Seguindo a coluna
Após as revelações da coluna sobre os valores defasados de alugueis cobrados no Terminal Rodoviário de Varginha, a grande arrecadação do terminal com taxas de embarque e as prometidas reformas e urgente carência de investimentos no local, o vereador Carlos Costa (PTB) fez requerimento de informações ao Executivo para saber a realidade daquele empreendimento por onde passam milhares de pessoas todos os dias. A “forma” dos requerimentos de Carlos Costa tem “incomodado” o Executivo. Para o governo, o vereador que é do mesmo partido do prefeito, portanto, da base de Antônio Silva, por vezes, tem cobrado o governo com maior “acidez” que os adversários políticos. Fato é que, as cobranças do edil tem norteado o governo a “corrigir o rumo e mazelas” que em verdade, precisamos dizer, não são de agora. Mas, de qualquer forma, o edil anda cumprindo seu papel... e também tem acompanhado Fatos e Versões.
Mistério
O vereador Pastor Fausto fez requerimentos ao Executivo municipal para saber detalhes da coleta de lixo na cidade. O edil quer saber a quem pertence a empresa que presta o serviço ao Executivo. Entre muitas outras coisas! Seria mais fácil perguntar porque o Executivo quer, a qualquer custo, ou melhor, ao custo de R$ 44 milhões de reais do município, entregar a “milionária cadeia do lixo nas mãos da Copasa”? A resposta deste tipo de pergunta será sempre a mesma: falácias e embromação! Seria mais fácil perguntar quem matou JFK ou se existem ETs, pois a resposta seria semelhante, porem mais fácil, um monte de tramas e nenhuma verdade. Ou o vereador acha mesmo que os verdadeiros “donos ou ganhadores dos milhões que saem para o Lixo” tem seus nomes estampados em contratos da Junta Comercial ou assinam os convênios e aditivos com o município? Se quiser saber quem ganha os “milhões do lixo” pelo Brasil afora, ou quem quer ganhar estes milhões na cidade, seria melhor procurar nos contratos, de gaveta!
Entalado
Como antecipou a coluna, o vereador da oposição Rogério Bueno (PT) pediu esclarecimento ao Executivo sobre o Diário Oficial que saiu em edição especial e colorida estampando matéria sobre a grande dívida deixada pelo governo petista anterior! Nas muitas e justas ponderações do edil, no entanto, não se fez as principais perguntas que deveriam ter sido feitas: É verdade que o PT deixou dívidas e desordem administrativa ao atual governo? Em caso afirmativo, quem do PT arcará com os prejuízos causados em razão da desordem deixada no Executivo no final de 2012?
Do ninho para o céu
O vice-prefeito Verdi Melo (PSDB) é mesmo um tucano com ávido desejo de “ganhar os céus” da política. Depois que chegou ao Executivo tem adotado intensa agenda política, com muito relacionamento eleitoral com seus colegas de partido no estado e com diversos outros políticos e empresários dos mais diversos partidos e grupos. O vice também não dispensa uma “boa e velha política do corpo a corpo” com os eleitores e sempre que pode participa de festas, formaturas, entre outros eventos. Mesmo depois que deixou a secretaria de governo, Verdi Melo ainda atua com intensidade pelas articulações do governo. Vê-se nos olhos do vice que, a exemplo dos jovens tucanos que ganham penas cedo no ninho e querem bater assas para as alturas, o vice só aguarda um comando de “vai voar para tentar ganhar os céus da política”! Será que isso seria já em 2014? Ou em 2016? Será que o constante e costumeiro contado do vice com os “tucanos de alta plumagem de BH” tem estimulado o vice a antecipar sua saída do “confortável e quente ninho” no Executivo municipal?
Reprometendo?
A prometida ciclovia onde hoje esta a linha férrea que cruza Varginha, que não saiu do papel no governo petista, foi novamente lembrada no Legislativo. Desta vez o vereador Rômulo Azevedo disse estar empenhando junto ao deputado federal Diego Andrade (PSD) e a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), dona na linha férrea, para conseguir recursos para a obra. Vale lembrar que a coluna é a favor da obra e torce pela sua concretização, porém a complexa obra da ciclovia demanda mais que dinheiro. Vejam que politicamente a ciclovia patina, pois, ante as muitas urgências a se resolver em Varginha, a ciclovia bem como outras obras como o Cine Rio Branco, não conseguem reunir “força política” suficiente para sair do papel ou mobilizar empresários, políticos e população. O empenho em prol da ciclovia, realizado pelo vereador Rômulo Azevedo, com “ares de promessa”, precisa ser bem pensado e acertado com o deputado Diego, que se acredita ser a “carta na manga” de Rômulo para conseguir apoio e recurso para viabilizar a obra. Sabe-se que o PT animou muita gente que ficou esperançosa com a obra, porém a promessa não cumprida levantou a ira e frustrou muita gente contra o governo petista. Em política, quando se fala “empenhar para conseguir”, o povo costuma entender, “garanto que sairá em breve”. E neste mal entendido, o jovem vereador pode comprometer sua imagem e do também estreante parlamentar Diego Andrade. Caldo de galinha não faz mal a ninguém!
Geração nem-nem
Cresce nas classes de baixa renda de todo o Brasil a chamada Geração Nem-Nem (nem estuda, nem trabalha), que depende do assistencialismo do governo. São jovens entre 16 e 24 anos que não encontram espaço no mercado de trabalho, nem demonstram interesse em procurar emprego. Enquanto isso, os empresários continuam se queixando da falta de mão-de-obra qualificada. Levantamento feito pelo IBGE em seis capitais brasileiras (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) revela que a Geração Nem-Nem já representa 14,7% da população entre 16 e 24 anos. Esse índice já preocupa as autoridades porque pode contribuir para o aumento da criminalidade e consumir mais recursos dos projetos sociais do Governo. O interessante é que os governantes sabem que a Educação representa a solução para esse problema, mas não investem nessa área como deveriam.
Perguntar não ofende
Será que depois da repercussão da matéria de capa na Folha de São Paulo, a obra abandonada do Museu do ET será concluída? Ou vamos continuar dependendo do “respeito das autoridades” ao ET de Varginha?
Depois da apresentação, no Legislativo, do parecer técnico contrário a entrega do Aterro Sanitário de Varginha à Copasa, a pressão do Executivo sobre os vereadores parou. Será que o governo atentou para o tamanho da besteira que iria fazer?
Quer dizer que em 2013 vamos mesmo ter de volta a Feira da Paz? Desta vez é pra valer? Pode confiar?
Chega a coluna a informação que um cavalo teria sido abandonado pelas ruas da cidade, tendo sido recolhido pelas autoridades e, sem a reclamação do animal pelo dono, o bicho teria sido sacrificado para servir de alimento aos animais do Zôo municipal. Será?
Falatório
A administração passada coleciona erros e acertos. Com ênfase para os erros, pois foram muito absurdos. Uma das coisas absurdas que se viu no último governo petista foram as salgadas contas de celular de servidores do primeiro escalão, pagas pelo Executivo. Algumas faturas passaram de R$ 10 mil por mês. Embora o exagero não tenha ganhando a mídia, espera-se que o novo governo, que tem feito o esperado discurso da “lisura e prudência” tenha o juízo de monitorar os gastos de celular dos servidores, principalmente do primeiro escalão. No Diário Oficial já foi publicada a licitação 056/2013, pregão 51/2013, com o objetivo de contratar empresa para prestação de serviços de Telefonia Móvel Celular, pós-pago, modalidade local VCI. A VIVO deve ganhar o certame, todos os secretários e alguns outros cargos de confiança devem receber modernos aparelhos para falar a vontade, mas com respeito aos recursos da “viúva”, pois o dinheiro é suado e precisa existir fiscalização. Estamos de olho!
Gastos x tecnologia
Na era digital onde o e-mail substitui o papel e as reuniões são feitas a distancia o planejamento e modernização do Poder Público é primordial para a rapidez e economia de recursos financeiros e ambientais. Gastos com luz, água papel etc precisam ser evitados. Pensando nisso, a política de gastos x tecnologia e eficiência ambiental do Executivo chamou a atenção da coluna. A publicação dos gastos da Prefeitura de Varginha com serviços para impressão de documentos e reprodução de cópias reprográficas: R$ 230.400,00 (duzentos e trinta mil e quatrocentos reais) é um valor expressivo. O valor considerável será gasto em 12 meses e a empresa já foi contratada. Vale lembrar que ainda existem os gastos com serviços para impressão de documentos e reprodução de cópias reprográficas na Fundação Hospitalar de Varginha, onde a mesma empresa que venceu a licitação para fornecer à Prefeitura, ganha outros R$ 20 mil para trabalhar para a FHOMUV. Talvez fosse o caso do Executivo estudar uma campanha para redução de gastos nas pequenas coisas, como cópias, por exemplo, não acham?
Terceirizar ou abrir concurso?
Há no mercado de trabalho uma grande discussão quanto as reiteradas terceirizações que hoje acontecem no Brasil. Empresas e poder público estão optando pela terceirização. Para empresas a terceirização tem suas vantagens e praticidades, além de se apresentar como opção mais barata de mão de obra. Já no serviço público muito se tem falado a respeito, pois a terceirização cria a situação em que dois servidores, um concursado e outro terceirizado, com a mesma função, ganhem diferente, mesmo exercendo o mesmo trabalho. A terceirização no serviço público, dizem, não pode ser adotada nas atividades fim do órgão público, mas nas atividades meio. Por exemplo, um tribunal poderia contratar funcionários terceirizados para a limpeza, mas não para despachar em processos. Ou mesmo o caso que vem causando polêmica na Cemig, onde a estatal tem contratado eletricistas terceirizados para trabalhar na rede elétrica, o que tem gerado confusões com os sindicatos. Outro problema na terceirização de servidores no serviço público é a fiscalização quanto os salários pagos, valores gastos e quem efetivamente trabalha. Na administração passada um grande contrato de terceirização foi celebrado, o valor chamou a atenção! No atual governo foi feito um aditivo ao contrato nº 166/2011 com uma empresa de serviços terceirizados. O valor do contrato é de R$ 660.000,00, e o aditivo é de R$ 46.090,16 para a contratação de mão de obra, compreendido por: arquiteto, engenheiro, encarregado de obras / mestre de obras, pedreiro, servente, pintor, ajudante de pintor, carpinteiro, eletricista, ajudante de eletricista, bombeiro, ajudante de bombeiro, encanador, ajudante de encanador, serralheiro, armador, técnico de eletrotécnica e desenhista cadista. Não se critica aqui a terceirização, nem se questiona o trabalho, mas sim as formas de fiscalizar esse trabalho, que são bem mais falhas que as utilizadas nos servidores concursados. Além disso, será que o trabalho realizado por esta gente contratada não é atividade fim da prefeitura, ou seja, realizar obras e benfeitorias que melhorem a cidade?
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