Correndo atrás
O prefeito de Varginha, Antônio Silva esta se apressando em realizar um desejo de seu governo, transformando o aeroporto de Varginha em um terminal internacional de cargas. A pressa deve se basear nas informações divulgadas na semana passada por toda a mídia regional de que a cidade vizinha de Pouso Alegre, já esta adiantada na construção de seu aeroporto de cargas, inclusive com contrato fechado com grande empresa internacional especializada no assunto, que já teria inclusive, aporte financeiro de R$ 400 milhões. Por certo, não haverá espaço neste momento para dois grandes aeroportos de cargas em Varginha e Pouso Alegre, cidades a 100 km de distancia. Ou seja, Varginha ou Pouso Alegre vai faturar este investimento que receberá dinheiro público e privado para uma obra necessária na região, que pode desafogar os grandes aeroportos de SP e o de Confins na região metropolitana de BH. Vê-se que Antônio Silva realmente deseja o aeroporto de cargas, porque o prefeito avesso a “idas a Brasília para tratar com petistas do planalto central”, descolou de sua cadeira em Varginha e foi a luta para tentar trazer este investimento para a cidade. Porem não foi propriamente com “petistas” que o prefeito Antônio Silva tratou em Brasília! O deputado federal Diego Andrade (PSD), que tenta se aproximar do governo municipal, levou Antônio Silva até o senador Clésio Andrade (PMDB), que será candidato em 2014 e que possui relação política com o deputado estadual Dilzon Melo, que por sua vez, é o “cabeça político” do prefeito Antônio Silva. Ou seja, não havia petista na visita a Brasília, Antônio Silva estava “quase entre amigos e companheiros!” A caravana de Antônio Silva e Diego Andrade, liderados pelo senador Clésio Andrade foi visitar outro peemedebista ilustre da Capital federal, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco (PMDB).
Correndo atrás 2
Na visita dos mineiros Moreira Franco foi cordial e atencioso, com o companheiro de partido e senador e seus amigos, como era de se esperar e pediu o projeto de viabilidade econômica do possível aeroporto de cargas de Varginha. É uma realidade que Varginha possui maior e imediata viabilidade econômica do aeroporto, situação diferente de Pouso Alegre que, no entanto, já possui investidor e projeto para fazer a obra. Esta claro que para viabilizar o aeroporto de cargas Antônio Silva vai precisar de Política, e muita! Alias, o surgimento de uma obra desta magnitude exige bom relacionamento, principalmente no governo federal. De tal forma que é bom o prefeito tomar gosto por ir a Brasília, e como não se “bica com o PT” é melhor ampliar seus horizontes políticos, principalmente com o PMDB, segundo partido da base do governo federal, e seus parlamentares que muito já contribuíram com seu mandato, a exemplo de Silas Brasileiro e Leonardo Quintão, que trouxeram recentes investimentos à Varginha. Somente assim, correndo atrás, fazendo Política, relacionando-se com os demais agentes públicos é que se poderá “salvar o aeroporto de cargas”, que atualmente esta mais para Pouso Alegre do que para Varginha, mas o quadro pode virar. Essa peteca não pode cair!
Pedra cantada
Como antecipou a coluna, os vereadores Rogério Bueno (PT) e Jorge Direne (PT) entraram com representação no Ministério Público contra o prefeito Antônio Silva por causa da edição especial do Diário Oficial, imprensa em cores e entregue em casa por contrato com os correios. Nesta edição o atual governo estampa matéria de manchete sobre uma dívida de R$ 127 milhões, supostamente, deixada pela gestão petista passada. Rogério Bueno disse que encontrou várias irregularidades no ato do governo: “Por que o jornal tem a capa colorida, enquanto todos os outros são em preto e branco? Em vez de distribuir em pontos específicos, como bancas e repartições, este jornal foi entregue de casa em casa, por contrato com o correio. Qual a intenção de tudo isso? Se a prefeitura reclama tanto da falta de recursos, por que gastou tanto com esse jornal? É um contra senso. A intenção é lamentar a dívida e jogar a culpa na administração anterior”, disse o vereador petista. O governo disse que o objetivo foi prestar contas à população: “A lei municipal que rege o órgão oficial, estabelece que cabe à administração estabelecer a tiragem, edições especiais, locais de distribuição. O órgão oficial do Município tem como finalidade prestar contas à população. O jornalista responsável pelo jornal é, por força de lei, a jornalista credenciada a ocupar o cargo de assessor de Imprensa” disse em nota o governo.
Acordo ou armadilha anti debandada?
Reviravolta no PSD mineiro, pelos últimos entendimentos na sigla, não haverá mais debandada nem crise entre a regional mineira do PSD, que apoia os tucanos, e o diretório nacional, que está com o governo Dilma Rousseff (PT) e sua candidatura de reeleição. Após muita conversa, e controvérsias, entre Kassab, que é o presidente nacional, e o deputado federal e presidente do PSD de Belo Horizonte, Alexandre Silveira, que é secretário de Estado, descobriu-se a fórmula de convivência pacífica: o PSD nacional vai reconhecer a autonomia de sua regional. Como assim? No plano nacional, Kassab e seu partido vão apoiar a reeleição de Dilma, mas sem coligar-se formalmente, de maneira a liberar os diretórios estaduais para apoiar quem quiserem na sucessão estadual e presidencial. Vitória parcial dos tucanos e derrota para o pré-candidato a governador pelo PT, Fernando Pimentel (ministro do Desenvolvimento), que já contabilizava o apoio e o tempo de televisão dos pessedistas. Dos entendimentos que manteve com a direção nacional, Silveira arrancou garantias de que não haverá soluções abruptas ou truculentas. “Por isso, vamos continuar no PSD”, antecipa o secretário, que é também deputado federal e é acompanhado por outros seis deputados estaduais. Entre mortos e feridos, todos se salvaram, e o PSD não será mais esvaziado em Minas.
Acordo ou armadilha anti debandada? 2
O presidente nacional do PSD, ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, é um articulador nato, e sabe bem que feito um “acordo” com os integrantes do PSD de Minas, que desejam caminhar com Aécio Neves e seu grupo, evita a perda de lideranças de seu partido, que ameaçavam deixar o PSD para migrar a outras legendas que certamente vão estar com Aécio em 2014. Porém em política, sabemos que não há acordos “irretratáveis” e que após passar o prazo eleitoral para a filiação, a chamada “janela eleitoral”, não haverá maneira de deixar um partido sem perdas eleitorais para 2014. Desta forma, será que o acordo do PSD aecista, fechado por Alexandre Silveira, é mesmo confiável? Ou será mais uma “armadilha eleitoral para sequestrar as lideranças e tempo de TV do PSD?” Em Varginha o PSD também vive alguns dilemas de rumo e liderança. È pouco provável que o PSD caminhe unificado para as eleições em 2014.
O PSD surgiu, e foi turbinado, pela migração de insatisfeitos com os rumos de suas legendas anteriores. Hoje, é um dos cinco partidos com maior número de prefeituras no país. Na eleição municipal passada, em Belo Horizonte, a direção sofreu intervenção nacional, vencida, depois, na Justiça, por ter apoiado a reeleição do atual prefeito Marcio Lacerda (PSB) na disputa contra o petista Patrus Ananias.
Padrão Fifa ou Padrão global
Em meio aos milhões que Estados e União estão gastando com a Copa e os milhões que o governo mineiro, comandado pelo tucano Antônio Anastasia (PSDB), tem gastado para projetar pelo país o “modelo tucano aecista” de governar, os números da Dengue em Minas são alarmantes e muito vergonhosos para o estado. Em meio ao desespero dos tucanos para fazer de Aécio o próximo presidente, sacrificando os cofres públicos com uma mídia institucional fantasiosa nos horários nobres da TV Globo, os gastos com a saúde na prevenção da dengue esta deixando a desejar.
Minas Gerais deve passar por uma nova epidemia de dengue em plena Copa do Mundo, é o que garantiu o secretário estadual de saúde, Antônio Jorge, durante o anúncio de mais um plano de contingência da doença. Além dele participaram representantes de 50 municípios mineiros onde os índices da dengue já são preocupantes. Em todo o Estado já são pelo menos 255.272 casos confirmados da doença, neste ano. O número é superior ao registrado em 2010, ano de epidemia da doença no Estado. Na época foram confirmados 194.636 casos. Até o momento foram confirmadas 102 mortes. O número é quase o mesmo registrado há dois anos, quando 106 pessoas morreram em Minas vítimas da doença. Segundo o secretário, pela proporção dos números, com certeza, Minas vai superar o número de mortes em 2010.
Segundo o secretário, Minas tem hoje um déficit de 50% no número de funcionários que executam ações de combate à dengue. Assim, o trabalho de prevenção a ser executado no ano que vem contaria com oito mil agentes ao todo. Por conta da epidemia da doença em Minas, o Estado distribuiu 1,5 milhão de garrafas de água sanitária. No entanto, a estratégia não teve grandes resultados, já que o produto é multiuso e foi usado para outros fins, como limpeza de casa e calçadas, por exemplo.
Perguntar não ofende
Porque não se termina logo o oneroso Museu do ET, instalando-se ali a Secretaria Municipal de Turismo, acabando-se com a polêmica em torno do dinheiro “insanamente” ali investido?
Apostas para o futuro
Fontes ouvidas pela coluna disseram que, até o final do ano, pelo menos um secretário vai cair, mais um grande “abacaxi” da gestão passada vai pipocar, e que o líder maior do PSDB e do PR em Varginha vão precisar de muito “Lexotan” para chegarem até 2014!
Você acredita em pesquisas políticas? Já foi ouvido ou conhece alguém que foi ouvido por pesquisas eleitorais?
Luxúria do Lixo
As reclamações da população sobre o serviço de coleta do lixo em Varginha aumentaram e motivaram uma reunião entre representantes do governo e da empresa. Sabe-se que houve uma troca de empresas na prestação do serviço. Além disso, a manutenção e propriedade dos caminhões de lixo, utilizados no serviço, é algo ainda “nebuloso” que inspira mais informações. A coleta e destino final do lixo é algo caro para o governo e lucrativo para muitas empresas privadas e precisa ser tratado com transparência. Este governo tem procurado cobrar seriedade da empresa contratada e um serviço responsável na execução da coleta de lixo. Este tipo de cobrança e fiscalização só é possível porque a Prefeitura não repassou esta responsabilidade e autonomia a outrem. Atualmente, é o governo municipal que tem o controle da coleta e destinação final do lixo. Existem várias empresas privadas que fazem este trabalho com compromisso, basta apenas que o governo selecione o prestador do serviço, fiscalize e cobre constantes melhorias. Se a empresa contratada não trabalhar bem, cancela-se o contrato, faze-se nova licitação e vence o melhor preço e serviço, simples e prático assim! Não vejo nada de mais ou complicado nisso! Pois é, mas o governo parece que vê! Pois nos bastidores ainda há o desejo da Prefeitura de, sem licitação para buscar o melhor preço, entregar por convênio e a salgado preço para a Copasa a competência do destino final do lixo na cidade. Se assim o fizer, além de abrir mão de buscar o melhor preço, o município perde a autonomia sobre a matéria e reuniões como a ocorrida agora para dar um “puxão de orelhas” no prestador de serviço será coisa do passado. Afinal, se pegar o controle do aterro sanitário municipal, por convênio, a Copasa não precisará mais da “caneta do prefeito” e sim de obedecer ordens do governador, que fica lá em Belo Horizonte, longe demais para ver se o serviço prestado a nós varginhenses esta sendo feito a contento!
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