O reitor do UNIS, Stefano Gazzola e o prefeito Antônio Silva se reuniram para discutirem a construção do trevo de acesso à Cidade Universitária. O objetivo é construir o trevo de acesso, já que as atividades na Cidade Universitária já se iniciaram. O Unis vem tentando há 2 anos resolver a questão, mas esbarrou na Gestão municipal anterior. Em julho passado foi protocolado junto ao Ministério Público ofício solicitando à Prefeitura que construísse o trevo à Cidade Universitária. Ainda comandada pela antiga administração, a obra foi realizada parcialmente, com a colocação do asfalto. O Unis tenta agora, junto aos órgãos competentes, acelerar o processo de construção do trevo de acesso, já que, na ocasião, o governo municipal anterior se recusou a assinar o convênio junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte - DNIT. Depois da reunião ficou acordado que a Prefeitura dará todo apoio e firmará o convênio de construção do trevo. O projeto foi enviado novamente ao DNIT e assim que retornar será assinado pelo Grupo Unis e pela prefeitura. Por causa da obrigação, (não honrada) pelo governo passado em realizar uma obra importante para a melhoria do ensino superior na cidade, a antiga gestão perdeu o importante apoio de lideres educacionais ligados ao UNIS, que abraçaram a campanha vencedora de Antônio Silva. O “trevo da discórdia” foi o começo da derrota do PT municipal e mais um exemplo de que “pequenos erros” podem fazer grandes “estragos e derrotas políticas”.
Pedra cantada
Como antecipou a coluna, o deputado federal Diego Andrade (PSD), que apoiou o candidato a prefeito derrotado Eduardo Corujinha (PT) em 2012, esta se aproximando do governo municipal de Antônio Silva (PTB). O deputado federal esteve esta semana na prefeitura com Antônio Silva. A aproximação dos políticos é boa para ambos, embora precise ser bem estudada para não causar “traumas políticos”. Ao prefeito interessa ter um deputado federal em Brasília para buscar recursos federais, sem perspectivas de vinda para Varginha por hora, em razão do alinhamento político municipal com o governo estadual tucano. Já ao deputado federal, que perdeu suas apostas eleitorais em muitas cidades da região em 2012, é necessário ampliar as bases para conseguir se reeleger, pois foi o último de seu partido a entrar no Congresso, e a perca de votos pode significar a derrota em 2014. Mas vale ressaltar para ambas as partes. Embora o deputado federal Diego Andrade possa conseguir recursos para Varginha e para eleições e que Antônio Silva possa conseguir votos e um forte grupo político local, é fato que da mesma forma como Diego trocou Corujinha por este governo, pode vir a trocar de aliado novamente. Ainda mais para acomodar interesses estaduais ou federais, que ai também envolvem seu tio senador e maior apoiador, Clésio Andrade (PMDB), que hoje não está alinhado ao governo estadual, maior apoiador do governo municipal. Já o prefeito Antônio Silva (PTB) não poderá “escolher sozinho” quem vai apoiar em 2014, sem antes ouvir seu “guru e padrinho político” o deputado estadual Dilzon Melo e também consultar o governo estadual tucano de Aécio e Anastasia. Além disso, pessoalmente, Antônio Silva tem uma “dívida política e de gratidão” com o deputado federal Eros Biondini (PTB), que tem votos em Varginha e o apoiou desde o começo e também é do PTB. Por certo, o governo municipal não poderia “fechar as portas” a Eros Biondini em 2014. Neste contexto também temos o deputado federal Dimas Fabiano (PP) que muito tem conquistado para Varginha, alem de possuir robusto grupo político, que embora não tenha apoiado Antônio Silva em 2012, é importante para a governabilidade e o prefeito não pode agora ignorar ou comprar briga direta com Dimas Fabiano e seu grupo, que hoje tem, inclusive, o comando do Legislativo municipal.
Pedra Cantada 2
Mas também temos que ponderar que o governo municipal não pode abrir mão do apoio e compromisso político com o deputado federal Diego Andrade (PP) e com seu tio e senador Clésio Andrade, possível candidato a reeleição no Senado ou a governador. Clésio Andrade possui prestígio no governo federal e tem fama de ser “arrojado e destemido em seus gastos eleitorais”, não sendo boa coisa para prefeitos do interior ficar contra seus interesses, a menos que tenham “poderosas costas quentes”. A coluna não vai nem entrar no mérito de que Clésio Andrade é marido da nova presidente do Tribunal de Contas Estadual, órgão que é o “pesadelo” dos prefeitos pelo interior de Minas afora. Outro fator preponderante na aproximação do deputado Diego Andrade com o governo municipal é o vereador Rômulo Azevedo (PRTB). Que se reuniu com o prefeito antes da visita cordial do deputado ao Executivo municipal, para preparar a aproximação. Politicamente ligado ao parlamentar federal, o vereador Rômulo Azevedo ainda não esta na base de apoio ao governo na Câmara, mas uma aproximação do governo Antônio Silva com o deputado federal certamente incluiria a “adesão ou simpatia” de Rômulo à base governista, o que interessa ao prefeito e principalmente ao vereador, que inclusive acompanhou Diego no encontro com prefeito nesta semana. Na negociação com a Câmara municipal, mais uma vez, o governo de Antônio Silva vai “pisar em ovos para não afrontar politicamente” o deputado federal Dimas Fabiano (PP) que tem, além do presidente da Câmara, a lealdade de ao menos mais três outros vereadores, por hora alinhados ao governo municipal, que não quer se indispor com o Legislativo neste momento. Certamente, com a habilidade que lhe é peculiar, o prefeito Antônio Silva vai dar “apoio institucional” ao companheiro deputado Eros Biondini e deixar que sua base apóie livremente Diego Andrade e Dimas Fabiano. Além disso, o prefeito não se fará de rogado e “engolirá com presteza e bom coração” os deputados Dimas Fabiano e Diego Andrade. Vai receber e anunciar os recursos e apoios que estes parlamentares trouxerem à cidade, mas não deixara de também “estender o tapete vermelho” a qualquer outro parlamentar que se ponha “a disposição” do governo municipal, mostrando que não terá “exclusividade eleitoral” com nenhum político, além do deputado Dilzon Melo, claro!
Boca dos sonhos
Nesta semana o deputado federal Miguel Correa Junior (PT/MG) disse em uma reunião na Federação das Indústrias de Minas, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES, maior banco de fomento social da América Latina, vai abrir um escritório em Minas. A nova filial do BNDES em Belo Horizonte tende a aproximar e facilitar aos empresários mineiros os recursos disponíveis pelo banco estatal, que costumam ser de difícil acesso para a maioria dos empresários. Embora a criação do novo escritório regional do BNDES seja benéfica aos empresários mineiros, no meio político, a abertura deste “braço mineiro” do banco estatal será razão de muita disputa entre políticos, pois vai abrir uma vaga para um poderoso cargo de confiança federal em Minas. Quem ocupar a direção do posto poderá ser o “manda-chuva” para saber onde e quanto o BNDES vai gastar no estado. Sem falar que o cargo deve vir com um belo salário e muitas regalias, alias, como de praxe. Nos áureos tempos do saudoso Mauro Teixeira, o ex-prefeito chegou a articular em Brasília as “chances reais” de ocupar um posto parecido no BNDES no Sul de Minas, caso o banco estatal realizasse o financiamento do gazoduto da Petrobrás/Gasmig, que passaria pela região.
Via sacra
Passados os sobressaltos políticos e vaidades eleitorais de 2012, o prefeito já recebe em seu gabinete, empresários e servidores públicos que outrora bajulavam o antigo governo visitam o gabinete do prefeito em “via sacra”. Procuram algum tipo de “ajuda estatal ou política” deste novo governo. Não sem antes prometer “juras eternas de lealdade ao governo”, claro! Também desnecessário dizer que, depois de anos de “janela no poder” o prefeito sabe bem identificar entre os “10 cegos pedintes, qual ficará grato e voltará para agradecer pelo milagre”!
Curingão
O senador Clésio Andrade pode estar assumindo o papel de curinga na sucessão mineira. Filiado ao PMDB, partido com generoso tempo de propaganda na TV e grande capilaridade no interior, o senador poder ser candidato a reeleição ou a governador. Clésio tem trânsito nos dois palanques que estão sendo armados: o de Alberto Pinto Coelho (PP), pré-candidato do grupo aecista, e o de Fernando Pimentel, do PT e do governo Dilma. Em tese, Clésio pode ocupar qualquer posição no jogo: tanto pode se lançar a governador pelo PMDB como integrar uma das chapas em formação na condição de vice ou senador. O que vai ser, nem ele sabe com certeza! O PT tem manifesto interesse pelo “senador curingão”, mas não há consenso no partido sobre como usá-lo. Uma parte do PT prefere que Clésio se lance ao governo, numa espécie de candidatura auxiliar à de Pimentel, para viabilizar um segundo turno e somar forças com o PT no confronto final com o grupo de Aécio. Há poucos dias, Clésio deixou transparecer certa preferência pela reeleição no Senado. Uma opção inviável se Anastasia se candidatar ao posto: haverá apenas uma vaga em disputa e o governador é considerado imbatível, ainda mais com o apoio do presidenciável Aécio Neves. Assim, pode ser que a única decisão já tomada por Clésio é que não disputará contra Anastasia. Hoje, sem dúvida, a tendência de Clesio é se aliar ao PT. Porém, resta muita coisa por vir. O senador admite "conversa" com gente de Aécio, como outros peeemedebistas. E não descarta um arranjo com aecistas.
Energia para gastar
O prefeito Antônio Silva conversou com Valter Hugo Vieira Faria, Engenheiro de Comercialização da Cemig e Marcelo Naves, Agente Comercial da Cemig. Na pauta a atuação da estatal em eventos públicos e festividades da cidade, iluminação pública e a pesquisa Innovare, através da qual o Poder Público emitirá sua opinião sobre os serviços da Cemig. Além do prefeito Antônio Silva, participou da reunião o Secretário Municipal da Indústria e Tecnologia, Pedro Gazzola, que já atuou na Cemig e hoje tem aproximado o governo municipal da estatal a fim de ampliar as parcerias e patrocínios da empresa nas iniciativas do governo e demais ações na cidade. Pelo que já arrecadou em Varginha, a estatal poderia fazer mais pela cidade, e neste ponto, o trabalho do secretário Pedro Gazola e a sintonia política dos governos estadual e municipal podem “comover o gordo caixa da Cemig ás necessidades da Prefeitura de Varginha”.
Pra inglês ver
O prefeito e o secretário municipal de Agricultura de Varginha participaram do Encontro Microrregional do Agronegócio do Baixo Sapucaí realizado na manhã de quinta-feira, (21/02) no auditório da OAB Varginha, promovido pela Secretária de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Durante o evento foram apresentadas propostas com o objetivo de instrumentalizar as prefeituras para que tenham condições de assumir um papel de liderança no fomento da atividade do agronegócio. Uma delas seria viabilizar a criação de secretarias municipais de agricultura nas cidades que ainda não possuem. Outra proposta seria estruturar as secretarias municipais para atuar com eficiência no apoio ao agronegócio. Em Varginha onde, no papel, existe a secretaria municipal de Agricultura, temos a triste realidade de muitas estradas rurais em péssimo estado de conservação, um grande número de roubos e assaltos a fazendas e sítios que tem espalhado insegurança na zona rural e uma pequena e sucateada estrutura com alguns veículos estragados a disposição da secretaria municipal de Agricultura.
Entra e sai
O governador Anastasia (PSDB) escolheu na terça-feira (26/02) o novo desembargador do Tribunal de Justiça da lista tríplice pelo quinto constitucional (OAB). Será o advogado e professor Luiz Carlos Gambogi (ex-deputado estadual pelo PMDB de Boa Esperança), que, na véspera, havia conquistado o segundo lugar, com 59 votos, no Pleno do Tribunal. Na avaliação dos desembargadores, é um nome que, por seu currículo, agrega valor ao Judiciário mineiro. O irmão do deputado federal Diego Andrade (PSD), Harley Andrade foi exonerado na segunda feira (25) do comando da regional Centro/Sul da Prefeitura de Belo Horizonte, posto que ocupou por alguns anos e onde conseguiu muitos votos para o irmão deputado. Em seu lugar vai entrar um indicado do PV, do vice-prefeito da Capital, Delio Malheiros. O PV fez dois vereadores na Câmara de BH. Após disputar a presidência da Câmara Federal, com a cara e a coragem, e receber mais de 150 votos, o deputado Júlio Delgado impressionou o círculo próximo do presidenciável e líder do PSB, Eduardo Campos. Hoje, o deputado federal de Juiz de Fora é muito cotado para assumir a presidência do PSB Minas, se realmente o atual presidente do PSB, Walfrido Mares Guia deixar o cargo, e até mesmo para comandar ou compor o palanque regional do partido em 2014. O PSB cogita intervir no diretório do partido em Minas, Estado crucial para a candidatura presidencial do governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos. O diretório é comandado pelo ex-ministro do Turismo e das Relações Institucionais do governo Lula, Walfrido dos Mares Guia. Seu comando estaria sendo contestado pela base mineira e nacional do PSB. A informação tem repercutido na legenda. Em Varginha, o PSB comandado pelo vereador Armando Fortunato, que foi muito próximo de Delgado, hoje tem maior proximidade política com o deputado federal Eros Biondini (PTB), que “roubou os votos e o lugar de Júlio Delgado” no coração de Armando e outros companheiros do PSB da cidade, até hoje Julio Delgado é engasgado com o ocorrido. Na próxima semana, o ex-ministro Walfrido deve ir a Brasília para uma conversa com a direção do PSB. Seus interlocutores negam a situação delicada. O PSB em Contagem defendeu o nome de Júlio Delgado para disputar o governo de Minas em 2014 e dar base política no estado para a candidatura presidencial de Eduardo Campos, já que dificilmente o prefeito da Capital, Marcio Lacerda, sairia candidato em 2014 para ajudar a legenda a conquistar votos em Minas.
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