Big Brother Varginha
A coluna recebeu cópias de notas fiscais que seriam referentes a compra de equipamentos para o projeto de vídeo monitoramento da Prefeitura de Varginha, na gestão passada. Mas uma vez, e-mail recebido pela coluna, aponta eventual irregularidade na compra de equipamentos para o projeto de vídeo monitoramento, sob responsabilidade da Guarda Municipal. Segundo a denúncia e documentação apresentada, as 24 câmeras Speed Dome IP ¼ CCD 1920x1024, que supostamente custaram R$ 11.970,00 (cada uma), podem não ser as mesmas que foram entregues e que estariam funcionando na central de monitoramento. Segundo o denunciante que encaminhou e-mail para a coluna, as informações já teriam sido encaminhadas ao Ministério Público, a Câmara Municipal, ao secretário municipal de Governo e ao vice-prefeito. Não se sabe a procedência das notas enviadas à coluna, nem sua autenticidade. Porém é fato que os recursos federais recebidos pela Prefeitura de Varginha, ainda na gestão passada, ficaram bom tempo na conta do município até que, a toque de caixa, o dinheiro foi gasto no projeto de vídeo monitoramento, que foi realizado as pressas já no final daquele governo para que o dinheiro não fosse devolvido à União. No atual governo, o vídeo monitoramento funciona precariamente, pois ainda faltam recursos e melhorias para que funcione a contento. Além disso, a Guarda Municipal, que gerencia o sistema de segurança pública de vídeo, passa por “intensa e silenciosa reviravolta” em razão da mudança política do governo, o que seguramente esta refletindo na tropa.
Tartaruga
Mais uma reunião, novo encontro de prefeitos, criação de grupos para discutir projetos, muita água, cafezinho e bate papo. A passos de tartaruga vai seguindo em frente o projeto do Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU em Varginha, que está atrasado e ainda não saiu do papel. O consórcio de cidades na área de saúde existe, mas o trabalho com burocracia é imensamente maior que o efetivamente realizado na melhoria dos serviços de saúde. Até quando isso vai continuar? Quando os projetos “mitológicos” dos governos federal e estadual, que brilham na TV vão chegar aos hospitais da região?
Cenas dos próximos capítulos
A coluna já mostrou aqui parte da história de “amor e ódio” que envolve o trabalho da Copasa em Varginha, os milhões que a empresa arrecada da população e o relacionamento da estatal com as autoridades municipais em torno da eventual renovação do contrato do município com a companhia, e sua possível entrada na área de resíduos sólidos em Varginha. As informações abaixo foram retiradas de matéria do Jornal O Tempo, que circulou dia 28/08/13 em Belo Horizonte.
As prefeituras de Montes Claros e Sabará acusam a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) de não cumprir os contratos de tratamento de esgoto com os municípios. Em Sabará, há uma cobrança de taxa por um serviço não prestado. A alegação é da prefeitura da cidade, que notificou a estatal solicitando a suspensão da cobrança pelo tratamento de esgoto. A taxa, cobrada desde julho, é de 50% sobre o valor da conta de água. Um contrato, assinado em dezembro do ano passado entre a Copasa e a Prefeitura de Sabará já previa a cobrança dessa taxa, mas a prefeitura esclarece que o tratamento de esgoto ainda não foi implementado. Uma liminar com objetivo de suspender a tarifa de esgoto e proteger os interesses da população descontente foi expedida pela Justiça em 8 de agosto, mas a cobrança continua. Em Montes Claros, a prefeitura autorizou a contratação da empresa OAS Soluções Ambientais, “a elaborar e ofertar ao município estudos visando à prestação destes serviços básicos (abastecimento de água e esgotamento sanitário) em conformidade com a atual legislação ambiental e regulatória”. De acordo com o vereador Fábio Neves, que já convocou diversas audiências públicas sobre o tema, este procedimento pode abrir caminho para o rompimento do contrato com a Copasa, que tem vencimento previsto para 2017. Ainda segundo o vereador, um laudo técnico encomendado por ele, detectou que o esgoto que sai da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade, não está em conformidade com as normas ambientais. “Está com até 200% mais poluentes do que o aceito pelo Copam (Conselho de Política Ambiental)”, diz. O vereador já entregou os laudos à própria Copasa e às Promotorias Públicas de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor do Estado e do município. Ele também protocolou uma ação na Justiça pedindo que todos os valores cobrados pelo tratamento de esgoto sejam devolvidos à população. O tratamento de esgoto custa o equivalente a 90% do cobrado pelo abastecimento de água na cidade. Em Varginha o contrato com a Copasa, para o tratamento de água e esgoto, vence em 2014. O relacionamento da estatal com o poder Executivo municipal parece, “muito bom”, diferente da relação da empresa com a população local, que reclama pelas tarifas cobradas e por melhorias na rede.
Números
Pesquisas recentes do PSDB no país apontam que a sigla teria hoje um potencial de 25% de voto fiel, ou seja, de eleitores com manifesta tendência de votar em nomes do partido. Esse seria o piso do voto tucano numa eleição nacional. Já os eleitores fiéis ao PT seriam 32%. Portanto, segundo tais pesquisas, os dois partidos têm juntos um “núcleo duro” de votos que chegaria a quase 60% do eleitorado. A queda no poder de consumo é forte inibidor da aprovação de governos. Daí o ceticismo de analistas na recuperação integral da popularidade da presidente Dilma. Apesar da reação recente da presidente, que cresceu 7% na última pesquisa, atingindo 38% de ótimo/bom no Ibope, pesquisadores como Ricardo Guedes, da Sensus, duvidam que ela possa voltar ao patamar anterior a junho (65%). Na projeção de petistas, ela deve subir até uns 45%.
Números 2
Os candidatos de oposição ao Governo de Minas, Fernando Pimentel (PT) e Clésio Andrade (PMDB) ampliaram a vantagem na corrida das eleições de 2014. Enquanto isso, sem uma definição sobre quem será o candidato governista ao Palácio Tiradentes, Alberto Pinto Coelho (PP) e os tucanos Marcus Pestana, Dinis Pinheiro e Pimenta da Veiga não chegam a alcançar 4% da preferência. Nova pesquisa feita pelo instituto MDA mostra que eles lideram todos os quatro cenários pesquisados, e alcançam, juntos, entre 48,5% e 49,6% da preferência do eleitorado, dependendo do cenário apresentado. Em maio, quando outra pesquisa do instituto foi realizada, somados, os índices do petista e do peemedebista alcançavam entre 40,4% e 41%.
Na nova pesquisa, realizada entre os dias 16 e 20 de agosto, o ministro Fernando Pimentel chega a atingir 39,1% das intenções de voto quando o candidato governista é o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Dinis Pinheiro (PSDB). No cenário, o senador Clésio Andrade tem 10,5% da preferência. Dinis alcança 2,9%. Quando o candidato do governo é o atual vice-governador Alberto Pinto Coelho, seu índice é idêntico ao do tucano. Neste caso, Pimentel soma 38,4% e Clésio Andrade registra 10,3%. Enquanto 15,2% votariam em branco ou nulo, outros 33,2% não sabem ou não responderam. Na pesquisa de maio, Pinto Coelho somava 5%, enquanto Pimentel tinha 32,3% e Clésio Andrade tinha 8,1%. Se a escolha dos aecistas for pelo presidente do PSDB, Marcus Pestana, o tucano tem 3,4% da preferência. Nesse cenário, Pimentel soma 38,6% (em maio tinha 32,8%) e Clésio registra 10,4% (tinha 8,2%). Um grupo de 15,5% dos eleitores votaria branco ou nulo e outros 32% não sabem ou não responderam.
Números 3
O melhor desempenho dos governistas ligados a Aécio se dá com o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga (PSDB). Ainda assim, seus índices são praticamente idênticos aos dos outros pré-candidatos governistas. O tucano alcança 3,6% dos votos, enquanto Pimentel marca 38,1%, Clésio tem 10,4%, brancos e nulos somam 15,1% e os que não sabem ou não responderam chegam a 32,8%. A pesquisa ouviu 2.001 pessoas em 63 municípios. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais para mais ou para menos. O relatório não aponta quem é o contratante, o que o instituto não revela. Os dados da pesquisa são importantes para o momento, porém não revelam muito para as eleições de 2014. Anastasia quando foi escolhido para ser candidato a governador tinham números acanhados como dos atuais pré-candidatos tucanos, o que não impediu que o atual governador “surrasse” nas urnas o favorito Helio Costa (PMDB), que liderava as pesquisas. Porém a indefinição do governo estadual para escolher seu candidato, tendo em vista que os petistas já vem fazendo campanha de bastidores para seu candidato escolhido, é um ponto de grande desfavor para os aecistas. As lideranças ligadas ao governo estadual no interior apresentam grande insegurança quando as eleições de 2014, muito em razão das manifestações do povo que pede mudanças do status quo político eleitoral do estado e do país. Por certo, esta eleição majoritária de 2014, ficará marcada pelo alto índice de “infidelidade” das lideranças no interior que não são filiadas a um dos pólos políticos nacionais: PT ou PSDB. Que em Minas e no Brasil prometem ser os grandes postulantes do poder. As demais legendas como PMDB, PDT, PTB, PSB, PSD, PR etc, terão lideranças do interior apoiando tanto o PT quanto o PSDB, e nesta “pesca de apoios pelo interior”, quem já define seu candidato, afina o discurso e começa o trabalho primeiro, tem condições de conseguir o melhor “exército de cabos eleitorais”, exatamente o que os petistas e peemedebistas tem feito nos grotões do estado.
Traição oficializada
O PSB estadual procura construir uma candidatura “de mentirinha” a governador que dê palanque em Minas ao candidato a presidente da República da sigla Eduardo Campos. A ideia do presidente do PSB em Minas, o deputado federal Júlio Delgado é que este candidato a governador do PSB também apóie o presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB). O palanque duplo do PSB em Minas, na verdade, vai servir apenas para acomodar os candidatos a deputado da melhor forma a elege-los em 2014, pois a política do “palanque duplo” vai apenas mascarar a debandada da legenda para apoiar Aécio, será uma traição oficializada! Mais um mau exemplo da política, que vem de cima pra baixo!
O sonho acabou?!
Quem participou em Belo Horizonte da concorrida e prestigiada posse do novo presidente estadual do Instituto Teotônio Vilela, órgão de apoio ao PSDB, não tem mais dúvida de quem será o escolhido por Aécio Neves para encabeçar a chapa do PSDB na disputa pelo Governo de Minas. O advogado Pimenta da Veiga, ex-prefeito de BH e ex-ministro do governo FHC, que estava sumido de Minas a 15 anos realmente retornou ao estado para ser o candidato a governo do PSDB. E será o candidato de Aécio! Agora é curar as feridas dos 3 pré-candidatos aliados a Aécio que tinham o desejo de disputar o Governo de Minas com o apoio do senador tucano. Dizer ao vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) que sua liderança política no interior e seus anos de lealdade a Aécio, de nada valeram porque Alberto, na verdade, não é tucano. Dizer ao presidente da Assembléia Legislativa, Diniz Pinheiro, que de nada adiantou seus encontros legislativos pelo interior bancados pela ALMG e seu comando político junto aos deputados estaduais, porque mesmo comandando o robusto orçamento do Legislativo, Dinis Pinheiro é um ilustre desconhecido pelo interior de Minas e pouco agrega a seu nome, não sendo, inclusive, da confiança do núcleo duro aecista. Dizer ao presidente estadual do PSDB, Marcos Pestana, que mesmo com sua sagaz eleição para deputado federal, impulsionada pelo trabalho e cooptação de apoios no tempo em que foi secretário estadual de saúde, e sua eleição no comando do PSDB de Minas, na verdade, Pestana tem muito para caminhar no mundo político e precisa conquistar a confiança de muito cacique para postular cargos mais expressivos. No frigir dos ovos, mas uma vez, Aécio decidiu como quis e na hora que quis. E quem no ninho tucano será capaz de contestar um político que mantém “no bolso” por 12 anos o comando de um dos maiores estados da federação, e ainda com chances de tornar-se o próximo presidente da República?
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