Números da degola
Vinte e um dos 853 prefeitos eleitos no ano passado tiveram seus mandatos cassados em segunda instância pela corte do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Os números já superam em quase três vezes os casos após o pleito de 2008, quando oito eleitos perderam seus cargos por problemas com a Justiça Eleitoral mineira, e já se aproximam do total de 29 prefeitos cassados por motivos diversos, sendo a maioria por atos de improbidade administrativa.
A vida como ela é
Após percorrer 11 pequenas cidades do norte mineiro, um parlamentar federal retornou de viagem com esta constatação: “O povão está culpando Dilma por tudo e pedindo a volta do Lula. O eleitor das classes D e E faz uma comparação mecânica entre os dois governos e conclui que no tempo do ex-presidente o país era melhor” disse o parlamentar.
Mais uma do planeta Bola
Uma CPI articulada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais foi esvaziada por manobras governistas para se evitarem discussões aprofundadas sobre o (misterioso) custo da obra do Mineirão e sobre quanto irá onerar o caixa do governo mineiro a equação entre o financiamento do BNDES e a prestação a ser paga pela Minas Arena, que ganhou a disputa para administrar o novo estádio. O governo vai completar com dinheiro do erário o valor não gerado pelos eventos no novo Mineirão. Se não for gerado nada, o governo estadual paga tudo. Na pauta dos que querem a CPI está uma auditoria técnica sobre a obra. Esta informação joga por terra a mentira de dizer que o Governo Estadual Tucano, Anastasia/Aécio não gastou dinheiro com estádio para a Copa de 2014. Neste quesito de gastos abusivos em obras não essenciais para o povo, o governo estadual do PSDB como o governo federal do PT, empatam em absurdos com o dinheiro públicos.
Perguntar não ofende
Até quando vai continuar a onda de furtos no cemitério? Será que a Guarda Municipal e a Polícia Civil não vão conseguir prender ninguém?
A votação do projeto do Aterro Sanitário não acontece porque os vereadores não votam ou porque o prefeito não quer? Pois sabe qual será o resultado se a votação acontecer agora!
Afinal, os bens do ex-prefeito Eduardo Corujinha estão ou não indisponíveis, por conta de irregularidades na antecipação do pagamento de obras públicas?
A Prefeitura vai mesmo desistir de construir o 2º Restaurante Popular no bairro Padre Vitor e pretende devolver o recurso conseguido no Governo Federal?
Dá com uma mão e tira com a outra
Ao promulgar o fim do voto secreto na Assembleia Legislativa de Minas, membros da Mesa Diretora da Casa adiantaram que irão propor ao Colégio de Líderes, em agosto, o fim do pagamento do auxílio-moradia para deputados estaduais que têm casa própria na Grande BH. Presente ao evento, e membro da mesa como 1º secretário, o deputado estadual Dilzon Melo (PTB) votou a favor do fim do voto obrigatório, mas é um dos muitos deputados que possuem (vários) imóveis em BH e ainda assim recebem o auxílio moradia.
João de Barro... e cimento
O setor de cimento começa a se recuperar da queda do primeiro trimestre, quando as vendas caíram quase 2%. Entre maio e junho, elas voltaram a subir, num índice de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e continuam aumentando. A maioria da produção nacional de cimento é destinada ao consumo nacional, o que mostra que o povo, principalmente a classe C, através das desonerações sobre os produtos da construção civil e dos conjuntos habitacionais ao estilo Minha Casa Minha Vida, está construindo como nunca. Em Varginha os engenheiros do CREA e empreiteiros do Sinduscom, capitaneados pelo empresário Sebastião Rogério Teixeira, estão em plena atividade e constante reciclagem. Varginha já ganhou um conjunto habitacional de 574 unidades e espera conseguir outros ainda neste semestre.
Falha nossa
A coluna disse na semana passada que o engenheiro Jobson Andrade seria candidato a deputado federal pelo PT e teria muitos apoiadores em Varginha. Na verdade, o candidato será o também engenheiro Gilson Queiroz, liderança estadual do CREA/MG, que é filiado ao PT e possui muitos amigos em Varginha, onde terá apoiadores de vários partidos.
PT e sua costela
Segundo o Ibope, se as eleições fossem hoje, a petista Dilma (30%) enfrentaria no segundo turno uma dissidente petista, Marina Silva (22%), ex-senadora que rompeu com o petismo após construir sua vida política na legenda. A pesquisa mostrou claramente a fraqueza eleitoral da oposição tradicional, liderada pelo PSDB de Aécio (13%), hoje um ator coadjuvante na disputa protagonizada pelo PT e por uma “costela” do próprio PT. E o quadro pode piorar para Aécio com a possível entrada no páreo de José Serra, que caminha para deixar o PSDB para concorrer ao Planalto pelo PPS. Ex-candidato em eleições passadas, mais conhecido no país, o ex-governador paulista José Serra disputaria o mesmo eleitorado do senador mineiro. E certamente seria um obstáculo ao avanço de Aécio em São Paulo, maior estado governado pelo PSDB e ainda a principal base tucana.
Dono da bola
O projeto sobre o possível convênio entre Prefeitura de Varginha e Copasa, para que a estatal possa gerenciar o aterro sanitário municipal e o manejo dos resíduos sólidos da cidade esta na comissão de justiça da Câmara de Vereadores, especificamente na mão do vereador Dr. Adilson Rosa (PR), líder do prefeito, ou seja, para que o projeto caminhe no Legislativo, bastaria que o vereador Adilson Rosa ponha o projeto em votação na comissão e encaminhe para votação no plenário da Câmara. Ocorre que o vereador e líder do prefeito já sondou os colegas de Legislativo e viu que o projeto não passa, pois é frontalmente contra a legislação federal que defende a realização de licitação e não convenio para o caso. Desta forma, não procede os comentários e murmurações do governo, e do prefeito, principalmente no seu Facebook, de que o Legislativo “empacou com a matéria”. Na verdade, o projeto não caminha na Câmara porque o prefeito é que “esta com a bola, e não a coloca em campo, pois sabe que perderá este jogo no plenário”.
1º round
Foi para primeira votação na Câmara a polêmica votação do Projeto de Lei nº 27, de autoria do Executivo municipal, que autoriza a prefeitura a participar da realização da obra do trevo de acesso ao Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS. A obra é polêmica, mas mostra que, mesmo os atos controversos podem caminhar entre Legislativo e Executivo, basta ter transparência e comprovação dos benefícios à cidade!
Vandalismo
Muitas cidades do Brasil, principalmente as capitais, estão sendo vítimas de vândalos, travestidos de manifestantes, que ao invés de irem para as ruas para protestar, estão causando muito prejuízo ao próprio povo. A conta do vandalismo cometido, em Belo Horizonte, por “manifestantes” mascarados e mal intencionados passa dos R$ 7 milhões. Concessionárias de veículos, postos de combustíveis, drogarias, bancos e até açougues e lanchonetes contabilizam as perdas milionárias. O custo desta depredação, mais cedo ou mais tarde, vai cair sobre os preços, e quem vai pagar será o povo. O levantamento é da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, que está prestando assessoria jurídica aos prejudicados.
Inveja e/ou soberba
A situação dos negócios de Eike Batista se complicou nos últimos tempos, claro que, pessoalmente, o empresário está muitíssimo bem. A queda das ações das suas empresas, onde o governo federal apostou mais de R$ 10 bilhões, preocupa governos, investidores nacionais e estrangeiros e vai arranhar a imagem do Brasil em meio a tanta notícia ruim. Eike cometeu um erro primário ao dizer para todo mundo que iria ser o homem mais rico do Brasil e do mundo. Sua soberba causou a ira e a torcida contra de muita gente, infelizmente. Até parece um empresário empreendedor local, que com a visão empresarial da família, construiu um império no meio industrial cafeeiro, contagiado pela vaidade, foi alvo da inveja alheia e quase perdeu tudo!
Inferno astral
A presidente Dilma Roussef (PT) seguramente vive seu pior momento político desde que assumiu a presidência da República. Sua imagem e prestígio nunca estiveram tão desgastados, tanto nas ruas, quanto no Congresso Nacional. E desta vez não foi a “fome de cargos e poder” do PMDB o vilão da má fama da presidente no Congresso. Ao contrário, desta vez o próprio PT tem sido o maior algoz político da presidente. Os petistas entram em combate com o Palácio do Planalto e entre si a todo momento. Muitos no PT já cogitam “ressuscitar o volta Lula” para as eleições de 2014. Lula não aprova a idéia, mas compreende a briga entre Dilma e o PT. A presidente nem mesmo foi à convenção nacional do partido neste último final de semana. Enquanto isso, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que chegou a ser esquecido e mal quisto por Dilma, passou a ser o grande interlocutor do governo junto ao PMDB e a base aliada, salvando o governo e sua permanência no lugar de vice na chapa majoritária encabeçada pela petista em 2014.
O pagador de promessas
Ligado a igreja católica, o vice-líder do governo federal no Congresso Nacional, Odair Cunha, um dos deputados federais mais influentes da bancada mineira, vai mesmo ser eleito presidente estadual do PT.
Odair tem fortes ligações com PT municipal, onde terá apoios e possivelmente, uma dobradinha com a ex-primeira dama Geisa Teixeira (PT) que deve ser candidata a deputada estadual por Varginha. Odair parece que já vai “pagar antecipadamente o preço pelas dádivas que estão lhe caindo no colo”. O deputado federal segue a pé, em romaria de Três Corações os 700 quilômetros até Aparecida do Norte, com havaianas novinhas nesta peregrinação pré-eleitoral.
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