- Não confunda medo com pânico.
- Está bem.
- Não confunda tampouco velho com idoso.
- São Paulo é uma cidade velha ou idosa?
- Agora você me deixou confuso. Quando eu percorro as ruas do Brás, bairro clássico da capital paulista, sinto que São Paulo está velha. Mal cuidada. Decrépita. Desrespeitada. Mal compreendida.
- No entorno do Mercado Municipal, próximo às ruas de comércio, na área onde há casarões seculares e idosos, alguns estão sendo recuperados por serem idosos e outros, literalmente, abandonados e desprovidos de proteção, recuperação ou de manutenção. Portanto estão velhos.
- No último final de semana resolvi “abraçar” a cidade antiga, idosa e histórica e denunciar a metrópole velha. Fiquei estarrecido – e deslumbrado – com as silhuetas e fachadas de prédios centenários com a arquitetura dos anos 1920, 1930, 1940 ou 1950, os quais carregam em seu semblante, ainda não desfigurado, as influências portuguesa, francesa ou italiana que predominavam na outrora elegante Terra da Garoa.
- Mas esses espaços estão atualmente ocupados por migrantes, imigrantes, nordestinos, pessoas em situação de carência e invasores. Estes seres, por razões óbvias, não têm afinidades com as paredes antigas ou idosas, ou com as janelas seculares, ou portas majestosas que resistem bravamente à fúria de destruição que reside na gananciosa e obtusa indústria imobiliária que ainda não percebeu a importância e o valor da São Paulo idosa, vivida, clássica, elegante e bela.
- Tenho esperança ativa de que ainda conseguiremos reverter o quadro para que todos possam admirar a idosa e histórica capital de São Paulo.
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