Entra e sai
Vencidas as eleições municipais em Varginha, prefeito e vice começam a viver “gostoso período político/eleitoral de governo”. Trata-se daquele pequeno período em que, ainda se esta em final de “lua de mel” com o povo, sem os ataques duros da oposição e ainda se tem as bajulações dos políticos da esfera estadual e federal, que terão de enfrentar eleições agora em 2014, e estão ávidos em conseguir apoio dos prefeitos do interior. Na semana que passou, o entra e sai de políticos a Varginha continuou. Dois deputados federais que são secretários de Estado, e vão disputar eleições em 2014 em busca de reeleições estiveram em Varginha para “trocar bajulações” com o comando do Executivo municipal. O Prefeito Antônio Silva e o Vice-Prefeito Vérdi Lúcio Melo foram ao aeroporto de Varginha recepcionar os Secretários de Estado Deputado Federal Carlos Melles da Secretaria de Transportes - Setop, o Deputado Federal Bilac Pinto da Secretaria Desenvolvimento Regional e Política Urbana. Também estava na comitiva dos secretários o Presidente da Cohab Minas – Octacílio Machado Júnior, que foi nomeado na COHAB na cota política do PTB, indicado pelo deputado Dilzon Melo. Octacílio Junior é técnico e muito conhecido em Varginha e não disse nada sobre a promessa de construção das 2000 mil casas populares da COHAB na cidade. Pelo que se vê, os afagos e troca de bajulações entre o governo municipal e estadual tem se intensificado, mas continuam só no papo!
Risco de curto
Nada se fala no governo municipal sobre a transferência da responsabilidade pela iluminação pública, que será repassada da Cemig para a Prefeitura de Varginha até janeiro de 2014. A cidade de Pouso Alegre já adiantou este processo e assume a iluminação pública já em julho deste ano. Será necessário estrutura de pessoal, carros e material para que se faça o trabalho de manutenção da iluminação pública, hoje, Varginha não possui esta estrutura, nem mesmo recursos financeiros sobrando para tal. Uma empresa pode ser contratada para o trabalho, o que abre um “filão” para a iniciativa privada que pode receber uma boa bolada por mês pelo trabalho, o que possivelmente pode aumentar a “Contribuição para Iluminação Pública CIP”, salgando a conta de luz do varginhense.
Metas
Depois de alcançar sua primeira meta de “renovar o poder público municipal”, o reitor do UNIS, Stéfano Gazola agora esta com foco em sua segunda meta: a finalização da cidade universitária e conquista do curso de medicina para Varginha, o que vai consolidar o UNIS como potencia educacional no estado. A terceira meta, o reitor não diz a todos, mas já existe, o reitor tem “estudado política e políticos, apoios e possibilidades para o futuro”. Hoje no PTB, Stéfano ainda resiste a pressão e se mantém fora das disputas nas urnas, mas não vai demorar até que seu nome saia dos bastidores para a linha de frente eleitoral. Esta seria a terceira meta, que articuladores políticos e empresários já arrumaram para o empreendedor líder educacional.
Preferências
O comitê central da candidatura presidencial do senador mineiroca (mistura de mineiro com carioca) Aécio Neves deverá ser sediado no Rio de Janeiro, diferentemente das campanhas presidenciais anteriores do PSDB, todas centralizadas em São Paulo. Em se tratando de “preferências do candidato nada de novo”. BH está fora de cogitação pois daria caráter regional demais à campanha e nada agregaria à votação de Aécio. Brasília já irá sediar o QG de Dilma. A base principal no Rio defendida no PSDB como uma forma de afagar e distinguir o eleitorado do estado onde o senador mineiro passou boa parte de sua vida e mantém laços familiares e de amizade, e fica a maior parte do tempo desde que chegou ao Governo de Minas. Com tal gesto, avaliam tucanos, Aécio potencializaria sua votação no Rio, já tido como um dos estados mais receptivos ao Mineiroca tucano.
Chances e pesquisas
Na avaliação feita hoje no PT, caso venha a participar da campanha de 2014, Patrus Ananias irá preferir uma eleição fácil para deputado a encarar o risco de uma derrota na briga pelo Senado, possivelmente disputando com Anastasia. O nome mais competitivo no PT para enfrentar Anastasia não está disponível. E a oposição mineira ainda não tem opção nessa disputa. No PMDB, o senador Clésio Andrade ainda não sabe certamente se sai a governador (para dividir o eleitorado e levar a disputa do governo ao segundo turno), ou se disputa como vice na chapa do PT. O que o PMDB e seu senador mineiro também sabem é que, nem mesmo Clésio Andrade, que tem dinheiro e conhece suas chances em pesquisa, se arrisca a candidatar a senador na disputa com o governador tucano.
Silêncio
Nada mais se fala sobre a construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs que seriam instaladas no Rio Verde, uma antes do Clube Campestre e outra próxima a ponte dos Bueno, na estrada para Eloi Mendes. O investimento inicial seria de mais de R$ 100 milhões, com perspectiva em torno de 2 mil empregos nas duas obras. Será que as obras foram engavetadas?
Caminho da roça
O deputado estadual Dilzon Melo (PTB) continua sua “tutela política, disfarçada de atenção sobre a gestão municipal”, o deputado acompanhou os secretários municipais de Turismo e Meio Ambiente aos secretários estaduais de Turismo e Meio Ambiente, para a troca de experiências e aproximação dos governos estadual e municipal. Nos bastidores da política Dilzon “leva os secretários municipais, abre as portas do estado, e mostra que sem seu aval, nada caminha, nem ninguém chega ao governo de Minas” e ainda por cima, faz sua “propaganda de atuante para o eleitorado local”. No encontro de secretários de Turismo, o servidor de Varginha, Ribas Filho, falou sobre o zoológico municipal que ainda não funciona, do terminal rodoviário que não recebe investimento e do aeroporto que não tem linhas comerciais. No encontro de secretários de Meio Ambiente, o servidor Joadylson Ferreira falou sobre o aterro sanitário que não funciona e do Parque São Francisco, que vive as moscas e costuma sofrer com queimadas anuais. No caminho da roça dos secretários municipais à Capital, assessorados pelo deputado Dilzon, até agora nada além de propaganda para o parlamentar e gasto de diária para a municipalidade.
Mas isso pode mudar se, o Governo Estadual fizer investimentos no aeroporto municipal, na rodoviária, no zoológico e no Parque São Francisco, o que achamos pouco provável e, neste momento, muito eleitoreiro por parte do governo estadual tucano. Já em relação ao Aterro Sanitário, que ainda não funciona mas, já gasta (muito) recurso público, sabemos que a “cúpula do governo municipal, com total atenção e interesse do deputado Dilzon, já finalizam a entrega do gerenciamento do local à Copasa, que vai faturar no recebimento e repasse do gerenciamento do aterro sanitário para alguma empreiteira sortuda”!
Mirando no dono dos bois!
Chegou a coluna um release sobre os 100 dias da nova direção do Hospital Bom Pastor e da Fundação Hospitalar de Varginha. No material é narrado os principais problemas herdados da gestão anterior e enfrentados pelos novos diretores. A saúde em Varginha foi colocada em “mãos politicamente habilidosas, principalmente na Fundação Hospitalar”. O próprio prefeito é cientificado diretamente de tudo que a FHOMUV realiza e “troca idéias e conselhos com seu presidente constantemente”. Sabe-se que por sua complexidade social e política a área de saúde não poderia ficar “a deriva” apenas na mão de quem conhece a área, mas, sobretudo, e ainda, na mão de quem sabe o “reflexo político” que a saúde tem sobre a imagem do governo e do prefeito. Por isso Luiz Fernando Alfredo, presidente da FHOMUV, pessoa de confiança do prefeito e Dr. Valério, secretário municipal de saúde, pessoa de confiança do vice-prefeito, foram escolhidos para os cargos que ocupam. Um dos vereadores da base, já teria se “estranhado” com a direção da FHOMUV, e muitas reclamações ainda estariam por vir a respeito da “deficiência de atuação” do secretário de saúde. Além disso, era esperado mesmo que a saúde fosse foco de reclamações constantes, por sua complexidade e urgência. A coluna sabe que a atuação de Luiz Fernando e Dr. Valério são orquestradas e autorizadas diretamente pelo prefeito e vice, e que ações como o fechamento do Pronto Socorro do Bom Pastor ou troca do comando do Hospital Regional, passaram primeiro pelo gabinete do prefeito e seu vice, antes de chegar a Luiz Fernando e Dr. Valério. Aqueles que “batem nos homens fortes da saúde em razão da faxina geral que estão promovendo, na verdade, podem estar mirando bem mais alto na escada de hierarquia da cidade, ou apenas não tem coragem de criticar diretamente o dono dos bois”!
Tempo é apoio
Este semana chegou a coordenadoria do Ministério Público Estadual em Belo Horizonte o processo sobre o caso Cine Rio Branco. O promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, já conhece detalhes do caso, como o tombamento “relâmpago” do cinema pelo Instituto Estadual do Patrimônio Público, a preocupação da cidade com a manutenção do imóvel do Cine Rio Branco, que está abandonado a mais de 10 anos, bem como o desgaste das instituições envolvidas no caso do imóvel tombado, que impediu a criação de mais de 100 empregos diretos com a reprovação da venda do cinema as Casas Pernambucanas. O promotor é experiente em casos como o do Cine Rio Branco, e deseja, juntamente com o representante do MP na cidade e as demais instituições envolvidas, encontrar o “equilíbrio para preservar o bem” e atender as demandas comerciais e financeiras da cidade e dos proprietários do imóvel. O membro do MP acredita que deve despachar rapidamente no caso, que já se arrasta por anos. Além disso, é sabido que, em cidades com o perfil de Varginha, “problemas como esse do Cine Rio Branco, são agravados em períodos eleitorais, que tumultuam até mesmo o caminhar da justiça”. Espera-se que, desta vez, o caso do cine Rio Branco tenha um desfecho definitivo. A população da cidade, que tem apoiado o MP e acredita na Justiça, espera uma decisão que garanta a preservação do imóvel, mas que também não penalize os cofres públicos municipais ou os proprietários do imóvel.
Pinga Fogo
Um administrador público e articulador político na cidade fez o seguinte prognóstico: “Este governo vai demorar todo o ano de 2013 e boa parte do ano de 2014 para reparar falhas do antigo governo e deixar a prefeitura zerada para começar a trabalhar”. O problema é combinar isso com o povo, que deseja melhorias para ontem!
A devolução das ambulâncias do SAMU realizadas por este governo era esperado. Afinal, o governo anterior petista não teve planejamento na implantação do programa na cidade. A questão é assegurar que a central do SAMU, que até então viria para Varginha, não será transferida para Poços de Caldas ou Pouso Alegre, hoje administradas pelo PT, que domina também o governo federal, que é quem define a política nacional do SAMU!
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