
Ouro verde e diversificação
Na importantíssima Semana Internacional do Café que acontece no Expominas, em Belo Horizonte, com uma série de atividades paralelas o destino da política do café esta sendo discutido pelas autoridades do setor no mundo. É a primeira vez que BH realiza o evento em lugar de Londres, onde ficam os escritórios da Organização Internacional do Café - OIC. Sediar um evento desse porte é um modo de aumentar a influência mineira no mercado da cafeicultura, setor que tem enorme peso no Estado: em mais de cem das nossas cidades, sobretudo na região Sul, a vida só vai realmente bem quando o café está bom de preço. Não há dúvida de que a crise da cafeicultura derrubou o PIB mineiro, estagnado no segundo trimestre (recuo de 0,1%), enquanto o conjunto do país “bombava” com uma das mais altas taxas de expansão do mundo (1,5%). A forte queda de cotação do café provocou tombo de 11% na agricultura e puxou Minas para baixo. Isso nos lembra que, após 30 anos de esforços de diversificação, Minas ainda continua dependente de duas commodities, cujos preços são formados no exterior: café e minério. Isso precisa ser pensado, e mudado!
Perguntar não ofende
Quando as autoridades de trânsito vão tomar providências quanto ao estacionamento irregular do Supermercado Bretas e seus motoristas que teimam em infringir as leis de transito na avenida Benjamin Constant?
Quer dizer que as faixas elevadas de pedestres viraram “remédio para todo e qualquer problema no trânsito”? Afinal, ao menor “piscar de olhos” as faixas de multiplicaram! A continuar assim, em breve os motoristas vão trafegar apenas sobre faixas elevadas!
UNIS, UNIFENAS ou UNIFAL: Quem será a primeira a trazer o curso de Medicina a Varginha?
Correm boatos de que após diversas parcerias no Brasil e fora dele, o UNIS vai focar seu crescimento em Minas. Será mesmo que a Unincor de Três Corações esta na “lista de compras” da instituição de ensina nascida em Varginha?
O prefeito Antônio Silva já tem em mente se vai criar uma estrutura estatal própria para gerenciar a iluminação pública que será municipalizada ou se vai contratar uma empresa terceirizada? Esta resposta vale um bom dinheiro, pois esta municipalização vai abrir um “filão para empresários de visão, e com prestígio no poder”, claro!
Os alunos da UNIFAL terão direito a passe escolar como os demais estudantes da rede pública de ensino de Varginha ou isso será mais um problema a cair no colo do governo em ano eleitoral?
Economia & Política
Segundo os dados oficiais, os preços dos serviços acumulam alta de 8,58% em 12 meses até agosto. É nesse setor, sem concorrentes importados, que a inflação está pegando com força. E já anda muito pertinho, apenas 1,42%, da marca dos dois dígitos. É certo que a economia terá grande impacto sobre o comportamento dos eleitores em 2014. Por certo a presidente Dilma será a mais afetada se a economia “desgringolar”, isso afetaria sua possível reeleição. Em Minas, a economia depende fortemente do minério e do café, que aparentemente terão boas notícias para 2014, o que pode afetar a percepção de “melhoria de vida” dos mineiros, e afetaria a imagem do governo estadual tucano. Trocando em miúdos, é mais fácil a manutenção do “status co” quando a economia vai bem e o povo percebe melhoria de vida e da renda.
Cômoda curiosidade
O vereador da oposição, Rogério Bueno (PT) questionou o Executivo municipal quanto a obra da creche do bairro Jardim Estrela, que tem recursos federal e municipal. O vereador pergunta: Qual é o motivo da paralisação da obra? Quais são as medidas necessárias para que as obras sejam retomadas? Quando as obras serão retomadas? Qual é a previsão de término? Quantas vagas serão disponibilizadas na creche? Embora seja válido e legítimo o questionamento do edil, afinal é seu papel fiscalizar o governo! A curiosidade da oposição não aguçava o PT quando a obra do Ginásio do Melãozinho, que recebeu verba pública federal e municipal, ficou anos abandonada nas gestões petistas!.
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