Coluna | Viver Consciente
Willes S. Geaquinto
Psicoterapeuta Holístico, Consultor e Palestrante Motivacional, Escritor - Autor dos livros "Cidadania, O Direito de Ser Feliz” e Autoestima – Afetividade e Transformação Existencial

Interatividade: Os textos desta coluna expressam apenas a opinião do autor sobre os assuntos tratados, caso o leitor discorde de algum ponto ou, até mesmo, queira propor algum tema para futura reflexão, fique a vontade para comentar ou fazer a sua sugestão.

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E por falar em Depressão I
03/09/2012


As estatísticas apontam que cada vez mais pessoas têm sido acometidas pela depressão e, segundo estudiosos do assunto, o número de jovens portadores dessa patologia tem crescido significativamente. Sofrer de depressão não é apenas sentir-se triste devido alguma perda ou insucesso recente, isso seria simplificar ou banalizar a questão. Sofrer de depressão é não encontrar mais prazer nos afazeres diários, é não ter energia para conseguir tomar decisões, é perder a esperança e tornar-se descrente em si próprio e em tudo.

A idéia de que “não haverá um amanhã melhor” tem levado cerca de quinze por cento dos depressivos a tentarem ou cometerem o suicídio. E esse número poderia ser menor se as pessoas portadoras dessa patologia levassem mais a sério o problema, ao invés de apelarem para o simplismo de que basta apenas tomar o remédio tal e pronto: a depressão sumiu! É notório que boa parte dos remédios utilizados para essa ocorrência atua como bloqueador ou estimulador da produção de hormônios cerebrais, um processo artificial de cura, visto que agem apenas nos sintomas e não na causa. O mesmo também acontece com chamada “síndrome do pânico”, que eu prefiro denominar de “transtorno do medo” e sobre o qual já abordei em outros artigos.

Notem que não tenho a pretensão de desqualificar o uso de medicamentos nas crises mais agudas da depressão, até porque, em muitos casos, tem sido possível aliar com sucesso o tratamento medicamentoso com o procedimento psicoterapêutico. Atualmente é inegável que para uma possível “cura” da depressão ou o seu controle, é fundamental buscar a verdadeira origem do distúrbio. O que poderá ser feito dentro de um processo psicoterapêutico dinâmico, através do auxílio competente seja de psicólogos, psicoterapeutas, psicanalistas, terapeutas, etc. Isso dentro de um procedimento que proporcione a harmonização psíquica da pessoa e, consequentemente, estimule o equilíbrio químico dos sistemas nervoso e endócrino da pessoa.

Não se trata de estabelecer regra, mas, tenho verificado que muitos transtornos depressivos estão ligados a perdas variadas, como a morte de um ente querido, a perda do emprego, o insucesso num relacionamento amoroso, o fracasso num concurso, a perda do controle sobre uma determinada situação, etc. Além destas e de outras perdas, outros fatores como sentimentos de rejeição, incapacidade, frustração ou alguma ocorrência traumática vivenciada em algum momento da vida, também têm seu peso no desencadeamento da depressão atuando como pré-disposição para o seu surgimento.

Vale expor também que, sob uma ótica existencial transformadora, a depressão assim como outros desconfortos e dificuldades, podem servir como oportunidade para que a pessoa encontre um novo sentido para a sua vida. Favorecendo o despertar de uma nova pessoa, mais criativa, autêntica e íntegra, diferente daquela de antes da ocorrência desestabilizadora.

Boa Reflexão e viva consciente.

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